PJI-2016-1
Endereço encurtado: http://bit.ly/pji20161
Projeto Integrador I: Diário de Aula 2016-1
Professores: Marcelo Maia Sobral ( Facebook) e Simara (simara.sonaglio@ifsc.edu.br)
Encontros: 2a feira/18:45, 4a feira/19:00
Atendimento paralelo: 2a e 4a feira 18:30 h
Coordenadoria pedagógica (Graciane): graciane@ifsc.edu.br (3381-2890, 3381-2842)
Objetivo Geral
Implantar rede de dados e telefônica de pequeno porte, típica de um pequeno escritório.
Ementa
Introdução e histórico das telecomunicações e da Internet. Uso de serviços e aplicações oferecidos pelas redes de telecomunicações. Conceitos sobre redes de computadores: comutação de pacotes versus comutação de circuitos, redes locais e rede Internet. Instalação de computadores e integração a uma rede local e a Internet. Sistema operacional Linux. Introdução ao sistema telefônico: telefonia fixa e móvel, centrais de comutação, telefonia IP e convergência. Integração de serviços de voz convencionais e VoIP.
Bibliografia
- FOROUZAN, Behrouz A.; FEGAN, Sophia Chung. Comunicação de dados e redes de computadores. Tradução de Ariovaldo Griesi. 4. ed. São Paulo: McGraw-Hill, 2008. 1134 p., il. ISBN 9788586804885.
- KUROSE, J. e ROSS, K. Redes de Computadores e a Internet: Uma abordagem top-down. Tradução da 3a edição, Addison Wesley, 2006.
- COLCHER, Sérgio. VOIP: voz sobre IP. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Material de apoio
- Linux
- Redes
- Outros
Recursos
Existe um computador com Linux no câmpus que pode ser acessado remotamente. Nele se podem realizar atividades e exercícios. O acesso pode ser feito desta forma:
- Obtenha um programa cliente SSH:
- Para qualquer sistema operacional, pode-se usar o Google Chrome (ver este tutorial, mas mude o nome de usuário e endereço do computador, conforme informações mostradas no passo 2).
- Para o Windows pode-se usar o putty (veja este tutorial .. mas ignore a parte que menciona servidor X em diante)
- Para o MacOS-X, Linux, FreeBSD e outros, use o programa ssh que já está instalado nesses sistemas operacionais.
- Conecte ao computador do câmpus usando o programa SSH.
- Endereço do computador: prg2.sj.ifsc.edu.br
- Usuário: aluno
- Senha: <a ser informada em aula>
- OBS: no caso do Linux, MacOS-X e FreeBSD, pode-se usar o programa ssh da seguinte forma:
ssh aluno@prg2.sj.ifsc.edu.br
Curiosidades
- Telex: um serviço já extinto (?!)
- Submarine Cable Map
- Mapa de Ataques
- Panorama do Tráfego - RNP
- Uma semana na vida do Administrador de Suporte do "Inferno" (humor)
- Vaga de Técnico em Redes na RNP: um exemplo de oferta de emprego
- Empoderar, dar autonomia, não esconder o código
- Carrier Grade Linux (CGL): Linux para Telecomunicações
Avaliações
As avaliações serão de dois tipos:
- Projetos: feitos em equipe, serão avaliados de acordo com o cumprimento dos objetivos previamente determinados. Na apresentação do projeto, uma entrevista será feita para definir o conceito concedido a cada membro da equipe.
- Testes: feitos individualmente, serão aplicados semanalmente no início da aula. O conteúdo para esses testes serão textos informados com uma semana de antecedência, assim como as técnicas e assuntos vistos em aula. A avaliação de cada teste será dada com um dos conceitos S (suficiente) e I (insuficiente).
O conceito final será calculado da seguinte forma:
- 9 a 10: ao menos dois projetos A e um projeto B
- 7 a 9: ao menos dois projetos B em um projeto C
- 6: ao menos C em todos projetos
Além disso, os testes ajustam o conceito final da seguinte maneira:
- Incrementa: se pelo menos 75% dos testes S, incrementa conceito final em um nível (ex: B sobe para A)
- Mantém: se pelo menos 40% dos testes S, mantém conceito final
- Decrementa: se menos de 40% dos testes S, decrementa conceito final em um nível (ex: A reduz para B)
Projetos
Nome | Projeto 1 | Projeto 2 | Projeto 3 | Conceito | Conceito após ajuste |
Faltas |
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Eduardo | B | |||||
Elizete | D (3) | |||||
Fernando L. | C | |||||
Fernando K. | A | |||||
Gilmar | C | |||||
Israel | A | |||||
Jadson | D* | |||||
Jailson | B | |||||
Jeferson | D (4) | |||||
Jhonnattan | A | |||||
Katia | A | |||||
Lucas O. | C | |||||
Lucas B. | B | |||||
Luiz Filippi | D (4) | |||||
Maicom | A | |||||
Marcelo Fabiano | C |
- OBS: D* = Indefinido (por ausência à avaliação)
- OBS 2: conceito acompanhado de ? = falta o relatório do projeto
Testes
Nome | T1 | T2 | T3 | T4/PC | T5 | T6 | T7 | T8 | T9 | T10 | T11 | Ajuste |
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Eduardo | I | I | S | I* | ||||||||
Elizete | I | I | S | S | ||||||||
Fernando L. | I | I | S | S | ||||||||
Fernando K. | S | I | S | S | ||||||||
Gilmar | S | I | I* | I | ||||||||
Israel | S | I | S | S | ||||||||
Jadson | S | I* | I* | I* | ||||||||
Jailson | S | I | S | S | ||||||||
Jeferson | I | I | S | S | ||||||||
Jhonnattan | D* | S | S | S | ||||||||
Katia | S | I | S | S | ||||||||
Lucas O. | I* | I | I* | I* | ||||||||
Lucas B. | S | I | S | I | ||||||||
Luiz Filippi | I* | I | S | I | ||||||||
Maicom | I | S | S | I* | ||||||||
Marcelo Fabiano | S | I* | S | S |
Obs: I* = não fez o teste
Equipes
Equipe | Membros |
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1 | Elizete, Fernando K., Katia |
2 | Fernando L. Israel, Jeferson |
3 | Jailson, Jhonnattan, Marcelo |
4 | Eduardo, Lucas O., Maicom |
5 | Lucas M., Luiz, Gilmar |
6 | |
7 |
23/03: Apresentação da disciplina
Aula 1 |
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Alguns textos interessantes
Oportunidades para Técnicos em Telecomunicações
Documentários sobre telecomunicações
Uma introdução a comunicação de dadosComunicação dados pode ser entendida como troca de informação entre dois dispositivos através de algum meio de comunicação. A comunicação ocorre no âmbito de um sistema de telecomunicações, composto por equipamentos (hardware) e programas (software). Um sistema básico de comunicação de dados se constitui de cinco componentes:
Atividade
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28/03: Conceitos básicos e início do projeto 1
Aula 2 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Nesta aula, será feito o seguinte: Apresentação do Projeto 1O projeto 1 tem por objetivo:
Começando o projeto
Identificação de softwares para centro de midiaA investigação da turma teve como fruto um conjunto de possíveis softwares para usar no projeto. A escolha de um desses softwares depende dele ser capaz de atender os requisitos listados na descrição do projeto. Assim, a tabela abaixo pretende sistematizar o cumprimento dos requisitos por esses softwares.
Uma visão geral (dos professores) sobre o projeto 1A realização do projeto 1 envolve a compreensão de um conjunto de conceitos. O mapa conceitual abaixo procura resumir as ideias envolvidas, e como elas se relacionam. Esse mapa pode ser melhorado ao longo do projeto ! |
30/03: Projeto 1: escolhendo e instalando o media center
Aula 3 |
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Na aula de hoje, será realizado o seguinte:
Instalação do centro de midiaNa aula anterior vocês procuraram por softwares que pudessem satisfazer as necessidades apontadas no projeto. Muitos softwares existem, dentre eles Kodi, Miro, Universal Media Server e Plex (devem existir ainda outros ...). Com base na tabela comparativa feita na aula passada, cada equipe deve escolher um deles para instalá-lo. Nosso objetivo é cada equipe ter um media center básico funcionando ao final da aula. Instalando o Kodi
Apesar do guia acima parecer curto e fácil, ele implica alguns conhecimentos para ser realizado a contento - e entendido ! Uma compreensão sobre o que é o sistema operacional Linux, quais seus elementos básicos, e como ele pode ser utilizado, são necessários para essa tarefa. Mas veremos isso à medida que instalarmos o Kodi. Algumas atividades para o uso do sistema operacionalAo longo do projeto 1 (e também do projeto 2) diversas atividades precisarão ser realizadas com o sistema operacional. Algumas delas são bastante corriqueiras, e por isso acabam sendo realizadas desde as primeiras vezes em que se usa o sistema. Elas envolvem:
ExercíciosPara exemplificar as atividades típicas de uso do sistema operacional, faça o seguinte:
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04/04: Projeto 1: Instalando fontes de mídia locais
Aula 4 |
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Na aula de hoje, será realizado o seguinte:
Instalação de fontes de midia locais no KodiCrie três fontes locais de midia no Kodi: uma para videos, outra para musicas e uma terceira para imagens. Em seguida copie arquivos de midia para seu computador e organize-os para que possam ser acessados por meio do Kodi. Caso não tenha em mãos esses arquivos de midia, use o seguinte:
Visualizando o conteúdo dos arquivosCada arquivo guarda um certo tipo de informação. Para poder visualizá-lo corretamente, deve-se usar um programa capaz de entender seu conteúdo, e mostrá-lo da forma esperada. Por exemplo, arquivos de video, música e imagem são reproduzidos pelo Kodi e outros programas. Arquivos de texto são visualizados e editados com editores de texto, e assim por diante. De forma geral, (quase) sempre existe ao menos um programa que sabe mostrar o conteúdo de um certo tipo de arquivo. Por convenção, o tipo de um arquivo é informado por sua extensão, que é a parte final do seu nome que vem após o . (ex: video.avi tem extensão .avi).
Os programas encontrados devem poder ser usados tanto no modo gráfico quanto em linha de comando (se possível).
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06/04: Projeto 1: continuação das atividades sobre linha de comando
11/04: Projeto 1: continuação dos exercícios sobre linha de comando
13/04: Projeto 1: transmitindo a midia pela rede
Aula 7 |
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Na aula de hoje, será realizado o seguinte:
Um pequeno desafio
Transmitindo a midia pela rede
A câmera IP mostrada em aula está nesta URL:
Em seguida, acesse o menu de videos do Kodi e veja os videos existentes em tele. Tente reproduzir um deles ... AtividadeInvestigue as outras formas de cadastrar fontes de midia remotas disponíveis no Kodi. Para cada uma delas, procure entender como funciona, e qual o método de acesso utilizado. |
18/04: Projeto 1: ajustes finos no centro de midia
Aula 8 |
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Na aula de hoje, será feito o seguinte: Compartilhando videos entre Kodi
Desafios
Para conseguir ativar essas funcionalidades no seu media center, são necessários alguns conceitos básicos sobre comunicação de dados e redes de computadores. Não custa revisá-los ... |
20/04: Projeto 1: Gravação de cópia de segurança do centro de midia
Aula 9 |
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Neste aula serão concluídas as atividades com editores de texto no Linux e apresentada uma introdução a cópias de segurança no Linux.
Ajustes finos no KodiO kodi é um programa cuja configuração e demais arquivos de trabalho residem em um diretório especial. Esse diretório é criado pelo próprio kodi para armazenar todos os arquivos necessários a suas operações. Ele se chama .kodi' e se localiza no diretório pessoal do usuário que executa o kodi. Investigue o subdiretório .kodi. Identifique a estrutura de subdiretórios ali contida, e também os arquivos armazenados.
A segunda atividade envolve o uso de um editor de texto, seja em modo gráfico ou em modo texto. Por fim, devem-se obter informações sobre o formato de texto dos arquivos de configuração do kodi (dica: esse formato é identificado pela extensão do nome desses arquivos). Atividade
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25/04: Projeto 1: Conclusão
Aula 10 |
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Neste aula serão concluídas as atividades propostas no Projeto 1: Finalização do Projeto 1Hoje deve-se concluir o projeto 1, para que possa ser entregue devidamente documentado na próxima aula (02/05 - 2a feira). Lembrem que o projeto deve cumprir os objetivos descritos lá na aula de 28/03. A versão final do projeto a ser apresentada deve conter também um toque pessoal de cada equipe. O centro de midia a ser mostrado deve conter ao menos um add-on não usual, que ofereça algum serviço ou funcionalidade extra interessante. Personalizações da interface também são bem-vindas ! A avaliação do projeto 1 se baseia em:
Um passeio pelo LinuxAo longo do projeto 1 usamos o Ubuntu, uma distribuição Linux. O Ubuntu se apresenta com um ambiente gráfico razoavelmente simples de usar, mas um tanto diferente de outros sistemas operacionais largamente conhecidos (Windows e MacOS-X). As necessidades do projeto foram satisfeitas em boa parte por aplicativos (programas) acessados por meio da interface gráfica, mas houve momentos em que foi necessário usar a interface de linha de comando. Originalmente o Linux, assim como outros sistemas operacionais variantes do Unix, ofereciam somente a interface de linha de comando em modo texto. Ainda hoje essa interface, conhecida como CLI (Command Line Interface), mantém-se muito utilizada por apresentar grande flexibilidade, expressividade, e possibilidade de automação de tarefas (outros motivos devem existir ;-). Por isso seu domínio é fundamental para os usuários técnicos, que utilizarão o sistema operacional em sua atuação profissional.
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27/04: Projeto 1: Conclusão
02/05: Projeto 1: Apresentação
Aula 12 | ||
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TarefasObs: as tarefas podem ser realizadas tanto pela interface gráfica quanto pela linha de comando, a não ser que se peça o contrário. Em ambos os casos, devem ser registrados de forma escrita os comandos ou ações realizados.
1. Crie uma fonte de video e outra de música no disco do seu computador. Ambas devem se chamar LOCAL. Em seguida, copie os arquivos de música e video existentes em:
2. Remova todos os arquivos que não sejam de música ou video, dentre os arquivos transferidos na tarefa 1. 3. Crie as seguintes fontes de video, música e imagens: Video: http://tele.sj.ifsc.edu.br/~msobral/pji/proj1/videos
Exemplo de um bom relatório
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04/05: Projeto 2: uma rede residencial com acesso a Internet
No projeto 1 foi implantado um centro de midia, e com ele alguns conceitos sobre sistemas operacionais e redes de computadores precisaram ser estudados. Esse projeto partiu do princípio de que a infraestrutura estaria pronta, portanto ele foi desenvolvido sobre um computador devidamente instalado e operacional, e também uma rede de computadores. Porém, em um caso real, possivelmente essa infraestrutura não exista.
O projeto 2 trata de, partindo do zero, implantar uma rede residencial com acesso a Internet. Essa rede deve ter ao menos um computador, uma rede sem-fio e um enlace ADSL para acesso a Internet. Esse novo projeto implica implantar o seguinte cenário:
O ponto de partida é instalar o computador do usuário. Esse computador deve ser preparado para disponibilizar um conjunto de softwares, uma vez que ele também deve se apresentar de forma conveniente para que uma pessoa o utilize para tarefas corriqueiras. Porém nem esse computador existe ainda ... ele deve primeiro ser montado.
Plano geral de trabalho do Projeto 2
A fazer coletivamente: quais as tarefas a serem realizadas para desenvolver este projeto ?
Tarefa 1: Iniciar pelo computador do usuário
- Montar seu computador
- Instalar o sistema operacional
- Escolher uma distribuição Linux do seu agrado. Alguns exemplos:
- Obter a imagem de instalação do sistema operacional. Elas estão em repositórios online, e há cópias de algumas delas aqui em um computador do laboratório:
- Gerar a midia com a imagem do sistema operacional a ser instalado.
- Identificar o procedimento para copiar a imagem de instalação na midia escolhida
- No caso de instalação em máquina virtual, basta vincular o arquivo de imagem (.iso) ao CD/DVD da máquina virtual.
- No caso de um computador real, há estas opções de midia de instalação: CD, DVD, Pendrive
- Iniciar o computador de forma que execute o instalador contido na midia de instalação
- Proceder a instalação do sistema operacional
- Particionar o disco de forma a poder atualizar totalmente o sistema operacional sem perder os arquivos de usuários
- Instalar softwares para uso geral pelo usuário (liste os softwares que você considera necessários ou interessantes ter em seu computador)
- Instalar os softwares do centro de midia
- Integrar o computador à rede
- Usar o computador com o sistema e softwares instalados !
OBS: para um primeiro contato, faremos uma instalação do sistema operacional em uma máquina virtual Virtualbox. Após ter o procedimento básico de instalação bem compreendido isso será repetido em um computador real.
09/05: Projeto 2: preparando o computador do centro de midia
- Investigação da estrutura de um computador
- Instalação de um sistema operacional
- Curiosidade: a carga (boot) do sistema operacional
Na aula anterior fizemos um aquecimento, em que instalamos um sistema operacional em uma máquina virtual. Hoje iremos repetir essa tarefa, porém usando um computador real. Assim a primeira parte do projeto 2 pode ser mais realista, simulando uma situação corriqueiramente enfrentada na prática.
Obtendo o computador
O computador de cada equipe precisa ser especificado e então montado. Os componentes necessários para cada computador precisam ser identificados e escolhidos, para então montá-los. Por isso, primeiro precisamos enumerar que componentes são esses. Para ajudar essa tarefa, primeiro vamos entender a estrutura geral de um computador do tipo PC.
- Um resumo conceitual sobre sistemas computacionais
- Principais componentes físicos de um computador
- Fotos de antigos computadores
- 30 anos do PC IBM
Um computador montado em seu gabinete
Uma placa-mãe de computador PC
Tabela de componentes dos computadores
Procure no seu computador os componentes da tabela abaixo. Identifique o fabricante e modelo, e demais informações úteis.
Micro | Componente | Descrição | Fabricante e modelo |
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1 | Processador | ||
HD | |||
Memória RAM | |||
Placa mãe | |||
Placa de video | |||
Interface de rede | |||
Interfaces E/S | |||
Fonte | |||
Placa de som | |||
2 | Processador | ||
HD | |||
Memória RAM | |||
Placa mãe | |||
Placa de video | |||
Interface de rede | |||
Interfaces E/S | |||
Fonte | |||
Placa de som | |||
3 | Processador | ||
HD | |||
Memória RAM | |||
Placa mãe | |||
Placa de video | |||
Interface de rede | |||
Interfaces E/S | |||
Fonte | |||
Placa de som |
Tarefa (trazer na aula de 16/05)
Você recebeu a tarefa de especificar um computador a ser comprado em sua empresa. Esse computador deve ser usado para rodar programas de escritório. A empresa optou por adquirir os componentes em separado, de forma a montar o computador. Sendo assim, selecione todos os componentes desse computador, informando fabricante, modelo e preço. Use componentes disponíveis em mercado atualmente. Inclua figuras para ilustrar as peças do computador que você escolheu.
Videos ilustrativos
- Eniac: o primeiro computador eletrônico
- Montando um computador
- Funcionamento de um processador
- Funcionamento de um disco rígido
- Outro video sobre funcionamento de um disco rígido
Instalação do sistema operacional
Para enriquecer o projeto 2, foi decidido que cada equipe deve escolher uma distribuição Linux e usá-la em seu computador. Porém, para facilitar o compartilhamento de informações e experiências entre as equipes, limitaram-se às seguintes distribuições, as quais possuem grande similaridade:
- Ubuntu ... (versão local)
- Debian ... (versão local)
A instalação do sistema operacional segue praticamente o mesmo procedimento da aula anterior. Porém desta vez será necessário gravar a imagem do instalador do sistema operacional em um DVD ou pendrive.
Particionamento do disco
Deve-se instalar o sistema operacional com particionamento manual do disco. As partições devem ser:
- /: a partição raiz, onde fica o sistema operacional e seus arquivos de configuração e também arquivos de log e temporários.
- /home: a partição dos usuários, onde ficam seus diretórios pessoais.
- swap: a partição de memória virtual, cujo tamanho deve ser ao menos igual ao da memória RAM instalada (na verdade, isso é discutível ... há muitas possibilidades para o tamanho da área de swap, e ela pode inclusive não existir).
disco dividido em partições |
O particionamento acima corresponde a uma instalação típica muito simples. A principal ideia por trás dessa escolha foi possibilitar que o sistema operacional fosse reinstalado sem que se percam os arquivos de usuários (e sem necessidade fazer backup para essa finalidade). Mas há outras possibilidades para particionamento do disco, dependendo do propósito para que o sistema operacional deve ser instalado. Essas variações serão melhor discutidas lá na 3a fase, na disciplina de Projeto 3.
Exercício
Os conceitos e termos técnicos vêm se acumulando gradativamente. Como exercício de compreensão, explique o que significa:
- sistema operacional
- partição
- sistema de arquivos
- particionamento manual
- partição raiz
- memória virtual
- memória RAM
- backup
- disco rígido (HD)
- placa de video
- monitor
- computador
- programas
- CPU (processador)
11/05: Projeto 2: ajuste fino da instalação do sistema operacional
Na aula de hoje serão vistos os seguintes temas:
- Conclusão da instalação do sistema operacional
- Exercício proposto
- Tarefa para a próxima aula
- Configuração da rede no computador da equipe
- Atividades
- Explorando a linha de comando
ATENÇÃO: TESTE NA PRÓXIMA 2A FEIRA (16/05)
O próximo teste trata do que foi estudado e realizado nesta semana:
- computador e seus componentes
- instalação do sistema operacional
Configuração da rede no computador da equipe
O projeto 2 envolve não somente instalar e fazer o ajuste fino do computador da equipe, mas também implantar a rede através da qual ele se comunica com outros dispositivos e com a Internet.
Se seu computador e demais dispositivos estão em rede, então eles precisam de um endereço para se encontrarem. Cada dispositivo capaz de se comunicar nessa rede precisa de um endereço único, para que as mensagens possam ser a eles destinadas. Na Internet esses são endereços IP, que nada mais são que números compostos por 32 bits. Por questão de legibilidade, esses números são expressos por quatro octetos (grupos de 8 bits) separados por pontos, como neste exemplo:
192.168.1.1
Os octetos desse endereço são: 192, 168, 1 e 1.
Exercícios:
- escreva o endereço acima em binário.
- quantos endereços IP são possíveis de existir ?
- qual o primeiro e o último endereço IP possível ?
Endereços IP podem ser atribuídos às interfaces de rede de um computador. Uma interface de rede é um hardware que conecta um computador a uma rede física (mas existem interfaces de rede virtuais ... na verdade o buraco é mais embaixo nessa história ;-). Nos sistemas Linux, e Unix em geral, isso pode ser feito por meio do programa ifconfig, que é um acrônimo para interface configuration. Com esse programa se pode tanto consultar a configuração das interfaces quanto modificá-las. Ex:
- Visualizar as interfaces ativadas e configuradas:
ifconfig
- Visualizar todas as interfaces:
ifconfig -a
- Visualizar a configuração de uma interface específica:
# ifconfig _nome_da_interface ifconfig eth0
- Desativar uma interface:
ifconfig eth0 down
- Ativar uma interface:
ifconfig eth0 up
- Modificar o endereço IP de uma interface:
ifconfig eth0 192.168.2.222
Atividade
- Desative o gerenciador de rede, que é um programa que tenta configurar automaticamente as interfaces de rede. Normalmente ele é útil, mas agora queremos entender os detalhes dessa configuração:
sudo service network-manager stop
- Configure o endereço IP da interface de rede do seu computador. A rede do laboratório usa endereços entre 192.168.1.1 e 192.168.1.254. Para o seu computador, use o endereço 192.168.1.(200+número da sua equipe).
# substitua XXX por 200+número da sua equipe sudo ifconfig eth0 192.168.1.XXX
- Adicione uma rota padrão, também chamada de rota default, a qual define que todos os demais endereçois da Internet são alcançáveis através do roteador 192.168.1.1:
sudo route add default gw 192.168.1.1
- Teste a comunicação pela interface de rede. Experimente executar este programa:
ping 192.168.1.1
- Desative a interface, e teste a comunicação.
- Reative a interface, e faça novo teste.
- Reinicie o computador, e veja se a interface continua configurada.
- Descubra como tornar a configuração da interface de rede permanente (tanto manualmente, no modo texto, quanto usando ferramentas administrativas gráficas).
- Curiosidade: quantos equipamentos existem na Internet ? Isso é impossível de descobrir exatamente, mas ao menos pode-se saber quantos endereços IP são possíveis de existir na Internet como um todo. Se cada equipamento necessita ao menos um endereço IP, o número encontrado pode dar uma ideia do tamanho da Internet ...
- Outra curiosidade: e se os endereços IP fossem maiores (tivessem mais bits) ? De fato, existe uma nova versão para esses endereços que usa 128 bits ao invés de 32. Quantos endereços seria possível usar nessa nova versão, chamada de IPv6 ?
16/05: Projeto 2: configuração da rede no computador
Na aula de 11/05 apresentaram-se princípios para a configuração de rede do computador. A título de recordação, identificaram-se três informações essenciais para que um computador possa acessar a rede (Internet):
- O endereço IP e máscara de rede do computador
- A rota default para acesso a Internet (ou o gateway)
- O endereço IP do servidor DNS a ser utilizado
Nas atividades realizadas naquela aula, essas informações foram devidamente descritas e então manualmente configuradas no computador. No entanto, da forma que isso foi feito, sempre que o computador for reiniciado deve-se refazer toda a configuração de rede. Isso não é conveniente em uma situação real.
Hoje será visto como tornar permanente a configuração de rede. Isso depende do sabor do sistema operacional Unix, o que vale também para os diferentes Linux (ex: Ubuntu, Debian, OpenSuse, Fedora, RedHat, ArchLinux, Slackware, ...). Para simplificar vamos nos concentrar nas duas variações de sistemas Linux que usamos em aula: Ubuntu e Debian.
Atividade
- Nos quatro passos a seguir, sempre visualize a configuração de rede obtida e teste a comunicação com a Internet.
- Por meio do NetworkManager crie as configurações de rede de seu computador de forma que se use DHCP.
- Ainda com o NetworkManager, crie uma configuração de rede estática. Use o IP 192.168.100+número de sua equipe, máscara de rede 255.255.255.0, roteador default 192.168.1.1 e servidor DNS 200.135.37.65.
- Refaça os dois passos anteriores, porém usando o arquivo /etc/network/interfaces.
- Em cada caso, reinicie o computador, e veja se a interface continua configurada.
- No caso da configuração com arquivo /etc/network/interfaces, experimente ativar e desativar interfaces de rede (veja os manuais desses comandos):
- O comando ifdown desativa uma interface
- O comando ifup ativa uma interface
- No caso do NetworkManager, como se podem ativar e desativar interfaces ?
O tema do projeto 2
O projeto 2 diz respeito à implantação de uma rede de computadores residencial com acesso a Internet via ADSL. A infraestrutura dessa rede será criada gradualmente ao longo do projeto, porém existe outra questão importante a ser resolvida. No projeto 1 usou-se o centro de midia como motivação para um primeiro contato com o sistema operacional Linux. Já no projeto 2, o software a ser usado fica a critério das equipes.
Cada equipe deve escolher um ou mais softwares a serem usados em sua rede. Algumas diretrizes devem ser obedecidas:
- deve-se implantar um software que ofereça um ou mais serviços na rede
- o software deve ser preferencialmente instalado usando o gerenciador de pacotes do sistema operacional
- a manutenção do software deve ser feita somente por um usuário com privilégio de administrador
- o software deve ser ativado automaticamente quando o sistema operacional iniciar
- os serviços oferecidos pelo software devem poder ser acessados a partir de outros computadores ou dispositivos móveis (celulares, tablets)
Um exemplo de software que atende esses requisitos é:
- Sistema de vigilância com câmeras
- Servidor para rede social
- Outro servidor para rede social
- Servidor de música (Internet Radio)
- Outro servidor de música (Internet Radio)
- Chat via web
18/05: Projeto 2: acesso remoto ao computador
Na aula de hoje serão desenvolvidas as seguintes atividades:
Atividade extra: acesso remoto ao computador
Um dos objetivos do projeto é adquirir familiaridade com a operação do sistema operacional. Após a instalação do seu computador, pode-se aproveitar a oportunidade para experimentar algumas ações comuns de serem feitas nesse tipo de sistema. Dentre elas, o acesso e administração remota de um computador é de grande utilidade.
O acesso remoto a um computador com sistema Linux (e Unix em geral) pode ser feito de diversas maneiras. Alguns métodos possibilitam executar aplicativos gráficos remotamente, ou mesmo abrir toda a área de trabalho (desktop). Outros possibilitam somente obter um terminal de texto. Neste experimento o segundo tipo de acesso será usado, por ser mais simples, rápido e representativo.
O acesso remoto a um terminal de texto atualmente se faz com um aplicativo chamado SSH (Secure Shell). Seu uso básico é bastante simples, bastando informar o endereço IP do computador onde se deseja fazer o acesso. Além disso, é necessário possuir uma conta de usuário nesse computador.
- No seu computador execute este comando para instalar o serviço SSH:
sudo apt-get install openssh-server
- Descubra o endereço IP do seu computador.
- Abra um terminal em outro computador do laboratório, e conecte-se no novo computador usando o SSH:
ssh usuario@IP_do_computador_alvo
- Experimente executar o pluma por meio desse acesso com SSH. Veja o resultado na tela gráfica do computador alvo. Execute-o desta forma:
env DISPLAY=:0 gedit
- Termine a conexão executando este comando:
exit
- Conecte novamente porém com este comando:
ssh -X usuario@IP_do_computador_alvo
- Agora execute este programa: ... e use-o para editar algum arquivo. Onde está esse arquivo que foi editado ?
gedit
- Experimente executar este comando pelo SSH:
sudo poweroff
- Outros comandos úteis para serem usados remotamente:
- ps: mostra os processos existentes
- top: mostra os processos mais ativos, junto com diversas informações sobre a utilização do sistema
- kill: mata um processo (ou apenas lhe envia um sinal ...)
- killall: mata todos os processos de acordo com algum critério (ex: pelo nome)
- Comandos para manipulação de diretórios (pastas)
- Comandos para manipulação de arquivos
- passwd: muda a senha de um usuário
- users: lista os usuários logados no sistema
- who: mostra quem está conectado a seu computador
- w: mostra quem está conectado em seu computador, e que programa está executando
- Saída do sistema
Agora que vocês já sabem como acessar remotamente um computador que rode Linux, experimentem acessar um servidor de teste existente na rede do IFSC. Esse servidor foi criado especialmente para nossa disciplina de Projeto. Pode-se acessá-lo tanto de dentro do câmpus São José, quanto de fora do IFSC. Seu nome DNS é prg2.sj.ifsc.edu.br (e seu endereço IP é 200.135.233.75), e o usuário é aluno (a senha será fornecida em aula).
- Que arquivos de video existem lá ? E de música ?
- Copie os arquivos identificados para o seu computador. Dica: veja os programas ftp, scp, sftp e wget.
Exemplos de uso do comando scp |
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# Copia o arquivo teste.txt para o diretório pessoal do aluno no computador 200.135.233.75
# Note que "." é o diretório de destino no computador remoto, que corresponde ao diretório de trabalho
# acessado pelo scp ... como o acesso foi realizado como usuário aluno,
# "." corresponde ao diretório pessoal do aluno
scp teste.txt aluno@200.135.233.75:.
# Faz o inverso ... copia o arquivo teste.txt para o diretório atual
scp aluno@200.135.233.75:teste.txt .
# Agora copia todos os arquivos com extensão mp3 para o diretório "Downloads"
# no computador remoto
scp *.mp3 aluno@200.135.233.75:Downloads/
# Por fim, copia todos os arquivos .mp3 do computador remoto de volta para seu computador,
# para dentro do subdiretório "Musicas"
scp "aluno@200.135.233.75:Downloads/*.mp3" Musicas/
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- Agora copie algum arquivo do seu computador para esse computador da disciplina. Crie lá uma pasta com o seu nome, e coloque os arquivos lá dentro.
OBS:
- se você estiver usando um computador com Linux ou MAC-OS X, use o programa ssh para fazer o acesso remoto.
- se estiver usando Windows, use o programa putty, que é um cliente SSH.
23/05: Projeto 2: Criando partições
Na aula de hoje serão desenvolvidas as atividades sobre particionamento de disco.
Atividade
Uma nova partição deve ser criada em seu disco rígido (HD). Imagine que essa partição será usada para armazenar arquivos de midia (filmes e músicas), e deve estar montada em /home/midia. Porém como na instalação do sistema operacional todo o espaço em disco já foi alocado (utilizado), é necessário reparticionar o disco com o menor esforço possível (e sem perder arquivos !).
Passos:
1. Na linha de comando, investigue como foi realizado o particionamento do disco. O disco rígido é do tipo SATA, e dentro do Linux ele é representado pelo pseudo-arquivo /dev/sda (um resumo sobre nomes de discos no Linux). Mostre as partições desse disco usando o programa fdisk:
sudo fdisk -l /dev/sda
2. Agora verifique o particionamento do novo disco rígido, o qual se chama /dev/sdb.
3. Crie duas partições nesse novo disco, de forma que uma ocupe 2/3 de seu espaço total. Você precisará usar o programa fdisk para isso.
4. Formate as partições criadas: a formatação envolve escolher um tipo de sistema de arquivos e então usar seu formatador.
Sistema de arquivos | Formatador |
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ext4fs | mke2fs -t ext4 -j nome_do_disco_e_partição |
ext3fs | mke2fs -t ext3 -j nome_do_disco_e_partição |
vfat | mkfs.vfat nome_do_disco_e_partição |
xfs | mkfs.xfs nome_do_disco_e_partição |
JFS | mkfs.jfs nome_do_disco_e_partição |
5. Monte os novos sistemas de arquivos em:
5.1 /home/midia (maior sistema de arquivos ou partição):
mount nome_do_disco_e_partição /home/midia
5.2 /opt:
mount nome_do_disco_e_partição /opt
6. Verifique a capacidade dos novos sistemas de arquivos:
df -k /home/midia
df -k /opt
7. Teste a criação de arquivos e diretórios nesses novos sistemas de arquivos.
8. Torne permanente a montagem desses sistemas de arquivos em /home/midia e /opt ... vejam para isso o arquivo /etc/fstab.
25/05: Projeto 2: rotas em uma rede de muitas redes !
Como visto na aula de 11/05, cada dispositivo em uma rede precisa ter um endereço IP para que possa se comunicar com outros dispositivos. Porém isso não é suficiente: os dispositivos devem saber que direção tomar para chegar até cada outro dispositivo. Se o dispositivo de destino estiver na mesma rede, então basta transmitir o pacote a ele diretamente. Mas e se ele estiver em outra rede ? Por exemplo, e se um computador no laboratório de Redes 1 quiser se comunicar com outro que está na reitoria do IFSC ? Como esse pacote deve ser transmitido nesse caso?
Antes de prosseguir na investigação desse assunto, é necessário uma visão geral sobre redes de computadores e a Internet. Isso deve ajudar a entender como as comunicações acontecem nessa grande rede.
No diagrama que mostra simplificadamente a rede do projeto 2, a rede externa é representada como uma nuvem. Isso significa que sua estrutura interna é desconhecida, ou não é relevante mostrá-la. No caso da Internet, na verdade seria impossível apresentar toda sua estrutura, pois essa rede hoje em dia é gigantesca, além de estar sempre em mutação. Mas ao menos um esboço da rede do Ifsc pode ser apresentado, como se pode ver a seguir. Ao visualizá-la, deve-se novamente imaginar como é possível encaminhar pacotes através dela, de forma que cheguem a seus destinos.
Uma visão geral da rede do Ifsc (e bem simplificada !)
Em primeiro lugar, deve-se imaginar como a Internet está implantada (ao menos do ponto de vista das subredes). A palavra internet significa rede composta por redes, e, no caso da Internet, cada uma das redes que a constitui é chamada de subrede. Se alguém pudesse ver o mapa da Internet, pareceria uma grande malha, com milhares de fios (enlaces) se entrelaçando. Nas junções desses fios estão equipamentos que roteiam (direcionam) pacotes a seus destinos. Os equipamentos finais, que são usados por pessoas para rodas os aplicativos de rede, estão na borda de toda essa malha ... nas pontas dos fios. No fim, isso parece um grande mapa, e como tal ele pode ser percorrido por um ou mais caminhos para se ir de um ponto a outro.
Um mapa da Internet (bem abstrato ...) | Rede Ipê: a Rede Nacional de Pesquisa que originou a Internet no Brasil |
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Essa analogia do mapa pode ser experimentada usando o Google Maps. Experimente traçar caminhos entre o IFSC-SJ e vários destinos (mesmo em outras cidades), e visualize como ele descobre o caminho. Observe também que critério é usado para escolher o caminho ... pois é normal que exista mais de uma opção.
Mas o que isso tem a ver com redes ? Muita coisa: a forma com que o Google Maps descobre caminhos se baseia nos mesmos conceitos usados para descobrir rotas entre dispositivos na Internet. E voltando a redes de computadores, também é possível descobrir que caminho os pacotes percorrem para ir de um ponto a outro na Internet.
Experimento:: use o programa traceroute para descobrir os caminhos percorridos por seus pacotes. Teste-o com vários possíveis destinos:
- www.ufsc.br
- www.unicamp.br
- www.brasil.gov.br
- www.nasa.gov
- english.pravda.ru
- www.china.org.cn
- finland.fi
O que significam as informações mostradas por esse programa ?
Estes outros aplicativos descobrem rotas e as mostram sobre um mapa mundial.
Rotas no Linux
Cada computador ligado a Internet possui uma tabela de rotas. É por meio de tal tabela que ele sabe como transmitir os pacotes para cada destino. Em seu computador, você pode visualizar essa tabela da seguinte forma:
# Isto funciona em qualquer *nix que se preze ...
netstat -rn
Ao se configurar uma interface de rede, cria-se uma rota automática para a subrede diretamente acessível via aquela interface. Isto se chama roteamento mínimo. Por exemplo, se uma interface de rede foi configurada com o endereço IP 192.168.10.1/16, sua tabela de rotas pode se apresentar assim:
aluno@M1:~> ifconfig eth1 192.168.10.1 netmask 255.255.0.0
aluno@M1::~> netstat -rn
Kernel IP routing table
Destination Gateway Genmask Flags MSS Window irtt Iface
192.168.0.0 0.0.0.0 255.255.0.0 U 0 0 0 eth1
127.0.0.0 0.0.0.0 255.0.0.0 U 0 0 0 lo
Usualmente, é suficiente definir uma única rota adicional para um computador, chamada de rota default (ou rota padrão). Essa rota tem o seguinte significado: se o destino não estiver em minha própria subrede, e nenhuma outra rota específica existir para a subrede onde se encontra, então repasse o pacote para o roteador indicado. Em um computador Linux isso pode ser feito assim:
# adiciona a rota default, que passa pelo roteador 192.168.10.100
route add default gw 192.168.10.100
Outra forma de adicionar essa rota é:
# este comando tem o mesmo efeito que o anterior ...
route add -net 0.0.0.0/0 gw 192.168.10.100
Isso não parece complicado, e à primeira vista realmente não é :-) Ao se instalar um novo equipamento em uma rede, seja um computador, tablet, ponto de acesso ou smart TV, basta configurá-lo com a rota default para que possa se comunicar com a Internet. Na verdade, nem isso normalmente é necessário, pois esses equipamentos são capazes de se autoconfigurarem como mágica (mais tarde veremos como !). Porém existe uma matemática interessante por trás de como essas rotas funcionam, e vale dar uma olhada.
Rotas, prefixos de rede e máscaras
Uma rota serve para informar como se chega a um determinado destino. Um destino pode ser um único endereço IP, ou uma subrede (que contém um conjunto de endereços IP). Para que um pacote IP chegue a um destino, deve-se transmiti-lo para o próximo roteador em direção a esse destino. Esse próximo roteador também deve conhecer uma rota para tal destino, repetindo o mesmo processo (reveja o experimento com 'traceroute). Ao menos duas informações compõem cada rota:
- O próximo roteador, expressado por um endereço IP: o endereço IP do próximo roteador (também chamado de gateway, que significa portal em inglês), o qual deve pertencer à mesma subrede do equipamento que o especifica em uma rota.
- O destino, que é expressado como uma subrede: Uma subrede é representada por um prefixo de rede e uma máscara. O prefixo são os N bits mais significativos comuns a todos os endereços IP contidos em uma subrede (lembre que um endereço IP tem 32 bits). A máscara informa quantos bits tem o prefixo. A combinação de prefixo de rede e máscara funciona da seguinte forma:
Imagine que exista uma subrede contendo os endereços de 192.168.2.0 até 192.168.2.255. Se representarmos esses endereços em binário, podemos ver que os 24 bits mais significativos são os mesmos para todos os endereços:
A máscara de rede tem a forma de um endereço IP, porém com bits 1 na parte correspondente ao prefixo, e 0 no resto. Assim, para o exemplo acima a máscara de rede é 255.255.255.0. Outra forma de representar a máscara é simplesmente informar o tamanho em bits do prefixo, e no exemplo a máscara seria 24. Juntando o prefixo e a máscara, a subrede pode ser representada de uma destas duas formas:
- 192.168.2.0/255.255.255.0
- 192.168.2.0/24
Agora imagine que o prefixo tenha 28 bits, como mostrado nesta figura:
Por ter um prefixo mais longo, o tamanho dessa subrede é menor. Isso significa que ela contém menos endereços IP, tanto que o primeiro endereço é 192.168.2.0 e o último é 192.168.2.15. Essa subrede poderia ser representada por:
- 192.168.2.0/255.255.255.240
- 192.168.2.0/28
Aproveitando esse exemplo, pode-se mostrar uma outra subrede que, apesar de não parecer, é diferente da anterior:
Essa outra subrede contém endereços entre 192.168.2.16 e 192.168.2.31. Essa subrede poderia ser representada por:
- 192.168.2.16/255.255.255.240
- 192.168.2.16/28
Exercícios
Resolva estes exercícios sobre subredes, prefixos e máscaras.
- O tamanho de uma subrede é definido pela quantidade de endereços IP que ela contém. Quais os tamanhos de cada subrede mostrada nos exemplos da seção anterior ?
- Sejam as subredes A: 192.168.2.48/28, B: 192.168.2.64/26, C: 192.168.2.192/27, D: 192.168.2.128/29 e E: 192.168.2.0/27. Informe em qual dessas subredes se encontram estes endereços IP:
- 192.168.2.126
- 192.168.2.25
- 192.168.2.62
- 192.168.2.200
- 192.168.2.100
- 192.168.2.80
- Informe qual o tamanho de cada uma das subredes do exercício anterior.
- Informe quais o primeiro e último endereços IP de cada uma daquelas subredes.
- A subrede 192.168.2.0/24 foi subdividida em subredes de tamanho 32. Liste todas as subredes que são possíveis definir com essas características (informe prefixo e máscara).
- A subrede 192.168.2.0/24 foi subdividida em subredes com máscara 26. Liste todas as subredes que são possíveis definir com essas características (prefixo e máscara), informando também seus tamanhos.
- Uma subrede do câmpus é 172.18.128.0/18. Calcule seu tamanho, seu endereço inicial e final.
- Calcule o tamanho, endereço inicial e final da rede sem-fio do IFSC.
30/05: Projeto 2: experimentando usar rotas
Hoje devemos continuar a configuração da rede IP iniciada semana passada. Isso será usado para:
- Verificar se computador de cada equipe se comunica em sua rede.
- Isolar os computadores das equipes em suas redes
Este pequeno simulador de roteamento pode ser usado para experimentar outras redes:
ATENÇÃO: TESTE DIA 01/06 (4a feira)
O teste tratará de particionamento de disco e endereçamento IP.
Atividade 1
Cada equipe deve imaginar que esteja usando uma subrede exclusiva. Para padronizar, as subredes devem ter esta numeração: 192.168.1X.0/24, sendo X o número da equipe. Com base nisso:
- Configure o computador da equipe para usar um endereço dessa subrede.
- Tente se comunicar com computadores de outras equipes ... é possível ? O que se pode concluir quanto a isso ? Note que todas equipes usam a mesma rede física.
- Defina a rota padrão do seu computador, a qual deve apontar o último endereço IP válido da sua subrede (esse é o computador do professor).
- Repita o teste de comunicação com outras equipes. O resultado foi diferente ?
- Use o traceroute para entender como seu computador se comunica com computadores de outras equipes, e com computadores fora do Ifsc.
- Acrescente ao menos um computador à subrede de sua equipe. Use uma máquina virtual em algum computador do laboratório para fazer o papel do novo computador.
A rede a ser implantada no laboratório se parece com esta:
Atividade 2
Nesta outra atividade, aproveitam-se as subredes exclusivas de cada equipe para criar uma outra rede no laboratório, que deve ter esta topologia:
Assim como na atividade 1, os computadores nessa rede devem conseguir se comunicarem com a Internet, e também se comunicarem entre si. Para facilitar a atividade, devem-se usar máquinas virtuais com duas interfaces de rede ativadas.
O que todo host deve possuir
Com o que se fez até o momento, pode-se concluir que todo host (computador, tablet, smartphone, ..., qualquer dispositivo que rode aplicações da Internet) precisa de:
- Endereço IP e máscara de rede: um host precisa de um endereço para que posa se comunicar com outros hosts. A máscara de rede informa o tamanho da subrede IP em que ele se encontra.
- Rota default (padrão): para se comunicar com hosts de outras subredes, é preciso enviar os pacotes para um roteador que saiba encaminhá-los a seus destinos. O roteador default (ou padrão) é um roteador para quem se destinam todos esses pacotes. Tecnicamente ele corresponde à rota para o destino 0.0.0.0/0.
- Endereço IP do servidor DNS: usuários costumam endereçar hosts e servidores por seus nomes de domínio, e não por seus endereços IP. Isso é muito mais fácil de memorizar do que os endereços numéricos. Como explicado em aula, nomes de domínio são análogos a nomes de assinantes em um catálogo telefônico. No entanto, as aplicações precisam dos endereços IP para se comunicarem. O servidor DNS faz a tradução de nome de domínio para endereço IP, e é usado pelas aplicações transparentemente (isso é, você não percebe que isso ocorre). O endereço desse servidor deve ser configurado em cada host, para que se possam traduzir nomes de domínio.
Foi visto também que cada sistema operacional guarda essas informações em arquivos específicos. O endereço do servidor DNS fica no arquivo /etc/resolv.conf, e isso é o mesmo para todos os sistemas operacionais usados em aula. As demais informações ficam em arquivos diferentes, dependendo do sistema operacional. Por exemplo, sistemas da família Debian (o que inclui Ubuntu) guardam isso em:
/etc/network/interfaces
01/06: Implantação das redes locais das equipes
- Manual do Ponto de acesso sem-fio Edimax EW-7209APG
- Manual do Roteador sem-fio TP-Link WDR 4300
- Manual do Roteador sem-fio TP-Link WR 941ND
- Manual do Roteador sem-fio D-Link DI-524
Cada equipe deve implantar sua própria rede local, composta pelo computador, um roteador e ponto de acesso sem-fio, e um ou mais dispositivos (hosts) adicionais. A rede portanto deve ficar parecida com o diagrama apresentado no início do projeto 2:
Por questões de disponibilidade, usaremos um equipamento que combina as funções de roteador e ponto de acesso (AP). Usaremos também um switch para interligar o computador de cada equipe e esse roteador.
O cenário no laboratório deve ser o seguinte:
Equipamentos de interligação para pequenas redes locais (LAN)
Uma LAN serve para interconectar equipamentos (computadores, servidores, roteadores, ...) relativamente próximos entre si. As distâncias envolvidas são tipicamente de algumas dezenas de metros, podendo chegar em alguns casos a até poucas centenas de metros. Essas redes apresentam como características:
- altas taxas de transmissão: o usual é 1 Gbps (1 bilhão de bits por segundo, que equivalem a cerca de 125 milhões de bytes por segundo). A geração anterior das LANs Ethernet operava a 100 Mbps (100 milhões de bits por segundo, ou dez vezes mais lento que as LANs de 1 Gbps), e ainda se encontram dispositivos que operam nessa taxa de transmissão.
- baixo custo: as interfaces de rede dos equipamentos são baratas (algumas dezenas de R$), assim como os equipamentos de interconexão (switches) e cabos.
- alta qualidade de transmissão: essas redes são virtualmente isentas de erros de transmissão. Quando eles ocorrem, é sinal de má-instalação ou defeito em equipamentos.
Hoje em dia a tecnologia de rede usada para criar LANs se chama Ethernet (o nome oficial é IEEE 802.3, que é o padrão que a define).
LANs são muito difundidas. São usadas em redes domésticas, redes de pequenos escritórios, grandes redes corporativas, redes em escolas, e possivelmente outros ambientes. A rede do IFSC, que interliga os laboratórios e os servidores do câmpus, é composta de algumas LANs interconectadas. Em todos esses casos, a configuração usual das LANs envolve o uso de:
- dispositivos com interfaces de rede Ethernet: dispositivos são computadores, roteadores, e demais equipamentos que se comunicam através da LAN.
- switches Ethernet para interligar os dispositivos: switches funcionam como concentradores (na verdade, comutadores), onde todos os dispositivos são conectados por meio de cabos.
- cabos e conectores: os cabos usados são do tipo par-trançado, porque dentro deles existem quatro pares trançados de fios. Para conectá-los se usam conectores RJ-45. Esses cabos devem ter comprimento máximo de 100m.
Para criar uma LAN, deve-se usar um switch com uma quantidade de portas igual ou maior que a quantidade de dispositivos a serem interligados. A figura abaixo mostra uma pequena LAN com um switch:
Em uma LAN, switches podem também ser interligados. Isso na prática aumenta a quantidade de dispositivos que podem existir na LAN, e também as distâncias entre eles (lembre que cada cabo tem um comprimento máximo da ordem de 100m):
Se a LAN for composta de apenas dois dispositivos, então um switch se torna desnecessário. Assim, os dispositivos podem ser conectados diretamente: