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A associação em paralelo de fontes de corrente rege-se por um conjunto de regras semelhante àquele estabelecido para a associação em série de fontes de tensão. Neste caso, a corrente colocada aos terminais de uma associação em paralelo é dada pela soma das correntes parciais (Figura 4.a e 4.b), que naturalmente deve ter em conta as polaridades respectivas. No caso das fontes de corrente reais, Figura 4.16.c, o valor da resistência interna é dada pelo paralelo das resistências internas parciais, o que torna a fonte de corrente mais acentuadamente não ideal.
 
A associação em paralelo de fontes de corrente rege-se por um conjunto de regras semelhante àquele estabelecido para a associação em série de fontes de tensão. Neste caso, a corrente colocada aos terminais de uma associação em paralelo é dada pela soma das correntes parciais (Figura 4.a e 4.b), que naturalmente deve ter em conta as polaridades respectivas. No caso das fontes de corrente reais, Figura 4.16.c, o valor da resistência interna é dada pelo paralelo das resistências internas parciais, o que torna a fonte de corrente mais acentuadamente não ideal.
  
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Figura 4 - Associação em paralelo de fontes de corrente.
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=Teorema da Superposição=
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;Nota: A associação em série de fontes de corrente ideais com valores nominais distintos conduz a uma indeterminação no nó de interligação, devido a '''não''' verificação da Lei de Kirchhoff das correntes. No nó comum às duas fontes deve verificar-se sempre a igualdade i<sub>1</sub>-i<sub>2</sub>=0, ou, o que é o mesmo, i<sub>1</sub>=i<sub>2</sub>.
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=Princípio da Superposição=
  
 
O teorema da superposição para circuitos elétricos afirma que a corrente elétrica total em qualquer ramo de um circuito bilateral linear é igual a soma algébrica das correntes produzidas por cada fonte atuando separadamente no circuito. Isto vale também para tensões elétricas.
 
O teorema da superposição para circuitos elétricos afirma que a corrente elétrica total em qualquer ramo de um circuito bilateral linear é igual a soma algébrica das correntes produzidas por cada fonte atuando separadamente no circuito. Isto vale também para tensões elétricas.

Edição atual tal como às 12h51min de 24 de outubro de 2017

Teorema de Millman

O Teorema de Millman apresenta um método usado para reduzir um número qualquer de fontes de tensão em paralelo a apenas uma. Este teorema constitui um caso especial da aplicação do teorema de Thévenin. A Figura 1 apresenta um exemplo de simplificação utilização o teorema de Millman.

Fig49 CEL18702.png

Figura 1 - Teorema de Millman para simplificação de fontes de tensão.

O primeiro passo é transformar as fontes de tensão com resistência em série em fontes de corrente com resistências em paralelo. A seguir, deve-se calcular o circuito equivalente com uma única fonte de corrente e uma única resistência. Estes cálculos são feitos da seguinte maneira:

A transformação do circuito fonte de corrente e resistência em paralelo em fonte de tensão e resistência em série deve ser realizada da seguinte maneira:

Exemplo

Determinar a corrente na resistência de 5 ohms utilizando o teorema de Millman. Confirme os resultados utilizando o teorema de Thevenin.

Fig50 CEL18702.png


Solução
Teorema de Milman

Corrente (I):

Resistência equivalente (R):

Logo:


Associação de Fontes

Fontes de Tensão

A associação em série de fontes de tensão permite aumentar a diferença de potencial disponibilizada para efeitos de alimentação de um circuito. Um exemplo da associação em série de fontes é a utilização de múltiplas pilhas para alimentar aparelhos eletrodomésticos como lanternas, rádios portáteis. Com efeito, é comum associarem-se em série quatro pilhas de 1.5 V (corretamente associadas) para definir uma fonte de alimentação de 6 V.


A tensão disponível aos terminais de uma associação em série de fontes de tensão é dada pela soma das tensões parciais. Como se indica nas Figuras 2 (a) e 2 (b), a adição dos valores nominais das tensões deve ter em conta a polaridade da ligação: polaridades concordantes adicionam-se (a), e polaridades discordantes subtraem-se (b). Por outro lado, no caso das fontes de tensão com resistência interna não nula, como na Figura 2 (c), o valor da resistência interna resultante é dado pela soma das resistências internas de cada uma das fontes. A associação em série conduz, por conseguinte, a uma fonte cuja resistência interna é superior àquela característica de cada uma, considerada isoladamente.


Fig106 CEL18702.png

Figura 2 - Associação em série de fontes de tensão.


A associação em paralelo de fontes de tensão é uma operação cuja realização prática necessita de alguns cuidados. Esta recomendação é particularmente verdadeira nos casos em que as fontes de tensão apresentam valores nominais bastante diferenciados e resistências internas reduzidas. Como se ilustra na Figura 3 (a), no caso particular em que as fontes de tensão são ideais e apresentam valores nominais distintos, a sua ligação em paralelo define uma malha cuja solução é apenas compatível com a circulação de uma corrente de valor infinito. Na realidade, a corrente entre as fontes é sempre limitada pelas respectivas resistências internas Figura 3 (b), valor que pode ser bastante elevado se estas não dispuserem de mecanismos de proteção.


Fig107 CEL18702.png

Figura 3 - Associação em paralelo de fontes de tensão.

A associação em paralelo de fontes de tensão é o objeto do Teorema de Millman. De acordo com as regras estabelecidas para a transformação de fonte, o circuito representado na Figura 3 (b) pode ser sucessivamente transformado nos circuitos equivalentes representados em (c) e (d). Na primeira transformação, Figura 3 (c), substitui-se cada uma das fontes de tensão pela respectiva fonte de corrente equivalente, efetuando-se depois, sucessivamente, as associações em paralelo das fontes de corrente e das resistências internas, e a transformação inversa numa fonte de tensão com resistência interna. É facilmente demonstrável que os parâmetros da fonte de tensão resultante são:

e


respectivamente para o valor nominal da tensão e para a resistência interna.


Fonte de Corrente

A associação em paralelo de fontes de corrente rege-se por um conjunto de regras semelhante àquele estabelecido para a associação em série de fontes de tensão. Neste caso, a corrente colocada aos terminais de uma associação em paralelo é dada pela soma das correntes parciais (Figura 4.a e 4.b), que naturalmente deve ter em conta as polaridades respectivas. No caso das fontes de corrente reais, Figura 4.16.c, o valor da resistência interna é dada pelo paralelo das resistências internas parciais, o que torna a fonte de corrente mais acentuadamente não ideal.

Fig130 CEL18702.png

Figura 4 - Associação em paralelo de fontes de corrente.


Nota
A associação em série de fontes de corrente ideais com valores nominais distintos conduz a uma indeterminação no nó de interligação, devido a não verificação da Lei de Kirchhoff das correntes. No nó comum às duas fontes deve verificar-se sempre a igualdade i1-i2=0, ou, o que é o mesmo, i1=i2.

Princípio da Superposição

O teorema da superposição para circuitos elétricos afirma que a corrente elétrica total em qualquer ramo de um circuito bilateral linear é igual a soma algébrica das correntes produzidas por cada fonte atuando separadamente no circuito. Isto vale também para tensões elétricas.

Video aula

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Exemplo

Superposição (Sistemas Lineares)

A resposta de um circuito linear a várias excitações simultâneas é igual à soma das respostas individuais a cada uma das excitações.

Procedimento:

1. Calcula-se a solução para o estado inicial, anulando-se as entradas (curto-circuitando as fontes de tensão e abrindo as fontes de corrente).

2. Calcula-se a solução para cada fonte, anulando-se as condições iniciais e as demais fontes do circuito.

3. Somam-se as soluções individuais.


Fig45 CEL18702.png

Figura 1 - Circuito original com uma fonte de tensão e outra de corrente.

Determinar a corrente i

Fig45b CEL18702.png

Figura 2 - Circuito a partir da fonte de tensão.

Fonte de tensão
Solução



Fig45c CEL18702.png

Figura 3 - Circuito a partir da fonte de corrente.

Fonte de corrente
Solução




Resultado
Solução




Verificação através da análise de malha
Solução


malha 1

malha 2

Logo

Como:


Exercícios

Superposição

[1] Determinar a Corrente I no circuito abaixo usando o teorema da Superposição.


Fig62 CEL18702.png


[2] Qual a corrente sobre o resistor de 12 ohms?


Fig99 CEL18702.png

[3] Para o circuito abaixo, calcule o valor da tensão V0, utilizando:

a) O Teorema de de Thevenin (5 escores)

b) O Princípio da Superposição (5 escores)


Fig112 CEL18702.png


Resposta

V0=-8V


[4] Para o circuito abaixo, calcule o valor da corrente I0, utilizando:

a) O Teorema de de Thevenin (5 escores)

b) O Princípio da Superposição (5 escores)


Fig113 CEL18702.png


Resposta

I0=-1A


[5] Para o circuito abaixo, calcule o valor da tensão V0, utilizando:

a) O Teorema de de Thevenin (5 escores)

b) O Princípio da Superposição (5 escores)


Fig114 CEL18702.png


Resposta

V0=-4,5V (confirmar)

[6] Para o circuito abaixo, calcule o valor da tensão V0, utilizando:

a) O Teorema de de Thevenin (5 escores)

b) O Princípio da Superposição (5 escores)


Fig115 CEL18702.png


Resposta

V0=-30V (confirmar)


[7] Para o circuito abaixo, calcule o valor da corrente I0, utilizando:

a) O Teorema de de Thevenin (5 escores)

b) O Princípio da Superposição (5 escores)


Fig116 CEL18702.png


Resposta

I0=-2A

Millman

[1] Calcule, utilizando o teorema de Millman, o circuito equivalente ao circuito dado, visto de (A e B). Calcule tensão e corrente em .


Fig48 CEL18702.png
Solução


[2] Calcule VAB com o circuito em aberto e depois com Rc=3Ω ligada ao circuito.

Fig102 CEL18702.png


Respostas

VTh=4,2V; RTh=RN=3Ω; IN=1,4A; VAB=2,1V


[3] Calcule a tensão sobre o resistor de 4Ω.


Fig109 CEL18702.png


Respostas


V=6,9V



[4] Calcule a tensão sobre o resistor de 6Ω.


Fig108 CEL18702.png


Respostas


V=-14,8V


[5] Utilizando o método dos nós calcular a corrente I0 para o circuito abaixo.


Fig105 CEL18702.png


Respostas

I0=0,33uA


[6] Utilizando análise de nós, determine o valor de VX para o circuito abaixo.

Fig104 CEL18702.png


Respostas

VX=26,3mV


[7] Determine os equivalentes de Thévenin e de Norton do circuito abaixo. Calcule VAB com Rc=3Ω ligada ao circuito.

Fig102 CEL18702.png


Respostas

VTh=4,2V; RTh=RN=3Ω; IN=1,4A; VAB=2,1V


[8] Calcule os equivalentes de Thévenin e de Norton para o circuito abaixo. Calcule VAB com RL ligada ao circuito.

Fig103 CEL18702.png


Solução
Thevenin

Só existe uma malha de corrente no circuito e é a de 2mA. Lembre-se que entre A e B está aberto.Como não há corrente circulando pelo R2, a tensão VAB é a soma da queda de tensão no resistor R1 mais a fonte de 4V.

Sabendo que a corrente de malha é 2mA fica:


Para calcular a resistência equivalente a fonte de corrente fica em aberto enquanto a fonte de tensão fica em curto, logo:


Para calcular o IN fazemos:


Colocando de volta o resistor da carga RL, o VAB que é a tensão sobre a carga fica:

então, o novo VAB é


Confirmando todos os resutados:

VTh=8V; RTh=RN=5kΩ; IN=1,60mA; VAB=-1,33V


Norton

Pessoal, como não gosto de deixar coisas mal resolvidas, vejam como fica a análise principal do circuito, com Norton, utilizando a Lei de Kirchoff (foi aí que "erramos"). O sentido da corrente i1 é entrando no nó, juntamente com a corrente de 2mA. Logo, a corrente i2 que sai do nó é soma de i1 mais 2mA. Vejam como fica:

Equação 1:

Logo,

Equação 2: (passando pela malha de fora)


Resolvendo o sistema (Cramer)



Daí é só fazer os outros cálculos.


Prof. Douglas A.

Referências

[1] http://www.corradi.junior.nom.br/teoremas_exer_resolvido.pdf

[2] http://www.ufrgs.br/eng04030/Aulas/teoria/cap_04/assocfon.htm

[3] http://www.dt.fee.unicamp.br/~www/ea612/node140.html



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