IER-2014-1

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Instalação de Equipamentos de Redes: Diário de Aula 2014-1

Professor: Jorge Casagrande (casagrande@ifsc.edu.br)
Atendimento paralelo: 4a feira 11:35h - 12:30h e 4a feira 16:35h - 17:30h

Plano de Ensino

ANEXOS

Cronograma de atividades
Horário de Aula e Atendimento Paralelo

Dados Importantes

Professor: Jorge H. B. Casagrande.
Email: casagrande@ifsc.edu.br
Atendimento paralelo: 4a feira 11:35h - 12:30h e 4a feira 16:35h - 17:300h (Sala dos professores de TELE - ao lado da reprografia)
Endereço do grupo: https://www.facebook.com/groups/IFSCTeleSubsequente2013.1/
Link alternativo para Material de Apoio da disciplina: http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED

Toda vez que voce encontrar a marcação ao lado de alguma atividade extra, significa que essa atividade será computada na avaliação individual. O prazo estabelecido para entrega estará destacado ao lado da atividade. Portanto, não perca o prazo limite para entrega. Atividades entregues fora do prazo não serão aceitas!

Recados Importantes


20/02 ATENÇÃO: Uma avaliação só pode ser recuperada somente se existir justificativa reconhecida pela coordenação. Desse modo, deve-se protocolar a justificativa no prazo de 48 horas, contando da data e horário da avaliação, e aguardar o parecer da coordenação. O não cumprimento desse procedimento implica a impossibilidade de fazer a recuperação, e assim a reprovação na disciplina.

21/02 Uso da Wiki: A partir dessa data,todo o repositório de material de apoio e referências de nossas aulas passam a usar a Wiki de tele. Para interação fora da sala de aula, acessem nosso grupo do facebook. Os planos de uso do Moodle que eu comentei para voces serão adiados em função do projeto ampliado que o IFSC está construindo para usar esse ambiente.

Material de Apoio

Atividades Extras
  • Laboratório aulas 4 e 5 prazo: 30/04/14 às 18:30Hs. Execução: em dupla. Como: Manuscrita, impressa ou via email
Slides utilizados durante algumas aulas
Manuais e outros

Bibliografia

Para pesquisar o acervo das bibliotecas do IFSC:

Curiosidades

Softwares

  • Netkit: possibilita criar experimentos com redes compostas por máquinas virtuais Linux
  • IPKit: um simulador de encaminhamento IP (roda direto dentro do navegador)


Diário de Aulas

Aula 1 - 26/03 - Parte1: Modelo Básico de Comunicação de Dados

Aula 1 - 26/03 - Parte1: Modelo Básico de Comunicação de Dados

  • Apresentação da disciplina;
  • Conceitos importantes em comunicação de dados;
  • Componentes de uma infra-estrutura de telecomunicações;
  • Modelo Básico de comunicação de dados.
Aula 2 - 02/04 - Parte1: Componentes de Redes e Comunicação Serial e Laboratório de comunicação básica entre DTEs

Aula 2 - 02/04 - Parte1: Componentes de Redes e Comunicação Serial e Laboratório de comunicação básica entre DTEs

  • Arquiteturas Básicas dos Protocolos da camada de enlace:

Protocolos orientados à Byte
Protocolos orientados à Bit

  • Interfaces Digitais - Final dos slides - não será cobrado sobre RS485;
  • Laboratório de comunicação básica entre DTEs
Aula 3 - 09/04 - Parte1: Modens Analógicos e Digitais e Laboratório de Circuito Básico de Comunicação de Dados

Aula 3 - 09/04 - Parte1: Modens Analógicos e Digitais e Laboratório de Circuito Básico de Comunicação de Dados

  • Modens Analógicos e Digitais
  • Enlaces de teste e protocolos
  • Laboratório de Circuito Básico de Comunicação de Dados
Aula 4 - 16/04 - Laboratório de Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico - Configuração dos Roteadores e Introdução A camada de Enlace

Aula 4 - 16/04 - Laboratório de Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico - Configuração dos Roteadores e Introdução A camada de Enlace

Resumo da aula:

  • Serviços da Camada de enlace
  • Laboratório - Continuação da Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico

Bibliografia relacionada:

  • Parte III e capítulos 10 e 11 do livro "Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a ed.", de Behrouz Forouzan
  • Capítulo 3 do livro "Redes de Computadores" de Andrew Tanenbaum.

Fundamentos Teóricos

Enlaces lógicos

Equipamentos de rede se comunicam por meio de enlaces (links). Um enlace é composto por uma parte física, composta pelo meio de transmissão e o hardware necessário para transmitir e receber um sinal que transporta a informação, e uma parte lógica, responsável por empacotar os dados a serem transmitidos. O diagrama abaixo ilustra um enlace entre dois equipamentos, realçando as formas com que a informação é representada durante a transmissão e recepção. Nesse diagrama, a parte lógica está representada no bloco Enlace, e a parte física está no bloco Física; a informação transmitida, representada por Dados, pode ser, por exemplo, um datagrama IP.

Datalink-phy.png

O enlace lógico tem uma dependência total em relação à parte física. Isso quer dizer que o tipo de tecnologia de transmissão existente na parte física traz requisitos para o projeto da parte lógica.

Deste ponto em diante, a parte lógica será chamada simplesmente de Camada de Enlace, e a parte física de Camada Física.

Em nosso estudo vamos investigar enlaces ponto-a-ponto, os quais necessitam de protocolos específicos. Para ficar mais claro o que deve fazer um protocolo de enlace ponto-a-ponto, vamos listar os serviços típicos existentes na camada de enlace.

Serviços da camada de enlace

Data-link.png

Os serviços identificados na figura acima estão descritos a seguir. A eles foram acrescentados outros dois:

  • Encapsulamento (ou enquadramento): identificação das PDUs (quadros) de enlace dentro de sequências de bits enviadas e recebidas da camada física
  • Controle de erros: garantir que quadros sejam entregues no destino
    • Detecção de erros: verificação da integridade do conteúdo de quadros (se foram recebidos sem erros de bits)
  • Controle de fluxo: ajuste da quantidade de quadros transmitidos, de acordo com a capacidade do meio de transmissão (incluindo o atraso de transmissão) e do receptor
  • Endereçamento: necessário quando o enlace for do tipo multi-ponto, em que vários equipamentos compartilham o meio de transmissão (ex: redes locais e redes sem-fio)
  • Controle de acesso ao meio (MAC): também necessário para meios compartilhados, para disciplinar as transmissões dos diversos equipamentos de forma a evitar ou reduzir a chance de haver colisões (transmissões sobrepostas)
  • Gerenciamento de enlace: funções para ativar, desativar e manter enlaces

Protocolos de enlace ponto-a-ponto

Dois protocolos de enlace ponto-a-ponto muito utilizados são:

  • PPP (Point-to-Point Protocol): proposto no início dos anos 90 pelo IETF (ver RFC 1661), e amplamente utilizado desde então. Este protocolo não faz controle de erros nem de fluxo, portanto se quadros sofrerem erros de transmissão serão sumariamente descartados no receptor. Originalmente muito usado em acesso discado, recentemente sua aplicação se concentra em enlaces por linhas dedicadas, enlaces sem-fio 3G, e uma versão modificada para acesso doméstico ADSL (PPPoE). Ver mais detalhes na seção 11.7 do livro Comunicação de Dados e Redes de Computadores, de Behrouz Forouzan.
  • HDLC (High-level Data Link Control): criado nos anos 70, foi largamente utilizado em enlaces ponto-a-ponto, porém atualmente foi substituído pelo PPP na maioria dos cenários em que era usado. Este protocolo faz controle de erros e de fluxo usando um mecanismo ARQ do tipo Go-Back-N (com janela de tamanho 7 ou 127). Ainda se aplica a enlaces ponto-a-ponto em linhas dedicadas, enlaces por satélite e aplicações específicas (ver por exemplo este artigo sobre seu uso missões espaciais em um artigo da Nasa). Ver mais detalhes na seção 11.6 do livro Comunicação de Dados e Redes de Computadores, de Behrouz Forouzan.


Ambos protocolos possuem o mesmo formato de quadro. Na verdade, o PPP copiou o formato de quadro do HDLC, apesar de não utilizar os campos Address e Control. O campo Flag, que tem o valor predefinido , serve para delimitar quadros, assim o receptor sabe quando inicia e termina cada quadro.

Ppp-frame.png
Quadro PPP ou HDLC (tamanho de campos dados em bytes)


Esses protocolos foram criados para uso com comunicação serial síncrona (ver capítulo 4, seção 4.3 do livro Comunicação de Dados e Redes de Computadores, de Behrouz Forouzan). O PPP funciona também com comunicação serial assíncrona.

Agora, usando os conceitos básicos sobre enlaces PPP e HDLC, realize o laboratório a seguir com os seguintes passos:

Para esta atividade será criada uma rede composta por três roteadores Cisco, que estarão interligados como mostrado abaixo:

Rede-modems.png

  1. Criar os circuitos com modems operando a 2 Mbps. Os Modens da DIGITEL modelo DT2048SHDSL devem possuir a seguinte configuração: (chaves em ON)
  • Modens do rack central: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5
  • Modens do rack direito e esquerdo: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5
  1. Acesse a interface de gerência (console) do seu roteador. O roteador R2 está no rack esquerdo, o roteador R1 está no rack do centro, e R2 está no rack direito. Para acessar a console, faça o seguinte:
    1. Conecte um cabo serial cross na interface serial RS-232 do seu computador. Conecte esse cabo também na interface console do roteador, que fica no painel traseiro. Como os roteadores estão distantes das bancadas, será necessário usar as tomadas azuis, que conectam as bancadas aos racks.
    2. Execute o programa minicom, que abre um terminal de texto via porta serial. Ele deve ser configurado para se comunicar pela porta serial /dev/ttyS0, com 9600 bps, 8 bits de dados e 1 stop-bit (isso aparece descrito assim: 9600 8N1).
      sudo minicom -s
      
    3. Se o minicom estiver correto, você deverá ver a interface CLI do roteador (Command Line Interface). Caso contrário, confira se o cabo serial está bem encaixado, e se os parâmetros do minicom estão certos.
  2. Configure os roteadores da seguinte forma:
    • R1:
      > enable     (password "a")
      # configure terminal
      (conf)# interface fastethernet 0
      (conf-intf)# ip address 192.168.20.254 255.255.255.0
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# interface serial 0
      (conf-intf)# encapsulation ppp
      (conf-intf)# ip address 10.1.1.2 255.255.255.252
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 serial 0
      (conf)# exit
       # wr
      
    • R2:
      > enable
      # configure terminal
      (conf)# interface fastethernet 0
      (conf-intf)# ip address 192.168.10.254 255.255.255.0
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# interface serial 0
      (conf-intf)# encapsulation ppp
      (conf-intf)# ip address 10.1.1.6 255.255.255.252
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 serial 0
      (conf)# exit
       # wr
      
    • R3:
      > enable
      # configure terminal
      (conf)# interface ethernet 0
      (conf-intf)# ip address 192.168.1.231 255.255.255.0
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# interface serial 0
      (conf-intf)# encapsulation ppp
      (conf-intf)# ip address 10.1.1.5 255.255.255.252
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# interface serial 1
      (conf-intf)# encapsulation ppp
      (conf-intf)# ip address 10.1.1.1 255.255.255.252
      (conf-intf)# no shutdown
      (conf-intf)# exit
      (conf)# ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 192.168.1.1
      (conf)# exit
       # wr
      
  1. Para conferir as configurações das interfaces, use o comando show interface (detalhado) ou show ip interface brief (resumidos configuração e status):
# show interface serial 0
Aula 5 - 23/04 - Laboratório de Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico - Configuração final da Rede - Uso do NETKIT

Aula 5 - 23/04 - Laboratório de Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico - Configuração final da Rede - Uso do NETKIT

Configuração final da rede

Para finalizar o laboratório da aula anterior, vamos analisar a conectividade de todas as sub redes, incluindo o acesso à internet.

  • Roteiro
  1. Assim que os enlaces forem estabelecidos (interfaces e protocolos dos 3 roteadores em UP), o que pode ser conferido com o comando show interface aplicado às interaces seriais, conclua a configuração da rede (rotas nos pcs e roteadores). Ela deve ser configurada de forma que um computador possa se comunicar com qualquer outro computador da outra rede, e também acessar a Internet. Para isso, use os comandos nos PCs como:
    • sudo ifconfg eth0 x.x.x.x netmask m.m.m.m up - para atribuir outro endereço na placa de rede;
    • sudo route add default gw x.x.x.x - para atribuir um novo gateway para a placa de rede;
    • sudo route add -net x.x.x.x netmask m.m.m.m eth0 - para associar uma nova rede a interface eth0;
    • use a opção del no lugar de add para apagar configurações corresposndentes;
    • route -n - para ver a tabela atual de roteamento;
    E monte a tabela de roteamento com o comando (conf)# ip route x.x.x.x m.m.m.m y.y.y.y onde x é o endereço de rede com mask m a ser alcançado e y é o próximo salto (endereço da interface do próximo roteador). O y também pode ser o nome da interface.
  2. Solução para os roteadores:
    R1:
      > enable     (password "a")
      # configure terminal
      (conf)# ip route 192.168.20.0 255.255.255.0 fastethernet 0
      (conf)# ip route 192.168.10.0 255.255.255.0 10.1.1.1
      # wr
    
    R2:
      > enable     (password "a")
      # configure terminal
      (conf)# ip route 192.168.10.0 255.255.255.0 fastethernet 0
      (conf)# ip route 192.168.20.0 255.255.255.0 10.1.1.5
      # wr
    
    R3:
      > enable     (password "a")
      # configure terminal <
      (conf)# ip route 192.168.10.0 255.255.255.0 10.1.1.6
      (conf)# ip route 192.168.20.0 255.255.255.0 10.1.1.2
      (conf)# ip route 192.168.1.0 255.255.255.0 ethernet 0
      # wr
    
  3. Para o PC do professor
      $ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 eth0 
      $ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 eth0
    
  4. Para os PCs das subredes direita e esquerda
      $ sudo ifconfg eth0 192.168.x.y netmask 255.255.255.0 up  onde x={10,20}; y={1,2,3,4}
      $ sudo route add default gw 192.168.x.254 onde x={10,20}
    
  5. Verificar e anotar todas as configurações dos componentes de redes, modens, cabos, adaptadores, manobras dos cabos, etc...
  6. Acessar as redes mutuamente qualquer computador de um subrede deve acessar qualquer outro da outra subrede;
  7. Acessar a internet em todos os PCs;
  8. Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto. Em algum computador da subrede esquerda execute:
    netperf -f k -H 192.168.1.1
    
    Realize pelo menos três medidas para cada teste e use a média desses valores como resultado final;
  9. Faça isso também usando um computador da subrede da direita e depois entre computadores das subredes direta e esquerda.
  10. Excute o netperf entre computadores da mesma subrede, anote os valores e compare com o anterior que atravessa a rede até atingir a rede 192.168.1.1.
  11. É possível usar o protocolo HDLC ao invés do PPP, bastando nos roteadores substituir o comando encapsulation ppp por encapsulation hdlc.

O uso do NETKIT

A partir de hoje iremos usar o Netkit para simular vários experimentos sem a necessidade de recorrer a complicadas instalações físicas que envolvem muitos componentes de rede e consequentemente muitos pontos de prováveis problemas de funcionamento. Vá até o link Netkit e faça uma leitura até o item 4.1.5 para entender como se utiliza esta poderosa ferramenta. Após isso faça os experimentos seguintes.

LAN simples

Uma LAN com quatro computadores (pc1, pc2, pc3, pc4). Os computadores virtuais têm IPs 192.168.0.X, sendo X o número computador (ex: pc1 tem IP 192.168.0.1). Use ping para fazer testes de comunicação. Veja o arquivo Lab.conf (configuração da rede). A rede criada nesse experimento está mostrada abaixo:

Exemplo-Lan1-netkit.png

Ao executar esse experimento quatro abas dos computadores virtuais surgirão (um para cada pc virtual). Realize um ping entre os pcs para constatar a operação da LAN.

LAN com switch

Uma LAN com quatro computadores (pc1, pc2, pc3, pc4) interligados por um switch. O switch é implementado por um computador com Linux com 4 portas ethernet. Analise o arquivo Lab.conf. A rede do experimento está mostrada abaixo:

Exemplo-Bridge-netkit.png

LAN com 2 switches

Uma LAN com 6 computadores (pc1 a pc6) interligados por dois switches (switch1 e switch2). Ambos switches são implementados por computadores com Linux com 4 portas ethernet. Observe os valores de tempo de teste dos pings entre pcs de um mesmo switch e entre os dois switches. Compare com a LAN simples (com hub). A rede do experimento está mostrada abaixo:

Exemplo-lan2.png

Uplink para a rede real

O Netkit possibilita que se criem links para a rede real, e com isto as máquinas virtuais podem acessar a rede externa e mesmo a Internet. O link para a rede real funciona como um enlace ponto-a-ponto ethernet entre uma máquina virtual e a máquina real (o sistema hospedeiro), como pode ser visto neste exemplo:

Netkit-uplink.png

A criação do link para rede externa deve ser feita com o link especial uplink. Ele deve ter um endereço IP que será usado somente para criar o link entre a máquina virtual e o sistema hospedeiro. O IP no sistema hospedeiro é sempre o último endereço possível dentro da subrede especificada (no exemplo, seria o IP 10.0.0.2).

pc2[eth1]=uplink:ip=10.0.0.1/30

Se outras máquinas virtuais precisarem acessar a rede externa, devem ter rotas configuradas para usarem o gateway onde foi feito o uplink. Além disso, será necessário ativar o NAT nesse gateway. O NAT pode ser ativado em máquinas virtuais do tipo gateway. Em sua configuração deve-se informar qual a interface de saída onde será feito o NAT:

pc2[type]=gateway

pc2[nat]=eth1

Assim, todos datagramas que sairem pela interface eth1 do gateway pc2 terão seus endereços IP de origem substituídos pelo endereço IP dessa interface.

Por fim, a criaçao do uplink implica executar alguns comandos como root no sistema hospedeiro. Assim, ao ativar a rede o Netkit irá usar o sudo para executar esses comandos. Por isso é possível que a sua senha seja solicitada durante a inicialização da rede virtual.

Uplink em modo bridge

Às vezes uma interface de uma máquina virtual precisa ser exposta na rede real, como se ela pertencesse ao sistema hospedeiro. Neste caso, deve-se criar uma bridge entre a interface da máquina virtual e uma interface real do sistema hospedeiro (de forma semelhante ao que faz o Virtualbox e outros tipos de máquinas virtuais). Uma bridge é um mecanismo existente no Linux para interligar interfaces ethernet em nível de enlace, como se elas formassem um switch. O procedimento para criar uma bridge integrada a uma interface do tipo uplink do Netkit é um tanto trabalhoso, e por isso esse processo foi automatizado.

A criação de um uplink em modo bridge deve ser feita usando o parâmetro bridge ao se declarar uma interface de rede, como mostrado abaixo:

pc[eth0]=uplink:bridge=eth0:ip=192.168.1.100/24

Neste exemplo, será criada uma bridge entre a interface eth0 da máquina virtual pc e a interface eth0 do sistema hospedeiro. Como com isso a interface da máquina virtual estará exposta na rede real, seu endereço IP pode pertencer à subrede da rede real. Se esse endereço IP for de alguma outra subrede, a máquina virtual não conseguirá se comunicar com as máquinas reais, tampouco acessar a Internet. Mas isso pode ser desejável se a intenção for interligar redes virtuais que estejam sendo executadas em diferentes computadores.

Final das atividades da aula de hoje


Atividade para casa: prazo: 30/04/14 às 18:30Hs. Execução: em dupla. Como: Manuscrita, impressa ou via email

  1. Implemente a rede "Laboratório de Interligação entre LANs com uso de roteadores em modo físico" iniciada na aula 4 e finalizada hoje usando a ferramenta Netkit. Voce "só" precisa enviar o arquivo lab.conf para o professor;
  2. Redesenhe a rede destacando todos os componentes de rede ativos e passivos utilizados (cabos, adaptadores, switches, etc) conforme voce anotou durante o roteiro nas aulas 4 e 5.
Aula 6 - 30/04 - Comutação de Circuitos Virtuais

Aula 6 - 30/04 - Comutação de Circuitos Virtuais

Conteúdos Relacionados com:

  • Capítulo 6 e 18 do livro "Comunicação de Dados e Redes de Computadores", de Berhouz Forouzan
  • Capítulo 2 do livro "Redes de Computadores", de Andrew Tanenbaum

Ferramenta de apoio para configuração de redes: O IPKIT

Como vimos na aula anterior, o Netkit é uma ótima opção para complementar o estudo. Ele funciona como um laboratório de redes, onde se pode criar redes como aquelas que exemplificamos em sala de aula ou mesmo inventar novas redes. Seu uso se destina a fixar conceitos, para que o eventual uso e configuração dos equipamentos reais seja facilitado.

Além do Netkit, o seguinte simulador de roteamento IP, que roda dentro do próprio navegador, pode ajudar a exercitar a divisão de sub redes e a criação de rotas estáticas.

Exercícios

1. Usando o Netkit crie as seguintes redes. Não esqueça de definir as rotas estáticas.

Rede1-1.png

Arquivo do experimento
pc1[type]=generic
pc2[type]=generic
pc3[type]=generic
r1[type]=gateway
r2[type]=gateway

pc1[eth0]=link0:ip=192.168.0.1/24
pc2[eth0]=link1:ip=192.168.1.2/24
pc3[eth0]=link2:ip=192.168.2.3/24

r1[eth0]=link0:ip=192.168.0.254/24
r1[eth1]=link1:ip=192.168.1.254/24

r2[eth0]=link0:ip=192.168.0.253/24
r2[eth1]=link2:ip=192.168.2.254/24

pc1[default_gateway]=192.168.0.254
pc2[default_gateway]=192.168.1.254
pc3[default_gateway]=192.168.2.254

r1[route]=192.168.2.0/24:gateway=192.168.0.253
r2[route]=192.168.1.0/24:gateway=192.168.0.254

Rco2-Rede-intro2.png

Arquivo do experimento
pc1[type]=generic
pc2[type]=generic
pc3[type]=generic
pc4[type]=generic
r1[type]=gateway
r2[type]=gateway
r3[type]=gateway
r4[type]=gateway

pc1[eth0]=lan1:ip=192.168.1.1/24
pc2[eth0]=lan2:ip=192.168.2.1/24
pc3[eth0]=lan3:ip=192.168.3.1/24
pc4[eth0]=lan4:ip=192.168.4.1/24

r1[eth0]=lan1:ip=192.168.1.254/24
r1[eth1]=lan2:ip=192.168.2.254/24

r2[eth0]=lan2:ip=192.168.2.254/24
r2[eth1]=lan3:ip=192.168.3.254/24

r3[eth0]=lan1:ip=192.168.1.254/24
r3[eth1]=lan4:ip=192.168.4.254/24

r4[eth0]=lan3:ip=192.168.3.254/24
r4[eth1]=lan4:ip=192.168.4.254/24


Rco2-Rede-intro3.png

Arquivo do experimento
pc1[type]=generic
pc2[type]=generic
pc3[type]=generic
pc4[type]=generic
r1[type]=gateway
r2[type]=gateway

pc1[eth0]=lan1:ip=10.0.1.1/26
pc2[eth0]=lan2:ip=192.168.1.1/24
pc3[eth0]=lan3:ip=192.168.2.129/26
pc4[eth0]=lan4:ip=192.168.2.193/26

r1[eth0]=lan1:ip=10.0.1.62/26
r1[eth1]=lan2:ip=192.168.1.254/24

r2[eth0]=lan2:ip=192.168.1.253/24
r2[eth1]=lan3:ip=192.168.2.190/26
r2[eth2]=lan4:ip=192.168.2.254/26

2. Teste a comunicação entre os computadores e roteadores usando o comando ping. Use também o tcpdump ou wireshark para monitorar as interfaces de rede.

PARTE 2 DA AULA

  • Slides sobre multiplexadores Aulas 3 e 4 (a partir do item "Redes de Telecomunicações")

Conceituação sobre Redes Locais (LAN)

Características e pontos-chaves

Obs: obtido de STALLINGS, 2005:

  • Uma LAN consiste de um meio de transmissão compartilhado e um conjunto de hardware e software para servir de interface entre dispositivos e o meio de transmissão, além de regular o acesso ao meio de forma ordenada.
  • As topologias usadas em LANs são anel (ring), barramento (bus), árvore (tree) e estrela (star). Uma LAN em anel consiste de um laço fechado formado por repetidores que possibilitam que dados circulem ao redor do anel. Um repetidor pode funcionar também como um ponto de acesso de um dispositivo. Transmissão geralmente se dá na forma de quadros (frames). As topologias barramento e árvore são segmentos de cabos passivos a que os dispositivos são acoplados. A transmissão de um quadro por um dispositivo (chamado de estação) pode ser escutada por qualquer outra estação. Uma LAN em estrela inclui um nó central onde as estações são acopladas.
  • Um conjunto de padrões definido para LANs especifica uma faixa de taxas de dados e abrange uma variedade de topologias e meios de transmissão.
  • Na maioria dos casos, uma organização possui múltiplas LANs que precisam ser interconectadas. A abordagem mais simples para esse problema se vale de equipamentos chamados de pontes (bridges). Os conhecidos switches Ethernet são exemplos de pontes.
  • Switches formam os blocos de montagem básicos da maioria das LANs (não muito tempo atrás hubs também eram usados).

Algumas tecnologias

  • Ethernet (IEEE 802.3): largamente utilizada hoje em dia, na prática domina amplamente o cenário de redes locais.
  • Token Ring (IEEE 802.5): foi usada nos anos 80 e início dos anos 90, mas está em desuso ... muito difícil de encontrar uma rede local deste tipo hoje em dia.
  • Myrinet: criada especificamente para interligar servidores de alta capacidade de processamento em clusters. Atualmente pouco usada, pois redes ethernet as substituíram em clusters e data centers.
  • Infiniband: especificamente criada para interligar equipamentos para fins de computação de alto-desempenho. Mantém-se na ativa nesse nicho específico.

Topologias

Uma topologia de rede diz respeito a como os equipamentos estão interligados. No caso da rede local, a topologia tem forte influência sobre seu funcionamento e sobre a tecnologia adotada. Dependendo de como se desenha a rede, diferentes mecanismos de comunicação são necessários (em particular o que se chama de acesso ao meio). A eficiência da rede (aproveitamento da capacidade de canal, vazão) e sua escalabilidade (quantidade de computadores e equipamentos que podem se comunicar com qualidade aceitável) também possuem relação com a topologia. A tabela abaixo exemplifica topologias conhecidas de redes locais.

Topologia Exemplo Tecnologias
Estrela Lan-Star.png Ethernet (IEEE 802.3) com hubs e switches
Anel
(em desuso)
Lan-Ring.png Token-ring (IEEE 802.5), FDDI
Barramento
(em desuso)
Lan-Bus.png Ethernet (IEEE 802.3)
Árvore Lan-Tree.png Ethernet (IEEE 802.3) com hubs e switches
Árvore-gorda (Fat-tree) Lan-Fat-tree.png Ethernet (IEEE 802.3) com hubs e switches

Exemplos de uso de redes locais

Exemplos de redes locais são fáceis de apresentar. Praticamente toda rede que interconecta computadores de usuários é uma rede local - mesmo no caso de redes sem-fio, um caso especial a ser estudado mais a frente. A rede do laboratório de Redes 1, onde temos nossas aulas, é uma rede local. Os demais computadores da escola formam outra rede local. Quando em casa se instala um roteador ADSL e se conectam a ele um ou mais computadores, cria-se também uma rede local. Portanto, redes locais são extremamente comuns e largamente utilizadas. Ainda assim, cabem alguns outros exemplos de possíveis redes locais, mostrados abaixo:


Lan2-2011-1.png
Uma LAN típica com um link para Internet


Cisco-datacenter.jpg
Uma LAN que integra servidores em um datacenter


San.gif
Um tipo de LAN especial para interligar servidores de armazenamento (storage), chamada SAN (Storage Area Network)

Distinção entre WAN, MAN e LAN

  • "Backbones" da Internet Brasileira:


Algumas redes WAN:


Uma rede MAN MetroEthernet em Florianópolis.

Man-metro.png

Estudo de caso: entendendo a rede do IFSC-SJ

A rede do IF-SC é composta pelas redes dos campi, sendo que o campus Mauro Ramos centraliza os links para os demais campi. Dentre eles, o link para a rede do campus São José tem a capacidade de 1 Gbps. Além disso, o link para a Internet se localiza também no campus Mauro Ramos. A figura abaixo mostra um diagrama simplificado da rede do IF-SC, destacando apenas os campis Mauro Ramos, São José e Continente.

Ifsc.png

Como se pode ver, os campi são interligados por enlaces (links) de longa-distância com alta capacidade de transmissão (1 Gbps). O link para a Internet, provido pelo POP-SC (Ponto de Presença da RNP em SC, mantido pela UFSC) é também de 1 Gbps. Esses links de longa distância asseguram que não existam gargalos entre os campi, possibilitando uma boa vazão entre as redes.

Exercício: Replique, com as ferramentas disponíveis, a rede do IFSC até o Campus SJ através do NETKIT. Essa rede é formada por três redes locais, compostas por switches ethernet, servidores, gateways e firewall. O diagrama abaixo apresenta a estrutura geral da rede do nosso campus.


Rede-ifsc-sj.png