KIT MAGNÉTICO PARA O ENSINO DE QUÍMICA ORGÂNICA: UMA PROPOSTA DE MATERIAL DIDÁTICO ACESSÍVEL PARA ESTUDANTES COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

De MediaWiki do Campus São José
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Autora:

Fabiani Cristina de Oliveira Santana


Resumo:

A atual concepção educacional preconiza a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outras deficiências na educação básica, em contraposição ao modelo assistencialista das instituições especializadas. Os TEAs compreendem uma gama heterogênea de desordens do desenvolvimento neurológico, com distintos fatores impactando habilidades sociais, linguísticas e comportamentais. Em particular, no âmbito da Química Orgânica, alunos com TEA podem enfrentar desafios na compreensão de estruturas químicas e grupos funcionais durante as aulas. A adaptação de materiais é essencial para fomentar a aprendizagem em Ciências, especialmente em química e, revela-se de importância crucial para alunos com TEA, embora a oferta de tais recursos destinados a estes sujeitos seja escassa na literatura. Isso é, em parte, atribuído à insegurança e despreparo declarados por docentes em lidar com a inclusão de estudantes com deficiência, especialmente os TEAs. Na área de Ciências, isso ocorre, em parte, pela carência de abordagens sobre educação inclusiva e práticas para salas de aula inclusivas durante a formação docente. A pesquisa almejou investigar a percepção dos professores quanto à adaptação de materiais didáticos para alunos com TEA e propor um material didático acessível para o Ensino de Química Orgânica destinado a estes sujeitos. O estudo teve um caráter qualitativo-descritivo (questionário) e qualitativo-exploratório ao desenvolver um material didático acessível para alunos com TEA. Participaram do estudo seis professores de Ciências da Natureza, dos quais afirmaram ter de três a seis alunos com TEA em suas turmas. A formação inicial dos professores em relação à educação inclusiva foi considerada insuficiente pela maioria, que destacou a necessidade de capacitação específica para lidar com estudantes com TEA. Os professores concordaram ser necessário realizar adaptações em conteúdos, objetivos e atividades para estudantes com TEA, contudo declararam não desenvolver materiais didáticos acessíveis, por julgarem não ter conhecimento especializado. O Kit Magnético proposto despertou um novo interesse do estudante com TEA pela disciplina de química, deixando-o participativo e atento. O Kit demonstrou eficácia ao possibilitar a construção e manipulação das estruturas químicas de forma lúdica, contribuindo para o cumprimento dos objetivos da disciplina. Ao final das aulas, o Kit facilitou a identificação e classificação de carbonos em estruturas químicas representadas na lousa, pelo estudante. O estudo enfatizou a importância da adaptação de materiais didáticos para promover a inclusão de estudantes com TEA no ambiente educacional, destacando a necessidade da formação de professores para a educação inclusiva.


Palavra Chave: Inclusão escolar, Educação inclusiva, Ensino de Ciências, Formação docente, Adaptação de materiais didáticos.


Texto completo: Em processo de publicação.