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A seguir mostraremos um exemplo de arquivo de configuração: Não copie os comentários que se encontram após as setas para não ocorrer erros, mas se quiser deixar nos arquivos de configurações esses comentários, lembre-se de colocar o caractere “ ; ” antes das setas e também no começo da linha (se os comentários não couberam na linha anterior). </p><br/>
 
A seguir mostraremos um exemplo de arquivo de configuração: Não copie os comentários que se encontram após as setas para não ocorrer erros, mas se quiser deixar nos arquivos de configurações esses comentários, lembre-se de colocar o caractere “ ; ” antes das setas e também no começo da linha (se os comentários não couberam na linha anterior). </p><br/>
 
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[general]
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[general]
[INTERNO] → Lembra do contexto que falei? Cuidado com isso! O que você colocar lá no arquivo sip.conf tem que aparecer
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[INTERNO] → Lembra do contexto que falei? Cuidado com isso! O que você colocar lá no arquivo sip.conf tem que aparecer
 
  aqui da mesma forma! Lá estava em maiúsculo e aqui também.
 
  aqui da mesma forma! Lá estava em maiúsculo e aqui também.
 
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Edição das 14h04min de 23 de março de 2016

Projeto Integrador: Asterisk

Alunos: Greicili dos Santos Ferreira e João Pedro Menegali Salvan Bitencourt.
Curso: Integrado de Telecomunicações
Turma: 6080821
Professores: Ederson Torresini e Jorge Henrique B. Casagrande



INTRODUÇÃO


Este trabalho foi realizado para ajudar pessoas que queiram montar uma central Asterisk com algumas funções, são elas: transferência de chamadas, captura de chamadas, ligação entre ramais, URA (unidade de resposta audível), voicemail com a gravação sendo enviada por e-mail, e DAC (Distribuição automática de chamadas). A turma da 8a fase do curso Integrado de telecomunicações do Instituto Federal de Santa Catarina - Campus São José, teve o Projeto Integrador como finalização de curso. Este projeto tinha por finalidade criar uma solução/produto para uma determinada empresa. Optamos por criar uma central Asterisk (que é um software livre), sendo ela destinada para comunicações VoIP, com algumas funções que achamos importantes para uma empresa. Porém, tivemos dificuldades de compreender as configurações disponíveis na Internet. Então, decidimos compartilhar nosso projeto e orientar, de maneira mais explicativa, como configurar a central Asterisk. Oferecemos o conteúdo em texto e em vídeo, para que o interessado tenha opção de escolha levando em conta a sua preferência. Criamos uma empresa fictícia para o projeto Integrador, a Merkki ([1]).


INSTALAÇÃO


Primeiramente, abra um terminal como root. Optamos em utilizar a distribuição Debian 8 (Jessie) no projeto. Os comandos para instalar o Asterisk são:
apt-get install update → Comando que atualiza os repositórios do sistema.
apt-get install asterisk → Comando para instalar o asterisk.

Agora temos o Asterisk! Podemos encontrar seus arquivos de configurações em “/etc/asterisk”. Precisamos ainda instalar um correio eletrônico (Postfix) para que possamos enviar mensagens de áudio gravadas para um ramal para o e-mail do dono desse ramal (será falado mais sobre isso quando chegarmos no voicemail). Os comandos são:

apt-get install postfix → Instalar o correio eletrônico.

Aparecerá uma informação na tela que você precisará responder.
-opção: local only
-nome: merkki.com.br → merkki é o nome da nossa empresa fictícia criada no projeto Integrador. Você pode colocar o que quiser nesse campo.

Agora você terá que ir no arquivo main.cf que se encontra no “/etc/postfix”. Lá você irá adicionar o caractere “#” nas seguintes linhas:

#default_transport = error
#relay_transport = error

Salve o arquivo e, em seguida, digite os seguintes comandos:
service postfix restart → habilita suas configurações.
journalctl -l -u postfix → mostra o status do postfix (logs do sistema).

Instalaremos também um softphone para podermos nos conectar à central. Utilizamos o Jitsi para os computadores e o Zoiper para os celulares (possui versões para Iphone, Android e Windows Phone). Descobrimos, mais tarde, que existe o Jitsi para android, porém ele está na versão instável.

apt-get install jitsi

CONCEITOS BÁSICOS


Vamos agora olhar os arquivos de configuração do Asterisk ( vá para /etc/asterisk ). Usando o comando ls , veremos esses arquivos. Os utilizados por nós foram:


  • sip.conf
  • extensions.conf
  • features.conf
  • queues.conf
  • agents.conf
  • voicemail.conf
  • confbridge.conf

Mostraremos o conteúdo deste arquivos e o auxiliaremos na configuração deles. Veremos cada um deles a seguir:


ARQUIVO: sip.conf

Neste arquivo criaremos os ramais, definiremos os codecs, as senhas dos usuários, os grupos, etc.
Exemplo:

[general] → Tudo o que se encontra entre colchetes é o contexto, é por meio dele que criamos grupos. 
Neste caso, o “general” indica que todas as configurações que se encontra abaixo dele serve para todos os ramais.
allowguest=no
srvlookup=no
canreinvite =no
dtmfmode=rfc2833
[ramal-voip](!) → Grupo ramais VoIP. Todas as configurações definidas abaixo serão utilizadas por todos
os ramais desse grupo.
type=friend → Configura a classe de conexão.  Friend : pode tanto receber como efetuar ligações;
peer : só recebe chamadas;  user : só faz chamadas).
context=INTERNO → esse contexto será utilizado em outros arquivos do asterisk. Então é necessário especificá-lo
para que os outros recursos do Asterisk encaminhe os ramais desse grupo para as funções desejadas. Mais adiante,
retomarei este conceito para que fique mais claro.
host=dynamic → atribui IP aos ramais automaticamente. Opção Dynamic é a mais usada.
allow=all → Allow: Permite que um determinado codec seja usado.
qualify=yes 
videosupport=yes → Essa configuração permite ter videoconferência. Porém, alguns softphones
não suportam videoconferência.
textsupport=yes
nat=yes
bindport=6969 → Porta que o Asterisk deve esperar por conexões de entrada SIP. O padrão é 5060.
[100](ramal-voip) → Ramal 100
secret=senha100 → Essa é a senha utilizada para se cadastrar na central pelo seu softphone.
callerid="100" <100> → Aqui você coloca o nome do usuário do ramal para que a pessoa chamada
saiba quem está ligando. Ex: callerid="Maria" <100> → Aparecerá o nome Maria no ramal de  destino.
videosupport=yes → Como mencionado antes, para ter videoconferência. É necessário que todos os
ramais tenham essa configuração.
Call-limit=1 → Número máximo de “canais” simultâneos para um mesmo ramal. Então, quando estiver em  ligação e alguém te ligar,
a pessoa será informada que você está ocupado.

[101](ramal-voip)
secret=senha101
callerid="101" <101>
videosupport=yes
call-limit=1


Acesse o console do Asterisk digitando o seguinte comando no terminal:rasterisk Agora que você está no console, digite: reload . Isso fará com que as configurações que você fez nos arquivos sejam habilitadas no Asterisk. Sempre que você alterar algo nos arquivos do Asterisk, repita esse processo. Para sair do console, é só digitar: exit


ARQUIVO: extensions.conf

Neste arquivo será atribuído aos ramais o plano de discagem, ou seja, o que cada ramal poderá ter e fazer. Algumas observações: você verá com frequência no arquivo o uso do caractere “;” (ponto e vírgula) , tudo o que vier depois deste, na mesma linha ,não será utilizado, ou seja, será apenas um comentário.
As extensões são responsáveis por disparar um evento no Asterisk, determinando o fluxo das chamadas. No arquivo de configuração, possuem basicamente o formato:


exten=> número (nome), prioridade, aplicação


Cuidado com as prioridades! Tem que ser sequencial. Para evitar erros, o bom é utilizar a letra “n” (next).
Ex:

exten => 100,1, Dial (SIP/100,30)
exten => 100, n,VoiceMail(100)
exten => 100, n, Hangup()

A letra “n” segue a ordem imposta por você no arquivo, mas é preciso começar com a prioridade “1”. Se você fizer como o modo abaixo, não funcionará.
Ex:

exten => 100,n,Dial (SIP/100,30)
exten => 100, n,VoiceMail(100)
exten => 100, n, Hangup()

A seguir mostraremos um exemplo de arquivo de configuração: Não copie os comentários que se encontram após as setas para não ocorrer erros, mas se quiser deixar nos arquivos de configurações esses comentários, lembre-se de colocar o caractere “ ; ” antes das setas e também no começo da linha (se os comentários não couberam na linha anterior).


[general]
[INTERNO] → Lembra do contexto que falei? Cuidado com isso! O que você colocar lá no arquivo sip.conf tem que aparecer
aqui da mesma forma! Lá estava em maiúsculo e aqui também.
;
; RAMAL 100
;
exten => 100,1,Dial(SIP/${EXTEN},35,tT) → Nessa linha configuramos para esse ramal ter a  função transferência de chamada.
Dial: Faz uma chamada; SIP/${EXTEN}: É a sua extensão (número do seu ramal). É vantajoso utilizar isso para não
ter que em cada ramal digitar o número da sua extensão, como podemos ver no plano de discagem do ramal 101 (enumerar todos 
ramais é uma tarefa cansativa) ; 35: é o tempo para transferir a ligação, em segundos; t: habilita a transferência
para o lado destino da chamada; T: habilita a transferência para o lado originador da chamada.
exten => 100,2,VoiceMail(100) → atribui um correio de voz a esse ramal, mas é necessário ainda configurar no arquivo voicemail.conf
para funcionar.
exten => 100,3,Hangup() → Hangup: Encerra a chamada.
;
; RAMAL 101
;
exten => 101,1,Dial(SIP/101,30) → Neste caso, o ramal só faz chamada (Dial), mas não tem a possibilidade de transferir chamadas, 
pois não tem “ tT ”. 30: É o tempo máximo que o telefone pode chamar/tocar.
exten => 101,2,VoiceMail(101)
exten => 101,3,Hangup()

Até aqui, você tem apenas os ramais configurados que serão utilizados pelos usuários. Agora vamos para as funções. No próximo arquivo faremos a configuração da transferência. Já configuramos para os ramais, falta só habilitar essa função para que os mesmos possam utilizar.