Mudanças entre as edições de "Modulação CAP e Modulação DMT"

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=='''CAP (Carrierless Amplitude and Phase)'''==
 
  
O CAP (Carrierless Amplitude and Phase) é um esquema de codificação matematicamente muito similar ao QAM. Ele pode ser entendido como um QAM com a portadora suprimida. Isto pode ser feito porque a portadora não entrega nenhuma informação.
 
O CAP é uma técnica de codificação que divide o espectro em duas portadoras, uma usada para o transporte do downstream e outra para o upstream. A Figura 1 apresenta esta divisão.
 
 
[[Imagem:espectro_cap.jpg|center]]
 
 
Similarmente ao QAM, o CAP define dois tipos de trafego: o tráfego classe A que
 
transporta dados baseados em células ou pacotes, não é sensitivo à latência; e o tráfego classe
 
B que transporta dados sensitivos à latência e não implementa FEC (Forward Error Control).
 
Os modems CAP transmitem tráfego ATM, de pacotes ou tráfego síncrono de bits
 
(para tráfego de baixa latência), conforme apresentado na Figura 5. Como em todas
 
implementações de ADSL, o tráfego ATM certamente irá predominar. Além disso, o CAP
 
ainda transmite um canal chamado EOC (Embedded Operations Channel) para
 
monitoramento e detecção de problemas.
 
 
 
 
Os símbolos no esquema CAP são transmitidos em uma alta taxa de bits. Isso dispensa
 
o uso de um canal para tráfego de baixa latência, apesar dele definir um. Este esquema
 
contrasta com a transmissão de símbolos no esquema DMT.
 
Os padrões CAP definem o número de símbolos por segundo (baud rate) do
 
downtream e do upstream, mostrados na Tabela 1.
 
 
 
 
A taxa de transmissão é função do baud rate e do tipo de codificação empregada (que
 
pode variar ente 8 e 256 níveis, ou seja, de 2 a 8 bits por símbolo). Por exemplo, um sinal de
 
1.088 kbauds onde cada símbolo transmite 8 bits produziria uma taxa de transmissão de 8.704
 
kbps.
 
 
==''' DMT (Discrete Multitone) '''==
 
Segundo BELIZÁRIO (2001) o CAP foi o código escolhido inicialmente para
 
implementar a ADSL, atualmente o DMT (Discrete Multitone) é usado pelos principais
 
fabricantes por causa do seu melhor desempenho. Esta codificação também é conhecida como
 
OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing) e é muito empregada em serviços de
 
comunicação wireless.
 
O DMT codifica o sinal digital a ser transmitido dividindo o espectro disponível em
 
até 256 sub-portadoras espaçadas de 4,3125 kHz, totalizando 1,104 MHz. Estas subportadoras
 
são chamadas de canais. Alguns canais são especiais, outros não são usados. A
 
maioria dos sistemas DMT usa somente 250 ou 249 canais para informação. Por exemplo, o
 
canal de número 64 é reservado para um sinal piloto, os canais de 1 a 6 são normalmente
 
reservados para POTS. Em adição a isto, os canais de 250 a 256 sofrem muita perda e muitas
 
vezes não são usados para o transporte de informação. Existem 32 canais upstream,
 
normalmente iniciando no canal de número 7.
 
Estas características são capazes de incrementar a taxa de transmissão do DMT a cada
 
32 kbps, aumentando assim a sua granularidade de banda oferecida.
 
A Figura 6 apresenta o espectro de freqüências do DMT. Quando os equipamentos
 
ADSL são ativados, cada canal é testado através de um procedimento de handshaking. Além
 
disso, Todos os canais são constantemente monitorados para avaliar o desempenho da
 
transmissão, pois dependendo das condições de operação a taxa de cada canal individual ou
 
de grupos de canais pode variar.
 
 
 
 
A Figura 7 apresenta ganhos comumente encontrados em pares de cobre.
 
Normalmente, existe uma atenuação maior nas altas freqüências, onde o efeito da distância
 
predomina. Nas baixas freqüências surgem ruídos e o efeito de diafonia. Em qualquer um dos
 
casos, os equipamentos DMT podem medir as condições de transmissão (atenuação, ruído,
 
diafonia etc) em cada canal e ajustar a sua taxa de bits. Em alguns casos, onde existam
 
condições totalmente desfavoráveis (como a interferência causada por uma rádio ou grande
 
atenuação causada por um bridge tap - pontos do par de cobre onde um segundo par não
 
terminado é conectado), os equipamentos DMT podem até desligar algum canal, conforme
 
apresentado na figura.
 
 
 
 
O DMT define duas classes de tráfego: fast e interleaved. O modo fast oferece baixa
 
latência e é adequado para aplicações em tempo real, enquanto que o modo interleaved
 
oferece um fluxo de dados com correção de erro via a codificação Reed-Solomon.
 
O esquema DMT implementa a transmissão de dados STM (Synchronous Transfer
 
Mode) e ATM (Asynchronous Transfer Mode). O esquema STM foi o único modo de
 
operação definido inicialmente nas especificações do DMT. Desde então, a opção de ATM
 
baseado em células tem se tornado a opção mais usada para encapsulamento.
 
O STM define um conjunto de canais de entrega de baixa e alta velocidade, conforme
 
apresentado na Figura 8. Os canais simplex de alta velocidade entregam tráfego do núcleo de
 
rede para o ATU-C e são formados por AS0 (n0´32 kbps), AS1 (n1´32 kbps), AS2
 
(n2´32kbps) e AS3 (n3´32 kbps). Enquanto que os canais duplex de baixa velocidade são
 
formados por LS0 (16 kbps ou m0´32 kbps), LS1 (m1´32 kbps) e LS2 (m2´32 kbps). Um
 
canal NTR (Network Timing Reference) responsável por transporte de informações de clock
 
na rede. Neste esquema, somente os canais AS0 e LS0 são obrigatórios.
 
 
 
Já no modo ATM (Figura 9), um stream de células ATM (Tx_ATM0) é entregue
 
como sendo um AS0. Opcionalmente, um segundo stream de células ATM (Tx_ATM1) será
 
mapeado em um AS1. Na direção reversa, somente canais de baixa velocidade (Rx_ATM0 e
 
Rx_ATM1 mapeados como LS0 e LS1) são suportados.
 

Edição das 19h15min de 7 de setembro de 2006