TV - Satelite

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História

 O primeiro sinal de tv por satélite foi realisado da Europa para o satélite Telstar sobre a América do Norte em 1962. 
 O primeiro satélite geosincrônico, Syncom 2 foi lançado em 1963.  
 O primeiro satélite comercial com fins de telecomunicações, chamado Intelsat I foi lançado em 1965. O primeiro canal de tv por satélite, chamado Orbita, foi criado na União Soviética em 1967.

Tecnologia

Satélites usados para sinais de tv tem geralmente ou com orbita muito elíptica (com inclinação de +/-63.4° e período orbital de 12 horas) ou orbita estacionária à 37.000km de altura da linha do equador. Para um satélite poder transmitir seu sinal de tv primeiramente o satélite recebe o sinal vindo da Terra de uma estação (chamado de Uplink), específica para isso. Estas estações de transmissão de sinal de tv por satélite possuem discos de satélites muito grandes, chamados “Uplink dishes”, no qual seu tamanho varia entre 9 e 12 metros de diâmetro. O fato dos Uplink dishes serem muito grandes é para facilitar a mira para o satélite, assim como a potência do sinal. O sinal de Uplink é enviado em uma frequência específica no qual o transponder do satélite já foi programado, e o transponder transmite de volta para a Terra (Downlink) mas em uma frequência de banda diferente para evitar interferência com o sinal de Uplink. Os sinais de Downlink são geralmente em “C-band” (4-8 GHz) ou “Ku-band” (12-18 GHz) ou ambas. Um satélite tem tipicamente 32 transponders para Ku-band e até 24 transponders para C-band para um satélite convencional, ou mais para satélites híbridos. Cada transponder tem uma largura de banda entre 27MHz e 50MHz. Cada satélite estacionário que usa C-band precisa ser espaçado em 2º para evitar interferência. Já para a Ku-Band o espaçamento pode ser de 1º. Isso implica que só podem existir 180 satélites estacionários que utilizem C-band e 360 satélites estacionários que usem Ku-band. Transmissões em C-band são suceptíveis à interferências terrerestre enquanto transmissões Ku-band são afetadas pela chuva. O sinal enviado do satélite, fraco por ter percorrido grandes distâncias, é coletado por uma parabólica, que reflete o sinal fraco para o ponto de foco da parabólica. No ponto focal da parabólica se encontra um feedhorn que captura o sinal recebido e conduz para um dispositivo chamado “Bloco conversor de baixo ruído” (LNB). O LNB amplifica o sinal que é fraco e converte o bloco de frequências para uma banda de frequência mais baixa, chamada “L-band”.

Os sistemas originais de C-band dos satélites de TV usavam um amplificador de baixo ruído conectado ao feedhorn no ponto focal do disco. O sinal amplificado era então alimentado por caríssimos cabos coaxiais de 50 Ohms para um receptor interno ou em outros designs alimentados para um “downconverter”, um mixador e osciloscópio sintonizado em voltagem com alguns circuitos de filtros, para atenuar para uma frequência intermediária. O canal de seleção era controlado, típicamente por um osciloscópio sintonizado em voltagem com a sintonia alimentada por um cabo separado. Atualmente microstrips baseados em conversores para frequências de rádios amadoras foram adaptados para frequências da C-band, 4GHz. Isso facilitou a conversão das frequências da C-band para frequências mais baixas. A vantagem de usar um LNB é porque um cabo mais barato poderia ter ser utilizado para conectar o receptor interno com o disco de recepção, e porque a tecnologia para lidar com sinais em frequências L-band e UHF era muito mais barato do que lidar com frequências em C-band. O avanço para tecnologia barata do uso de cabos de 50Ohms e conectores tipo N dos sistemas em C-band para a tecnologia barata de 75Ohms e conectores tipo F permitiram os receptores de TV por satélite usarem sintonizadores de TV UHF que selecionassem o canal de televisão por um conversor para outra frequência intermediária mais baixa centradas em 70MHz onde eram demoduladas. Isso barateou enormemente o custo dos receptores que eram construídos em baixa escala e custavam milhares de dólares para um produto produzível e comercializável em larga escala. Atualmente os discos dos satélites recptores contém um LNBF, que seria o feedhorn integrado ao LNB. O receptor do satélite demodula e converte os sinais para o formato desejado (output para TV, audio, dado, etc...). Em alguns casos, o receptor inclui a capacidade de desembaralhar ou descriptografar o sinal; o receptor então é chamado um Receptor/decodificador Integrado ou IRD. O cabo conectando o receptor ao LNBF ou LNB precisa do tipo RG-6 ou RG-10 ou similares de pouca perda. Não pode ser um RG-59. Emissoras de tv via satélite geralmente mandam sinais codificados ou decodificados em NTSC, PAL ou SECAM. A frequência do sinal analógico é demodulado e convertido de um sinal FM ao que se refere à banda de base. Essa banda de base comporta o sinal de vídeo e o sinal da portadora do audio. As subportadoras são futuramente demoduladas para obter-se o sinal de áudio original. Se o sinal é um sinal de tv digitalizado, ou um multiplex de sinais, este é tipicamente QPSK. Em geral, televisão digital, incluindo aquelas transmitidas via satélite, são geralmente baseadas em codificações MPEG e DVB-S. Os metodos de acessos condicionais de se obter sinais digitais incluem BISS, Conax, Digicipher, Irdeto, Nagravision, PowerVu, Viaccess, Videocipher e VideoGuard. Estes consistem de uma proteção do conteúdo com requerimentos pré-estabelecidos para se obter acesso ao sinal. Há tres tipos básicos de uso da televisão por satélite: recepção direta ao espectador, recepção por afiliados de televisões locais, ou recepção por headends por distribuição através de sistemas de cabos terrestres. Repcção direta ao espectador inclui “Rádiodifusão direta por satélite” (Direct broadcast satellite - DBS) ou “recepção por televisão apenas” (television recieve-only – TVRO), ambas para uso doméstico e comercial Satellite-tv-5.jpg

DBS

DBS, também conhecido nos Estados Unidos como “Direct-To-Home” (direto para casa) é um desenvolvimento relativamente recente na distribuição de tv. DBS utilizam satélites de recepção pequenos e usam a porção mais alta da Ku-band. Sistemas DBS modificados podem também trabalhar em C-band, e já foi usado em alguns lugares para transpassar a legislação de alguns países contra a utilização de recepção em Ku-band. A maioria dos sistemas DBS usam codificação DVB-S para transmissão. No caso dos serviços de TV paga (“Pay-per-view”), o sinal é criptografado e necessita de um equipamento apropriado para a recepção do sinal. Isso permite que assinantes obtenham os canais convencionais da tv por satélite e também possuem a opção do Pay-per-view.

TVRO

O termo TVRO era utilizado antigamente para diferenciar das televisões comerciais por operações downlink e uplink. Isso foi antes da indústria de tv por satélites utilizar DBS. Naquele tempo intendia-se para os canais de tv por satélite serem usados por sistemas de cabos ao invés de recepção caseira. Este tipo de tv por satélite possuia dispositivos de recepção construidos por aficionados pelo sistema e engenheiros. Os sistemas TVRO requeriam também um disco de recepção grande. Sistemas TVRO eram designados para receber sinais de satélite analógicos e digitais, e áudios de transponders de tipos FSS de satélites de ambos Ku-band e C-band. As frequências mais altas dos sistemas por Ku-band tendiam a ser por DBS e podiam usar um disco de recepção menor por causa da alta potência de recepção do sinal e grande ganho através da antena. Sistemas TVRO tendem a usar discos de recepção maiores já que os usuários teriam configurado seu sistema de recepção para C-band apenas ao invés de Ku-band apenas. Caixas adicionais permitiam recpção para diferentes tipos de sinais de satélite, como DVB/MPEG-2 e 4DTV.

TV por satélite na América Latina

Os serviços de tv por satélite mais utilizado na américa latina é a SKY Latin America, que tem aproximadamente 1,4 milhões de assinantes do Brasil e Méxio e a Direct TV Latin America, que disponibiliza serviço para o resto das américas, cerca de 1,3 milhões de assinantes. Pay-per-view foi recentemente implantado no Brasil mas ainda não é um serviço amplamente utilizado já que o preço é inacessível para a maioria dos consumidores.

Referência

http://en.wikipedia.org/wiki/Satellite_television