Mudanças entre as edições de "Reconhecimento de Placas de Sinalização Via Processamento Digital de Imagem e Aprendizado de Máquina"

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O SIFT(''Scale-Invariant Feature Transform'') é uma técnica utilizada para detecção e extração de regiões de interesse que são praticamente invariáveis a mudanças de iluminação, ruído, rotação e escala. Após a detecção das regiões de interesse (chamadas neste trabalho como pontos-chave) em uma imagem, é criado um descritor para cada região. Estes descritores são comparados entre si e possibilita o casamento entre diferentes imagens contendo o mesmo objeto. O algoritmo que executa esta técnica é apresentado pelos seguintes passos:
 
O SIFT(''Scale-Invariant Feature Transform'') é uma técnica utilizada para detecção e extração de regiões de interesse que são praticamente invariáveis a mudanças de iluminação, ruído, rotação e escala. Após a detecção das regiões de interesse (chamadas neste trabalho como pontos-chave) em uma imagem, é criado um descritor para cada região. Estes descritores são comparados entre si e possibilita o casamento entre diferentes imagens contendo o mesmo objeto. O algoritmo que executa esta técnica é apresentado pelos seguintes passos:
  
*Criação da pirâmide de imagens: O primeiro passo do algoritmo é criação uma pirâmide de imagens ou uma pirâmide Gaussiana. É aplicado sobre a imagem original sucessivas convoluções com um filtro gaussiano de fator σ multiplicado por uma constante k (0,k,2k,...). Essas convoluções irão gerar imagem de resolução menos (ou com efeito blur) formando as denominadas oitavas. A partir das oitavas são gerados os intervalos, onde cada intervalo é a diferença entre duas oitavas (aproximação do Laplaciano da Gaussiana)<ref>COUTINHO, D.P.; MARROQUIM R. SIFT - Scale Invariant Feature Transform. ''LCG Computer Graphics Lab'', Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013</ref>. A figura 1 abaixo apresenta o espaço de escala e a diferença das Gaussianas. A figura 2 apresenta a aplicação deste processo sobre uma imagem.
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*Criação da pirâmide de imagens: O primeiro passo do algoritmo é criação uma pirâmide de imagens ou uma pirâmide Gaussiana. É aplicado sobre a imagem original sucessivas convoluções com um filtro gaussiano de fator σ multiplicado por uma constante k (0,k,2k,...). Essas convoluções irão gerar imagem de resolução menos (ou com efeito blur) formando as denominadas oitavas. A partir das oitavas são gerados os intervalos, onde cada intervalo é a diferença entre duas oitavas (aproximação do Laplaciano da Gaussiana)<ref name="ref1">COUTINHO, D.P.; MARROQUIM R. SIFT - Scale Invariant Feature Transform. ''LCG Computer Graphics Lab'', Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013</ref>. A figura 1 abaixo apresenta o espaço de escala e a diferença das Gaussianas. A figura 2 apresenta a aplicação deste processo sobre uma imagem.
  
 
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<center>'''Figura 1  - Pirâmide Gaussiana'''</center>
 
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<center>'''Fonte: ''' <ref>COUTINHO, D.P.; MARROQUIM R. SIFT - Scale Invariant Feature Transform. ''LCG Computer Graphics Lab'', Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013</ref></center>
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<center>'''Fonte: Próprio artigo'''</center>
 
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*Localização dos pontos chaves: Os pontos chaves são encontrados comparando-o com os pontos vizinhos em uma mesma imagem e nas imagens acima e abaixo. O objetivo identificar os pontos máximos (regiões totalmente pretas envoltas por áreas brancas) e pontos mínimos (regiões brancas envoltas por área pretas) dos quais serão utilizados para a próxima etapa e eliminar os pontos ruins, no caso, aqueles que possuem baixo contraste  ou são localizados nas arestas<ref>BELO, F. A. Desenvolvimento de Algoritmos de Exploração e Mapeamento Visual para Robôs Móveis de Baixo Custo. Diss. PUC-Rio, 2006.</ref>.
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*Localização dos pontos chaves: Os pontos chaves são encontrados comparando-o com os pontos vizinhos em uma mesma imagem e nas imagens acima e abaixo. O objetivo identificar os pontos máximos (regiões totalmente pretas envoltas por áreas brancas) e pontos mínimos (regiões brancas envoltas por área pretas) dos quais serão utilizados para a próxima etapa e eliminar os pontos ruins, no caso, aqueles que possuem baixo contraste  ou são localizados nas arestas<ref name="ref2">BELO, F. A. Desenvolvimento de Algoritmos de Exploração e Mapeamento Visual para Robôs Móveis de Baixo Custo. Diss. PUC-Rio, 2006.</ref>.
  
*Orientação do ponto-chave: É encontrado dentro da área do ponto-chave os gradientes e orientações de cada pixels. Esse valores são acumulados em um histograma de 36 posições. É determinado o ponto máximo do histograma e é atribuído essa orientação para o ponto-chave.  
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*Orientação do ponto-chave: É encontrado dentro da área do ponto-chave os gradientes e orientações de cada pixels. Esse valores são acumulados em um histograma de 36 posições. É determinado o ponto máximo do histograma e é atribuído essa orientação para o ponto-chave<ref name="ref2"/>.  
  
*Criação dos descritores locais: Por fim, para cada ponto chave é estabelecido um descritor para cada ponto-chave. Através de uma janela 16x16 ao redor do ponto, é criado novamente um histograma para cada região. A união destes histogramas unidos em um só vetor de 128 dimensões formará o descritor do ponto-chave.  
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*Criação dos descritores locais: Por fim, para cada ponto chave é estabelecido um descritor para cada ponto-chave. Através de uma janela 16x16 ao redor do ponto, é criado novamente um histograma para cada região. A união destes histogramas unidos em um só vetor de 128 dimensões formará o descritor do ponto-chave<ref name="ref2"/>.  
  
 
Essas informações extraídas serão utilizadas posteriormente para a classificação.
 
Essas informações extraídas serão utilizadas posteriormente para a classificação.
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'''Análise de Componentes Principais (PCA)'''
 
'''Análise de Componentes Principais (PCA)'''
  
A  análise  de  componentes  principais (Principal Component Analysis) é uma técnica estatística que consiste em transformar um conjunto de variáveis em outro conjunto de mesma  dimensão denominadas  de componentes  principais. Os  componentes  principais apresentam propriedades importantes: cada componente principal é uma combinação linear de todas as variáveis originais, são independentes entre si e estimados com o propósito de reter,  em  ordem  de  estimação,  o  máximo  de  informação,  em  termos  da  variação  total contida nos dados<ref>VARELLA, C. A.Análise de componentes principais. Seropédica: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, 2008<\ref>.
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A  análise  de  componentes  principais (Principal Component Analysis) é uma técnica estatística que consiste em transformar um conjunto de variáveis em outro conjunto de mesma  dimensão denominadas  de componentes  principais. Os  componentes  principais apresentam propriedades importantes: cada componente principal é uma combinação linear de todas as variáveis originais, são independentes entre si e estimados com o propósito de reter,  em  ordem  de  estimação,  o  máximo  de  informação,  em  termos  da  variação  total contida nos dados <ref>VARELLA, C. A. Análise de componentes principais. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2008</ref>.
  
 
A análise de componentes principais é associada à ideia de redução de massa  de  dados,  com  menor  perda  possível  da  informação. Procura-se  redistribuir  a variação observada nos eixos originais de forma a se obter um conjunto de eixos ortogonais não correlacionados.
 
A análise de componentes principais é associada à ideia de redução de massa  de  dados,  com  menor  perda  possível  da  informação. Procura-se  redistribuir  a variação observada nos eixos originais de forma a se obter um conjunto de eixos ortogonais não correlacionados.
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<center>[[Imagem: results_pca-sift.png|400px]]</center>
 
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<center>'''Tabela 1  - Resultados'''</center>
 
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'''Referências'''
 
 
  
  

Edição das 22h04min de 21 de março de 2017

Uma câmera no painel do carro filma (ou tira fotos) da estrada. Via processamento de imagem, as placas de sinalização são detectadas pelo sistema, que emite um aviso ao motorista. Trabalho feito em MATLAB.

Revisão bibliográfica

Sistemas diversos

Anotações do artigo

O trabalho proposto segue uma linha bem diferente dos demais trabalhos feitos anteriormente para o mesmo intuito. Foi um dos primeiros trabalhos a não utilizar técnicas baseadas na visão, ou seja, técnicas que utilizam o processamento de imagens provenientes de câmeras acopladas ao sistema. Por isso, o presente trabalho não está sujeito aos obstáculos enfrentados por estas técnicas como problemas relacionados às condições de tempo, luminosidade, ângulo, etc, que devem ser contornados na detecção e reconhecimento de placas de sinalização.

A técnica utilizada envolve o uso de uma arquitetura Cliente-Servidor da qual o veículo (cliente) envia requisições periódicas, contendo informações de posição geográfica (GPS), para uma base de dados (servidor). A base de dados que contém armazenada toda a informação referente as placas de sinalização em uma determinada região incluindo: posição geográfica, nome das ruas e uma breve descrição do conteúdo de cada placa, responde a requisição indicando qual placa de sinalização possui maior proximidade no ângulo de deslocamento do veículo. Para isso, o lado servidor aplica um algoritmo de filtragem que utiliza o deslocamento do veículo para extrair a placa que mais se adequa à situação.

Vantagens

Se comparado à outros sistemas com as técnicas de detecção como Histograma de Gradientes Orientados (HOG) ou Regiões de Máxima Estabilidade (MSER), o trabalho proposto possui uma latência, pois ignora as influências do ambiente e as condições do tráfego. O gráfico abaixo apresenta a relação entre os sistemas e o tempo de latência.

Fonte: Próprio Artigo
Fonte: Próprio Artigo

Desvantagens

Apesar de possuir baixa latência, a taxa de acerto do sistema depende totalmente da precisão do GPS utilizado. Caso ocorra o envio de uma posição diferente da posição do veículo, mesmo em dezenas de metros, o sistema pode responder a requisição com uma placa de sinalização incorreta.

Outra questão é que para o perfeito funcionamento do sistema, é requerido um link de boa confiabilidade e taxas de transmissão e recepção aceitáveis.

Via processamento de imagens

Anotações do artigo

O seguinte trabalho propõe um sistema de detecção e reconhecimentos de placas de sinalização dando foco na extração das características das regiões de interesse, especialmente na otimização utilizando o algoritmo Scale-Invariant Feature Transform (SIFT) através do procedimento de análise de componentes principais (Principal Component Analysis - PCA). Na etapa de classificação é utilizada a técnica de Máquinas de Vetores de Suporte (SVM).

SIFT

O SIFT(Scale-Invariant Feature Transform) é uma técnica utilizada para detecção e extração de regiões de interesse que são praticamente invariáveis a mudanças de iluminação, ruído, rotação e escala. Após a detecção das regiões de interesse (chamadas neste trabalho como pontos-chave) em uma imagem, é criado um descritor para cada região. Estes descritores são comparados entre si e possibilita o casamento entre diferentes imagens contendo o mesmo objeto. O algoritmo que executa esta técnica é apresentado pelos seguintes passos:

  • Criação da pirâmide de imagens: O primeiro passo do algoritmo é criação uma pirâmide de imagens ou uma pirâmide Gaussiana. É aplicado sobre a imagem original sucessivas convoluções com um filtro gaussiano de fator σ multiplicado por uma constante k (0,k,2k,...). Essas convoluções irão gerar imagem de resolução menos (ou com efeito blur) formando as denominadas oitavas. A partir das oitavas são gerados os intervalos, onde cada intervalo é a diferença entre duas oitavas (aproximação do Laplaciano da Gaussiana)[1]. A figura 1 abaixo apresenta o espaço de escala e a diferença das Gaussianas. A figura 2 apresenta a aplicação deste processo sobre uma imagem.
PiramideGaussiana.png
Figura 1 - Pirâmide Gaussiana
Fonte: [1]
Filtros gaussiano.png
Extremos max min.png
Figura 2 - Aplicação em uma imagem
Fonte: Próprio artigo
  • Localização dos pontos chaves: Os pontos chaves são encontrados comparando-o com os pontos vizinhos em uma mesma imagem e nas imagens acima e abaixo. O objetivo identificar os pontos máximos (regiões totalmente pretas envoltas por áreas brancas) e pontos mínimos (regiões brancas envoltas por área pretas) dos quais serão utilizados para a próxima etapa e eliminar os pontos ruins, no caso, aqueles que possuem baixo contraste ou são localizados nas arestas[2].
  • Orientação do ponto-chave: É encontrado dentro da área do ponto-chave os gradientes e orientações de cada pixels. Esse valores são acumulados em um histograma de 36 posições. É determinado o ponto máximo do histograma e é atribuído essa orientação para o ponto-chave[2].
  • Criação dos descritores locais: Por fim, para cada ponto chave é estabelecido um descritor para cada ponto-chave. Através de uma janela 16x16 ao redor do ponto, é criado novamente um histograma para cada região. A união destes histogramas unidos em um só vetor de 128 dimensões formará o descritor do ponto-chave[2].

Essas informações extraídas serão utilizadas posteriormente para a classificação.

Análise de Componentes Principais (PCA)

A análise de componentes principais (Principal Component Analysis) é uma técnica estatística que consiste em transformar um conjunto de variáveis em outro conjunto de mesma dimensão denominadas de componentes principais. Os componentes principais apresentam propriedades importantes: cada componente principal é uma combinação linear de todas as variáveis originais, são independentes entre si e estimados com o propósito de reter, em ordem de estimação, o máximo de informação, em termos da variação total contida nos dados [3].

A análise de componentes principais é associada à ideia de redução de massa de dados, com menor perda possível da informação. Procura-se redistribuir a variação observada nos eixos originais de forma a se obter um conjunto de eixos ortogonais não correlacionados.

Esta técnica é utilizada neste trabalho com o objetivo de otimizar a extração das características das regiões de interesse e consequentemente aumentar a precisão dos sistema de detecção e reconhecimento de placas de sinalização.

SVM

Uma Máquina de vetores de suporte (Support vector machine -SVM) é uma técnica de aprendizagem utilizada para classificação de classes binárias. Os resultados da aplicação desta técnica são comparáveis e muitas vezes superiores aos obtidos por outros algoritmos de aprendizado como as Redes Neurais Artificiais (RNAs). Exemplos de aplicações de sucesso podem ser encontradas na categorização de textos, reconhecimento de imagens e na Bioinformática. O objetivo do algoritmo é encontrar a melhor escolha para um hiperplano que classifica os dados de entrada em duas classes distintas. Os fatores mais importantes são as margens entre o hiperplano e os dados adjacentes ao hiperplano, correspondentes à cada classe.

Resultados

Os resultados alcançados estão apresentados pela tabela 1:

Results pca-sift.png
Tabela 1 - Resultados


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Referências

  1. 1,0 1,1 COUTINHO, D.P.; MARROQUIM R. SIFT - Scale Invariant Feature Transform. LCG Computer Graphics Lab, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2013
  2. 2,0 2,1 2,2 BELO, F. A. Desenvolvimento de Algoritmos de Exploração e Mapeamento Visual para Robôs Móveis de Baixo Custo. Diss. PUC-Rio, 2006.
  3. VARELLA, C. A. Análise de componentes principais. Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2008