Dicas para aprender melhor

De MediaWiki do Campus São José
Ir para navegação Ir para pesquisar

Nesta página seguem algumas dicas de como o estudante deve conhecer para melhorar as habilidades de aprendizado e estudo, e também o raciocínio crítico. Os textos abaixo estão no capítulo Habilidades de aprendizado do livro "MILLER, G T.; SPOOLMAN, Scott E. Ciência ambiental. [Digite o Local da Editora]: Cengage Learning Brasil, 2021. 9786555583922. Disponível em: https://app.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555583922/. Acesso em: 20 jul. 2022." , que os estudantes do IFSC tem acesso através do site Minha Biblioteca. Todos os textos abaixo são cópia exata do livro citado.

Você pode melhorar suas habilidades de aprendizado e estudo.

Maximizar sua capacidade de aprender é um processo que envolve melhorar continuamente suas habilidades de aprendizado e estudo. Eis algumas sugestões:

1. Desenvolver uma paixão pelo aprendizado.

É a chave para o sucesso. Organize-se. Planejamento é uma habilidade funda-mental para a vida. Faça listas diárias de tarefas. Coloque-as em ordem de importância, concentre-se nas mais importantes e re-serve um tempo para trabalhar nelas. Altere sua programação conforme necessário para realizar os itens mais relevantes.

2. Estabeleça uma rotina de estudos em um ambiente sem distrações.

Desenvolva uma programação de estudos diária por escrito e siga à risca. Estude em um ambiente silencioso e bem iluminado. Faça pausa a cada uma hora ou mais. Durante as pausas, respire fundo várias vezes e se movimente, isso vai ajudar você a se manter mais alerta e concentrado.

3. Evite a procrastinação.

Não adie leituras e outras tarefas. Reserve um tempo específico para estudar todos os dias e transforme esse momento em parte da sua rotina diária.

4. Transforme montanhas em morros.

Pode ser difícil ler um capítulo ou um livro inteiro, escrever um artigo todo ou preparar-se para uma prova em um curto período. Em vez disso, divida essas grandes tarefas (montanhas) em uma série de pequenas tarefas (morros). A cada dia, leia algumas páginas do livro ou capítulo, escreva alguns pará-grafos de um artigo e reveja o que estudou ou aprendeu.

5. Faça perguntas e responda a elas enquanto lê.

Por exemplo, “Qual é o ponto principal desta seção ou parágrafo?”. Relacione suas próprias perguntas com as questões e os conceitos-chave apresentados em cada seção do capítulo e listados na seção de revisão do fim dos capítulos.

6. Concentre-se nos termos principais.

Utilize o glossário de seu livro para consultar o significado dos termos ou das palavras que não entender. Este livro mostra todos os termos principais em negrito e outros termos importantes em itálico. As questões de Revisão do Capítulo, localizadas no final de cada capítulo, também incluem os termos principais em negrito. Cartões de memorização para testar seu domínio dos termos-chave de cada capítulo estão disponíveis no site deste livro. Você também pode criar os seus.

7. Interaja com a leitura.

Você pode marcar as principais frases e parágrafos com um marca-texto, uma caneta ou asteriscos e observações nas margens. Também é possível marcar páginas importantes que quer rever adicionando notas, destacando o material ou dobrando os cantos das páginas. Reveja para reforçar o aprendizado. Antes de cada aula, revise o material estudado na sessão anterior e leia o material especificado.

8. Torne-se um excelente anotador.

Aprenda a anotar os pontos e as informações principais de cada aula. Reveja, elabore e organize suas anotações assim que possível após cada aula.

9. Verifique o que você aprendeu.

Ao final de cada capítulo, você encontrará questões de revisão que cobram a matéria-chave de cada capítulo. Sugerimos que tente responder às perguntas depois de estudar cada seção do capítulo. Deixar para fazer isso após a conclusão do capítulo pode ser uma tarefa árdua.

10. Escreva as respostas às perguntas para concentrar e reforçar o aprendizado.

Responda às questões de raciocínio crítico encontradas nos quadros “Pensando sobre” ao longo dos capítulos, em muitas legendas de figura e ao final de cada capítulo. Essas perguntas são projetadas para inspirar você a pensar de forma crítica sobre as ideias principais e conectá-las a outras ideias e a sua própria vida. Além disso, responda às perguntas de revi-são disponíveis no final do capítulo. Guarde suas respos-tas para a revisão e preparação para a prova.

11. Use o sistema de amigos.

Estude com um amigo ou junte-se a um grupo de estudos para comparar anotações, rever a matéria e preparar-se para as provas. Explicar algo a outra pessoa é uma boa forma de concentrar seus pensamentos e reforçar seu aprendizado. Compareça às aulas de revisão oferecidas pelos professores ou assistentes de ensino.

12. Conheça o estilo de prova de seu professor.

Seu professor enfatiza perguntas de múltipla escolha, “para completar”, verdadeiro ou falso, factuais, reflexivas ou dissertativas? Quanto do conteúdo exigido na prova virá do livro e quanto virá do material das aulas? Adapte seus métodos de estudo e aprendizagem ao estilo dele.

13. Prepare-se adequadamente para as provas.

Evite preparar-se para as provas na última hora. Coma bem e durma bastante antes de uma avaliação. Chegue cedo ou no horário. Fique calmo e aumente a entrada de oxigênio respirando profundamente várias vezes. (Faça isso de 10 a 15 minutos durante a prova). Leia toda a prova e responda primeiro às perguntas que domina. A seguir, reflita sobre as mais difíceis. Use o processo de eliminação para restringir as opções das perguntas de múltipla escolha. Para perguntas dissertativas, organize os pensamentos antes de começar a escrever. Se você não entender o que uma pergunta quer dizer, tente adivinhar. Você pode ganhar crédito parcial e evita tirar zero. Outra estratégia para ganhar alguns pontos é mostrar seu conhecimento e raciocínio escrevendo algo assim: “Se esta questão quer dizer isso, então minha resposta é ______________________”.

14. Desenvolva uma visão otimista porém realista.

Tente ser uma pessoa com um “copo meio cheio”, em vez de alguém com um “copo meio vazio”. Pessimismo, medo, ansiedade e preocupação excessiva (especialmente com as coisas que você não pode controlar) são destrutivos e podem levar à inércia.

15. Reserve um tempo para curtir a vida.

Todos os dias, re-serve um tempo para rir, apreciar a natureza, a beleza e a amizade.

Você pode melhorar suas habilidades de raciocínio crítico.

O raciocínio crítico envolve desenvolver habilidades para analisar informações e ideias, julgar a validade delas e to-mar decisões. O raciocínio crítico ajuda a distinguir entre fatos e opiniões, avaliar evidências e argumentos, adotar e defender uma posição fundamentada sobre os assuntos. Ele também ajuda a integrar informações, enxergar relações e aplicar o conhecimento obtido para lidar com vários tipos de problemas e decisões. Eis algumas técnicas básicas para aprender a pensar de forma mais crítica:

1. Questione tudo e todos.

Seja cético, como qualquer bom cientista. Não acredite em tudo que ouve ou lê, incluindo o conteúdo deste livro, sem avaliar as informações que você recebe. Busque outras fontes e opiniões.

2. Identifique e avalie suas crenças e inclinações pessoais.

Cada um de nós possui inclinações e crenças que foram ensinadas por pais, professores, amigos, pessoas que admiramos e pela experiência. Quais são suas crenças, seus valores e suas inclinações? De onde vieram? Em que hipóteses se baseiam? Você tem certeza de que suas crenças, valores e suposições estão certos? Por quê? Como o psicólogo e filósofo William James observou: “Uma grande parte das pessoas pensa que está pensando quando está apenas reorganizando seus preconceitos”.

3. Tenha a mente aberta e flexível.

Considere pontos de vista diferentes, julgue apenas quando tiver evidências suficientes e mude de opinião sempre que for necessário. Reconheça que pode haver uma grande quantidade de soluções úteis e aceitáveis para um problema, e que nem tudo é “oito ou oitenta”. Tente analisar o ponto de vista das pessoas de que você discorda para tentar entender o raciocínio delas. Existem dilemas envolvidos em lidar com qualquer questão ambiental, conforme você vai aprender neste livro.

4. Seja sempre humilde sobre o que você sabe.

Algumas pessoas são tão seguras do que sabem que param de pensar e questionar. Parafraseando o autor estadunidense Mark Twain, “o que nos machuca é o que temos certeza que é verdade, mas não é”.

5. Descubra como as informações relacionadas a uma questão foram obtidas.

As afirmações feitas baseiam-se em pesquisas ou rumores, com base no conhecimento e na investigação ou em boatos em primeira mão? Fontes não identificadas são utilizadas? As informações são baseadas em estudos científicos amplamente aceitos e passíveis de reprodução ou em resultados científicos preliminares que podem ser válidos, mas precisam de mais testes? A informação é baseada em algumas histórias isoladas ou experiências ou em estudos controlados cuidadosamente com resultados revisados por especialistas no campo envolvido? Ela é baseada em informações científicas ou crenças não fundamentadas e duvidosas?

6. Questione as evidências e conclusões apresentadas.

Quais são as conclusões ou alegações baseadas nessas informações consideradas por você? Quais evidências são apresentadas para fundamentá-las? Há necessidade de reunir mais evidências para comprovar as conclusões? Há outras conclusões mais razoáveis?

7. Tente descobrir diferenças em crenças básicas e suposições.

Na superfície, a maioria dos argumentos ou discordâncias envolve diferenças de opinião sobre a validade ou significado de certos fatos ou conclusões. Se você fizer uma análise mais aprofundada, constatará que a maioria das discordâncias está baseada em diferentes suposições (às vezes ocultas) com relação a como olhamos e interpretamos o mundo. Identificar essas diferenças básicas permite que as partes envolvidas entendam os pontos de vista umas das outras e concordem ou discordem de suas premissas básicas, crenças ou princípios.

8. Tente identificar e avaliar os motivos daqueles que apresentam evidências e tire as conclusões.

Qual é a experiência deles nessa área? Eles têm alguma suposição, crença, inclinação ou ideia ocultas? Têm interesses pessoais? Podem se beneficiar econômica ou politicamente da aceitação de suas evidências e conclusões? Pesquisa-dores com crenças ou suposições básicas diferentes considerariam os mesmos dados e chegariam a conclusões distintas?

9. Espere e tolere a incerteza.

Reconheça que os cientistas não podem estabelecer uma prova absoluta ou certeza sobre nada. No entanto, o objetivo da ciência é obter um alto nível de certeza (no mínimo 90%) em relação aos dados e às teorias científicas usados para explicá-los.

10. Verifique se há falácias lógicas e truques de debates nos argumentos que você ouve ou lê.

Apresentamos seis de muitos exemplos desses truques de debate. Primeiro, atacar a pessoa que apresenta um argumento, em vez de atacar o argumento em si. Segundo, apelar para a emoção, em vez de utilizar fatos e a lógica. Terceiro, alegar que, se uma evidência ou conclusão é falsa, então todas as demais evidências e conclusões são falsas. Quarto, dizer que uma conclusão é falsa porque não foi provada especificamente. Os cientistas nunca provam nada de maneira absoluta, mas lutam para estabelecer um alto nível de certeza (pelo menos 90%) sobre resultados e teorias. Quinto, introduzir informações irrelevantes ou enganosas para desviar a atenção dos pontos importantes. Sexto, apresentar apenas alguma alternativa quando pode haver uma série de opções.

11. Não acredite em tudo o que lê na internet.

A internet é uma fonte de informações maravilhosa e facilmente acessível que fornece explicações e opiniões alternativas sobre qualquer assunto ou questão, muitas delas indisponíveis nos meios de comunicação e artigos acadêmicos relevantes. Blogues de todos os tipos passaram a ser grandes fontes de informações, mais importantes que os meios de comunicação padrão para algumas pessoas. No entanto, uma vez que a internet é aberta, qualquer pessoa pode postar qualquer coisa em blogues e outros websites sem controle editorial ou revisão por especia-listas. Como resultado, avaliar informações na internet é uma das melhores formas de colocar em prática os princípios do raciocínio crítico discutidos aqui. Use e aproveite a internet, mas seja cético e prossiga com cautela.

12. Desenvolva princípios ou regras para avaliar evidências.

Desenvolva uma lista por escrito de princípios que sirvam como diretrizes na avaliação de evidências e alegações e na tomada de decisões. Avalie continuamente essa lista com base em sua experiência.

13. Torne-se um perseguidor da sabedoria, não um receptáculo de informações.

Muitas pessoas acreditam que o principal objetivo da educação é aprender acumulando mais e mais informações. Acreditamos que o principal objetivo é aprender a peneirar montanhas de fatos e ideias para encontrar algumas pepitas de sabedoria, que são mais úteis para entender o mundo e tomar decisões. Este livro está repleto de fatos e números, mas eles só se tornam úteis à medida que levam à compreensão de ideias, conceitos, conexões, leis e teorias científicas fundamentais. Os principais objetivos da ciência ambiental (sabedoria ambiental) e usar os princípios da sabedoria ambiental para ajudar a tornar as sociedades e economias humanas mais sustentáveis e, assim, mais benéficas e agradáveis para todos. De acordo com Sandra Carey, “Nunca confunda conhecimento com sabedoria. O primeiro ajuda você a ganhar a vida; e a segunda, a criar uma vida”. Ou como sugeriu o escritor estadunidense Walker Percy, “Algumas pessoas com muita inteligência, mas nenhuma sabedoria podem ter todos os A, mas são reprovadas na vida”.