Unidade 02: Processos
Gerência de tarefas; contextos, processos e threads
Escalonamento de tarefas
Comunicação entre Processos
Coordenação de processos
Laboratórios
Um Exemplo de Uso "API Padrão POSIX"
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Um Exemplo de Uso "API Padrão POSIX"
- Referências
Crie uma função soma que receba 2 ponteiros referenciando posições na memória, criadas utilizando nmap(), de maneira que estas posições armazenem números inteiros. A função soma deverá retornar a soma dos números apontados em regiões da memória sem a utilização de nenhuma rotina da biblioteca do C, que não sejam definidas por APIs posix, para criação destas
regiões na memória (malloc, alloc, calloc). Após retornar o resultado da soma os devidos ponteiros deverão ser extintos da memória.
- Experimento 1: Aumente o tamanho da memória alocada até quando for possível.
Qual o tamanho limite da memória que você conseguiu alocar?
- Experimento 2: Mude o escopo para PROT_NONE, após executar e depurar o código explique o que aconteceu.
Em sua opinião NMAP trata-se de uma syscall ou de uma API? Afinal API e syscall são a mesma coisa? Explique.
void *mmap(void *addr, size_t length, int prot, int flags, int fd, off_t offset);
int munmap(void *addr, size_t length);
addr = Valor do início do mapeamento.
length = valor do tamanho da região a ser alocada.
prot = especificações de proteção da região alocada (consultar http://man7.org/linux/man-pages/man2/mmap.2.html).
flags = especificação do escopo e do tipo da região criada (exemplo publica ou privada, se é anônima ou não).
void* meu_malloc(size_t tamanho) {
void* addr = mmap(0, // addr
tamanho, // len
PROT_READ | PROT_WRITE, // prot
MAP_ANON | MAP_PRIVATE, // flags
-1, // filedes
0); // off
*(size_t*)addr = tamanho;
return addr;
}
int meu_free(void* addr) {
return munmap(addr - sizeof(size_t), (size_t) addr);
}
int soma(int *N1, int *N2){
return (*N1+*N2);
}
int main(int argc, char* argv[]) {
int* numero1 = meu_malloc(sizeof(int));
int* numero2 = meu_malloc(sizeof(int));
*numero1 = 10;
*numero2 = 20;
int resultado = soma(numero1, numero2);
printf("\n\n O resultado da soma é %d \n\n",resultado);
meu_free(numero1);
meu_free(numero2);
return 0;
}
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Processos no Linux
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Processos no Linux
- Syscall FORK
- Em um terminal, execute "man fork"
- A função da API POSIX fork() aciona uma chamada de sistema (system call - syscall) que cria um novo processo duplicando o processo que realiza a chamada. O novo processo, chamado de filho, é uma cópia exata do processo criador, chamado de pai, exceto por alguns detalhes listados na manpage. O principal destes detalhes para nós agora é o fato de terem PIDs diferentes.
- O código dos dois processos (pai e filho) são idênticos;
- Os dados dos dois processos (pai e filho) são idênticos NO MOMENTO DA CRIAÇÃO;
- Execução do processo filho inicia na próxima instrução do programa (no retorno da chamada FORK);
- Não é possível saber qual dos processos (pai ou filho) retormará a execução primeiro - isto fica a cargo do excalonador do SO;
- Valores de retorno da chamada FORK:
- (-1): erro na criação do processo (ex.: memória insuficiente);
- (0): em caso de sucesso, este é o valor de retorno recebido pelo processo filho;
- (>0): em caso de sucesso, este é o valor de retorno recebido pelo processo pai;
- Syscall JOIN
- A syscall JOIN é implementada no POSIX pela função wait(). Execute "man wait".
- Além da função wait(), há também waitpid() e waitid();
- Todas estas syscalls são utilizadas para aguardar por mudanças no estado de um processo filho e obter informações sobre o processo filho cujo estado tenha mudado. São consideradas mudanças de estado: o filho terminou; o filho foi finalizado por um sinal (ex.: kill); o filho foi retomado por um sinal (ex.: alarme);
- A chamada wait também libera os recursos do processo filho que termina;
- wait(): esta função suspende a execução do processo chamador até que UM DOS SEUS FILHOS finalize;
- waitpid(): suspende a execução do processo chamador até que UM FILHO ESPECÍFICO finalize;
- Syscall EXEC
- A syscall EXEC é implementada no POSIX pela família de funções exec(). Execute "man exec".
- As principais funções da família são execl(), execlp() e execvp();
- Todas estas funções são, na realidade, front-ends (abstrações) para a syscall execve. Esta syscall substitui a imagem do processo corrente (aquele que chama a syscall) pela a imagem de um novo processo;
- Os parâmetros passados a estas funções são, basicamente, o nome de um arquivo com a imagem do programa a ser executado (um binário de um programa), e uma lista de parâmetros a serem passados a este novo programa;
- Exemplos POSIX utilizando fork/wait/exec
- Exemplo 1: fork/wait básico
// ex1: fork/wait básico
#include <sys/types.h>
#include <stdlib.h>
#include <stdio.h>
#include <unistd.h>
int main()
{
int pid, status;
pid = fork();
if(pid == -1) // fork falhou
{
perror("fork falhou!");
exit(-1);
}
else if(pid == 0) // Este é o processo filho
{
printf("processo filho\t pid: %d\t pid pai: %d\n", getpid(), getppid());
exit(0);
}
else // Este é o processo pai
{
wait(&status);
printf("processo pai\t pid: %d\t pid pai: %d\n", getpid(), getppid());
exit(0);
}
}
arliones@socrates:~/tmp$ gcc ex1.c -o ex1
arliones@socrates:~/tmp$ ./ex1
processo filho pid: 27858 pid pai: 27857
processo pai pid: 27857 pid pai: 5337
arliones@socrates:~/tmp$
- Exemplo 2: processos pai e filho compartilham código, mas não dados.
// ex2: fork/wait "compartilhando" dados
#include <sys/types.h>
#include <stdlib.h>
#include <stdio.h>
int main()
{
int pid, status, k=0;
printf("processo %d\t antes do fork\n", getpid());
pid = fork();
printf("processo %d\t depois do fork\n", getpid());
if(pid == -1) // fork falhou
{
perror("fork falhou!");
exit(-1);
}
else if(pid == 0) // Este é o processo filho
{
k += 1000;
printf("processo filho\t pid: %d\t K: %d\n", getpid(), k);
exit(0);
}
else // Este é o processo pai
{
wait(&status);
k += 10;
printf("processo pai\t pid: %d\t K: %d\n", getpid(), k);
exit(0);
}
k += 10;
printf("processo %d\t K: %d\n", getpid(), k);
exit(0);
}
arliones@socrates:~/tmp$ gcc ex2.c -o ex2
arliones@socrates:~/tmp$ ./ex2
processo 18425 antes do fork
processo 18425 depois do fork
processo 18426 depois do fork
processo filho pid: 18426 K: 1000
processo pai pid: 18425 K: 10
arliones@socrates:~/tmp$
- Modificação no código: comentar linhas 22 e 29
arliones@socrates:~/tmp$ gcc ex2.c -o ex2
arliones@socrates:~/tmp$ ./ex2
processo 32342 antes do fork
processo 32342 depois do fork
processo 32343 depois do fork
processo filho pid: 32343 K: 1000
processo 32343 K: 1010
processo pai pid: 32342 K: 10
processo 32342 K: 20
arliones@socrates:~/tmp$
- Analise os resultados e busque entender a diferença.
- Exercício fork/wait
Excrever um programa C que cria uma árvore de 3 processos, onde o processo A faz um fork() criando um processo B, o processo B, por sua vez, faz um fork() criando um processo C. Cada processo deve exibir uma mensagem "Eu sou o processo XXX, filho de YYY", onde XXX e YYY são PIDs de processos. Utilizar wait() para garantir que o processo C imprima sua resposta antes do B, e que o processo B imprima sua resposta antes do A. Utilizar sleep() (man 3 sleep) para haver um intervalo de 1 segundo entre cada mensagem impressa.
- Exercício status/wait
O status passado como parâmetro à função wait(&status) é, na verdade, o mecanismo de retorno de resultado do wait/waitpid. Ao retornar, esta variável contém informações sobre o resultado da execução do processo filho. Por exemplo, se um processo terminou normalmente (i.e., chamou exit), o comando WIFEXITED(status) retorna true. Este comando retorna false se o processo foi abortado (e.g., segmentation fault) ou morto (e.g., kill). Investigue no manual do wait no Linux (man wait) o funcionamento do comando WEXITSTATUS(status), e use-o para modificar o exercício anterior para calcular o 5!, sendo que cada processo pode executar apenas uma multiplicação.
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