17/02 - AE1 Resgatando bases da Telefonia Analógica
Vamos dar uma situada sobre a Telefonia IP
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- Convergência
O processo de convergência das tecnologias de telecomunicações e processamento de informações, via sistemas computacionais, tem promovido profundas alterações no contexto das Telecomunicações. Exemplo: serviços multimídia, presentes em dispositivos móveis e celulares. Ademais, o acesso à informação tem se tornado cada vez mais rápido e ubíquo (independente de dispositivo ou localização) e a integração dos Sistemas Telefônicos às Redes de Computadores foi um passo natural. Desse modo, a convergência em telecomunicações é uma tendência representada pela fusão dos sistemas de informação e comunicação, resultando numa síntese de serviços, recursos e informações capazes de prover diversas utilidades à sociedade.
- VoIP (Voz sobre IP)Tecnologia que permite a transmissão de voz por IP, ou seja, transforma sinais de áudio analógicos em dados digitais que podem ser transferidos através de protocolos da Internet. O método está cada vez mais presente com softwares que tem se baseado nessa tecnologia, como Skype, Facebook Messenger, Viber e WhatsApp, e claro, a Telefonia IP.
Para o caso da Telefonia IP, VoIP é o termo usado para se referir às técnicas de empacotamento e transmissão de amostras de voz sobre redes IP e aos mecanismos de sinalização necessários ao estabelecimento de chamadas telefônicas nessas redes.
OU para uma empresa:
Telefonia IP é empregado para se referir à aplicação de tecnologias de VoIP na transmissão e na sinalização, com oferecimento de um serviço de qualidade similar ao da telefonia convencional.
A telefonia IP é vista não só como capaz de estabelecer chamadas telefônicas e outras funcionalidades típicas de sistemas telefônicos (redirecionamento e retenção de chamadas), mas também como uma plataforma de integração de serviços típicos da internet (web, correio eletrônico, streaming de áudio e/ou vídeo).
TELEFONIA ANALÓGICA
- Acompanhe as explicações complementares do professor dos
- * slides introdutórios sobre Telefonia Analógica e responda as questões que serão colocadas durante essa exposição!
Tarefa para próxima aula 02/03 (AE1). Cada dupla de alunos designada pelo professor, irá escrever um pequeno texto auxiliado com imagens (se for o caso), a explicação de duas funcionalidades (uma simples e outra complexa) presentes em centrais automáticas analógicas e digitais. É obrigatório fazer o registro aqui neste espaço, usando a linguagem da Wiki.
- Funcionalidades de centrais automáticas
- Simples:
Ligação entre ramais
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A ligação entre ramais é uma das principais funções de uma central automática. Basicamente é a função que interliga dois telefones (ramais) dentro do domínio da central privada e permite a comunicações dos usuários. É comumente utilizada quando dois usuários estão em andares, salas ou mesmo em setores diferentes.
Tomando como base a tecnologia analógica, podemos dizer que na maioria das vezes os ramais estarão dentro de uma mesma empresa, fábrica ou escritório devido a dificuldade de levar o sinal em um par metálico tão longe. No entanto, com a telefonia IP, criou-se a possibilidade de realizar ligações entre ramais que estão muito mais distantes fisicamente. Há a possibilidade, por exemplo, de um ramal em Rondonia realizar uma ligação para outro Ramal no Espirito Santo e haver comunicação. Isso ocorre pois mudamos a tecnologia de transmissão de dados, que no caso são as redes IP, ou seja, a internet.
Contribuição: Augusto Gil de Oliveira e Lucas Bernardo
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Entroncamento entre centrais
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Entroncamento é a maneira como a central telefônica se interliga com a operadora de telefonia. Pode ser feito de maneira analógica, digital ou IP e possui o objetivo de entregar linhas ao assinante.
Entroncamento analógico: é a maneira mais antiga de entroncamento. Basicamente um par de fios entronca o assinante com a operadora de telefonia. Cada par de fios corresponde a um número do assinante. Um fator limitante é que se um assinante quiser muitos números, a quantidade de fios será grande demais.
Entroncamento digital: no Brasil o entroncamento digital disponibilizado pelas operadoras é o E1. Essa tecnologia entrega até 30 linhas ao assinante com um número muito menor de fios se comparado ao entroncamento analógico.
Entroncamento IP: é feito via link de dados ou internet utilizando o protocolo TCP/IP
Alternativas de entroncamento com operadoras de telefonia em: https://www.propus.com.br/entendendo-telefonia-ip-voip-parte-2/
Contribuição: Brenda Soares e Lucas Costa
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- Estacionamento de chamadas (chamada em espera);
Discagem Abreviada
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A discagem abreviada se trata de um serviço disponibilizado pela central PABX ou provedores de linhas telefônicas (operadoras) no qual se é possível armazenar números telefônicos inteiros nas teclas alfanuméricas de seu telefone - Uma operação semelhante à esta seria a função de "discagem indireta" programáveis "diretamente" em alguns modelos de aparelhos telefônicos.
Segue link abaixo do produto da Intelbras (Voiper) que contempla a função de discagem rápida (página 18):
*Link: www.chequetron.com.br/manuais/Manual_Voiper_Portugu%C3%AAs.pdf
Contribuição: Bruno e Mateus Seeman
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Siga-me
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Contribuição: Enzo e Matheus Santana
Siga-me é a função de “transferir chamadas”, muito utilizada tanto em celulares como em linhas fixas. Trata-se, basicamente, de um “código” que deve ser programado em seu número para direcionar as ligações para outro número fixo ou móvel. Alguns equipamentos como porteiros tem essa integração com o siga-me onde além de transferir chamadas é possível abrir uma fechadura.
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Caixa Postal
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- Caixa postal com envio do áudio por email.
Um sistema de caixa posta é um sistema centralizado utilizado em negócios para enviar, guardar e recuperar mensagens de áudio, como uma secretaria eletrônica faria em casa. Cada ramal numa central telefônica é normalmente lincado a uma caixa postal, então quando o numero é chamado e não é atendido ou esta ocupado, a pessoa que chamou ouve uma mensagem previamente gravada pelo usuário. Esta mensagem pode dar instruções para a pessoa para deixar uma mensagem de voz ou dá outras opções disponíveis, como bipar o usuário ou ser transferido para outro ramal ou para a recepcionista e atá em envio de um voicemail até o usuário. Contribuição: PEDRO FAGUNDES e GUILHERME
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Fila de atendimento
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Hoje em dia, as filas atendimento são bem conhecidas na área de telecomunicações, são importantes para empresas com um grande volume de chamadas recebidas.
Essa funcionalidade garante ao cliente o direito de ser atendido, enquanto o call center e o pessoal do atendimento estão ocupados em outras ligações, sendo assim a chamada será encaminhada para o primeiro atendente que esteja disponível.
A fila de atendimento pode facilitar o dia a dia tanto de seus clientes quanto de seus colaboradores. Isso porque:
- Possibilita que as suas chamadas recebidas sejam colocadas em fila e em ordem;
- Possibilita a sua empresa a oportunidade de ter vários atendentes, ou ramais,com atendimento simultâneo;
- Possibilita que seus atendentes façam transferência de chamadas caso atendam a uma chamada e vejam que seria melhor para aquele cliente ser atendido por outro atendente ou departamento;
- Possibilita que enquanto aguarda, seu cliente escute uma música;
Contribuição: Thiago e Isabella.
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Call Transfer
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Um call tranfer (transferência de chamada) é um mecanismo de telecomunicações que permite ao usuário realocar uma chamada telefônica existente para outro telefone ou console de atendimento, usando um botão de transferência ou um flash de gancho e discando o local necessário. A chamada transferida é anunciada ou não anunciada.
Contribuição: Vinicius Fidelix e Jennifer Marcela
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Call Pickup
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Esta facilidade possibilita atender as chamadas dirigidas a outros ramais que não foram atendidas ou que estejam estacionadas ou retidas. É possível capturar chamadas externas e internas, podendo ser uma captura geral, ou de um grupo ou ramal específico.
Contribuição: John Peter Simon Lange e Wesley.
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Música de espera
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Ter um sistema de atendimento telefônico automático, como uma URA ou DAC, é o básico que uma empresa deve oferecer ao cliente.
Com ele é possível direcionar as chamadas para um setor/pessoa específicos, atender determinadas solicitações, acessando banco de dados, sem a necessidade de um atendente, ter atendimento 24h por dia, 7 dias por semana, sem custos adicionais.
Alunas: Lilia e Yasmin.
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Complexas:
Callback
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O Call Back é uma solução que promove o retorno das chamadas de forma automática ou programada para os clientes que estão esperando um atendimento em seu número receptivo.
Esta ferramenta faz a captação de dados do cliente, desliga a chamada e posteriormente retorna para o número.
Geralmente é reproduzida uma mensagem como, por exemplo, “No momento nenhum atendente está disponível, retornaremos a chamada assim que possível”.
O Call Back acaba sendo uma automatização muito eficiente dentro de um call center.
O Call Back é uma solução eficiente, indicada para empresas com um alto fluxo de chamadas receptivas.
Ele se torna ideal para gestores que desejam reduzir o tempo de espera dos clientes que necessitam de atendimento, e a quantidade de chamadas onde o cliente acaba desistindo de aguardar pelo atendimento devido ao alto tempo de espera.
Contribuição: Augusto Gil de Oliveira e Lucas Bernardo
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URA
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URA (Unidade de Resposta Automática), também chamada de atendente eletrônica, fornece serviços de respostas automáticas aos clientes que realizam uma chamada. É muito utilizada para sistemas de compras, clínicas de saúde, telefonia móveis, contratação dos serviços, serviços públicos, entre outros.
Contribuição: Brenda Soares e Lucas Costa
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- Chamadas de vídeo e mensagens
DISA
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No momento em que o acesso é efetuado, quando o usuário externo disca, ele interage com o prompt do IVR (Interactive Voice Response) e insere algumas informações de autorização.
Contribuição: Bruno e Mateus Seeman
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Gravação de ligações
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Contribuição: Enzo e Santana
Possibilita a gravação de todas as chamadas recebidas e efetuadas, garantindo o controle, segurança e otimização das ligações proporcionando redução significativa do uso do telefone para fins não empresariais. Além disso pode ser instalado nas linhas tronco e também nos ramais quando é utilizado uma central telefônica.
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Tarifação
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Um sistema de tarifação telefônica efetua o registro e associa um custo correspondente as ligações recebidas ou feitas.
As regras de tarifação para os planos obrigatórios variam de acordo com o horário e
o plano escolhido:
Horário Normal
Plano Básico de Minutos: Cobra-se um mínimo de 30 segundos, e o tempo de
utilização adicional é tarifado a cada 6 segundos. Somente serão tarifadas as
chamadas com duração superior a 3 segundos.
Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo): Cobra-se uma
Tarifa de Completamento de Chamada, além do tempo de utilização, que é tarifado a
cada 6 segundos. A tarifa de completamento equivale ao valor de 4 minutos.
Horário Reduzido
Plano Básico de Minutos: Cobra-se um Valor por Chamada Atendida (VCA),
equivalente ao valor de 2 minutos, a cada ligação completada, independente do
tempo de utilização.
Plano Alternativo de Serviços de Oferta Obrigatória (Pasoo): Cobra-se uma
Tarifa de Completamento de Chamada, equivalente a 4 minutos, por chamada
completada, independente do tempo de utilização.
Os horários de tarifação reduzida são:
De segunda a sexta-feira, da 0h às 6h
Sábados, da 0h às 6h e das 14h às 24h
Domingos e Feriados Nacionais, da 0h às 24h
Contribuição: Nathally e Fernanda
Referência:
http://sakber.com.br/tardesc.htm
https://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=139510&assuntoPublicacao=null&caminhoRel=null&filtro=1&documentoPath=biblioteca/releases/2007/release_28_02_2007ad.pdf
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Call Center
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Call center é uma central de atendimento que tem como objetivo fazer a interface entre o cliente e a empresa. É uma expressão do inglês call (chamada) center ou centre (central).
O serviço de Call center é um canal de relacionamento que funciona como suporte técnico ou qualquer outra atividade especializada para atender as necessidades dos clientes.
Um Call center envolve um conjunto de recursos, como computador, equipamento de telecomunicação, sistemas e operadoras, que interagem com os clientes e permite receber um grande número de ligações simultaneamente.
O Call center utiliza tecnologias que otimizam seus serviços, como a CTI (Computer Telephony Integration) que permite a integração do telefone ao computador, o gerenciamento das ligações e a distribuição das mesmas através das operações e o encaminhamento para os atendentes especializados.
Outra tecnologia empregada no Call center é o IVR (Interactive Voice Response) que possibilita a interação do cliente através de áudio pré-gravado, que permite através de menus, escolher aquele que irá atender a suas necessidades.
O seviço de Call center é normalmente estabelecido dentro da própria empresa, enquanto o serviço de telemarketing (serviço de venda) é quase sempre terceirizado.
Contribuição: Pedro e Guilherme.
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Blacklist
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Lista negraé uma lista,ataou registro de algumaentidadeoupessoa física, que, por alguma razão, nega certos direitos, serviços, participação ou mobilidade a alguém ou a alguma entidade, em determinada situação, período detempoou lugar. Porém, existem dois tipos de blacklist: receptivo e ativo.
- ATIVO: Nessa função do blacklist, é cadastrado qualquer número que não deve ser discado pelos operadores.
- RECEPTIVO: Essa função do blacklist no telemarketing é inversa à anterior. Isso quer dizer que, aqui, o gestor do call center cadastra os números indesejados e que estão atrapalhando a empresa, pois não param de ligar. Por exemplo, os casos de trote e de pessoas que ligam procurando pelos antigos donos do número atual.
Como funciona a lista negra?
O blacklist para telemarketing funciona de maneira bem simples. Basta que o responsável pela função cadastre manualmente os números.
Qual o impacto da lista negra no telemarketing?
A principal função do blacklist no telemarketing é garantir que o desejo do consumidor seja respeitado e ele não receba ligações que não deseja.
Contribuição: Thiago e Isabella.
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Sala de Conferência
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Uma sala de conferência é um canal de áudio em que vários participantes, tanto internos (ramais) quanto externos (através de transferência ou número direto) podem interagir. Os participantes da conferência devem discar para o ramal da sala e assim participarão da conversa, é possível personalizar a sala de conferência, forçando uma senha de entrada aos participantes e/ou tocando um áudio anunciando a entrada/saída de participantes na sala.
Contribuição: Vinicius Fidelix e Jennifer Marcela
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Estacionamento de chamada
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Estacionar uma chamada atendida é deixá-la num local apropriado (estacionamento) para que possa ser capturada no momento oportuno pela pessoa a quem se destina.
Essa funcionalidade é utilizada normalmente nas ações de consulta a outro ramal. Durante a consulta, a chamada original fica estacionada até que a chamada consulta seja finalizada. Em seguida, a chamada estacionada é restabelecida.
Contribuição: Bruna e Manuela
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Chamadas de vídeo e Mensagem Automática
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Chamadas de vídeo: São utilizadas para se ter uma maior interação entre os usuários e até mesmo, em algumas centrais e empresas, usa-se para provar a veracidade do usuário na hora de solicitar um produto novo, por exemplo: para saber se de fato, o produto em questão está realmente falhando ou não.
Mensagens automáticas: Redireciona o cliente para uma "fila", onde esperará o atendimento, por exemplo: se uma pessoa deseja um atendimento de um produto, receberá uma mensagem do tipo "disque 9 para o <produto>" e assim ficará em espera até ser atendida.
Durante a espera, também são utilizadas mensagens automáticas como ferramenta para manter o usuário na linha.
Ex: "Aguarde até que um dos nossos atendentes esteja disponível."
"Aguarde, estamos lhe transferindo para alguns de nossos atendentes."
Contribuição: Bruna e Manuela
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Agenda
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Recurso da central que permite armazenamento de contatos telefônicos com permissão de acesso para um grupo de ramais específicos ou para todos os ramais. Mas centrais PABX é possível realizar chamadas pela agenda independente da categoria configurada para o ramal, e programar agendas particulares.
Contribuição: John Peter Simon Lange e Wesley.
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Despertador
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O despertador é um relógio que faz barulho para acordar o indivíduo que está dormindo, na hora por ele determinada.
Com o avançar da tecnologia os despertadores são os dispositivos de maior risco de extinção com a popularização dos celulares, tabletes, Smartphones e outros objetos tecnológicos, já que estes têm como função básica despertar. Inventado na Grécia Antiga.
Sempre foi precisa muita disciplina para se conseguir acordar, e se hoje a maioria dos jovens - 83%, segundo um estudo do instituto americano Pew Research Center - utiliza o smartphone, Platão desenrascou-se com o que existia na época.
No século IV a.C., os gregos usavam vasos de pedra (clepsidras) que escorriam água entre si, uma espécie de ampulheta, para medir o tempo. O filósofo juntou a isto outra ideia: a água escorria para um vaso que tinha um apito. Quando atingia o limite, ouvia-se um som agudo. Platão costumava usá-los para não se atrasar para as aulas de madrugada.
Alunas: Lilia e Yasmin.
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Revisão da PSTN (Public Switched Telephonic Network)
A Rede Pública de Telefonia (PSTN) foi a principal infraestrutura de telecomunicações desde o invento de Alexander Bell até o início o século XXI. Embora ainda tenha participação relevante nos dias atuais, ela perde espaço para a Internet.
A PSTN se caracteriza pela presença exclusiva dos pares de fios visando a criação de circuitos dedicados para a comunicação da voz e a comutação desses circuitos entre todos os que se conectam nessa rede. Em um único par de fios ela permite a comunicação duplex, mantendo uma qualidade da transmissão da voz em limites de inteligibilidade de palavras e frases (100% de inteligibilidade) e fonemas (87%)determinados pela estreita largura de banda (300 a 3400Hz) do sinal padronizado para cruzar o sistema.
Para ampliação do sistema o núcleo da rede telefônica ganha hierarquias na multiplexação e transmissão digital de inúmeros circuitos simultâneos de voz (Telefonia Digital)
Os textos adiante são extrações resumidas ou adaptadas dos textos da wiki produzidos pelo Professor Marcelo Sobral, a quem fica aqui o agradecimento e créditos.
Transformação da voz em sinal elétrico e a transmissão
Através de um transdutor é possível converter o sinal sonoro (onda mecânica) em um sinal elétrico que varia no tempo.
Exemplo1: microfone de carvão
Usando uma fonte DC com este microfone é possível conceber um sistema em que o sinal elétrico gerado pelo microfone é amplificado e transmitido por fios (2 fios). O receptor pode aplicar o sinal em um alto-falante, que faz o reverso do microfone.
Um sistema duplex necessitaria neste caso de 4 fios mas é possível usar um dispositivo para mesclar os dois sinais (híbrida).
Desta forma, é possível transmitir e receber voz com dois fios simultaneamente.
Os fios devem partir de um telefone associado a um usuário até o outro telefone.
NOTE que estes fios são dedicados a comunicação entre estes dois usuários!
Chaveamento de circuito - o papel da operadora
No item acima observamos que é possível transmitir e receber voz entre dois usuários.
Entretanto, logo após as invenções destas tecnologias, observou-se que, para fins de otimização, todos os telefones deveriam estar ligados a uma central.
O uso da central evita uma conexão permanente de todos para todos, o que inviabilizaria o sistema.
Então, inventou-se as centrais telefônicas.
Inicialmente que operava a central era um ser humano. Logo a seguir, estes dispositivos foram automatizados.
Necessidade de um protocolo de sinalização
De alguma forma, o chamador do sistema de telefonia, deveria indicar com quem ele deseja se comunicar. O usuário chamado deve receber um sinal audível e proceder o atendimento. É um protocolo conhecido por todos nós. Mas uma série de eventos acontece na prática:
- o usuário retira o telefone do gancho e a central detecta este evento e põe-se a escutar a linha do chamador;
- o chamador disca o número desejado (interrupções de um sinal DC da linha ou um sinal multi-frequencial (DTMF));
- a central observa o número de interrupções e o associa a um circuito a ser chamado.
- a central coloca um sinal audível de chamada na linha do usuário chamado (e também uma pequeno sinal para o chamador);
- o usuário chamado atende e a central detecta o atendimento;
- a central interconecta o circuito do chamador com o circuito chamado.
Pronto, a comunicação pode se dar entre os dois usuários.
Fica evidente a necessidade de duas componentes do sistema: a sinalização e o transporte da informação propriamente dita.
Exercício: Fazer um diagrama de troca de mensagens no tempo, composto pelos três elementos básicos de uma comunicação telefônica:
chamador, chamado e a central telefônica.
Digitalização do sinal de voz e da sinalização
Você já deve ter percebido que a tendência de qualquer sistema de telecomunicações, é a representação digital binária de qualquer informação. Isto facilita o seu processamento, transmissão, recepção e armazenamento (se necessário).
O sistema telefônico foi quase que completamente digitalizado. No caso particular do sinal da voz, procede-se um processo de amostragem e de quantização para a geração de uma sequência de bits associada ao sinal de voz. Trata-se da técnica chamada PCM.
Nesta técnica amostra-se o sinal analógica a uma frequência específica (sampling rate). No caso da telefonia esta frequência é de 8000 vezes por segundo (8khz). Cada amostra é transformada em um agrupamento de 8 bits (um byte). Por que 8000 khz. É uma limitação teórica descoberta por Nyquist que diz que a a frequência de amostragem deve ser duas vezes maior que a maior frequência que compõe o sinal. Para a transmissão da voz, a frequência limite é 4khz (a banda da telefonia é de 3100Hz).
Lembre da disciplina de PRT (princípios de telecomunicações), quem destacou que um sinal no tempo pode ser descrito pela soma de senoides. Desta forma, um sinal pode também ser descrito no domínio da frequência, ou seja pelas frequências e fases das senoides que o compõem.
Ver a representação no domínio da frequência aqui.
NOTE que amostragem de 8Khz com 8 bits por amostragem leva a uma taxa de transmissão de 64kbps.
Ou seja, se você digitalizar a voz e transmitir por um par de fios, a taxa de transmissão deverá ser de no mínimo 64kbps. Uma linha telefônica (fixa) que chega a sua casa via fios, possivelmente ainda é analógica (loop local, mas assim que ela chegar em uma central será digitalizada a esta taxa de transmissão.
As centrais como chaveadoras de circuitos
Entre centrais telefônicas e entre centrais e PABXs normalmente os enlaces são realizados por troncos E1 (ou hierarquias destes troncos). Nestes sistemas os canais digitais são multiplexados no tempo (ver aqui).
Em uma ligação telefônica que passa por várias etapas, toda a sinalização é repassada de forma digitalizada por canais adicionais no E1 (ou uma variante disto). O chaveamento de circuito
Plano de discagem
O plano de discagem define como cada chamada deve ser processada. As instruções de processamento residem no arquivo de configuração /etc/asterisk/extensions.conf. O fluxo de processamento de chamadas pode ser visto resumidamente abaixo:
Um exemplo de plano de discagem simples pode ser visto abaixo:
[alunos]; o nome deste contexto
# Chamadas para o número 101 são feitas via SIP para o canal "maria"
exten=>101,1,Dial(SIP/maria)
same=>n,Hangup()
# Chamadas para "teste" serão atendidas com um som de beep, seguido
# da reprodução do arquivo de som "hello-world", em seguida outro beep e
# enfim se encerra a chamada.
exten=>teste,1,Playback(beep)
same=>n,Wait(1)
same=>n,Playback(hello-world)
same=>n,Wait(1)
same=>n,Playback(beep)
same=>n,Hangup
A estrutura do plano de discagem é composta por extensões (um termo específico do Asterisk). Cada extensão identifica um número (ou usuário) que pode ser chamado, e como essa chamada deve ser processada. A sintaxe pode ser vista abaixo:
exten=>identificador,prioridade,aplicação
- identificador: o número ou usuário chamado
- prioridade: a prioridade da extensão. Isso determina a ordem de execução das extensões que tratam do mesmo identificador.
- aplicação: uma ação a ser realizada quando a extensão for processada. Por exemplo, a aplicação Dial determina que deve ser encaminhada a outro canal.
Como o processamento de uma chamada usualmente envolve uma sequência de extensões, existe uma sintaxe opcional para simplificar a declaração:
exten=>identificador,prioridade,aplicação
same=>prioridade,aplicação
- same: declara uma nova extensão com mesmo identificador da extensão imediatamente anterior
é espacial e temporal, ou seja um determinado slot de tempo de uma linha física é mapeado em outro slot de tempo em outra linha física. Com todo mapeamento realizado, a conexão entre dois telefones interligados por várias centrais se passa como se fossem dois fios de uma ponta a outra entre origem e destino da ligação telefônica.
Redes com chaveamento por pacotes versus chaveadas por circuitos
Um ponto chave da rede PSTN é que, sendo baseada em chaveamento de circuitos, a rede proporciona uma ligação permanente entre dois terminais telefônicos até que ela seja encerrada. Mesmo que um usuário não fale nada, os recursos estão alocados para a comunicação. Esta abordagem tem vantagem e desvantagem. A vantagem é a qualidade da comunicação: os recursos estão lá e não são disputados por ninguém. A desvantagem é o desperdício de recursos. Se o usuário não conversa com seu interlocutor, ele desperdiça um recurso valioso (e caro! $).
As redes de pacotes seguem uma abordagem diferente. A informação a ser transportada (qualquer que seja), é organizada na forma de pacotes de bits. Estes pacotes, pelo menos naquelas sem conexão, possuem endereço de destino e de fonte. Todos os enlaces de conexão entre "centrais" são multiplexados em termos de pacotes. Em uma mesma linha, podem seguir pacotes de diferentes origens/destinos. As centrais na realidade são chamadas de roteadores, que chaveiam pacotes para outros enlaces conforme o destino do pacote e a informação de uma tabela de roteamento.
Uso de redes de pacotes (Internet) para a transmissão de mídias diversas
Originalmente a Internet foi concebida para a transmissão de dados que não tinham requisitos fortes de tempo.
Por exemplo, o envio de um email pode demorar alguns minutos até chegar no seu destino.
Entretanto, com os avanços em todos os campos das telecomunicações e da computação, conseguiu-se meios de transmissão com altíssima capacidade de transmissão bem como roteadores com grande velocidade de chaveamento. Tudo isto possibilitou que se começasse a usar a Internet para o transporte para outras mídias, tal como a voz e vídeo em tempo real.
Surge uma nova área que é a 'Telefonia IP. Todos os serviços até então construídos sobre as PSTNs começam a ser construídos sobre a
Internet.
Um sério problema ainda não resolvido na transmissão de voz digital em tempo real (e vídeo também) é a questão da qualidade de serviço. Pacotes podem sofrer atrasos, corrompidos, duplicados ou perdidos. Não é possível ainda garantir qualidade na transmissão. O que se faz é colocar recursos de sobra para não se ter problemas...
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