Mudanças entre as edições de "Rádio Amador"

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As ondas de rádio são propagadas de um ponto ponto X para um ponto Y na superfície da terra. Essas ondas variam de acordo com a frequência colocada. É possível dividir genericamente o espectro em três partes:
 
As ondas de rádio são propagadas de um ponto ponto X para um ponto Y na superfície da terra. Essas ondas variam de acordo com a frequência colocada. É possível dividir genericamente o espectro em três partes:
 
Freqüências abaixo de 2 MHZ ( propagação de ondas de solo ) = Tendem a se propagar como ondas de superfície sobre a terra..  
 
Freqüências abaixo de 2 MHZ ( propagação de ondas de solo ) = Tendem a se propagar como ondas de superfície sobre a terra..  
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Para freqüências acima de 50 MHZ os efeitos de ionosfera são menos uniformes e regulares e ambas normal e não regular propagação são governadas grandemente pelas condições meteorológicas na troposfera. Tal propagação é além disso denominada troposférica.
 
Para freqüências acima de 50 MHZ os efeitos de ionosfera são menos uniformes e regulares e ambas normal e não regular propagação são governadas grandemente pelas condições meteorológicas na troposfera. Tal propagação é além disso denominada troposférica.
 
Além dos mecanismos de propagação normais, é também possível explorar certas técnicas especializadas para comunicação de longa distância.
 
Além dos mecanismos de propagação normais, é também possível explorar certas técnicas especializadas para comunicação de longa distância.
 
  
 
== Atenuação ==
 
== Atenuação ==

Edição das 22h20min de 25 de março de 2007

Rádio Amador

Arquivo:Radioamador.bitmap
Exemplo de uma TAG

Mesmo com as grandes pesquisas realizadas até hoje, a propagação por meio das ondas de rádio ainda existe vários enigmas para serem desvendados. Os cálculos para as soluções são difíceis até mesmo porque não podemos prever totalmente quanto de perda um sinal pode ter, sendo o mesmo absorvido por florestas, barrados em prédios e influenciado pelas outras ondas eletromagnéticas do espaço. Porém, com as pesquisas feitas podemos ter uma base de como funcionam os sistemas de rádio amador e a propagação de Sinais. Para que você faça um produto de radio amador é necessário passar pela certificação da ANATEL, aprovado pela resolução nº 242 de 30/11/2000, o próximo passo é seguir a regulamentação necessária e por fim sair falando respeitando sempre a ética e as limitações técnicas para a própria segurança e a segurança de outros usuários.

História do Rádio Amador

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A história do radioamador se inicia com os experimentos do Padre brasileiro Roberto Landell de Moura e do italiano Guglielmo Marconi ( que possuia grande riquesa, dedicara sua vida aos estudos ), que estabeleceram as primeiras transmissões de rádio no início do século XX. Através do grande senso empresarial, Marconi fundou na Inglaterra uma empresa (The Marconi Company), e com investimentos de empresários continuou seus experimentos e investigações. Já Roberto Landell de Moura pretendia apenas a pesquisa. Posteriormente amadores observaram que podiam também se comunicar a longa distância como faziam as estações comerciais. Em face disto, foi criada em 1914 a Associação Americana de Radioamadores (The American Radio Relay League – ARRL) , que foi incumbida a estabelecer normas para este novo serviço que estava nascendo. Veio a Primeira Guerra Mundial que causou uma suspensão nas atividades e após o conflito o governo americano mostrava-se receoso em autorizar qualquer tipo de transmissões. Porém devido a grande quantidade de militares que se envolviam a esta nova atividade e graças aos esforços de Hiram Percy Maxim, um dos fundadores da ARRL, o radioamadorismo foi liberado oficialmente em 01 de outubro de 1919. Em 1920 as primeiras conferências internacionais estabeleceram alguns critérios nas comunicações e para os radioamadores ficaram definidas freqüências em várias bandas entre 160 a 6 metros.

Conceitos Básicos Em Telecomunicações Para Entender Sobre Rádio Amador

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SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES: Serviços prestados por empresas públicas ou privadas à terceiros, consistindo no transporte origem-destino (s) de comunicações de qualquer natureza (voz, dados, imagens estáticas ou dinâmicas, telegrafia e outras), utilizando o espectro de freqüências radioelétricas, através de meios físicos ou espaço livre.

SERVIÇO DE RADIOAMADOR: Destinado ao treinamento próprio, à intercomunicação e a investigações técnicas, por amadores autorizados pela ANATEL, sem interesse pecuniário ou comercial. (Referência: Regulamento. Norma 31/94, Port. MC l.278/94, DOU 30.12.94).

SERVIÇO RÁDIO DO CIDADÃO: Serviço de radiocomunicação de uso compartilhado para comunicados entre estações fixas e/ou móveis realizados por pessoas naturais usando um dos 65 canais da subfaixa de radiofreqüências entre 26,96 Mhz e 27,61 Mhz. (Referência: Norma 01A/80, Port. MC 218/80, DOU 03.10.80 e Port. MC 129/89, DOU 15.08.89).

SERVIÇO LIMITADO: Serviço de telecomunicações para uso próprio do executante ou para prestação à terceiros, desde que estes sejam uma mesma pessoa física ou um grupo caracterizado por exercerem uma atividade específica.. (Referência: Dec. 2.197/97, DOU 09.04.97 e Norma 13/97, Port. 455/97, DOU 23.09.97).

SERVIÇO LIMITADO PRIVADO: Serviço limitado efetuado sob qualquer forma de telecomunicações (telefônico, telegráfico, dados, etc.) destinado ao uso do próprio executante. É constituído de submodalidades, entre outras: Serviço Móvel Privado, Serviço de Radiochamada Privado, Serviço de Rede Privado e Serviço de Radiotáxi Privado. (Referência: Norma 13/97, Port. MC 455/97, DOU 23.09.97).

SERVIÇO LIMITADO ESPECIALIZADO: É o serviço limitado efetuado sob qualquer forma de telecomunicações (telefônico, telegráfico, dados, etc.) destinado à prestação para terceiros que exerçam uma mesma atividade específica. É constituído de submodalidades, entre elas: Serviço Móvel Especializado, Serviço de Circuito Especializado, Serviço de Rede Especializado e Serviço de Radiotáxi Especializado. (Referência: Norma 13/97, Port. MC 455/97, DOU 23.09.97).

SERVIÇO MÓVEL AERONÁUTICO: Serviço Limitado Especializado destinado a oferecer telecomunicações entre estações terrenas e aeronaves ou entre estas. (Referência: Dec. 52.026/63, Alterado pelo Dec. 97.057/88).

SERVIÇO MÓVEL MARÍTIMO: É um serviço limitado especializado destinado a oferecer telecomunicações entre estações costeiras e estações de navio ou entre estas. (Referência: Dec. 52.026/63 - Alterado pelo Dec. 97.057/88).

SERVIÇO LIMITADO - RADIOESTRADA: Serviço limitado especializado destinado ao apoio e segurança dos transportadores rodoviários intermunicipal e interestadual. (Referência: Port. MC 193/88, DOU 08.08.88).

SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO COMUNITÁRIA: É a radiodifusão sonora destinada a atender pequenas comunidades, como vilas e bairros de cidades, sem fins lucrativos, para difundir idéias, cultura, tradições e hábitos à comunidade. Também, buscar a integração da comunidade, prestar serviços de utilidade pública, contribuir para o aperfeiçoamento de jornalistas e radialistas e permitir que os cidadãos exercitem o direito de expressão. Utiliza o canal 200 (87,9 Mhz) da Radiodifusão FM. (Referência: Regulamento. Dec. 2.615/98, DOU 03.06.98).

SERVIÇO DE RADIOTAXI: Serviço de radiocomunicações, bidirecional, com ou sem chamada seletiva, que permite intercambiar mensagens a voz ou digitais entre estações fixas (de base) e móveis terrestres (táxis), para orientação e administração do transporte. (Referência: Norma 01/82, Port. 43/82, DOU 08.03.82, Alterada pelas Port. MC 18/86, DOU 23.01.86, Port. SNC 26/91, DOU 30.01.91; e Port. MC 260/95, DOU 26.10.95).

SERVIÇO DE RADIOTAXI PRIVADO: Submodalidade do Serviço Limitado Privado. Não aberto à correspondência pública, para uso do próprio executante, bidirecional, com ou sem chamada seletiva, comunicações entre estações de base e móveis terrestres instalada em táxis, para orientação e administração do transporte de passageiros. (Referência: Norma 13/97, Port. MC 455/97, DOU 23.09.97).

SERVIÇO DE RADIOTAXI ESPECIALIZADO: Submodalidade do Serviço Limitado Especializado. Destinado a prestação de serviços à terceiros, bidirecional, com ou sem chamada seletiva, comunicações entre estações de base e móveis terrestres instaladas em táxis, para orientação e administração do transporte de passageiros. (Referência: Norma 13/97, Port. MC 455/97, DOU 23.09.97).

SERVIÇO DE TELEVISÃO A CABO: Serviço de telecomunicações que consiste na distribuição por uma entidade jurídica de direito privado com sede no Brasil, mediante assinatura, de sinais de vídeo e/ou áudio, de geração própria ou não, à terceiros, utilizando transporte por meios físicos (fios, cabos, guias de onda). Referência: Regulamento. Dec. 2.206/97, DOU 15.04.97 e Norma 13/96 - Rev.97, Port. MC 256/97, DOU 22.04.97).

SERVIÇO MÓVEL PRIVADO: Submodalidade do Serviço Limitado Privado, móvel, não aberto à correspondência pública, para uso próprio do executante, com características específicas, destinado a comunicações do tipo despacho. (Referência: Norma 13/97, Port. MC 455/97, DOU 23.02.97).

SERVIÇO MÓVEL TERRESTRE: É o serviço telefônico celular. (Referência: Lei nº. 9.472/97; Dec. 2.056/96; Normas de 20 a 28, de 1997, Port. MC 1.533/97). SERVIÇO MÓVEL VIA SATÉLITE: Serviços de telecomunicações via satélite prestados a aeronaves, embarcações e veículos terrestres.

SERVIÇO TELEFÔNICO PÚBLICO MÓVEL RODOVIÁRIO - TELESTRADA: Serviço telefônico executado pelas empresas de telefonia pública para conexão com a rede nacional de telefonia, de terminais móveis instalados em veículos automotores de transporte coletivo e de carga. (Referência: Norma 06/86, Port. MC 235/86, DOU 11.09.86 e Norma 01/89, Port. SGMC 07/89, DOU 13.01.89).

SERVIÇO ESPECIAL DE MÚSICA FUNCIONAL: Destinado a difusão de música dita ambiental por linhas telefônicas dedicadas com ou sem multiplexação. (Referência: Norma 01/75, Port. MC 259/75, DOU 25.03.75). SERVIÇO ESPECIAL DE RADIOAUTOCINE: Serviço de radiodistribuição localizada destinado à sonorização de sessões de cinema a céu aberto. (Referência: Norma 01/84, Port. SGMC 86/84, DOU 05.08.84).

SERVIÇO ESPECIAL DE RADIORRECADO: Serviço destinado a transmitir mensagens padronizadas, especialmente codificadas e endereçadas a assinantes. (Referência: Norma 04/82, Port. MC 122/82, DOU 08.07.82 e Port. SNS 26/91, DOU 30.01.91).

SERVIÇO ESPECIAL DE RADIODETERMINAÇÃO: Serviço destinado à obtenção de informações sobre a movimentação e o posicionamento de objetos receptores ou transmissores de ondas radioelétricas. (Referência: Dec. 52.026/63 - Alterado pelo Dec. 97.057/88).

SERVIÇO DE TELETEXTO: Modalidade do Serviço Especial Secundário de Radiodifusão de Sons e Imagens em que a informação teledifundida é videografia, a ser selecionada pelo usuário na tela do televisor com o auxilio de dispositivo apropriado. (Referência: Norma 02/88, Port. MC 89/88, DOU 06.01.89).

SERVIÇO DE VIDEOTEXTO: Serviço público oferecido através da rede de telefonia pública, com acesso apropriado, protocolos e procedimentos normalizados para fornecer interativamente a seus usuários recursos e informações ofertados pelos prestadores do serviço. (Referência: Norma 07/87, Port. 28.10.87). SERVIÇO ESPECIAL DE CANAL SECUNDÁRIO DE EMISSORA DE FM: Este serviço independe de autorização da ANATEL para sua exploração. O interessado negocia diretamente com a permissionária do Serviço de Radiodifusão Sonora em FM. (Referência: Port. SNC 374/92, DOU 17.09.92).

FUNDO DE FISCALIZAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES - FISTEL: Criado pela Lei nº. 5.070, de 07.07.66 (DOU 11.07.66 e 24.08.66. Destinado a prover recursos para cobrir as despesas feitas pelo Governo Federal na execução da fiscalização dos serviços de telecomunicações, desenvolver os meios e aperfeiçoar à técnica necessária a essa execução.

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DAS TELECOMUNICAÇÕES - FISTEL: Taxa devida pelos executantes de serviços de telecomunicação à União. Existem duas modalidades: A Taxa de Fiscalização do Funcionamento - TFF e a Taxa de Fiscalização da Instalação - TFI.

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO - TFF: Uma modalidade do FISTEL, que é devida anualmente, à União pelos executantes de serviços de telecomunicações. O seu valor é metade da TFI.

TAXA DE FISCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO - TFI: Uma modalidade do FISTEL, que é devida quando ocorre a autorização para uma pessoa física (natural ou jurídica) executar um serviço de telecomunicações. O seu valor é fixado anualmente pela ANATEL.

UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES - UIT: Órgão da ONU que recomenda posturas administrativas, operacionais e técnicas de telecomunicações com abrangência internacional.

RADIODIFUSÃO: Modalidade de telecomunicação que irradia programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas (noticiosos, entrevistas, comentários, entretenimento, publicidade, avisos e assuntos de utilidade pública, etc.), a serem livremente recebidos pelo público em geral. Pode ser sonora ou de sons e imagens.

RADIODIFUSÃO DE SONS E IMAGENS: Televisão.

RADIODIFUSÃO SONORA: Radiodifusão que irradia programas exclusivamente de sons. As modalidades mais populares são a radiodifusão em ondas médias e em ondas métricas (radiodifusão FM). INTERFERÊNCIA: Qualquer emissão, irradiação, indução ou ruído eletromagnético que venha interromper, perturbar, ou se introduzir na recepção de sinais de telecomunicação.

FAIXA DE FREQÜÊNCIAS: Conjunto de radiofreqüencias continuas, com limites bem definidos. É o mesmo que banda de freqüências.

FAIXA LATERAL INDEPENDENTE - FLI: Método de transmissão para radiocomunicações em ondas decamétricas, em amplitude modulada, na qual cada faixa lateral transporta informação distinta. Conforme a largura da banda lateral é possível transportar em cada uma até dois canais diferentes de informação.

FAIXA LATERAL SINGELA - FLS: Método de transmissão utilizado em radiocomunicações em ondas decamétricas, em amplitude modulada, na qual uma faixa lateral é eliminada. A informação está contida da faixa lateral restante.

FAIXA DE ONDAS CENTIMÉTRICAS - SHF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 3 GHz e 30 GHz.

FAIXA DE ONDAS DECAMÉTRICAS - HF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 3 MHz e 30 MHz. É a faixa de ondas curtas (OC).

FAIXA DE ONDAS DECIMÉTRICAS - UHF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 300 MHz e 3 GHz.

FAIXA DE ONDAS HECTOMÉTRICAS - MF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 300 KHz e 3 MHz. É a faixa de ondas médias (OM).

FAIXA DE ONDAS MÉTRICAS - VHF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 30 MHz e 300 MHz.

FAIXA DE ONDAS MILIMÉTRICAS - EHF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 30 GHz e 300 GHz.

FAIXA DE ONDAS QUILOMÉTRICAS - LF: Faixa de radiofreqüências compreendida entre 30 KHz e 300 KHz.

GIGAHERTZ - GHz: Unidade de medida de radiofreqüência, múltipla do Hertz, igual a 1.000.000 Hz ou a 1.000 MHz. Utilizada em microondas.

MEGAHERTZ - MHZ: Unidade de medida de freqüência elétrica. Múltipla da unidade básica. Igual a 1.000 KHz ou 1.000.000 Hz.

QUILOHERTZ - KHz: Unidade de medida de freqüência elétrica. Múltiplo da unidade básica Hertz (ciclos por segundo) e igual a 1.000 Hz.

PTT: (Press-to-Talk) Aperte-para-falar.

FCC - COMISSÃO FEDERAL DE COMUNICAÇÕES: Agência administradora das telecomunicações nos EUA. Eqüivalente a ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações (do Brasil).

FIBRA ÓTICA: Também simplesmente “fibra”. É um conduto sólido, de vidro ou de plástico, recoberto com material protetor empregado para transportar radiação eletromagnética na faixa de luz.

Bandas de Propagação de Rádio Amador

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Antigamente se usavam bandas de propagações mais baixas que as atuais, eram de ( 1.8 a 30 MHz ). Nos dias de hoje as faixas para radioamadores se situam para além dos 250 GHz. Até 1970, as bandas de HF foram o meio usado para comunicações costa a costa e internacionais pelos radioamadores, bem como as estações comerciais e governamentais. Estas freqüências estavam então sobrecarregadas de estações comerciais de toda natureza em trafego mundial, assim como as comunicações amadoras cidade a cidade, dx, contestes, redes de serviço público e experimentos. Mais recentemente, os radioamadores reverteram este quadro, colocando por vez primeira um repetidor na faixa de 2 metros, propiciando um novo horizonte nas comunicações . A curiosidade na comunicação intercontinental também foi aguçada pela capacidade das bandas de HF. A seguir faremos uma pequena apresentação das características de cada faixa entre 160 a 10 metros: 10 METROS: Uma banda onde novos e antigos operadores trabalham em comum é a de 10 metros. Por sua facilidade em trabalhar-se com pouca potência e antenas relativamente pequenas e seu alcance ser mundial, esta faixa é uma das preferidas dos iniciantes. Por ser uma banda de espectro grande 28000 a 29700, muitos modos são usados, cw, ssb, fm, satélite, modos digitais, repetidores, entre outros. No Brasil esta faixa é usada por todas as classes, exceto D. A propagação está geralmente aberta, mesmo nos tempos de baixa do ciclo solar. Muitos amadores conseguiram proezas em tempos de “propagações magras “, trabalhando centenas de países durante as poucas e curtas aberturas nas épocas de baixo fluxo solar. Os 10 metros também nos mostra algumas características das faixas altas de VHF, não escutar nenhum sinal nesta faixa não quer dizer que não haja propagação e a banda esteja fechada. Aberturas curtas, mas excelentes, são sempre possíveis. Descubra isto chamando CQ ! A mais popular estação em 10 metros é um transceptor com 100W e um pequena tri-banda 10 / 15 /20, ou mesmo uma monobanda curta em cima de um telhado. Amplificadores lineares e antenas muito altas não são realmente necessários , porém, instale sempre sua antena o mais alto que seja possível. Pequenos rotores usados em antenas de TV vão facilmente manejar esses conjuntos de irradiantes. Por ser muito larga a banda de operação em 10 metros, recomenda-se o uso de um antenna tuner, para o caso de se trabalhar na parte alta e baixa da banda, ou seja, fazendo FM e CW. Você poderá então com muita facilidade trabalhar uma estação de um amigo a 200 Km ou uma ilha no Pacífico Sul. A ausência quase sempre de estáticos, proporcionará que você opere sinais fracos ou pile-ups e tenha chance de ser escutado. 15 METROS: Talvez a mais amada entre todas as faixas, as condições nesta banda são as mais previsíveis para uso em DX. A operação em quinze metros é mais comum nos tempos de baixa atividade solar. Nestas épocas, os 15 metros se comportam melhor que a faixa de 10 metros ou 12. As comunicações continentais são possíveis praticamente durante todo o dia. Esta é uma das causas porque a maioria das redes se concentram nesta faixa, incluindo-se aí, os serviços de emergência de meteorologia, cruz vermelha, departamentos para o exterior dos EUA e as redes de DX. Nesta banda também o tipo mais comum de antena é a três elementos tri-banda, mas devido as condições especiais de propagação em certas épocas , é possível trabalhar estações longínquas com relativa facilidade, principalmente ao nascer e por do sol . 20 METROS: Se alguma das faixas pode ser rotulada de “ cavalo de batalha “, ou a “faixa da 4 estações “, os 20 metros certamente o será. Na prática esta banda reúne os melhores operadores, as estações mais potentes e as maiores antenas. É a faixa preferida dos Honnor Roll que a usam para este fim. Mas também é usada para comunicações no Brasil tendo em vista nossas proporções continentais. Praticamente o mundo radioamadorístico ocupa esta faixa, sendo ela a mais congestionada de todas. É a mais popular para dx, sstv, cw, operações digitais e um sem fim de utilizações. A maioria dos operadores utilizam 100 w e uma antena tri banda, conseguindo lograr sucesso com incrível facilidade, por isso é considerada a banda de elite do radioamadorismo. Em tempos passados a esta faixa eram atribuídos poderes mágicos pois se lograva comunicação com todos os países do planeta. Nos dias atuais os 20 metros permanecem sendo a principal via de comunicação especialmente DX em épocas de atividade solar alta ou não. Quando as condições de propagação estão favoráveis , é claro que a quantidade de estações ouvidas pode até nos frustrar devido a dificuldade de se escutar uma ou outra. A solução então, virá com uma antena maior, ex. seis elementos, que assim discriminará mais os sinais indesejáveis. Os comunicados via long-path também são favorecidos nesta faixa. 40 METROS: Eis a faixa que é mais compartilhada com outros serviços. Não é raro se encontrar estações comerciais, clandestinos e estações broadcast de até 500 Kw operando neste local. Um problema para os radioamadores, mas também um indicador de como está a propagação. Uma estação de broadcast é um indicador seguro muitas vezes. Durante o dia, 40 metros é uma banda de alcance médio, até 2000 Km, mas a noite, nos é possível contatar qualquer parte do mundo e v/c não precisa de 500 Kw. 40 metros é a faixa mais importante para todo tipo de concurso, muitos radioamadores possuem todos os países do mundo trabalhados nesta faixa. Durante o dia, temos as rodadas, durante a noite temos muitas redes de DX tentando trabalhar estações de outros países operando em split, como alternativa para fugir das broadcast e de outras interferências. A maioria das estações de radioamador da região 2, estão limitadas à freqüência de 7000 a 7100. Muitos radioamadores dos EUA como exemplo, não podem operar abaixo de 7100, por isso quando tentamos lograr êxito em um cq dirigido aos Estados Unidos, devemos chamar em split, com a escuta acima de 7100, entre as broadcastings. Em cw e modos digitais o procedimento para os EUA devem ser como nas demais bandas. Claro que muitos comunicados dx podem ser feitos com uma antena dipolo bem instalada nesta faixa, porém, devido as condições terem variado muito nos últimos anos, com aumento brutal de ruídos, uma antena direcional de 2 elementos dará uma grande ajuda para os DX e também para os contestes. Antenas verticais simples ou fasadas podem ser usadas com grande sucesso. Para recepção as Beverage podem ser tentadas em locais onde se disponha de espaço. 80 METROS: As coisas que muitos radioamadores pensam quando se menciona as bandas de 80 e 160 metros, é sempre o tamanho das antenas, gigantescas, e a série de ruídos encontrados nessas faixas. Mas, lembrem-se que os primeiros radioamadores estavam restritos a operar na faixa de 200 metros e abaixo disto! Essas faixas foram muito populares muitos anos antes de nossos sofisticados equipamentos e programas de computador para projetar antenas. Antes de se popularizarem as repetidoras operando em 2 metros no início da década de 70, muito do tráfego local, redes e tráfego de emergência era realizado na faixa de 80 metros. Para comunicados regionais, antenas de faixa estreita, dipolos encurtados, antenas verticais e outros arranjos combinados com acopladores de antena garantem uma regular performance. Dipolos full-size em V invertido, proporcionam bom sinal em comunicados a algumas centenas de quilômetros, porém o ruído também se faz presente. Para comunicados a longa distância, DX , v/c deve posicionar sua antena dipolo horizontal a pelo menos 15 metros de altura ( espaço livre ) ou mais. Tudo é valido para conseguir-se o intento, postes, árvores etc. Para se chegar a marca de 250 ou mais países em 80 metros, outros arranjos são feitos: Antenas fasadas, slopers, verticais em fase, dispositivos e antenas de baixo ruído só para recepção etc... Dependendo de seu poder aquisitivo, existem antenas direcionais de 4 elementos, pela bagatela de US$ 4000,00 ... mas não são muito populares. Os 80 metros representam sempre um obstáculo a quem está pretendendo o DXCC nas 5 bandas ( 5 Band DXCC ) ou o diploma WAZ ( Worked all Zones ), não são muitos radioamadores no mundo que conseguem tal proeza, o que torna –se uma experiência inesquecível para quem o fez. O que todos tem a dizer, é que a última zona trabalhada, foi uma zona de muito pouca população e que existiam muito poucos radioamadores lá! Para se contatar algumas zonas e/ou países, requer-se conhecimento de propagação, gray – line, muitas horas de sono perdidas, baixo ruído, expedições operando, bons ouvidos, e principalmente PERSISTÊNCIA! Depois de você ter treinado muito em 80 metros você poderá tentar outro desafio ... os 160 metros. 160 METROS: Conhecida como a “Top Band “, os 160 metros é a faixa dos experts. Os operadores desta banda se dedicam muito ao estudo e experiência com os mais variados tipos de antenas. Outros operadores, alem, dos experimentadores que estão na faixa, são os Dx-ers. Durante o dia os 160 metros não nos oferecem nada além do ruído. Você pode encontrar um ruído típico e estranho de aproximadamente 15 kHz que é o harmônico de algum aparelho de TV local. Durante o verão, podemos escutar os estáticos provocados pelas tempestades a centenas de quilômetros. Durante a noite as coisas mudam e muitas estações são ouvidas, principalmente na primavera e no outono. Podem ser ouvidos fortes sinais, principalmente em CW e também atividade em fonia. Existe uma variedade muito grande de antenas encurtadas que quando instaladas com o devido cuidado, proporcionarão bons contatos locais. Trabalhar Dx em 160 metros envolve fazer muitas descobertas. Envolve principalmente um trabalho árduo de caça. Se você espera encontrar sinais fortes na banda em qualquer dia do ano e a qualquer hora que ligue o rádio, está enganado! Eles são no geral muito mais fracos dos que os normalmente encontrados em outras bandas baixas. A primeira providência é a mudança radical para tentar melhorar a relação sinal / ruído na recepção. Como solução inicial a instalação de antenas Beverage ou de quadro. Uma técnica usada também é o uso da antena de 40 metros para auxiliar na cópia de sinais fracos. No geral, usa-se uma antena para transmissão e outra para recepção. As torres usadas para suportar as antenas de Hf podem ser usadas para suportar as L invertidas, outra boa opção para essa banda. Tenha em mente que as condições podem ser diferentes em 160 metros, tais como QSB, ruído e propagação podem ser exatamente ao contrário no mesmo dia e na mesma hora aos encontrados em 80 metros. AS BANDAS WARC 12 / 17 E 30 METROS A WARC, Conferência Mundial Administrativa de Rádio em 1979, incluiu as bandas de 12, 17 e 30 metros e os radio amadores tiveram direito ao uso em 1989. Essa novas bandas possuem as mesmas características das bandas adjacentes às suas freqüências, mas diferentes na propagação e no tamanho físico das antenas. Outra diferença é a pequena porção destinada aos comunicados. Cada banda tem suas vantagens em relação aos horários, como exemplo, a banda de 10 metros pode estar com a propagação fechada e a de 12 metros em plenas condições no mesmo horário. Apesar de estarem perto uma da outra, as condições podem estar totalmente ao contrário. Os 17 metros , uma faixa surpreendente, pois as condições são como as dos 20 metros, de alcance mundial e condições de propagação excelentes na maior parte do ano. Os 30 metros, limitados ao uso de CW e modos digitais e 200 W de potência, proporciona boas condições propagatórias. Vale a pena ser usada! Devido a falta de operadores brasileiros nesta faixa, nos divertiremos muito provocando Pile-Ups de europeus e norte americanos.

Modos de Propagação

Exemplo de uma TAG

As ondas de rádio são propagadas de um ponto ponto X para um ponto Y na superfície da terra. Essas ondas variam de acordo com a frequência colocada. É possível dividir genericamente o espectro em três partes: Freqüências abaixo de 2 MHZ ( propagação de ondas de solo ) = Tendem a se propagar como ondas de superfície sobre a terra.. Na faixa de 2-70 MHZ( propagação ionosférica) = A propagação de longa distância é unicamente por qualquer modo de reflexões nas camadas ionizadas bem acima e ao redor da terra: . Para freqüências acima de 50 MHZ os efeitos de ionosfera são menos uniformes e regulares e ambas normal e não regular propagação são governadas grandemente pelas condições meteorológicas na troposfera. Tal propagação é além disso denominada troposférica. Além dos mecanismos de propagação normais, é também possível explorar certas técnicas especializadas para comunicação de longa distância.

Atenuação

No espaço livre a intensidade do campo de onda varia inversamente com a distância advinda da fonte. Se a intensidade do campo a uma milha da fonte é de 100 milivolts por metro, a duas milhas será de 50 milivolts por metro, a 100 milhas será 1 milivolt por metro e assim por diante. A relação entre a intensidade de campo ou intensidade do campo e densidade de força é semelhante aquela para voltagem e força em circuitos comuns. Eles estão relacionados pela impedância do espaço livre, o qual foi determinado ser 377 ohms. A densidade de força além disso varia com a raiz quadrada da intensidade do campo, ou inversamente com o quadrado da distância. O decréscimo da força é causado pela expansão da energia da onda sobre esferas ainda mais amplas, quando a distância da fonte aumenta. Será importante lembrar esta perda em expansão quando o desempenho da antena for discutido. Na prática, atenuação da energia de onda pode ser muito maior que a lei de "distância-inversa" poderia indicar. A onda não viaja no vácuo e a antena receptora raramente está situada de forma que haja uma linha clara de sinal. A terra é esférica e as ondas não penetram sua superfície de forma apreciável, assim comunicação além de distâncias visuais tem que ser por alguns meios que curvarão as ondas ao redor da curvatura da terra.


Curvaturas das Ondas de Rádio

Ondas de rádio e ondas de luz são propagadas como energia eletromagnética; sua diferença mais importante é o comprimento de onda, apesar das superfícies refletoras de rádio serem usualmente muito menores em termos de comprimento de onda do que aquelas para luz. Num material de uma certa condutividade elétrica, longas ondas penetram mais do que as curtas, e assim requerem uma massa mais espessa para boa refletância. Metal fino é um bom refletor de ondas de rádio de até mesmo muito longos comprimentos de onda. Com condutores mais pobres, tais como a crosta da terra, ondas longas podem penetrar muito abaixo da superfície. Reflexão ocorre em qualquer região entre materiais de diferentes constates dielétricas. Exemplos familiares com luz são reflexões de superfície d'água e vidraças. Ambos água e vidro são transparentes para luz, mas suas constantes dielétricas são muito diferentes daquelas do ar. Ondas de luz, sendo muito curtas, parecem refletir ambas superfícies. Ondas de rádio, sendo muito amplas, praticamente não são afetadas pelo vidro, mas seu comportamento quando encontram água pode variar, dependendo da pureza daquele meio. Água destilada é um bom isolante; água salgada é relativamente um mau condutor. Dependendo de seu comprimento (ou freqüência), ondas de rádio podem ser refletidas por edifícios, árvores, veículos, o solo, água, camadas ionizadas na atmosfera externa, ou em vizinhanças entre massas de ar tendo diferentes temperaturas e conteúdo de umidade. A maioria desses fatores podem afetar o desempenho da antena. Condições atmosféricas e ionosféricas são importantes em praticamente toda comunicação além de puramente faixas locais.


A Onda de Superfície

A onda de superfície viaja em contato com a superfície da terra. Pode suprir cobertura de até cerca de 160 quilômetros na banda de radiodifusão padrão durante o dia, mas a atenuação é bastante alta. A atenuação aumenta com a freqüência. A onda de superfície é de pequeno valor na comunicação radioamadorística, exceto possivelmente a 1.8 MHZ. Antenas verticais têm que ser usadas o que tende a limitar a comunicação por onda de superfície amadorística, exceto onde amplos sistemas verticais podem ser eregidos. Fluxo solar , índice A e índice K Propagação está intimamente ligada ao numero de manchas solares na superfície solar. As áreas ao redor das manchas emitem grandes quantidades de radiação ionizada – radiação ultravioleta extrema . O aumento das manchas solares, está grandemente ligado com a melhora da propagação a nível mundial. Nas épocas de maior atividade solar, o sol emite maior radiação que carregam as partículas na ionosfera terrestre . As ondas de rádio viajam ( ou refletem ) através destas partículas carregadas, e quanto mais carregadas estas nuvens de íons, melhor a propagação nas bandas de HF. O número de manchas é calculado pela contagem das mesmas na superfície solar visível e também levando-se em consideração o seu tamanho. Escutar a W1AW ou checar as condições nos sites na Internet pode nos dar exatamente os índices em tempo real. As observações incluem a monitoração do fluxo solar na faixa de 10,7 cm, ou seja , o índice Boulder A e o índice Boulder K . O fluxo solar em 10,7 cm é essencialmente a medida da radiação térmica do sol, e contribui notadamente no processo de ionização. Este fluxo é medido em muitos quadrantes da terra, por exemplo, um dos locais é um observatório localizado em Penticton , Columbia Britânica que usa uma antena apontada para o sol, conectada a um receptor sintonizado em 2,8 GHz, cujo comprimento de onda é de 10,7 cm > Em 12 meses observando o fluxo em 10,7 cm , nos dará a média de manchas solares dos últimos 12 meses que é chamada de número plano de spots , SSN . Quanto mais alto o número plano melhores condições propagatórias teremos . Este número é conhecido como SFI ( Solar Flux Índex )o aumento nesta número é benéfico. Os valores típicos de SFI podem ser vistos como exemplo de mais baixo em janeiro de 1997 ( 67 ) e ( 370 ) em janeiro de 1991. Outro tipos de atividades solares no interesse do radioamadorismo são os Solar FLARES ( dilatação solar ) e os Solar Holes ( buracos solares ) , que podem emitir alta energia em prótons e raios X e causam significante aumento na velocidade do vento solar . Os prótons podem causar coroa polar e eventos de absorção em altas latitudes . Os raios – x podem causar black-out no lado diurno da terra que pode aumentar a absorção na região D . O significativo aumento da velocidade do vento solar pode resultar em tempestades geo magnéticas que geralmente tendem a piorar os números MUF ( máxima freqüência utilizável ) degenerando as comunicações em HF. O índice A é a média quantitativa medida da atividade geo-magnética derivada de uma série de medidas físicas . O índice Boulder A anunciado na W1AW e na Internet, é por natureza linear e tem uma escala entre 0 e 400, e é o índice A das últimas 24 horas que é derivado do índice K das últimas 3 horas gravado em Boulder no estado do Colorado . O índice K é logarítmico em sua natureza e tem uma escala de 0 a 9 , e é o resultado das medidas das últimas 3 horas magnetométricas medidas, comparadas com o campo geo-magnetico orientado e sua intensidade que são obtidos sob condições geomagnéticas calmas. É adequado dizer-se então que a atividade geomagnética, tempestades solares, raios – X , Flares ( dilatações solares ) Tc , podem causar uma reação adversa na propagação. O índice A nos mostra a ESTABILIDADE GEOMAGNÉTICA . Magnetometros ao redor do mundo são usados para gerar o número chamado INDICE PLANETÁRIO K . Um ponto alterado no índice K é totalmente significante. O índice K lido abaixo de 3 geralmente indica na média, estáveis e boas condições . Qualquer número acima de 3 indica absorção nas ondas de rádio. A cada ponto mudado, reflete-se significantes mudanças nas condições. Geralmente as medidas mais elevadas são encontradas nas altas latitudes do globo terrestre. Altos valores de A e K são reportados ! Isto por causa dos efeitos da instabilidade geomagnética que tendem a ser mais concentradas nas regiões polares . Simplificação pode corromper os dados no complexo campo da propagação, mas em geral, para longa distância , a regra para manuseio será sempre : o mais alto SFI e os mais baixos números A e K . Isso nos dará as melhores condições em faixas altas no geral . O índice A deverá preferencialmente estar abaixo de 14, e a atividade solar baixa ou moderada. Se o índice A declina abaixo de 7 por alguns dias, na tabela, e o SFI Solar Flux Índex é alto, aguarde por muitas reais e excitantes condições intercontinentais . Pode-se escutar o SFI e os índices A e K na WWV aos 45 minutos de cada hora, nas freqüências de 5 10 e 15 MHz . Ou Observar nos sites específicos da internet. Para quem fizer uso do Packet-Cluster , digite <sh/wwv > Para gráficos a cada 5 minutos , na internet : http://www.sec.noaa.gov/today.html .

A classificação do índice K é a seguinte :

K0 = Inativo K1 = Muito quieto K2 = Quieto K3 = Incerto K4 = Ativo K5 = Tempestade menor K6 = Tempestade maior K7 = Tempestade severa K8 = Tempestade muito severa K9 = Tempestade extremamente severa

A classificação do índice A é a seguinte :

A 0 - A7 = Quieto A8 - A15 = Incerto A16 - A29 = Ativo A30 - A49 = Tempestade menor A50 - A99 = Tempestade maior A100 – A400 = Tempestade severa

LIMITES DE POTÊNCIA * . a - Aos radioamadores da classe "A", a potência máxima permitida é de 1000 watts RMS, exceto na faixa de 30 m, que é no máximo de 200 watts RMS. b - Aos radioamadores da classe "B", a potência máxima permitida é de 1000 watts RMS, exceto na faixa de 10 m, que é no máximo de 100 watts RMS. c - Aos radioamadores da classe "C ", a potência máxima permitida é de 100 watts RMS. d - Aos radioamadores da classe "D", a potência máxima permitida é de 50 watts RMS. (*) potência média de saída.


Código "Q"

O Código "Q" é uma combinação de três letras começando com a letra "Q" e que são utilizadas na radiocomunicação. Inicialmente foram adotadas para transmissão em Código Morse como forma de facilitar os contatos. . Os grupos de QOA a QQZ são reservados ao serviço marítimo. Os grupos de QAA a QNZ são reservados para o serviço aeronáutico. .

CÓDIGO SIGNIFICADO:

QRA Como se chama a sua estação ? QRB A que distância aproximada está de minha estação ? QRC Quem se encarrega de pagar as contas ou taxas de sua estação ? QRD Onde você vai... e de onde vem ? QRE Qual a hora estimada de chegada ? QRF Regresse a... ( lugar ) QRG Qual é a freqüência utilizada ? QRH Minha freqüência varia ? QRI Qual é a tonalidade de minha emissão ? QRJ Quantas conferências (ligações) radiotelefônicas tens para despachar ? QRK Qual a clareza dos meus sinais ? 1 - Ruim 2 - Pobre 3 - Razoável 4 - Boa 5 - Excelente QRL Estou ocupado ? QRM Você está sofrendo interferência ? QRN As condições atmosféricas estão perturbando (Estática) ? 1 - Não existe 2 - Ligeiramente 3 – Moderadamente 4 - Consideravelmente 5 - Extremamente QRO Devo aumentar a potência de transmissão ? QRP Devo diminuir a potência de transmissão ? QRQ Devo transmitir mais depressa ? QRR Você está preparado para operação automática ? QRS Devo transmitir mais devagar ? QRT Devo cessar a transmissão ? QRU Tem algo para mim ? QRV Você está preparado ? QRW Devo avisar a... que você o chama na freqüência de... QRX Quando me chamará novamente ? QRY Qual a minha ordem de vez ? QRZ Quem me chama ? QSA Qual a intensidade de meus sinais ? 1 - Apenas perceptível 2 - Fraca 3 - Bastante boa 4 - Boa 5 - Ótima QSB A intensidade de meus sinais varia ? QSC Seu barco é de carga ? QSD É defeituosa minha manipulação ? QSE Qual o local estimado da deriva da embarcação o ou dispositivo de salvamento ? QSF Você efetuou o salvamento ? QSG Devo transmitir... telegramas de uma vez ? QSH Você pode retornar usando o equipamento radiogoniométrico ? QSI Não há possibilidade de interromper sua transmissão (só resposta). QSJ Quanto devo pagar. Qual a taxa a ser cobrada para...? QSK Pode escutar-me entre seus sinais ? Caso afirmativo pode interromper-me. QSL Pode acusar recebimento (entendido) ? QSM Devo repetir a mensagem anterior ? QSN Você me ouviu (indicativo de chamada) em ...kHz (ou MHz) ? QSO Comunicar-se diretamente com ... QSP Quer retransmitir gratuitamente a ...? QSQ Tem médico a bordo ou Fulano está a bordo ? QSR Tenho que repetir a chamada na freqüência de chamada ? QSS Que freqüência de trabalho você utiliza ? QSU Devo transmitir ou responder nesta freqüência ? QSV Devo transmitir uma seqüência "V" nesta freqüência QSW Queres transmitir nesta freqüência ? QSX Queres escutar a ... (indicativo de chamada) em kHz (ou MHz) ? QSY Tenho que passar a transmitir em outra freqüência ? QSZ Tenho que transmitir cada palavra ou grupo várias vezes ? QTA Devo anular a mensagem número...? QTB Você está de acordo com minha contagem de palavras ? QTC Quantas mensagens tens por transmitir ? QTD O que recolheu o barco de salvamento ou a aeronave de salvamento ? 1 - número de sobreviventes 2 - restos de naufrágio 3 - número de cadáveres QTE Qual é a minha marcação verdadeira (coordenadas geográficas) com relação a você ? QTF Quer indicar-me a situação de minha estação com relação as marcações tomadas pelas estações radiogoniométricas que você controla ? QTG Quer transmitir 2 traços de 10 segundos cada um seguido de seu indicativo de chamada ? QTH Qual a sua posição em latitude e longitude (endereço) ? QTI Qual é o seu rumo VERDADEIRO com correção do declínio magnético ? QTJ Qual é a sua velocidade (velocidade do navio ou aeronave, com relação à água ou ar) ? QTK Qual é a velocidade de sua embarcação ou aeronave com relação à superfície da terra ? QTL Qual é o seu rumo VERDADEIRO ? QTM Qual é o seu rumo MAGNÉTICO ? QTN A que horas saiu de... (lugar) ? QTO Já saiu da Baía ou Porto, (ou já decolou) ? QTP Vai entrar na Baía ou Porto (ou pousar) ? QTQ Pode comunicar-se com minha estação por meio de Código Internacional de sinais ? QTR Qual a hora certa ? QTS Quer transmitir seu indicativo de chamada durante .... minutos agora ou às .... horas, em kHz ou MHz a fim de que sua freqüência possa ser medida ? QTT O sinal de identificação que segue se sobrepõe a outra emissão ? QTU Qual é o horário de funcionamento de sua estação ? QTV Devo escutar você na freqüência de ... kHz ou MHz de... às ... horas ? QTW Como se encontram os sobreviventes ? QTX Quer manter sua estação aberta para nova comunicação comigo, até que o avise ou até às ... horas ? QTY Você se dirige ao local de sinistro. Caso afirmativo, quando espera chegar ? QTZ Você continua a busca ? QUA Tem notícias de ... (indicativo de chamada) ? QUB Pode dar-me, na ordem que se segue, informações sobre: visibilidade, altura das nuvens, direção e velocidade do vento de superfície em ...(lugar de observação) ? QUC Qual é o número (ou outra indicação) da minha última mensagem ou de (indicativo de chamada) que recebeu ? QUD Recebeu o sinal de urgência transmitido por...(indicativo de chamada da estação móvel) ? QUE Pode fazer uso da telefonia ... (idioma) por meio de um intérprete caso necessário, em qual freqüência ? QUF Recebeu o sinal de perigo transmitido por ...(indicativo de chamada da estação móvel) ? QUG Será forçado a pousar, (amerissar -- aterrissar -- atracar) ? QUH Quer dar-me a pressão barométrica atual ao nível do mar ? QUI Suas luzes de navegação estão acesas ? QUJ Quer indicar a proa verdadeira (rumo) que devo seguir para dirigir-me em sua direção (ou na direção de ...) ? QUK Pode me informar as condições do mar em... (lugar ou coordenadas) ? QUL Pode me informar as vagas observadas em... ( lugar ou coordenadas ) ? QUM Posso recomeçar o tráfego normal ? QUN Solicito às embarcações que se encontram em minhas proximidades imediatas (ou nas proximidades de latitude ... e longitude...), que indiquem sua posição, rumo VERDADEIRO e velocidade. QUO Devo efetuar busca de ... 1 - Aeronave 2 - Navio 3 - Barco salva-vidas, nas proximidades da latitude... longitude... (ou de acordo com qualquer outra indicação) ? QUP Quer indicar-me sua posição por meio de... 1 - Refletores 2 - Rastro de fumaça 3 - Sinais pirotécnicos QUQ Devo orientar meu refletor quase verticalmente para uma nuvem, piscando se possível, e, caso ouça ou aviste um aeronave, dirigir meu facho contra o vento e sobre a água (ou solo) para facilitar seu pouso ? QUR Os sobreviventes... 1 - Receberam salva-vidas ? 2 - Foram recolhidos por embarcação de salvamento ? 3 - Foram encontrados pela unidade de salvamento de terra ? QUS Avistou os sobreviventes ou os destroços ? Em caso afirmativo, em que posição ? QUT O local do acidente já foi marcado ? QUU Quer que dirija o navio ou aeronave para minha posição ? QUW Você está na zona de exploração indicada como... (símbolo ou local zona - latitude e longitude) ? QUY Existe marcação da posição da embarcação de salvamento ?


Radioamadores Famosos

Juscelino Kubitschek - PY4JKO - ex-presidente do Brasil (sk)

Marcos Cesar Pontes - PY0AEB - primeiro astronauta brasileiro

Mauricio Beraldo- PY4MAB - primeiro radioamador brasileiro a manter contatos por radio com os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional

Carlos Saul Menem - LU1SM - ex-presidente da Argentina

Iuri Alieksieievitch Gagarin - UA1LO - cosmonauta (sk)

Juan Carlos I de Borbón - EA0JC - rei da Espanha

Marlon Brando - FO5GJ - ator

Gustavo Freire - PY0SAT - primeiro radioamador brasileiro a ser apoiado pela Marinha para sua ida e permanência ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo


Licença de Estação de Radioamador

A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador é o documento que autoriza a instalação e o funcionamento de estação do Serviço de Radioamador. A Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador poderá ser requerida: a) Pelos titulares de Certificado de Operador de Estação de Radioamador; b) Pelas associações de radioamadores; c) Pelas universidades e escolas. O prazo de validade das Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador será de cinco anos, renovável. O prazo de validade da Licença de Funcionamento de Estação de Radioamador, expedida aos radioamadores estrangeiros ou funcionários de organismos internacionais, dos quais o Governo Brasileiro participe, será compatível com o constante do Certificado de Operador de Estação de Radioamador, expedidos a esses radioamadores. Caso esse documento registre prazo indeterminado ou superior a cinco anos, a licença será expedida com a validade estabelecida no sub-item anterior.


A segurança na Estação de Radioamador

Exemplo de uma TAG

Abordaremos alguns ascpectos sobre a prevenção contra choques elétricos e sobre operação segura em estações de radioamadores. Como radioamadores licenciados, todos possúem, em suas estações, um ou mais equipamentos energizados através da rede elétrica de 110v ou 220v. Até os equipamentos transistorizados, muitas vezes, operam a partir de fontes de alimentação, conversoras ou carregadores de bateria conectados à rede domiciliar de corrente alternada. Quando bem utilizados, estes equipamentos oferecem considerável segurança quanto ao perigo de choques elétricos acidentais, por exemplo. Nunca é demais, contudo, relembrar alguns pontos básicos que convém termos sempre em mente, para a perfeita manutenção da segurança em estações. Em primeiro lugar, evite operar equipamentos com gabinete aberto, sem tampas de proteção. Este aspecto é importante não apenas para a proteção contra choques elétricos, causados pelo contato acidental com algum componente com potencial de tensão elevado, mas também para o perfeito funcionamento do aparelho. Transmissores sem blindagens adequadas, por exemplo, além de oferecerem riscos à vida dos operadores, pelas altas tensões presentes em seus circuítos, freqüentemente também irradiam sinais indesejáveis, capazes de provocar interferências em televisores, etc. Assim, cuide para que o gabinete do seu transceptor esteja sempre bem fechado, com boas conexões elétricas nas suas junções. Não é incomum que - principalmente com alguns equipamentos novos - às vezes seja preciso lixar levemente alguns pontos, sob a parte inferior da tampa, junto aos parafusos de fixação, para remover um pouco da pintura e garantir um bom contato elétrico. Utilizar pequenas arruelas de pressão, denteadas, nos parafusos de fixação, pode ser, igualmente, uma boa alternativa. Estude a possibilidade de instalar um bom terminal de terra para conectar aos equipamentos de sua estação. Um terminal de terra eficiente, é importante ressaltar, embora seja de difícil construção, em termos de radiofreqüências, pode ser fundamental na proteção do operador contra choques elétricos. Em especial para radioamadores iniciantes na atividade, operando nas faixas baixas de HF, com pouca prática no manejo de equipamentos eletrônicos. Informações complementares sobre o tema podem ser obtidas em todas as edições do RADIO AMATEUR’S HANDBOOK, da ARRL, bem como no livro TVI, etc., de autoria de Odi Melo. Verifique, regularmente, o estado dos plugues e cabos de ligação dos equipamentos existentes na estação. Não permita que pontas desencapadas ou fios com isolamento deficiente, ligados à rede de corrente alternada, fiquem expostos. Revise também o estado das tomadas elétricas da parede, bem como o estado da própria fiação. Não é preciso lembrar que equipamentos de radioamadores podem solicitar correntes bastante respeitáveis da rede. Para evitar riscos de aquecimento da fiação elétrica, perigo de curto-circuíto, etc., é necessário que os condutores da rede de energia que abastece toda a estação sejam de bitola adequada (2 milímetros de diâmetro ou mais), bem como que estejam corretamente instalados no interior de conduites, etc. Uma outra recomendação importante: para a máxima segurança na estação, o ideal é que o radioamador, ao ausentar-se da estação, possa desligar todos os equipamentos submetidos à tensão. Assim, procure colocar um interruptor geral no recinto da estação, em especial quando existirem crianças na família. Desta forma, não só o operador estará protegido contra choques acidentais, quando não estiver utilizando os equipamentos da estação, mas também os eventuais freqüentadores do “shack”. Ao instalar um interruptor geral para a sua estação, prefira os que possuam fusíveis internos e que sejam do tipo duplo, isto é, que desliguem tanto o “vivo”, como o “neutro” da rede elétrica. Isso evitará que descargas elétricas oriundas de raios que atinjam, eventualmente, a rede, durante tempestades, possam danificar os seus equipamentos. Depois, habitue-se, ao ausentar-se da estação, a desligar sempre o interruptor geral do “shack”. Uma boa alternativa para que você possa lembrar-se de desligar o interruptor geral é instalar junto ao mesmo, uma lâmpada piloto neón. Quando acesa, funcionará como aviso de que os equipamentos estão energizados e que portanto, o interruptor geral precisa ser desligado quando você encerrar os trabalhos na estação. Instale o interruptor geral com a lâmpada piloto de advertência em local bem visível, de preferência próximo à porta de acesso à estação. Instrua também os demais membros da família sobre o funcionamento do interruptor, esclarecendo como desligar a rede elétrica da sua estação. Essa providência poderá ser útil em casos de acidente, principalmente quando você estiver, na oportunidade, afastado de casa. Como vimos, o funcionamento da sua estação de radioamador não deve oferecer qualquer risco a você e à sua família ou ao seu patrimônio. Em eletricidade, nunca é demais repetir, o melhor é prevenir que remediar. Assim, seja zelozo na instalação e na mautenção dos equipamentos da sua estação. Faça com que todos os seus aparelhos estejam no interior de gabinetes de metal, e que estejam conectados a um bom terra. No caso de algum curto-circuito ou de uma pane em um componente qualquer, o máximo que pode acontecer, quando os equipamentos da sua estação estiverem corretamente aterrados, será o rompimento de algum fusível de proteção. E não um choque elétrico potencialmente fatal, causado pelo contato do operador com o gabinete metálico. Vamos ver agora algumas dicas que podem ser úteis para tornar os seus equipamentos mais seguros, em especial para os que apreciam a experimentação e as montagens caseiras. Reserve o máximo de cuidado possível no projeto e na construção das fontes de alimentação de seus aparelhos eletrônicos. Fios, cabos e conexões devem ficar perfeitos, com boas ligações elétricas e boa isolação dos demais pontos do circuito. Escolha capacitores de boa qualidade para a instalação, quando o projeto assim o exigir, entre os lides do primário do transformador de alimentação e a massa. Use capacitores com, no mínimo, 1.600 volts de isolação. Na saída de fontes de tensões elevadas, procure instalar resistores de drenagem, com bastante folga em sua dissipação, após os capacitores eletrolíticos. Os resistores de drenagem servem para evitar choques, que podem ser fatais, causados pelo contato acidental com os terminais dos capacitores eletrolíticos, capazes de armazenar cargas perigosas mesmo muito tempo depois que o equipamento foi desligado da rede. A propósito ainda de fontes de alimentação, lembre-se que no projeto de circuitos dobradores ou multiplicadores de tensão, alguns capacitores eletrolíticos estarão com a sua carcaça “viva” ou seja, com potencial fornecido pela fonte, oferecendo risco de choques elétricos. Neste caso, além de isolar estes componentes do chassís, é importante envolvê-los em algum invólucro isolante, caso já não possuam. Isso evitará o contato acidental do operador com a carcaça metálica do componente, ao manusear o equipamento. Nas fontes de alimentação de alta tensão, o recomendável é utilizar interruptores de segurança do tipo “NF”, normalmente fechado, acoplados às tampas de acesso ao gabinete. Os interruptores devem estar conectados de tal forma que, sempre que for preciso abrir a tampa do aparelho, o fornecimento de energia ao circuito seja automaticamente cortado. Este recurso também deve ser utilizado nos estágios de saída de transmissores valvulados, amplificadores lineares, etc., onde existem, normalmente, tensões e correntes bastante elevadas. Ao fazer qualquer reparação nos equipamentos de sua estação, desligue-os, antes, da rede elétrica. De uma forma geral, todos supomos que as tensões elétricas muito elevadas é que são as mais perigosas. Tal noção, contudo, não é correta. Na verdade, conforme comprovam as estatísticas, muito mais gente morre, todos os anos, por choques elétricos de baixa tensão, como os da rede doméstica de corrente alternada, do que com altas tensões. Há episódios fatais de choques acontecidos até com as tensões existentes na rede telefônica, com as vítimas tomando banho de imersão, por exemplo. A literatura médica também registra casos fatais com choques fracos de corrente alternada de apenas 25 volts. A eletricidade pode lesar o corpo humano de várias maneiras. Pode agir sobre o SNC, Sistema Nervoso Central da vítima, ou sobre o coração, produzindo perda reversível da consciência ou a morte. O calor produzido pela ação da passagem da corrente elétrica pode também coagular os tecidos e produzir necrose. Por último, a tetania, ou seja, os espamos musculares violentos provocados pelo choque podem causar lesão dos ossos ou dos tecidos moles. Cumpre destacar que a corrente é ainda mais importante que a tensão na severidade do choque. A intensidade da corrente elétrica depende da tensão e da resistência dos tecidos, principalmente da pele. A resistência da pele diminui com a presença de umidade. O suor, por exemplo, reduz drasticamente a resistência da pele: quando está seca, fica entre 100 e 600 mil ohms; quando molhada, pode cair a 1.000 ohms ou menos. A resistência interna do corpo humano é muito menor. É por esta razão que a corrente se torna muito mais perigosa se entrar no corpo através de um corte ou outro tipo de ferimento na pele, como uma queimadura, o que pode acontecer quando o contato com a fonte de eletrocussão é prolongado. Corrente da ordem de 200 microampéres e menores passam pelo corpo sem efeito algum. Correntes da ordem de um miliampére produzem contrações musculares. Podem ser tão intensas que impedem a vítima de livrar-se do circuito. Em geral, os homens podem libertar-se de correntes de 9 miliampéres ou menos, enquanto que o valor máximo para as mulheres é de 6 miliampéres. Correntes de 15 a 20 miliampéres também provocam dor e paralisia, impedindo que a vítima possa se libertar sem auxílio. Uma corrente elétrica de 100 miliampéres, fluindo das mãos para os pés, por exemplo, pode produzir fibrilação ventricular, isto é, o funcionamento errático do coração ou até a sua parada. Já as correntes entre 300 e 200 miliampéres são duplamente perigosas, porque tendem a provocar fibrilação ventricular e paralisia respiratória. O que fazer para socorrer uma vítima de choque elétrico? Em primeiro lugar, livrar imediatamente a vítima da corrente elétrica da fonte de eletrocussão. Cuidado para, ao tentar salvar a vítima, você também não seja atingido pela corrente elétrica. Após a liberação da vítima, iniciar a respiração artificial, se cessou a respiração espontânea, bem como a massagem cardíaca. Tanto a respiração artificial como a circulação artificial devem ser mantidas até a chegada de socorro médico, ou até que se tenham restaurado, satisfatoriamente, as respectivas funções. Estas medidas são muito importantes para a ressuscitação de vítimas de choques elétricos. Estudos médicos evidenciaram que, nas pessoas em que se aplicou a respiração artificial num período de três minutos ou menos após o choque, a taxa de sobrevivência foi de 73%. Como vimos, não se iluda com a idéia de que apenas as altas tensões são perigosas. Tudo depende da intensidade da corrente. Podemos conhecer a intensidade da corrente aplicando a fórmula derivada da Lei de Ohm: a intensidade da corrente é igual a tensão dividida pela resistência. Vejamos um caso prático. Qual a intensidade de uma corrente de 110 volts, percorrendo uma pele cuja resistência seja de 500 ohms, por exemplo? Aplicando a fórmula, veremos que a intensidade da corrente será de 220 miliampéres. E, como comentamos anteriormente, uma corrente desta ordem é potencialmente fatal, pois pode produzir fibrilação ventricular, parada respiratória e espasmos musculares generalizados, que impediriam a vítima, mesmo que se mantivesse consciente, de libertar-se sozinha da fonte do choque elétrico. Até tensões tão baixas como 12 volts podem ser perigosas, teoricamente, se a resistência da pele for igualmente baixa. Uma tensão de 12 volts percorrendo uma pele com uma resistência de 100 ohms, por exemplo, terá uma intensidade de corrente de 120 miliampéres. Uma resistência de 100 ohms pode ser encontrada entre uma orelha e a outra, em alguns indivíduos, ou então, em áreas de pele não protegidas, como em cortes ou ferimentos. Moral da história: em eletricidade, nunca é demais repetir, mais vale prevenir que remediar. Seja rigoroso na manutenção da segurança em sua estação, ou em sua bancada de eletrônica. Não permita que a eletricidade possa representar um risco à sua vida. Uma observação final: não esqueça também da segurança do seu sistema irradiante. Não levante torres ou mastros metálicos próximos à rede elétrica. Não instale a sua antena em pontos tais que, no caso de queda por vendavais, possa interceptar, na sua trajetória, qualquer fiação de energia elétrica. Estaie convenientemente todas as estruturas metálicas utilizadas para a sustentação das antenas da sua estação. Ao levantar mastros, torres, postes, etc., solicite, antes, o auxílio da concessionária local de energia elétrica. Caso necessário, o pessoal da empresa interromperá o fornecimento de eletricidade nas cercanias de sua estação, caso seja constatado qualquer risco de contato acidental com a rede.



[[Imagem:radioamador.jpg] Fotografia da 1ª Demonstração de Radioamadorismo em João Pessoa, no Cassino da Lagoa em julho de 58. Em pé, dá esquerda para a direita Roberval PY7MU, O representante do 15º RI, Padre Costa Capelão do 15º RI, Professor Nery. Sentados Djalma labreano, Euclides PY7OZ, Nestor PY7MV e Enedino PY7MS.


"trabalho nao concluído"

Referências Bibliográficas

http://www.anatel.org.br http://www.radioamador.org.br/fotos/f-56.htm http://pt.wikipedia.org/wiki/Radioamadorismo http://www.radioamador.com http://www.aeb.gov.br/ http://www.joelcosta.net

Fontes consultadas sobre segurança: - The Radio Amateur’s Handbook, da ARRL - Tratado de Medicina, de Baeson e McDermot - Revista Eletrônica Popular, março/abril de 1970 - TVI, etc. - Um Estudo para Radioperadores, de Odi Melo, Antenna Edições Técnicas, 1986



--Vagner Cordeiro 20:11, 25 Março 2007 (BRT)