15/02 - Redes de Acesso
- Apresentação da disciplina e plano de ensino;
- Componentes de uma infra-estrutura de telecomunicações - níveis de ISP, PoP e Last mile;
- Visão geral de uma WAN e uma rede de acesso - meios de transmissão;
- Tarefa pra casa: Fazer uma leitura das seções 1.1 à 1.3 (inclusive) do livro do Kurose, 5a edição e além das explicações básicas sobre as redes de acesso colocadas em sala. Descreva brevemente as principais tecnologias de redes de acesso (Dial-up, xDSL, HFC, FTTH e Wireless) em termos de: Alcance, complexidade da rede, banda passante (Mbps) e serviços possíveis ao cliente, sempre no ponto de vista do PROVEDOR DE SERVIÇOS (ISP). Para completar algumas informações de seu resumo use as outras bibliografias indicadas de nossa disciplina, a revista RTI (www.rtionline.com.br - edição julho/15) ou mesmo a googlelândia... ;)
Dial-up
XDSL – Digital Subscriber Line
HFC – Hybrid Fiber Coax
FTTH – Fiber-To-The -Home
WMAN (Wireless Metropolitan Area Network)
Wireless – Wireless Network
Allex Magno - PLC
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Power Line Communication (PLC) é o meio de transmissão de dados através da rede elétrica. Ela foi desenvolvida pelas empresas Norweb e Nortel que buscavam formas de transmissão de dados através de um estrutura já implementada.
A ideia é que, enquanto a transmissão de energia é feita de 50Hz a 60Hz, a transmissão de dados seja numa frequência de 1,7MHz a 30Mhz, assim não haveria interferência da rede elétrica nos dados transmitidos.
Tudo que é necessário para se conectar a rede é apenas conectar o modem à tomada que este fará a decodificação dos dados e os levará para o computador.
Para que isto seja possível o concentrador mestre (PNU) controla o sistema Outdoor e liga uma Célula de Energia (Power Cell) à rede do backbone. Geralmente está localizada no transformador. Deste ponto em diante a comunicação pode ser feita pela operadora de telecomunicações. Há ainda o Demodulador (PNR) repetidor para sistemas indoor.
Vantagens de utilizar o PLC:
Por utilizar a rede elétrica, qualquer ponto de energia é um potencial ponto de rede;
- Acesso a lugares remotos;
- Boa taxa de transmissão podendo chegar até 1GBps(fonte);
Desvantagens:
- Alta vulnerabilidade a ruídos;
- A conexão é divida por todos que estão numa mesma planta de rede elétrica;
No Brasil, o PLC foi regulado em 2009 pela ANATEL, porém pouco utilizada pelas operadoras. A mais mais conhecida foi a Inteling que fez alguns testes disponibilizando conexão pela rede elétrica em alguns bairros de São Paulo.
Atualmente, a comunicação de dados em alta velocidade através da rede elétrica vem, a cada dia, ganhando mais atenção, apesar de estarmos vivenciando o ápice do desenvolvimento das comunicações digitais via fibra ótica. A grande abrangência e capilaridade da estrutura já existente da rede elétrica, o alto custo de acesso a serviços agregados de telecomunicações (internet de banda larga, vídeo conferência, etc.) e a automação industrial são alguns dos fatores que impulsionam o desenvolvimento de aplicações para a tecnologia PLC de banda larga.
Portal Teleco
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Vinícius Souza - ADSL
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O ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line ou Linha Digital Assimétrica para Assinante) surgiu com o aumento da procura por acesso a rede mundial de computadores, a Internet. De acordo com o aumento na necessidade de acesso a Internet, os provedores de telefonia fixa criaram grande expectativa no ADSL, já que este protocolo permitia o tráfego de dados e voz na infraestrutura já existente na telefonia fixa, sendo ele capaz de dividir o canal composto pelos pares de fios telefônicos em três canais distintos para transmissão de dados e voz de forma simultânea. Mas por que três canais? Uma das premissas do ADSL foi a de que, num acesso a rede de internet, o usuário gera muito mais tráfego de download do que upload. Por conta disso, a divisão dos canais disponíveis para tráfego de dados e voz foi feita da seguinte maneira: 2 canais (fios) para o tráfego downstream, 1 canal (fio) para o tráfego upstream e 1 canal (fio) para o tráfego de voz. A figura a seguir mostra como é feita a divisão dos canais na porta nomeada ‘POTS’ no modem ADSL.
Ao chegarem no provedor (ISP - Internet Service Provider), os fios vindos dos assinantes são separados. O fio reservado para o tráfego de voz é destinado a PSTN (Public Switched Telephone Network), que irá fazer o encaminhamento da chamada telefônica, caso ela ocorra. Os outros três fios, responsáveis pelo tráfego de dados (downstream e upstream) são direcionados ao DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer), que é um equipamento responsável por unir várias linhas de dados do ADSL em uma única linha ATM (Asynchronous Transfer Mode), que fará a ligação com a rede de Internet.
A primeira versão do protocolo ADSL permitiu até 9 Mbps para tráfego downstream e 1 Mbps para tráfego upstream.
As faixas de frequência utilizadas na primeira versão foram:
0 a 4 Khz para voz;
26 a 138 Khz para tráfego upstream; e
138 a 1100 Khz para tráfego downstream.
O protocolo ADSL utiliza FDM (Multiplexação por Divisão de Frequência) e Cancelamento de Eco para multiplexação dos canais. A complexidade de implementação da rede ADSL foi bastante baixa, visto que o meio utilizado por ela, já era utilizado pelos provedores de telefonia. Portanto, bastou a instalação de equipamentos compatíveis com a tecnologia para que a rede passasse a estar funcional.
Fatores como o comprimento da linha de cobre, diâmetro, derivações e interferência de outros pares, afetam diretamente a taxa de transmissão do ADSL. A tabela a seguir exibe uma estimativa do desempenho do ADSL considerando apenas o diâmetro do fio de cobre em determinadas distâncias.
Distância X Taxa de Transmissão ADSL
Em 2002, por meio das recomendações G.992.3 e G.992.4, o ITU (International Telecommunication Union) publicou o que foi chamado de ADSL2 e, em 2005, através da recomendação G.992.5, o ADSL2+. A partir destas novas recomendações, o ADSL conseguiu atingir taxas de transmissão mais altas (somente no sentido downstream, já que não foi identificada necessidade de aumento de velocidade no sentido upstream), além de aumentar o alcance da rede.
Um fator importante que diferencia o ADSL2 para o ADSL2+ é que, no segundo, a faixa de frequência downstream passou a ser de 0.14 MHz até 2.2 MHz, ou seja 1,1 MHz a mais que a versão ADSL2. Isto permitiu aumentar ainda mais, a taxa de transmissão no ADSL2+.
A diferença na relação velocidade/distância entre as duas versões pode ser vista no gráfico a seguir.
Além de disponibilizar os serviços de dados e voz para o cliente, as novas versões do ADSL trouxeram também outras funcionalidades como: controle de potência e canalização, além de apresentar vantagens como detecção de falhas e medição de desempenho da conexão.
Portal Teleco - ADSL e ADSL2: As Tecnologias da Internet na Telefonia Fixa
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Daniel Marques - HFC
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HFC - Hybrid Fiber Coax (Fibra Híbrida Coaxial) sua arquitetura é caracterizada pela combinação de fibra óptica com cabo coaxial, como seu próprio nome já sugere. É formada por uma rede de telecomunicações em meio confinado dando suporte a transmissão de sinais.
Partes da Rede HFC
A rede HFC se compõe basicamente de quatro partes claramente diferenciadas: a cabeceira(ou headend), a rede tronco, a rede de distribuição e a rede de usuários.
Headend
O headend é o centro de onde se governa todo o sistema.
A Rede tronco
A rede tronco é formada por redes em forma de anéis redundantes de fibra óptica primária conectada a uma secundária no qual o sinais ópticos são convertidos em sinais elétricos e são distribuídos para os assinantes por meio de cabo coaxiais.
Características
- Transmissão Bidirecional
- Distância máxima de 160km entre o CMTS (Cable Modem Termination System, Head end) e o Cable modem mais distante (distância padrão 16 a 20km)
- Cada nó de fibra (célula) pode servir entre 500 a 2000 utilizadores, dependendo da largura de banda disponibilizada a cada um.
Serviços ao Cliente final
- Usada tanto para TV analógica, TV digital de alta definição como para acessar a internet em alta velocidade.
- É uma rede com taxa de transmissão compartilhada e não dedicada como no caso da ADSL.
- Possui taxa de transmissão de até 38Mbps por canal utilizado. Utilizando DOCSIS 3.0 vários canais podem ser utilizados em conjunto atingindo taxas de transmissão elevadas como 1Gbps
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Rafael Teles - VDSL
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A tecnologia VDSL (Very high bit rate Digital Subscriber Line) usa modems especiais para aumentar a capacidade digital das linhas de telefones comuns em casa ou no escritório. A velocidade e a qualidade da transferência de dados dependem em grande parte da condição das linhas telefônicas e da distância entre o usuário final e a central telefônica. VDSL é também tecnologia assimétrica, ou seja, permite taxas de transmissão diferentes para upstream e downstream, assim como ADSL (BERNAL; SERGIO; FALBRIARD, 2002).
Isso permite acessar a Internet com taxas mais rápidas para downstream e taxas menores para upstream. Atualmente, a tecnologia VDSL pode fornecer uma taxa de transmissão de até 50 a 55 Mbit/s para downstream e 1,5 a 2, 5 Mbit/s (ou mais) para upstream. Isso significa que o usuário final tem taxa de transmissão elevada disponível para todas as mídias digitais, incluindo vídeo de alta qualidade, constituindo-se num cenário residencial altamente sofisticado. É uma alternativa bastante similar a ADSL, entretanto, admite cabo coaxial, fibra óptica ou par trançado com meios de transmissão para comunicação a curtas distancias 300 a 1800m (BERNAL; SERGIO; FALBRIARD, 2002).
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Thiago Grisolfi - Dial-Up
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A conexão Dial-up (popularmente conhecida como "internet discada") utiliza como meio de transmissão os pares trançados do sistema tradicional de telefonia. Para se conectar, o usuário deve possuir uma linha telefônica e um fax modem; dispositivo que será responsável pela transformação de dados digitais, oriundos do computador, para ondas analógicas, factiveis de serem transportadas pelo enlace telefônico. Utilizando um software discador, será realizada uma chamada para um provedor de acesso, um ISP (Internet Service Provider). Este por sua vez, realizará a autenticação do usuário e se permitido o acesso começará fornecer os dados solicitados para o destino utilizando da mesma faixa em que normalmente passaria apenas voz (300 a 3300hz). Por se tratar de uma banda estreita, de apenas 3khz, a velocidade fica limitada a 56kbps, e como é utilizado do mesmo canal de voz não é possível realizar ligações durante o período de conexão.
A utilização deste tipo de conexão se dá principalmente em áreas remotas ainda não cobertas por outras tecnologias; ou então onde os acessos de banda larga são expensivos financeiramente. Diferente dos planos de Internet banda larga onde a cobrança geralmente é uma mensalidade fixa; a conexão discada, por se basear em uma ligação telefonica, tem tarifação idêntica a uma ligação de voz, atualmente cobrada por minuto pelas operadoras.
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20/02 - O modelo básico de Comunicação de Dados
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20/02 - O modelo básico de Comunicação de Dados
- Discussão sobre a aula anterior;
- As redes de acesso versus redes de transporte;
- As redes LAN versus redes WAN e MAN.
- A banda passante e os meios metálicos de transmissão;
- O modelo básico de comunicação de dados.
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