GER20706-2014-1

De MediaWiki do Campus São José
Ir para navegação Ir para pesquisar

Gerência de Redes: Diário de Aula 2013-2

Professor: Odilson Tadeu Valle
Encontros: 5ª feira 7h30 às 11h30
Atendimento paralelo: ?????

Cronograma de Atividades
Aula Data Horas Conteúdo Recursos
1 13/2 4 Introdução. O processo de boot e instalação de software. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
2 20/2 4 Instalação de aplicativos com APT-GET. RAID. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
3 27/2 4 Sistema de arquivos LVM. Contas de usuários e grupos. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
4 6/3 4 Cotas em disco. Agendamento de tarefas administrativas com o uso do crontab. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
5 13/3 4 Políticas de backups. Shell Scripts para automatizar tarefas. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
6 20/3 4 Shell Scripts para automatizar tarefas. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
7 27/3 4 1a Avaliação Individual Prática e teórica. Configuração da interface de rede. Apelidos de ip. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
8 3/4 4 Montagem de sub-redes e configuração dos roteadores + NAT. DNS. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
9 10/3 4 DNS. Servidor de Web. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
10 17/3 4 Servidor Web. Servidor de Email. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
11 24/3 4 Webmail. Servidor SMB. Servidor NFS. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
12 8/5 4 Servidor DHCP. Servidor FTP. Servidor SSH. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
13 15/5 4 2a Avaliação Individual Prática e teórica. Servidor Proxy/Cache com Squid. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
14 22/5 4 Firewall. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
15 29/5 4 VPN. Protocolo SNMP - Simple Network Management Protocol. MRTG. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
16 5/6 4 Nagios, monitoramento de serviços. Cacti, monitoramento de redes. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
17 12/6 4 3a Avaliação Individual Prática e teórica. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
18 26/6 4 Recuperação de conteúdo. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
19 4/7 4 Recuperação de conteúdo. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
20 10/7 4 Reavaliaçao. Lab. Redes II, proj. multimídea, máq. virtuais
TOTAL 80

Referências adicionais

Aula 01 (13/02): Apresentação da Disciplina, Processo de Boot e Instalação de Software

  1. Auto apresentação
  2. Apresentação da Wiki
  3. Apresentação do modelo de aulas a ser adotado -- laboratório
  4. Visão geral de Gerência de Redes
    1. Ementa e referências bibliográficas
    2. Explanar os três blocos da disciplina: servidor, serviços, segurança e monitoramento de redes
  5. Avaliação
    1. Teórica
    2. Prática
    3. Recuperação de conteúdo e reavaliações
  6. Curso_Superior_de_Tecnologia_em_Sistemas_de_Telecomunicações_(páginas_das_disciplinas)
  7. Conceituação das máquinas virtuais e seu uso
    1. Motivo de uso no laboratório

O boot

O processo de inicialização do sistema operacional, chamado de boot. Tradicionalmente no Unix System V isto se faz com a definição de níveis de execução (runlevels) e uma tabela que descreve que processos ou serviços devem existir em cada nível. Os níveis de execução são:

  1. Monousuário (single-user), ou administrativo: usado para manutenção do sistema, admite somente o login do superusuário. Não inicia serviços de rede.
  2. Multiusuário com rede (parcial): admite logins de usuários, mas não ativa acesso a recursos de rede (como sistemas de arquivo remotos)
  3. Multiusuário com rede plena
  4. Não usado
  5. Multiusuário com rede plena e ambiente gráfico: ativa também o ambiente gráfico X11
  6. Reinício do sistema (reboot)

As distribuições Linux em geral adotam a inicialização no estilo Unix System V. No entanto, o Ubuntu usa um outro processo chamado de upstart. Esse serviço de inicialização confere maior flexibilidade e mesmo simplicidade à definição de que serviços devem ser executados. O upstart não usa o conceito de níveis de execução, mas devido à sua flexibilidade ele pode emular esse estilo de inicialização. Para o upstart, um serviço deve ser iniciado ou parado dependendo de uma combinação de eventos, sendo que um evento indica a ocorrência de uma etapa da inicialização.

O upstart é implementado pelo processo init (programa /sbin/init), que é o primeiro processo criado pelo sistema operacional. Quer dizer, logo após terminar a carga e inicialização do kernel, este cria um processo que executa o programa /sbin/init. O upstart lista o subdiretório /etc/init e procura arquivos com extensão .conf. Cada arquivo desses descreve um serviço a ser controlado pelo upstart. Por exemplo, o serviço tty2 é escrito no arquivo tty2.conf:

# tty2 - getty
#
# This service maintains a getty on tty2 from the point the system is
# started until it is shut down again.

start on runlevel [23]
start on runlevel [!23]

respawn
exec /sbin/getty -8 38400 tty2

Abaixo segue o significado de cada linha:

  • start on runlevel [23]: o serviço deve ser iniciado quando ocorrerem os eventos "runlevel 2" ou "runlevel 3"
  • stop on runlevel [!23]: o serviço deve ser parado quando ocorrer qualquer evento "runlevel X", sendo X diferente de 2 e 3
  • respawn: o serviço deve ser reiniciado automaticamente caso termine de forma anormal
  • exec /sbin/getty -8 38400 tty2: a ativação do serviço implica executar o /sbin/getty -8 38400 tty2

Em linhas gerais, a descrição do serviço informa quando ele deve ser ativado (start), quando deve ser parado (stop), o tipo de execução (respawn para reinício automático, ou task para uma única execução), e que ação deve ser executada para ativar o serviço (exec para executar um programa, ou script .. end script para executar uma sequência de comandos de shell). Maiores detalhes podem ser lidos na página de manual do init.

Um exemplo de criação de serviço no upstart

Atividade

  1. Criar um serviço chamado faxineiro, para remover dos diretórios temporários (/tmp e /var/tmp) todos os arquivos.
  2. Configurar esse novo serviço para executar no boot, logo após o serviço mountall.
  3. Reiniciar o sistema para testá-lo (executar reboot)


Instalação de software

A instalação de software pode ser feita de diversas formas, dentre as quais serão destacadas três:

  1. Com utilitário apt-get: busca o software de um repositório de rede e o instala; dependências (outros softwares necessários) são automaticamente instaladas. Esses softwares buscados da rede estão no formato dpkg (Debian Package). Exemplo de uso do apt-get:
    # Instalar o navegador de texto lynx
    apt-get install lynx
    
    # Testar o navegador lynx
    lynx http://www.ifsc.edu.br/
    
    # Remover o lynx
    apt-get --auto-remove remove lynx
    
  2. Diretamente com utilitário dpkg: instala um software que está contido em um arquivo no formato dpkg. Exemplo de uso:
    # Obtém os pacotes Debian para o lynx
    wget ftp://ftp.cn.debian.org/ubuntu-old-releases/ubuntu/pool/main/l/lynx-cur/lynx_2.8.7pre6-1_all.deb
    wget ftp://mirror.linux.org.au/ubuntu/pool/main/l/lynx-cur/lynx-cur_2.8.7pre6-1_i386.deb
    
    # Instalar os pacotes
    dpkg -i lynx-cur_2.8.7pre6-1_i386.deb lynx_2.8.7pre6-1_all.deb
    
    # Testa o lynx
    lynx
    
    # Remove os pacotes instalados
    dpkg -r lynx lynx-cur
    
  3. A partir do código fonte: busca-se manualmente na rede o código fonte do software desejado, que deve então ser compilado e instalado. Esta opção se aplica quando não existe o software no formato dpkg, ou a versão disponível em formato dpkg foi compilada de uma forma que não atende os requisitos para seu uso em seu servidor.