PJI11103-2015-2

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PJI11103-2015-2

Diário de aula de PJI - 2015-2 - Prof. Simara Sonaglio

Dados Importantes

Professor: Simara Sonaglio
Email: simara.sonaglio@ifsc.edu.br
Atendimento paralelo: terças e quintas das 18 às 19 horas. Local: Lab. Redes II.

  • Avaliação
    • Avaliações individuais em cada etapa do projeto com conceito numérico: A, B, C e D. Conceito mínimo necessário em cada avaliação: C.
    • Avaliação baseada no projeto. Avaliação individual com acesso ao servidor da equipe e com questões relativas aos serviços e configurações do mesmo.
    • Um ou mais conceitos D implica na realização da reavaliação: uma única avaliação a ser realizada no último dia de aula.

IMPORTANTE: o direito de recuperar uma avaliação em que se faltou somente existe mediante justificativa reconhecida pela coordenação. Assim, deve-se protocolar a justificativa no prazo de 48 horas, contando da data e horário da avaliação e aguardar o parecer da coordenação.

Plano de Ensino

Diário de aulas

Projeto-PJI11103-2015-2.png


IPs e sub-domínios DNSs destinados às respectivas equipes:

  1. 200.135.37.121 - prji1.sj.ifsc.edu.br
  2. 200.135.37.122 - prji2.sj.ifsc.edu.br
  3. 200.135.37.123 - prji3.sj.ifsc.edu.br
Aula 1 - 06/10/15: Apresentação da disciplina
  • Apresentação da disciplina, plano de aula, trabalhos e métodos de avaliação.
  1. Auto apresentação
  2. Apresentação da Wiki
  3. Ementa
  4. Proposta de Cronograma de atividades
  5. Apresentação do modelo de aulas a ser adotado
    1. Projeto
  6. Avaliações
Aula 1 - 06/10/15: Revisão dos comandos básicos
Objetivo: Revisão dos comandos básicos, familiarização e fixação do conteúdo.

Material Auxiliar (Comandos básicos 01) (Comandos básicos 02 ) ( Slides Aula Introdução ao Linux Tulio.)

  1. Abra um terminal, no qual todos os passos a seguir serão executados.
  2. Execute o comando pwd. Escreva a saída resultante deste comando. Este será o seu diretório raiz.
  3. Crie um diretório de trabalho, por exemplo execute mkdir revisao. OBS: todos os diretórios e arquivos que você for trabalhar daqui para frente, faça dentro da sua pasta REVISAO.
  4. A partir do seu diretório REVISAO, crie a seguinte árvore de diretórios, utilizando o comando mkdir e o conceito de caminho relativo.
    1. Brasil
      1. regiaoNorte
        1. amazonas
        2. acre
      2. regiaoSul
        1. parana
        2. santaCatarina
  5. Entre no diretório regiaoNorte.
  6. Liste os diretórios existentes dentro do diretório atual, e anote a saída.
  7. Copie o diretório amazonas com o nome para.
  8. Execute o comando ls, e escreva abaixo a saída resultante deste comando.
  9. Entre no diretório regiaoSul, e renomeie o diretório parana para o nome rioGrandeSul.
  10. Liste os diretórios e escreva abaixo a saída resultante deste comando.
  11. Volte para o diretório raiz.
  12. Liste o conteúdo do diretório raiz e redirecione a saída para um arquivo com o nome saidaDirRaiz.arq e que este arquivo fique dentro do diretório amazonas.
  13. Liste o conteúdo do seu diretório REVISAO, e redirecione a saída para um arquivo com o nome saidaRevisao.arq e que este arquivo fique dentro do diretório amazonas.
  14. Liste o conteúdo do diretório regiaoSul e redirecione sua saída para um arquivo com o nome estados.sul e que este arquivo fique dentro do diretório amazonas.
  15. Vá até o diretório amazonas, execute o comando cat /etc/services e more /etc/services (um de cada vez). Qual a diferença entre os dois comandos?
  16. Apague os arquivos terminados em .arq e .sul.
  17. Verifique qual é o diretório corrente e, caso não seja o diretório home (/home/aluno) do seu usuário, vá para o mesmo.
  18. Liste o conteúdo do diretório home do seu usuário.
  19. Verifique se há a ocorrência da palavra “Protocol” no arquivo /etc/protocols.
  20. Liste as doze primeiras linhas do arquivo /etc/protocols.
  21. Liste as quinze últimas linhas do arquivo /etc/protocols.
  22. Mostre quantas linhas, palavras e caracteres possui o arquivo /etc/protocols.
  23. Quantos caracteres têm as cinco primeiras linhas do arquivo /etc/passwd.
  24. Quantas palavras têm as 8 ultimas linhas do arquivo /etc/protocols.
  25. Mostre as linhas de 6 a 10 do arquivo /etc/protocols.
  26. Mostre as 50 primeiras linhas do arquivo /etc/protocols na ordem alfabética inversa.
  27. Mostre as 10 últimas linhas do arquivo /etc/passwd na ordenado alfabeticamente.
  28. Entre os processos que estão rodando, mostre os que possuem a string “usr”.
  29. Dentre as 30 primeiras linhas do arquivo /etc/protocols, mostre as linhas que possuem a string “protocol”.
  30. Dentre as 20 ultimas linhas do arquivo /etc/protocols, mostre as linhas que possuem a string “Protocol”.
  31. Mostre apenas as 5 ultimas linhas que possuem a string “Protocol” do arquivo /etc/protocols.
  32. Conte quantas linhas possuem a palavra “root” dentre os processos que estão rodando.
Editor VI

(Material de Apoio)

Objetivo: Familiarização com o editor e ser capaz de executar comandos simples, porém úteis para manipulação de arquivos.

  1. Crie um arquivo com o editor VI com o nome de poema.txt, e que dentro dele esteja o texto abaixo:

Desejo que você Não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la. Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes. Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo. Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la. Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência. Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina, Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas. Seja um debatedor de ideias. Lute pelo que você ama.</syntaxhighlight>

  1. Salve o arquivo e saia do editor.
  2. Copie o arquivo do item anterior com o nome editadoPoema.txt.
  3. Entre no arquivo editadoPoema.txt, e saia sem salvar.
  4. Entre novamente no arquivo editadoPoema.txt, e no modo insert, faça uma alteração qualquer (Ex: deixe duas linhas em branco no início do arquivo). Saia do editor sem salvar a alteração feita.
  5. Entre no arquivo editadoPoema.txt, copie todo o poema e cole logo abaixo, sem deixar espaço entre os textos, utilizando os comandos nyy e p. Salve e saia do editor.
  6. Entre no arquivo editadoPoema.txt e exclua as 2 primeiras linhas. Desfaça a alteração, salve e saia do editor.
  7. Entre no arquivo editadoPoema.txt e exclua as 9 primeiras linhas. Salve as alterações e saia do editor.
  8. Entre no arquivo poema.txt e procure pela palavra sonhos, utilizando o comando /palavra_procurada. Navegando pela pesquisa com o comando n, responda quantas ocorrências dessa palavra existem no texto?
  9. No modo last line, substitua a palavra produzem por geram do arquivo poema.txt.
  10. No arquivo poema.txt, substitua todas as ocorrências da palavra digno por DIGNO.
  11. No arquivo editatoPoema.txt, copie todo o texto e cole 3 vezes, um embaixo do outro. Salve e saia do editor.
  12. Com o comando grep, procure pela palavra sonhos no arquivo do item acima. Em quantas linhas esta palavra aparece?
  13. Utilize o comando head para visualizar o começo do texto do arquivo editadoPoema.txt.
  14. Com o comando tail visualize o final do texto do arquivo editadoPoema.txt.
  15. No arquivo editadoPoema.txt, utilizando o comando sed substitua a palavra disciplina por DISCIPLINA. Em seguida, visualize o conteúdo do arquivo e responda: as alterações feitas pelo comando foram salvas no arquivo?
  16. Com o comando sort, ordene alfabeticamente o texto do arquivo editadoPoema.txt e redirecione a saída deste comando para um novo arquivo, chamado de poemaOrdenado.txt.
  17. Quantas linhas possui o arquivo poemaOrdenado.txt?
  18. Entre no arquivo editadoPoema.txt e insira o conteúdo do arquivo poemaOrdenado.txt logo abaixo do texto que ele já contém.
  19. Entre no arquivo poema.txt e salve-o com outro nome.

Gabarito 1 vi poema.txt editar texto ESC :wq ==> salva e sai 2 cp poema.txt editadoPoema.txt 3 ESC :q 4 ESC :q! 5 ESC 20yy ==> copia 20 linhas ESC G ==> vai ao final do arquivo ESC p ==> cola o texto 6 ESC 2dd ==> apaga 2 linhas ESC u ==> desfaz (undo) o último comando ESC wq! 7 ESC 9dd ESC wq! 8 ESC /sonhos 9 ESC :s/produzem/geram 10 ESC :%s/digno/DIGNO/g 11 ESC 30yy ESC p ESC p ESC p ESC wq 12 grep sonhos editadoPoema.txt | wc -l 13 head editadoPoema.txt 14 tail editadoPoema.txt 15 sed 's/disciplina/DISCIPLINA/g' Não sed -i 's/disciplina/DISCIPLINA/g' Sim 16 sort editadoPoema.txt > poemaOrdenado.txt 17 wc -l poemaOrdenado.txt 18 vi editadoPoema.txt ESC :r poemaOrdenado.txt 19 vi poema.txt ESC w outroNome.txt </syntaxhighlight>

Aula 2 - 08/10/15: Formatação, instalação e início da configuração do servidor principal

O objetivo inicial é instalar e configurar basicamente o sistema operacional na máquina que atuará como principal servidor da rede.

Instalando o sistema operacional

As etapas básicas consistem em:

  1. Conectar todos os periféricos mínimos na torre recebida e ligá-la à tomada.
  2. Instalar o sistema operacional lendo com atenção todas as mensagens recebidas e escolhendo adequadamente as opções, com as seguintes características:
    1. Na etapa de formação escolha formatação manual ou avançada e crie a seguinte tabela de partição: i) / 30 GB ext4; i) /home 30 GB ext4; i) swap 4 GB swap; /var "espaço restante" ext4.
    2. Se necessário configure manualmente os IPs, conforme passado pelo prof.
    3. Opte por atualizar automaticamente e baixar aplicativos de terceiros.
    4. Crie uma conta (que será definitiva) para um dos usuários da equipe, com o respectivo login e senha.
    5. Aguarde a finalização da instalação e reinicie a máquina.
  3. Logue na máquina com a conta criada.


Usuários e grupos

Criação de contas de usuários e de grupos, e seu uso para conferir permissões de acesso a arquivos, diretórios e recursos do sistema operacional. Apostila, páginas 61 a 65.

Slides Aula Tulio: Slides Aula Usuários, Grupos e Permissões

Um usuário no Linux (e no Unix em geral) é definido pelo seguinte conjunto de informações:

  • Nome de usuário (ou login): um apelido que identifica o usuário no sistema
  • UID (User Identifier): um número único que identifica o usuário
  • GID (Group Identifier): o número do grupo primário do usuário
  • Senha (password): senha para verificação de acesso
  • Nome completo (full name): nome completo do usuário
  • Diretório inicial (homedir): o subddiretório pessoal do usuário, onde ele é colocado ao entrar no sistema
  • Shell: o programa a ser executado quando o usuário entrar no sistema

As contas de usuários, que contêm as informações acima, podem ficar armazenadas em diferentes bases de dados (chamadas de bases de dados de usuários). Dentre elas, a mais simples é composta pelo arquivo /etc/passwd:

root:x:0:0:root:/root:/bin/bash
sshd:x:71:65:SSH daemon:/var/lib/sshd:/bin/false
suse-ncc:x:105:107:Novell Customer Center User:/var/lib/YaST2/suse-ncc-fakehome:/bin/bash
wwwrun:x:30:8:WWW daemon apache:/var/lib/wwwrun:/bin/false
man:x:13:62:Manual pages viewer:/var/cache/man:/bin/bash
news:x:9:13:News system:/etc/news:/bin/bash
uucp:x:10:14:Unix-to-Unix CoPy system:/etc/uucp:/bin/bash
roberto:x:1001:100:Roberto de Matos:/data1/roberto:/bin/bash

Acima um exemplo de arquivo /etc/passwd

Cada linha desse arquivo define uma conta de usuário no seguinte formato:

nome de usuário:senha:UID:GID:Nome completo:Diretório inicial:Shell

O campo senha em /etc/passwd pode assumir os valores:

  • x: significa que a senha se encontra em /etc/shadow
  • *: significa que a conta está bloqueada
  • senha encriptada: a senha de fato, porém encriptada usando algoritmo hash MD5 ou crypt. Porém usualmente a senha fica armazenada no arquivo /etc/shadow.

O arquivo /etc/shadow armazena exclusivamente as informações relativas a senha e validade da conta. Nele cada conta possui as seguintes informações:

  • Nome de usuário
  • Senha encriptada (sobrepõe a senha que porventura exista em /etc/passwd)
  • Data da última modificação da senha
  • Dias até que a senha possa ser modificada (validade mínima da senha)
  • Dias após que a senha deve ser modificada
  • Dias antes da expiração da senha em que o usuário deve ser alertado
  • Dias após a expiração da senha em que a conta é desabilitada
  • Data em que a conta foi desabilitada

Um exemplo do arquivo /etc/shadow segue abaixo:

root:$2a$05$8IZNUuFTMoA3xv5grggWa.oBUBfvrE4MfgRDTlUI1zWDXGOHi9dzG:13922::::::
suse-ncc:!:13922:0:99999:7:::
uucp:*:13922::::::
wwwrun:*:13922::::::
roberto:$1$meoaWjv3$NUhmMHVdnxjmyyRNlli5M1:14222:0:99999:7:::

Exercício: quando a senha do usuário roberto irá expirar ?

Um grupo é um conjunto de usuários definido da seguinte forma:

  • Nome de group (group name): o nome que identifica o grupo no sistema
  • GID (Group Identifier): um número único que identifica o grupo
  • Lista de usuários: um conjunto de usuários que são membros do grupo

Assim como as contas de usuários, os grupos ficam armazenados em bases de dados de usuários, sendo o arquivo /etc/group a mais simples delas:

root:x:0:
trusted:x:42:
tty:x:5:
utmp:x:22:
uucp:x:14:
video:x:33:roberto
www:x:8:roberto
users:x:100:
radiusd:!:108:
vboxusers:!:1000:

Os membros de um grupo são os usuários que o têm como grupo primário (especificado na conta do usuário em /etc/passwd), ou que aparecem listados em /etc/group.

Gerenciamento de usuários e grupos

Para gerenciar usuários e grupos podem-se editar diretamente os arquivos /etc/passwd, /etc/shadow e /etc/group, porém existem utilitários que facilitam essa tarefa:

  • useradd ou adduser: adiciona um usuário
    • Ex: useradd -m roberto : cria o usuário roberto juntamente com o diretório (-m --makedir).
    • Ex: useradd -c "Roberto de Matos" -m roberto : cria o usuário roberto com nome completo "Roberto de Matos"
    • Ex: useradd -c "Roberto de Matos" -g users -m -d /usuarios/roberto -s /bin/tcsh roberto : cria o usuário roberto com nome completo "Roberto de Matos", grupo users, diretório inicial /usuarios/roberto e shell /bin/tcsh
  • userdel: remove um usuário
    • Ex: userdel roberto : remove o usuário roberto, porém preservando seu diretório home
    • Ex: userdel -r roberto : remove o usuário roberto, incluindo seu diretório home
  • usermod: modifica as informações da conta de um usuário
    • Ex: usermod -g wheel roberto : modifica o GID do usuário roberto
    • Ex: usermod -G users,wheel roberto : modifica os grupos secundários do usuário roberto
    • Ex: usermod -d /contas/roberto roberto : modifica o diretório inicial do usuário roberto (mas não copia os arquivos ...)
    • Ex: usermod -l robertomatos roberto : modifica o login do usuário roberto
    • Ex: usermod -m ... : cria o diretório home do usuário roberto
    • Ex: usermod -c "Roberto Matos, R. dos Navegantes, 33333333" : atribui comentários ao usuário roberto
  • passwd: modifica a senha de usuário
    • Ex: passwd roberto
  • login: logo como outro usuário. Tem de estar como root
    • Ex: login roberto
  • groupadd: adiciona um grupo
    • Ex: groupadd ger: cria o grupo ger
  • groupdel: remove um grupo
    • Ex: groupdel ger: remove o grupo ger

Esses utilitários usam os arquivos /etc/login.defs e /etc/default/useradd para obter seus parâmetros padrão. O /etc/adduser.conf tem o mesmo intuito mas é seta exclusivamente os parâmetros do comando adduser. O arquivo /etc/login.defs contém uma série de diretivas e padrões que serão utilizados na criação das próximas contas de usuários. Seu principal conteúdo é:

MAIL_DIR dir # Diretório de e-mail
PASS_MAX_DAYS	99999 #Número de dias até que a senha expire
PASS_MIN_DAYS	0 #Número mínimo de dias entre duas trocas senha
PASS_MIN_LEN 5	#Número mínimo de caracteres para composição da senha
PASS_WARN_AGE 7 #Número de dias para notificação da expiração da senha
UID_MIN 500 #Número mínimo para UID
UID_MAX 60000 #Número máximo para UID
GID_MIN 500 #Número mínimo para GID
GID_MAX 60000 #Número máximo para GID
CREATE_HOME yes #Criar ou não o diretório home

Como o login.defs o arquivo /etc/default/useradd contém padrões para criação de contas. Seu principal conteúdo é:

GROUP=100 #GID primário para os usuários criados 
HOME=/home #Diretório a partir do qual serão criados os “homes”
INACTIVE=-1 #Quantos dias após a expiração da senha a conta é desativada
EXPIRE=AAAA/MM/DD #Dia da expiração da conta
SHEL=/bin/bash #Shell atribuído ao usuário.
SKEL=/etc/skel #Arquivos e diretórios padrão para os novos usuários.
GROUPS=video,dialout
CREATE_MAIL_SPOOL=no

O /etc/adduser.conf também possui uma série de padrões que funcionam especificamente para o comando adduser:

DSHELL=/bin/bash #Shell atribuído ao usuário.
DHOME=/home #Diretório a partir do qual serão criados os “homes”
SKEL=/etc/skel #Arquivos e diretórios padrão para os novos usuários.
FIRST_UID=1000 #Número mínimo para UID
LAST_UID=29999 #Número máximo para UID
FIRST_GID=1000 #Número mínimo para GID
LAST_GID=29999 #Número máximo para GID
QUOTAUSER="" #Se o sistema de cotas estiver funcional, pode atribuir quota ao usuário criado.


Atividade

Esta parte da atividade cada aluno executa individualmente em sua máquina, fazendo uso da devida máquina virtual (PRJ3).


  1. Crie o grupo turma.
  2. Crie o diretório /home/contas.
  3. Copie dos arquivos /etc/login.defs, /etc/default/useradd e /etc/adduser.conf para o /home/aluno.
  4. Modificando os arquivos /etc/login.defs, /etc/default/useradd e/ou /etc/adduser.conf, faça com que os usuários sejam criados com o seguinte perfil, por padrão:
    1. O diretório home dos usuários seja /home/contas;
    2. Iniciar a numeração de usuários (ID) a partir de 1500.
  5. Crie um usuário com o nome de manoel, pertencente ao grupo turma.
  6. Dê ao usuário manoel a senha mane123.
  7. Acrescente, por comandos, ao perfil do usuário seu nome completo e endereço: Manoel da Silva, R. dos Pinheiros, 2476666.
  8. Verifique o arquivo /etc/passwd.
  9. Mude, por comandos, o diretório home do manoel de /home/contas/manoel para /home/manoel.
  10. Mude o login do manoel para manoelsilva.
  11. Logue como manoelsilva.
  12. Recomponha os arquivos originais do item 3.

Atividade a ser realizada no servidor da equipe

  1. Criem uma conta para cada membro da equipe com poder de comando sudo (desafio).
  2. Baseado no diagrama geral, discutam a necessidade de criação de outros grupos e/ou usuários para atender as futuras demandas. Criem estes grupos e usuários.
  3. Configurem o servidor SSH de tal modo que somente os membros da equipe possam fazer acesso remoto. Falando de outro modo, coíbam o acesso pelo root e qualquer outro usuário.
Aula 3 - 13/10/15: Criação de usuários e grupos e permissionamento de arquivos

Usuários e grupos

Atividade

Esta parte da atividade cada aluno executa individualmente em sua máquina, fazendo uso da devida máquina virtual (PRJ3).


  1. Crie o grupo turma.
  2. Crie o diretório /home/contas.
  3. Copie dos arquivos /etc/login.defs, /etc/default/useradd e /etc/adduser.conf para o /home/aluno.
  4. Modificando os arquivos /etc/login.defs, faça com que os usuários sejam criados com o seguinte perfil, por padrão:
    1. Iniciar a numeração de usuários (ID) a partir de 1500.
  5. Modificando os arquivos /etc/adduser.conf, faça com que os usuários sejam criados com o seguinte perfil, por padrão:
    1. O diretório home dos usuários seja /home/contas.
  6. Crie um usuário com o nome de jose usando o comando adduser, pertencente ao grupo turma.
  7. Dê ao usuário manoel a senha jose123.
  8. Confirme a correta criação do usuário jose.
     tail /etc/passwd
    
  9. Confirme se o diretório home de jose foi criado corretamente dentro de /home/contas.
  10. Crie o diretório manoel em /home/contas.
  11. Crie um usuário com o nome de manoel usando o comando useradd. Deve-se ao criar o usuário definir os seguintes parâmentros:
    1. Pertencer ao grupo turma;
    2. O diretório home deve ser /home/contas/manoel;
    3. Configurar o shell do usuário como sendo /bin/bash;
    4. Observar qual a diferença entre os comandos adduser e useradd.
       useradd -g turma -d /home/contas/manoel -s /bin/bash manoel
      
  12. Dê ao usuário manoel a senha mane123.
     passwd manoel
    
  13. Acrescente, por comandos, ao perfil do usuário seu nome completo e endereço: Manoel da Silva, R. dos Pinheiros, 2476666.
     usermod -c "Manoel da Silva, R. dos Pinheiros, 2476666" manoel
    
  14. Verifique o arquivo /etc/passwd e confirme se o usuário manoel está OK.
  15. Mude, por comandos, o diretório home do manoel de /home/contas/manoel para /home/manoel.
     usermod -d /home/manoel manoel
    
  16. Verifique o arquivo /etc/passwd e confirme a alteração.
  17. Logue como manoel e verifique as mensagens na tela.
     login manoel
    
  18. Crie o diretório /home/manoel e tente logar novamente.
  19. Mude o login do manoel para manoelsilva.
     usermod -l manoelsilva manoel
    
  20. Crie o diretório /home/manoel e tente logar novamente.
  21. Logue como manoelsilva.
  22. Recomponha os arquivos originais do item 3.

Permissionamento

Há uma maneira de restringir o acesso aos arquivos e diretórios para que somente determinados usuários possam acessá-los. A cada arquivo e diretório é associado um conjunto de permissões. Essas permissões determinam quais usuários podem ler, e escrever (alterar) um arquivo e, no caso de ser um arquivo executável, quais usuários podem executá-lo. Se um usuário tem permissão de execução para um diretório, significa que ele pode realizar buscas dentro daquele diretório, e não executá-lo como se fosse um programa.

Quando um usuário cria um arquivo ou um diretório, o LINUX determina que ele é o proprietário (owner) daquele arquivo ou diretório. O esquema de permissões do LINUX permite que o proprietário determine quem tem acesso e em que modalidade eles poderão acessar os arquivos e diretórios que ele criou. O super-usuário (root), entretanto, tem acesso a qualquer arquivo ou diretório do sistema de arquivos.

O conjunto de permissões é dividido em três classes: proprietário, grupo e usuários. Um grupo pode conter pessoas do mesmo departamento ou quem está trabalhando junto em um projeto. Os usuários que pertencem ao mesmo grupo recebem o mesmo número do grupo (também chamado de Group Id ou GID). Este número é armazenado no arquivo /etc/passwd junto com outras informações de identificação sobre cada usuário. O arquivo /etc/group contém informações de controle sobre todos os grupos do sistema. Assim, pode -se dar permissões de acesso diferentes para cada uma destas três classes.

Quando se executa ls -l em um diretório qualquer, os arquivos são exibidos de maneira semelhante a seguinte:

> ls -l
total 403196
drwxr-xr-x 4 odilson admin 4096 Abr 2 14:48 BrOffice_2.1_Intalacao_Windows/
-rw-r--r-- 1 luizp admin 113811828 Out 31 21:28 broffice.org.2.0.4.rpm.tar.bz2
-rw-r--r-- 1 root root 117324614 Dez 27 14:47 broffice.org.2.1.0.rpm.tar.bz2
-rw-r--r-- 1 luizp admin 90390186 Out 31 22:04 BrOo_2.0.4_Win32Intel_install_pt-BR.exe
-rw-r--r-- 1 root root 91327615 Jan 5 21:27 BrOo_2.1.0_070105_Win32Intel_install_pt-BR.exe
>

As colunas que aparecem na listagem são:

  1. Esquema de permissões;
  2. Número de ligações do arquivo;
  3. Nome do usuário dono do arquivo;
  4. Nome do grupo associado ao arquivo;
  5. Tamanho do arquivo, em bytes;
  6. Mês da criação do arquivo; Dia da criação do arquivo;
  7. Hora da criação do arquivo;
  8. Nome do arquivo;

O esquema de permissões está dividido em 10 colunas, que indicam se o arquivo é um diretório ou não (coluna 1), e o modo de acesso permitido para o proprietário (colunas 2, 3 e 4), para o grupo (colunas 5, 6 e 7) e para os demais usuários (colunas 8, 9 e 10).

Existem três modos distintos de permissão de acesso: leitura (read), escrita (write) e execução (execute). A cada classe de usuários você pode atribuir um conjunto diferente de permissões de acesso. Por exemplo, atribuir permissão de acesso irrestrito (de leitura, escrita e execução) para você mesmo, apenas de leitura para seus colegas, que estão no mesmo grupo que você, e nenhum acesso aos demais usuários. A permissão de execução somente se aplica a arquivos que podem ser executados, obviamente, como programas já compilados ou script shell. Os valores válidos para cada uma das colunas são os seguintes:

  • 1 d se o arquivo for um diretório; -se for um arquivo comum;
  • 2,5,8 r se existe permissão de leitura; - caso contrário;
  • 3,6,9 w se existe permissão de alteração; - caso contrário;
  • 4,7,10 x se existe permissão de execução; - caso contrário;

A permissão de acesso a um diretório tem outras considerações. As permissões de um diretório podem afetar a disposição final das permissões de um arquivo. Por exemplo, se o diretório dá permissão de gravação a todos os usuários, os arquivos dentro do diretório podem ser removidos, mesmo que esses arquivos não tenham permissão de leitura, gravação ou execução para o usuário. Quando a permissão de execução é definida para um diretório, ela permite que se pesquise ou liste o conteúdo do diretório.

A modificação das permissões de acesso a arquivos e diretórios pode ser feita usando-se os utilitários:

  • chmod: muda as permissões de acesso (também chamado de modo de acesso). Somente pode ser executado pelo dono do arquivo ou pelo superusuário
    • Ex: chmod +x /home/usuario/programa : adiciona para todos os usuários a permissão de execução ao arquivo /home/usuario/programa
    • Ex: chmod -w /home/usuario/programa : remove para todos os usuários a permissão de escrita do arquivo /home/usuario/programa
    • Ex: chmod o-rwx /home/usuario/programa : remove todas as permissões de acesso ao arquivo /home/usuario/programa para todos os usuários que não o proprietário e membros do grupo proprietário
    • Ex: chmod 755 /home/usuario/programa : define as permissões rwxr-xr-x para o arquivo /home/usuario/programa
  • chown: muda o proprietário de um arquivo. Somente pode ser executado pelo superusuário.
    • Ex: chown roberto /home/usuario/programa: faz com que o usuário roberto seja o dono do arquivo
  • chgrp: muda o grupo dono de um arquivo. Somente pode ser executado pelo superusuário.
    • Ex: chgrp users /home/usuario/programa: faz com que o grupo users seja o grupo dono do arquivo /home/usuario/programa

Há também o utilitário umask, que define as permissões default para os novos arquivos e diretórios que um usuário criar. Esse utilitário define uma máscara (em octal) usada para indicar que permissões devem ser removidas. Exemplos:

  • umask 022: tira a permissão de escrita para group e demais usuários
  • umask 027: tira a permissão de escrita para group, e todas as permissões para demais usuários
Aula 4 - 15/10/15: Permissionamento de arquivos

Atividade

  1. Crie a partir do /home 3 diretórios, um com nome aln (aluno), outro prf (professor) e o último svd (servidor).
  2. Crie 3 grupos com os mesmos nomes acima.
  3. Crie 3 contas de usuários pertencentes ao grupo aln: aluno1, aluno2, aluno3. Estas contas deverão ter seus diretórios homes criados por comando dentro do diretório /home/aln/. Por exemplo para o aluno1 teremos /home/aln/aluno1. Configure a shell dos usuários como /bin/bash.
  4. Crie 3 contas pertencentes ao grupo prf: prof1, prof2, prof3. Estas contas deverão ter seus diretórios homes criados por comando dentro do diretório /home/prf/. Configure a shell dos usuários como /bin/bash.
  5. Crie 3 contas pertencentes ao grupo svd: serv1, serv2, serv3. Estas contas deverão ter seus diretórios homes criados por comando dentro do diretório /home/svd/. Configure a shell dos usuários como /bin/bash.
  6. Crie senhas para os usuários.
  7. Logue com o usuário aluno1 e crie um arquivo com o comando touch chamado aluno1.txt. Execute o comando echo "Teste aluno1" > aluno1.txt. Saia do usuário aluno1.
  8. Os diretórios dos alunos, e todo o seu conteúdo, devem ser visíveis e editáveis aos membros do próprio grupo, visíveis mas não apagáveis a todos os demais usuários da rede.
  9. Logue com a conta Aluno2. De um ls -l dentro do diretório home do usuário Aluno1. Dê um cat no arquivo aluno1.txt.
  10. Posteriormente, tente dar um echo "Teste Aluno2" >> aluno1.txt. Foi possível executar este comando? Se não, por quê?
  11. Deslogue do usuário Aluno2
  12. Logue com Prf1 e crie um arquivo com o comando touch chamado prf1.txt. Execute o comando echo "Teste prf1" > prf1.txt. Saia do usuário Prf1.
  13. Os diretórios dos professores e servidores, devem ser mutuamente visíveis, mas não apagáveis, entre os membros dos grupos professores e servidores mas não deve ser sequer visível aos membros do grupo alunos.
  14. Logue com um outro usuário Prf e teste se você consegue listar o conteúdo do diretório home do usuário Prf1, exibir o conteúdo do arquivo criado acima e escrever algo neste mesmo arquivo.
  15. Logue com o usuário servidor1 e de um ls -l dentro do diretório home do usuário prf1. Dê um cat no arquivo prf1.txt. Tente editar o arquivo.
  16. Logue com um usuário aluno e de um ls -l dentro do diretório home do usuário prf1. Foi possível executar este comando? Se não, por quê?
Aula 5 - 20/10/15: SSH

Habilitando acesso remoto com SSH

Ver capítulo 33 da apostila. Gabarito do roteiro Gabarito.

Atividade individual, cada aluno em sua máquina virtual (PRJ)

  1. Instale o SSH em sua máquina.
  2. De sua máquina real conecte na máquina virtual.
     ssh aluno@192.168.2.X
    
  3. Deslogue da máquina remota.
  4. Crie uma senha para o usuário root utilizando o comando passwd.
  5. Tente logar com o usuário root na máquina remota. Foi possível?
  6. Habilite o login do root.
     vi /etc/ssh/sshd_config 
       PermitRootLogin yes
    
  7. Reinicie o serviço
     service ssh restart
    
  8. Tente logar como root e em sequência deslogue.
  9. Desfaça a alteração em PermitRootLogin.
  10. Tente logar com o usuário root novamente. Foi possível?
  11. Remova a senha do usuário root para que não seja mais possível logar utilizando-a.
  12. De sua máquina real conecte e faça testes diversos.
     ssh aluno@192.168.2.X
    
  13. Habilite o acesso somente para um conjunto de usuários (desafio).
  14. Teste.
  15. Desfaça o anterior. Bloqueie o acesso para um conjunto de usuários (desafio).
  16. Teste.
  17. Instale o SSH em sua máquina virtual com ambiente gráfico, Ip 192.168.2.X.
  18. Habilite e desabilite o X11Forwarding.
  19. Da máquina real teste esta funcionalidade:
     ssh -X aluno@192.168.2.X 
      firefox
    
  20. Teste a funcionalidade do scp, copiando arquivos locais para o servidor e vice-versa.
  21. Teste a execução de comandos no seu servidor, sem "sair" do cliente.
  22. Faça testes fornecendo usuário e/ou senha errados e verifique o log:
     tail /var/log/auth.log
    
  23. Permitindo acesso ao serviço somente para algumas máquinas:

vi /etc/hosts.allow

     sshd: 192.168.X.X

vi /etc/hosts.deny

     sshd: ALL
Aula 6 - 22/10/15: Configurações no servidor

Configuração básica da interface de rede do servidor

Ver capítulo 22 da apostila.

  1. vi /etc/network/interfaces
  2. This file describes the network interfaces available on your system
  3. and how to activate them. For more information, see interfaces(5).
  1. The loopback network interface

auto lo iface lo inet loopback

       address 127.0.0.1
       netmask 255.0.0.0

  1. a interface ethernet eth0

auto eth0 iface eth0 inet static address 200.135.37.12X netmask 255.255.255.192 gateway 200.135.37.126

       dns-nameservers 200.135.37.65

</syntaxhighlight>

Onde X varia de 1 a 3. Ou seja, o primeiro servidores terá o IP de final .121, o segundo .122 e o terceiro .123.

  1. ifdown -a && ifup -a

Conferindo e aprendendo sobre instalação de pacotes

Slide). Página oficial do apt-get

É necessário estar com a rede funcional. Teste com o comando:

ping www.ifsc.edu.br
  1. Com o apt-get --help veja quais as opções possíveis que o instalador de pacotes do Ubuntu fornece.
  2. Sincronize o sistema.
  3. Atualize as versões de todos os pacotes instalados no sistema.
  4. Com o apt-cache search procure por sudoku, escolha o sudoku (nenhum outro) e instale-o. Após a instalação execute o programa instalado (digite o nome do pacote instalado) e veja se foi instalado corretamente (se rodou).
  5. Remova o programa instalado no item anterior. Confira se ele realmente foi removido.

Instalar o SSH no servidor

Com o comando apt-get instale o SSH e teste a conexão remotamente.

Criar usuários no servidor

Com os membros da equipe proponham e criem:

  1. Criem uma conta para cada membro da equipe com poder de comando sudo.
  2. Política de segurança a ser empregada para os usuários as serem criados por convite dos membros da equipe (familiares e amigos). Criem uma conta neste padrão, por hora denominada visitante.
  3. Uma conta para a professora, com direito a executar comandos via sudo.

Liberação de acesso SSH

Liberem o acesso SSH somente para pessoal autorizado (membros do grupo e professora).

Testem o acesso.

Aula 7 - 27/10/15: Interfaces de rede e rotas estáticas

Apostila, capítulo 22.

Interface de rede é qualquer dispositivo (físico ou lógico) capaz de transmitir e receber datagramas IP. Interfaces de rede ethernet são o exemplo mais comum, mas há também interfaces PPP (seriais), interfaces tipo túnel e interfaces loopback. De forma geral, essas interfaces podem ser configuradas com um endereço IP e uma máscara de rede, e serem ativadas ou desabilitadas. Em sistemas operacionais Unix a configuração de interfaces de rede se faz com o programa ifconfig:

Para mostrar todas as interfaces:

root@gerencia:~> ifconfig -a
dsl0      Link encap:Point-to-Point Protocol
          inet addr:189.30.70.200  P-t-P:200.138.242.254  Mask:255.255.255.255
          UP POINTOPOINT RUNNING NOARP MULTICAST  MTU:1492  Metric:1
          RX packets:34260226 errors:0 dropped:0 overruns:0 frame:0
          TX packets:37195398 errors:0 dropped:0 overruns:0 carrier:0
          collisions:0 txqueuelen:3
          RX bytes:19484812547 (18582.1 Mb)  TX bytes:10848608575 (10346.0 Mb)

eth1      Link encap:Ethernet  HWaddr 00:19:D1:7D:C9:A9
          inet addr:192.168.1.100  Bcast:192.168.1.255  Mask:255.255.255.0
          UP BROADCAST RUNNING MULTICAST  MTU:1500  Metric:1
          RX packets:37283974 errors:0 dropped:0 overruns:0 frame:0
          TX packets:42055625 errors:0 dropped:0 overruns:0 carrier:0
          collisions:0 txqueuelen:1000
          RX bytes:20939614658 (19969.5 Mb)  TX bytes:18284980569 (17437.9 Mb)
          Interrupt:16 Base address:0xc000

lo        Link encap:Local Loopback
          inet addr:127.0.0.1  Mask:255.0.0.0
          UP LOOPBACK RUNNING  MTU:16436  Metric:1
          RX packets:273050 errors:0 dropped:0 overruns:0 frame:0
          TX packets:273050 errors:0 dropped:0 overruns:0 carrier:0
          collisions:0 txqueuelen:0
          RX bytes:21564572 (20.5 Mb)  TX bytes:21564572 (20.5 Mb)
root@gerencia:~>

Para configurar uma interface de rede (que fica automaticamente ativada):

root@gerencia:~> ifconfig eth1 192.168.1.100 netmask 255.255.255.0

Os scripts ifup e ifdown servem para ativar ou parar interfaces específicas, fazendo todas as operações necessárias para isto:

# Desativam e ativam todas as interfaces de rede
ifdown -a && ifup -a

Ao se configurar uma interface de rede, cria-se uma rota automática para a subrede diretamente acessível via aquela interface. Isto se chama roteamento mínimo.

root@gerencia:~> ifconfig eth1 192.168.10.0 netmask 255.255.0.0
root@gerencia:~> netstat -rn (ou: route -n)
Kernel IP routing table
Destination     Gateway         Genmask         Flags   MSS Window  irtt Iface
192.168.0.0     0.0.0.0         255.255.0.0     U         0 0          0 eth1
127.0.0.0       0.0.0.0         255.0.0.0       U         0 0          0 lo
root@gerencia:~>

Pode-se associar mais de um endereço a uma mesma interface de rede. Isto se chama IP alias:

root@gerencia:~> ifconfig eth1:0 192.168.1.110 netmask 255.255.255.0
root@gerencia:~> ifconfig eth1:1 192.168.2.100 netmask 255.255.255.0
root@gerencia:~> ifconfig -a
eth1      Link encap:Ethernet  HWaddr 00:19:D1:7D:C9:A9
          inet addr:192.168.1.100  Bcast:192.168.1.255  Mask:255.255.255.0
          UP BROADCAST RUNNING MULTICAST  MTU:1500  Metric:1
          RX packets:37295731 errors:0 dropped:0 overruns:0 frame:0
          TX packets:42068558 errors:0 dropped:0 overruns:0 carrier:0
          collisions:0 txqueuelen:1000
          RX bytes:20942258027 (19972.0 Mb)  TX bytes:18294794452 (17447.2 Mb)
          Interrupt:16 Base address:0xc000

eth1:0    Link encap:Ethernet  HWaddr 00:19:D1:7D:C9:A9
          inet addr:192.168.1.110  Bcast:192.168.1.255  Mask:255.255.255.0
          UP BROADCAST RUNNING MULTICAST  MTU:1500  Metric:1
          Interrupt:16 Base address:0xc000

eth1:1    Link encap:Ethernet  HWaddr 00:19:D1:7D:C9:A9
          inet addr:192.168.2.100  Bcast:192.168.2.255  Mask:255.255.255.0
          UP BROADCAST RUNNING MULTICAST  MTU:1500  Metric:1
          Interrupt:16 Base address:0xc000
root@gerencia:~>

Configuração no boot

Todo sistema operacional possui alguma forma de configurar suas interfaces de rede, para que sejam automaticamente ativadas no boot com seus endereços IP. Por exemplo, em sistemas Linux Ubuntu (descrito em maiores detalhes em seu manual online).

A configuração de rede se concentra no arquivo /etc/network/interfaces:

# This file describes the network interfaces available on your system
# and how to activate them. For more information, see interfaces(5).

# The loopback network interface
auto lo eth1
iface lo inet loopback
        address 127.0.0.1
        netmask 255.0.0.0

# a interface ethernet eth1
iface eth1 inet static
	address 192.168.1.100
	netmask 255.255.255.0
	gateway 192.168.1.254
        dns-nameservers 200.135.37.65

# apelido para eth1
iface eth1:0 inet static
       address 192.168.5.100
       netmask 255.255.255.0

Para ativar, desativar ou recarregar as configurações de todas as interfaces de rede:

# Desativam e ativam todas as interfaces de rede
ifdown -a && ifup -a

Rotas estáticas

Ver capítulo 23 da apostila.

Rotas estáticas podem ser adicionadas a uma tabela de roteamento. Nos sistemas operacionais Unix, usa-se o programa route:

# adiciona uma rota para a rede 10.0.0.0/24 via o gateway 192.168.1.254
route add -net 10.0.0.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.254

# adiciona uma rota para a rede 172.18.0.0/16 via a interface PPP pp0
route add -net 172.18.0.0 netmask 255.255.0.0 dev ppp0

# adiciona a rota default via o gateway 192.168.1.254
route add -net default gw 192.168.1.254

# adiciona uma rota para o host 192.168.1.101 via o gateway 192.168.1.253
route add -host 192.168.1.101 gw 192.168.1.253

Para configurar a máquina para repassar pacotes entre as interfaces (rotear) deve-se setar o bit do ip_forward, com o comando:

echo 1 > /proc/sys/net/ipv4/ip_forward

A tabela de rotas pode ser consultada com o programa netstat:

root@gerencia:~> netstat -rn
Kernel IP routing table
Destination     Gateway         Genmask         Flags   MSS Window  irtt Iface
10.0.0.0        192.168.1.254   255.255.255.0   U         0 0          0 eth1
192.168.1.101   192.168.1.253   255.255.255.0   UH        0 0          0 eth1
172.18.0.0      0.0.0.0         255.255.0.0     U         0 0          0 ppp0
192.168.1.0     0.0.0.0         255.255.255.0   U         0 0          0 eth1
127.0.0.0       0.0.0.0         255.0.0.0       U         0 0          0 lo
0.0.0.0         192.168.1.254   0.0.0.0         U         0 0          0 eth1

Rotas podem ser removidas também com route:

# remove a rota para 10.0.0.0/24
route delete -net 10.0.0.0 netmask 255.255.255.0

# remove a rota para o host 192.168.1.101
route delete -host 192.168.1.101

Coleta e análise de tráfego

Uma ferramenta básica de análise de tráfego de rede faz a coleta das PDUs por interfaces de rede, revelando as informações nelas contidas. Dois programas bastante populares para essa finalidade são:

  • tcpdump: um analisador de tráfego em modo texto
    lab01:/data/tmp # tcpdump -i dsl0 -ln tcp port 80
    tcpdump: verbose output suppressed, use -v or -vv for full protocol decode
    listening on dsl0, link-type LINUX_SLL (Linux cooked), capture size 96 bytes
    22:14:37.797702 IP 74.125.47.136.80 > 201.35.226.9.21688: F 3660173220:3660173220(0) ack 4262495618 win 122 <nop,nop,timestamp 403588225 348814601>
    22:14:37.836844 IP 201.35.226.9.21688 > 74.125.47.136.80: . ack 1 win 54 <nop,nop,timestamp 348874613 403588225>
    22:14:38.410477 IP 201.35.226.9.21688 > 74.125.47.136.80: F 1:1(0) ack 1 win 54 <nop,nop,timestamp 348874756 403588225>
    22:14:38.770653 IP 74.125.47.136.80 > 201.35.226.9.21688: . ack 2 win 122 <nop,nop,timestamp 403589203 348874756>
    22:14:39.906734 IP 64.233.163.83.80 > 201.35.226.9.23018: P 534213879:534214123(244) ack 1779175654 win 133 <nop,nop,timestamp 2294865159 348870211>
    
  • wireshark: o equivalente em modo gráfico (porém com muitas outras funcionalidades)

Outros programas úteis (ou ao menos interessantes):

  • iptraf: gera estatísticas de tráfego por interfaces de rede
  • iftop: mostra os fluxos em uma interface de rede
  • nstreams: analisa a saída do tcpdump, e revela os fluxos em uma rede
  • driftnet: analisa o tráfego em uma interface, e captura imagens, videos e audio

Atividade

A) Configurar interface de rede

  1. Verifique a configuração de sua interface de rede eth0, na sua máquina virtual. Se necessário corrija-a assim: ip 192.168.2.X, sendo X o número do computador + 100 (exemplo: para o micro 2 (M2) X=102), roteador default = 192.168.2.1. Nameserver 200.135.37.65.
    1. Teste a comunicação do seu computador, fazendo ping 192.168.2.1. Tente pingar outras máquinas da rede.
    2. Tente também pingar o IP 200.135.37.65.
    3. Veja a tabela de rotas, usando netstat -rn ou route -n.
    4. Verifique a rota seguida pelos datagramas enviados, usando traceroute -n 200.135.37.65. Se o traceroute não estiver instalado insta-le-o (apt-get install traceroute).
  2. Configure sua máquina virtual servidora para que a informação de rede, configurada manualmente acima, fique permanente. Quer dizer, no próximo boot essa configuração deve ser ativada automaticamente.
  3. Adicione um IP alias a sua interface eth0. Esse novo IP deve ser configurado para 10.0.0.X/24 (X = item 1).
    1. Tente pingar os computadores de seus colegas, usando ambos endereços: da rede 192.168.2.0/24 e da rede 10.0.0/24.
    2. Enquanto acontecem os pings, visualize o tráfego pela interface eth0, usando o programa tcpdump:
      # Mostra o tráfego ICMP que passa pela interface eth1
      tcpdump -i eth1 -ln icmp
      
    3. Pense em uma utilidade para IP alias ...

B) Coleta de tráfego

  1. Faça um ou mais pings para algum(ns) sítios e, com o uso de parâmetros apropriados, faça com que o tcpdump:
    1. Capture todos os pacotes da rede.
    2. Capture somente os pacotes gerados por sua máquina.
    3. Capture somente pacotes destinados à sua máquina.
    4. Capture pacotes destinados ou originados da máquina 200.135.37.65.
    5. Faça com que os pacotes capturados anteriormente sejam salvos num arquivo, chamado “pacotes_capturados“.

C) Tabelas estáticas de roteamento

Diagrama para construir tabelas de roteamento com maquinas virtuais-rede-2.jpg

  1. Configure as interfaces de rede (uma interface virtual – ip alias) de sua máquina servidora, conforme números de IPs sugeridos na Figura. Todas as máscaras de rede devem ser 255.255.255.0 ou /24. Não configure gateway.
  2. Configure sua máquina virtual servidora para rotear pacotes.
  3. Configure sua máquina virtual cliente para ser seu cliente de rede, conforme Figura.
  4. Montar as tabelas estáticas de roteamento para todas as redes de todos os seus colegas, de modo que todas as máquinas cliente tenham acesso entre si (“pingando” ente elas).
  5. Faça testes. Se houver problemas usar tcpdump para monitorar individualmente as interfaces e verificar onde está o problema. Lembre-se que os pacotes devem ter rota de ida e volta, portanto o problema pode ser no seu roteador ou de seu vizinho. Uma boa sequência de testes é:
    1. Pingar entre cliente e roteador (servidor).
    2. Do cliente pingar a interface externa do roteador.
    3. Do cliente pingar a máquina do professor. Se funcionar até aqui seu roteador estará corretamente configurado.
    4. Do roteador pingar a interface externa de outro roteador.
    5. Do roteador pingar outro cliente.
    6. Do seu cliente pingar outro cliente.
Aula 8 - 29/10/15: Interfaces de rede e rotas estáticas

Atividade

A) Configurar interface de rede

  1. Verifique a configuração de sua interface de rede eth0, na sua máquina virtual. Se necessário corrija-a assim: ip 192.168.2.X, sendo X o número do computador + 100 (exemplo: para o micro 2 (M2) X=102), roteador default = 192.168.2.1. Nameserver 200.135.37.65.
    1. Teste a comunicação do seu computador, fazendo ping 192.168.2.1. Tente pingar outras máquinas da rede.
    2. Tente também pingar o IP 200.135.37.65.
    3. Veja a tabela de rotas, usando netstat -rn ou route -n.
    4. Verifique a rota seguida pelos datagramas enviados, usando traceroute -n 200.135.37.65. Se o traceroute não estiver instalado insta-le-o (apt-get install traceroute).
  2. Configure sua máquina virtual servidora para que a informação de rede, configurada manualmente acima, fique permanente. Quer dizer, no próximo boot essa configuração deve ser ativada automaticamente.
  3. Adicione um IP alias a sua interface eth0. Esse novo IP deve ser configurado para 10.0.0.X/24 (X = item 1).
    1. Tente pingar os computadores de seus colegas, usando ambos endereços: da rede 192.168.2.0/24 e da rede 10.0.0/24.
    2. Enquanto acontecem os pings, visualize o tráfego pela interface eth0, usando o programa tcpdump:
      # Mostra o tráfego ICMP que passa pela interface eth1
      tcpdump -i eth1 -ln icmp
      
    3. Pense em uma utilidade para IP alias ...

B) Coleta de tráfego

  1. Faça um ou mais pings para algum(ns) sítios e, com o uso de parâmetros apropriados, faça com que o tcpdump:
    1. Capture todos os pacotes da rede.
    2. Capture somente os pacotes gerados por sua máquina.
    3. Capture somente pacotes destinados à sua máquina.
    4. Capture pacotes destinados ou originados da máquina 200.135.37.65.
    5. Faça com que os pacotes capturados anteriormente sejam salvos num arquivo, chamado “pacotes_capturados“.

C) Tabelas estáticas de roteamento

Diagrama para construir tabelas de roteamento com maquinas virtuais-rede-2.jpg

  1. Configure as interfaces de rede (uma interface virtual – ip alias) de sua máquina servidora, conforme números de IPs sugeridos na Figura. Todas as máscaras de rede devem ser 255.255.255.0 ou /24. Não configure gateway.
  2. Configure sua máquina virtual servidora para rotear pacotes.
  3. Configure sua máquina virtual cliente para ser seu cliente de rede, conforme Figura.
  4. Montar as tabelas estáticas de roteamento para todas as redes de todos os seus colegas, de modo que todas as máquinas cliente tenham acesso entre si (“pingando” ente elas).
  5. Faça testes. Se houver problemas usar tcpdump para monitorar individualmente as interfaces e verificar onde está o problema. Lembre-se que os pacotes devem ter rota de ida e volta, portanto o problema pode ser no seu roteador ou de seu vizinho. Uma boa sequência de testes é:
    1. Pingar entre cliente e roteador (servidor).
    2. Do cliente pingar a interface externa do roteador.
    3. Do cliente pingar a máquina do professor. Se funcionar até aqui seu roteador estará corretamente configurado.
    4. Do roteador pingar a interface externa de outro roteador.
    5. Do roteador pingar outro cliente.
    6. Do seu cliente pingar outro cliente.
Aula 9 - 03/11/15: NAT e DHCP

NAT

A tradução de endereço de rede (NAT - Network Address Translation), proposta pela RFC 1631 em 1994, é uma função de rede criada para contornar o problema da escassez de endereços IP. Com a explosão no crescimento da Internet, e o mau aproveitamento dos endereços IP (agravado pelo endereçamento hierárquico), percebeu-se que o esgotamento de endereços poderia ser logo alcançado a não ser que algumas medidas fossem tomadas. Esse problema somente seria eliminado com a reformulação do protocolo IP, de forma a aumentar o espaço de endereços, que resultou na proposta do IPv6 em 1998. Porém no início dos anos 1990 a preocupação era mais imediata, e pensou-se em uma solução provisória para possibilitar a expansão da rede porém reduzindo-se a pressão por endereços IP. O NAT surgiu assim como uma técnica com intenção de ser usada temporariamente, enquanto soluções definitivas não se consolidassem. Ainda hoje NAT é usado em larga escala, e somente deve ser deixado de lado quando IPv6 for adotado mundialmente (o que deve demorar).

NAT parte de um princípio simples: endereços IP podem ser compartilhados por nodos em uma rede. Para isto, usam-se endereços IP ditos não roteáveis (também chamados de inválidos) em uma rede, sendo que um ou mais endereços IP roteáveis (válidos) são usados na interface externa roteador que a liga a Internet. Endereços não roteáveis pertencem às subredes 10.0.0.0/8, 192.168.0.0/16 e 172.16.0.0/12, e correspondem a faixas de endereços que não foram alocados a nenhuma organização e, portanto, não constam das tabelas de roteamento dos roteadores na Internet. A figura abaixo mostra uma visão geral de uma rede em que usa NAT:

Nat-exemplo.png

Para ser possível compartilhar um endereço IP, NAT faz mapeamentos (IP origem, port origem, protocolo transporte) -> (IP do NAT, port do NAT, , protocolo transporte), sendo protocolo de transporte TCP ou UDP. Assim, para cada par (IP origem, port origem TCP ou UDP) o NAT deve associar um par (IP do NAT, port do NAT TCP ou UDP) (que evidentemente deve ser único). Assim, por exemplo, se o roteador ou firewall onde ocorre o NAT possui apenas um endeerço IP roteável, ele é capaz em tese de fazer até 65535 mapeamentos para o TCP (essa é a quantidade de ports que ele pode possui), e o mesmo para o UDP. Na prática é um pouco menos, pois se limitam os ports que podem ser usados para o NAT. Note que o NAT definido dessa forma viola a independência entre camadas, uma vez que o roteamento passa a depender de informação da camada de transporte.

NAT no Linux

Ver capítulo 35, seção 4, da apostila.

O NAT no Linux se configura com iptables. As regras devem ser postas na tabela nat, e aplicadas a chain POSTROUTING, como no seguinte exemplo:

iptables -t nat -A POSTROUTING -s 192.168.1.0/24 -o eth0 -j MASQUERADE ;Habilita o NAT
iptables -t nat -L ;Lista as atuais regras da tabela NAT

A regra acima faz com que todo o tráfego originado em 192.168.1.0/24, e que sai pela interface eth0 deve ser mascarado com o endereço IP dessa interface. Esta regra diz o seguinte: todos os pacotes que passarem (POSTROUTING) por esta máquina com origem de 192.168.1.0/24 e sairem pela interface eth0 serão mascarados, ou seja sairão desta máquina com o endereço de origem como sendo da eth0. O alvo MASQUERADE foi criado para ser usado com links dinâmicos (tipicamente discados ou ADSL), pois os mapeamentos se perdem se o link sair do ar.

Atividade

D) NAT

  1. Desfaça as tabelas de roteamento.
  2. Configure a máquina cliente com os parâmetros:
    1. IP, conforme o modelo da Figura
    2. máscara: 255.255.255.0 ou /24
    3. default gw: ip_interno_do_seu_servidor
    4. nameserver:200.135.37.65
  3. Configure a máquina servidora para encaminhar pacote de uma interface a outra (ip_forward).
  4. Configure a máquina servidora para fazer NAT, por exemplo, no servidor do professor da Figura acima:iptables -t nat -A POSTROUTING -s 10.0.1.0/24 -o eth0 -j MASQUERADE</syntaxhighlight> Lembre-se de adequar a interface (eth0, eth1, ...) para o seu caso e também a rede (10.0.2.0/24, 10.0.3.0/24. ...).
  5. A partir do cliente faça testes “pingando” para:
    1. o próprio servidor
    2. o servidor de colegas
    3. redes externas
    4. redes dos colegas.
  6. Qual é a diferença de “comportamento” quando comparado ao cenário das tabelas estáticas de roteamento?

DHCP

Ver capítulo 31 da apostila.

Em nosso experimento será usado o servidor DHCP desenvolvido pelo ISC. Para usá-lo devem-se seguir os passos descritos abaixo.

  1. Instalar o serviço:
    apt-get install -y dhcp3-server
    
  2. Configurar em /etc/dhcp/dhcpd.conf, definindo as configurações globais e as redes onde o servidor DHCP irá ofertar endereços. Apague todo o conteúdo do arquivo original. X = 1 para M1, 2 para M2, ..., 13 para M13 e 14 para M14.
    default-lease-time 600;
    max-lease-time 7200;
    option subnet-mask 255.255.255.0;
    option broadcast-address 192.168.2.255;
    option routers 192.168.2.1;
    option domain-name-servers 200.135.37.65;
    
    subnet 192.168.2.0 netmask 255.255.255.0 {
       range 192.168.2.X1 192.168.2.X5;
    }
    
  3. Editar a interface que vai atender ao DHCP, no exemplo abaixo eth0, se a sua máquina utilizar uma interface diferente de eth0 faça a devida correção, por exemplo, eth1, eth2...:
    vi /etc/default/isc-dhcp-server
         INTERFACES="eth0"
    
  4. Iniciar o servidor DHCP:
    service isc-dhcp-server restart
    
  5. Verifique o log no servidor e observe a troca de mensagens entre o cliente e o servidor:
     tail -f /var/log/syslog
    
  6. Intale e use o utilitário o dhclient de sua máquina virtual com ambiente gráfico como cliente para testes
    apt-get install isc-dhcp-client
    dhclient -v eth0
    
  7. Verifique o log no servidor e observe a troca de mensagens entre o cliente e o servidor.
     tail -f /var/log/syslog
    
  8. Verifique os aluguéis no seu servidor com:
    cat /var/lib/dhcp/dhcpd.leases
    
  9. Desafio: fixe um IP para algum cliente seu (por exemplo seu vizinho).

Maiores detalhes sobre esse servidor DHCP:

Aula 10 - Lista de exercícios

Lista 1

Entregar em: 10/11/2015

Aula 11 - 10/11/15: DNS

Ver capítulo 25 da apostila.

DNS (Domain Name System) é uma base de dados distribuída e hierárquica. Nela se armazenam informações para mapear nomes de máquinas da Internet para endereços IP e vice-versa, informação para roteamento de email, e outros dados utilizados por aplicações da Internet.

A informação armazenada no DNS é identificada por nomes de domínio que são organizados em uma árvore, de acordo com as divisões administrativas ou organizacionais. Cada nodo dessa árvore, chamado de domínio, possui um rótulo. O nome de domínio de um nodo é a concatenação de todos os rótulos no caminho do nodo até a raiz. Isto é representado como uma string de rótulos listados da direita pra esquerda e separados por pontos (ex: ifsc.edu.br, sj.ifsc.edu.br). Um rótulo precisa ser único somente dentro do domínio pai a que pertence.

Por exemplo, um nome de domínio de uma máquina no IFSC pode ser mail.ifsc.edu.br., em que o "." (último) significa o root level domain .br é o domínio do topo da hierarquia (no Brasil feito em [1])ao qual mail.sj.ifsc.edu.br pertence. .ifsc.edu é um subdomínio de .br., e mail o nome da máquina em questão.

Por razões administrativas, o espaço de nomes é dividido em áreas chamadas de zonas, cada uma iniciando em um nodo e se estendendo para baixo para os nodos folhas ou nodos onde outras zonas iniciam. Os dados de cada zona são guardados em um servidor de nomes, que responde a consultas sobre uma zona usando o protocolo DNS.

Clientes buscam informação no DNS usando uma biblioteca de resolução (resolver library), que envia as consultas para um ou mais servidores de nomes e interpreta as respostas.

Dns2.jpg

(tirado do manual do BIND9)

Ver também o livro sobre DNS e BIND da O'Reilly.

Registros DNS

Cada rótulo na hierarquia DNS possui um conjunto de informações associadas a si. Essas informações são guardas em registros de diferentes tipos, dependendo de seu significado e propósito. Cada consulta ao DNS retorna assim as informações do registro pedido associado ao rótulo. Por exemplo, para ver o registro de endereço IP associado a www.ifsc.edu.br pode-se executar esse comando (o resultado teve alguns comentários removidos):

root@freeman:~$ dig sj.ifsc.edu.br mx

;; QUESTION SECTION:
;sj.ifsc.edu.br.			IN	MX

;; ANSWER SECTION:
sj.ifsc.edu.br.		3600	IN	MX	10 hendrix.sj.ifsc.edu.br.

;; AUTHORITY SECTION:
sj.ifsc.edu.br.		3600	IN	NS	ns.pop-udesc.rct-sc.br.
sj.ifsc.edu.br.		3600	IN	NS	ns.pop-ufsc.rct-sc.br.
sj.ifsc.edu.br.		3600	IN	NS	hendrix.sj.ifsc.edu.br.

;; ADDITIONAL SECTION:
hendrix.sj.ifsc.edu.br.	3600	IN	A	200.135.37.65
ns.pop-ufsc.rct-sc.br.	11513	IN	A	200.135.15.3
ns.pop-udesc.rct-sc.br.	37206	IN	A	200.135.14.1

Cada uma das informações acima mostra um determinado registro e seu conteúdo, como descrito na tabela abaixo:

Nome TTL Classe Registro Conteúdo do registro
hendrix.sj.ifsc.edu.br. 3600 IN A 200.135.37.65
sj.ifsc.edu.br. 3600 IN NS hendrix.sj.ifsc.edu.br.
sj.ifsc.edu.br. 3600 IN MX 10 hendrix.sj.ifsc.edu.br.

Obs: TTL (Time To Live) é o tempo de validade (em segundos) da informação retornada do servidor de nomes, e classe é o tipo de endereço (no caso IN equivale a endereços Internet).

Os tipos de registros mais comuns são:

Registro Descrição Exemplo
A Endereço (Address) www.sj.ifsc.edu.br IN A 200.135.37.66
NS Servidor de nomes (Name Server) sj.ifsc.edu.br IN NS hendrix.sj.ifsc.edu.br.
CNAME Apelido (Canonical Name) mail.sj.ifsc.edu.br IN CNAME hendrix.sj.ifsc.edu.br.
MX Roteador de email (Mail Exchanger) sj.ifsc.edu.br IN MX mail.sj.ifsc.edu.br.
SOA dados sobre o domínio (Start of Authority) sj.ifsc.edu.br IN SOA hendrix.sj.ifsc.edu.br. root.sj.ifsc.edu.br. 2009120102 1200 120 604800 3600
PTR Ponteiro para nome (Pointer) 65.37.135.200.in-addr.arpa IN PTR hendrix.sj.ifsc.edu.br.
TXT Texto genérico (Text) sj.ifsc.edu.br IN TXT "v=spf1 a mx ~all"

Uma zona assim é composta de um conjunto de registros com todas as informações dos domínios nela contidos. O conteúdo de uma zona, contendo o domínio example.com, pode ser visualizado abaixo:

$TTL  86400
@  IN	 SOA ns1.example.com.	hostmaster.example.com. (
			      2002022401 ; serial
			      10800 ; refresh
			      15 ; retry
			      604800 ; expire
			      10800 ; minimum
			     )
       IN  NS     ns1.example.com.
       IN  NS     ns2.smokeyjoe.com.
       IN  MX  10 mail.another.com.
       IN  TXT   "v=spf1 mx -all"

ns1    IN  A      192.168.0.1
www    IN  A      192.168.0.2
ftp    IN  CNAME  www.example.com.

bill   IN  A      192.168.0.3
fred   IN  A      192.168.0.4

A primeira linha ($TTL) Indica o tempo que os registros permanecem no cache do DNS sem atualização e é obrigatória, normalmente é dada em segundos, mas pode ser dada em horas, dias, semanas. SOA – é o preâmbulo, o início da configuração da zona de domínio, contém inicialmente o nome da zona (representado por um sinal de @ o que equivale ao nome da zona de domínio ou seja debian.com.br) a diferença de usar o arroba é que ele será repetido automaticamente nas demais linhas caso não seja informado outro nome de zona, depois a sigla IN indicando que se refere a Internet, a sigla SOA indicando que se trata do início do documento, o nome do servidor primário DNS e o e-mail do administrador. Em resumo um registro de recurso é uma tupla (linha) contendo 5 campos, sendo que alguns podem ser omitidos, seguem a seguinte ordem: Domain Name Informa o domínio ao qual o registro se aplica, existem muitos registros para cada domínio, e cada cópia do banco de dados armazena informações sobre vários domínios, esse campo é a chave de pesquisa primária utilizada para atender às consultas Time_to_live indica a estabilidade do registro, é dado em segundos Class caso esteja relacionado a internet seu valor será sempre IN Type informa o tipo de registro, dentre os mais importantes podemos os que aparecem na segunda tabela


Atividade

O objetivo é montar a seguinte estrutura:

Diagrama DNS redesII.png

Vamos configurar e testar um servidor DNS. Para tanto montaremos a estrutura indicada no diagrama, onde cada máquina será um servidor DNS, com um domínio próprio e, ao mesmo tempo, será cliente do servidor DNS da máquina 192.168.2.101. Esta, por sua vez, será servidor: um servidor master do domínio redes.edu.br e servidor escravo, recebendo automaticamente uma cópia das zonas dos servidores masters, de todos os demais domínios criados. Esta, será também a única máquina com servidor DNS com zona reversa. Sendo assim todos os domínios, diretos e reversos, serão visíveis por meio deste servidor.

  1. Entendendo o serviço DNS. Antes de qualquer reconfiguração faça testes usando a ferramenta “dig”:
    dig -x 150.162.12.25             ; consulta ao DNS reverso
    dig www.das.ufsc.br              ; consulta ao DNS direto
    dig +trace www.polito.it         ; consulta ao DNS direto mostrando toda a árvore de DNS consultados
    dig @200.135.37.65 www.polito.it ; consulta ao servidor DNS 200.135.37.65
    dig ufsc.br ANY                  ; consulta "total" ao domínio
    
  2. Instale o servidor DNS em sua máquina:apt-get install bind9. Instalando o Bind.</syntaxhighlight>
  3. Configure a sua zona, onde X = 2 para M2, 3 Para M3, ... 10 para M10, ..., 14 para M14. vi /etc/bind/named.conf.local

zone "redesX.edu.br" {

 type master;
 file "/etc/bind/db.redesX";
 allow-transfer {
   192.168.2.101;
 };

};</syntaxhighlight>

  1. vi /etc/bind/db.redesX

$TTL 86400 @ IN SOA ns.redesX.edu.br. admin.redesX.edu.br. (

                             2014040902; serial
                             3H ; refresh
                             60 ; retry
                             1W ; expire
                             3W ; minimum
                            )

@ IN NS ns.redesX.edu.br. ; este é o servidor master deste domínio @ IN MX 10 mail.redesX.edu.br. $ORIGIN redesX.edu.br. m80 A 192.168.2.1X mail A 192.168.2.1X www A 192.168.2.1X ftp A 192.168.2.1X ns A 192.168.2.1X </syntaxhighlight>

  1. vi /etc/resolv.conf

nameserver 192.168.2.101 </syntaxhighlight>

  1. Utilitário para testar o arquivo que contém o conteúdo de uma zona: named-checkzone nome_do_dominio arquivo_da_zona ==> Aponta possíveis erros no arquivo de configuração. named-checkzone redes18.edu.br /etc/bind/db.redesX</syntaxhighlight>
  2. Utilitário para testar a configuração do BIND: named-checkconf -z </syntaxhighlight>
  3. Restart do serviço: service bind9 restart </syntaxhighlight>
  4. Verificando se está tudo certo: tail -n 200 /var/log/syslog. Se necessário filtre por named. </syntaxhighlight>
  • Seqüênica de Testes:
ping www.redes12.edu.br
ping m8.redes108.edu.br
ping www.redesXX.edu.br ; dos seus colegas
dig @localhost m14.redes14.edu.br
dig @192.168.2.101 m7.redes7.edu.br
dig redesX.edu.br ANY
  • Teste o DNS reverso. Faça testes usando a ferramenta “dig”:
    dig -x 192.168.2.101
    

Arquivos na máquina Professor, somente para exemplificar

mkdir /var/cache/bind/slaves
chown bind:bind /var/cache/bind/slaves
/etc/bind/named.conf.local

// // Do any local configuration here //

// Consider adding the 1918 zones here, if they are not used in your // organization //include "/etc/bind/zones.rfc1918";

zone "redes1.edu.br" {

       type master;
       file "/etc/bind/db.redes1";

}; zone "2.168.192.in-addr.arpa" IN {

       type master;
       file "/etc/bind/db.2.168.192";

};

zone "redes2.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes2";
       masters { 192.168.2.102; };

};

zone "redes3.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes3";
       masters { 192.168.2.103; };

};

zone "redes4.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes4";
       masters { 192.168.2.104; };

};

zone "redes5.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes5";
       masters { 192.168.2.105; };

};

zone "redes6.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes6";
       masters { 192.168.2.106; };

};

zone "redes7.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes7";
       masters { 192.168.2.107; };

};

zone "redes8.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes8";
       masters { 192.168.2.108; };

};

zone "redes9.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes9";
       masters { 192.168.2.109; };

};

zone "redes10.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes10";
       masters { 192.168.2.110; };

};

zone "redes11.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes11";
       masters { 192.168.2.111; };

}; zone "redes12.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes12";
       masters { 192.168.2.112; };

};

zone "redes13.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes13";
       masters { 192.168.2.113; };

};

zone "redes14.edu.br" IN {

       type slave;
       file "/var/cache/bind/slaves/db.redes14";
       masters { 192.168.2.114; };

}; </syntaxhighlight>

/etc/bind/db.redes1

BIND reverse data file for empty rfc1918 zone
DO NOT EDIT THIS FILE - it is used for multiple zones.
Instead, copy it, edit named.conf, and use that copy.

$TTL 86400 @ IN SOA m1.redes1.edu.br. root ( 2014040900 ; Serial 604800 ; Refresh 86400 ; Retry 2419200 ; Expire 86400 ) ; Negative Cache TTL

@ IN NS m1.redes1.edu.br. @ IN MX 10 mail.redes1.edu.br. $ORIGIN redes1.edu.br. m1 A 192.168.2.101 www A 192.168.2.101 ftp A 192.168.2.101 mail A 192.168.2.101 </syntaxhighlight>

/etc/bind/db.2.168.192 (Zona reversa)

$TTL 86400 @ IN SOA m1.redes1.edu.br. root ( 2014040900 ; Serial 604800 ; Refresh 86400 ; Retry 2419200 ; Expire 86400 ) ; Negative Cache TTL

IN NS m1.redes1.edu.br. 101 IN PTR m1.redes1.edu.br. 102 IN PTR m2.redes2.edu.br. 103 IN PTR m3.redes3.edu.br. 104 IN PTR m4.redes4.edu.br. 105 IN PTR m5.redes5.edu.br. 106 IN PTR m6.redes6.edu.br. 107 IN PTR m7.redes7.edu.br. 108 IN PTR m8.redes8.edu.br. 109 IN PTR m9.redes9.edu.br. 110 IN PTR m10.redes10.edu.br. 111 IN PTR m11.redes11.edu.br. 112 IN PTR m12.redes12.edu.br. 113 IN PTR m13.redes13.edu.br. 114 IN PTR m14.redes14.edu.br. </syntaxhighlight>