Mudanças entre as edições de "Discussão:VisualTC - Uma interface gráfica amigável para construção de regras de QoS no Linux"

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==Introdução==
 
  
A motivação inicial por trás da concepção da Internet consistia na troca de dados através de uma rede de computadores. Sua concepção baseada em camadas, como apresentada pelo modelo OSI e os protocolos TCP/IP foram os principais fatores de sucesso para a Internet atual.
 
 
Desde a década de 90 (CLARK; BRADEN; SHENKER, 1994) foi vislumbrado o uso da Internet para transportar conteúdos multimídia, como voz e vídeo, porém a rede não fora projetada para isto e os mecanismos que garantem a robustez e o funcionamento em ambientes de larga escala são os mesmos que impõem dificuldade para o transporte de conteúdos multimídia.
 
 
Pacotes de aplicações multimídia possuem requisitos de entrega diferentes daqueles pacotes de aplicações convencionais. Para uma aplicação multimídia é importante que um pacote chegue no exato momento que esta espera, se chegar atrasado, a informação contida neste não terá mais validade.
 
 
A rede não diferencia pacotes de aplicações convencionais de aplicações multimídia e assim todos os pacotes são tratados da mesma maneira pelos roteadores. Dentro da IETF ''(Internet Engineering Task Force)'' surgiram abordagens (NICHOLS et al., 1998; CLARK; BRADEN; SHENKER, 1994) para permitir à rede entender e diferenciar pacotes com diferentes requisitos de entrega. Ou seja, pacotes de aplicações multimídia terão um tratamento diferenciado e, as vezes priorizado, dos pacotes de aplicações convencionais, princípio este culminando no termo Qualidade de Serviço, em inglês ''Quality of Service'' (QoS).
 
 
Um roteador com QoS, ao receber um pacote, precisa classificá-lo, colocando-o em uma fila específica. Com esta fila, consegue-se ordenar os pacotes que saem, priorizar o seu tráfego, garantir banda, limitar o atraso e a variação deste atraso.
 
 
===Motivação===
 
 
No sistema operacional Linux é possível aplicar políticas de QoS através da ferramenta ''Traffic Control'' (TC). Trata-se de uma ferramenta cuja interação com o usuário se dá através da linha de comando. A ferramenta permite ao usuário indicar diferentes tipos de disciplinas de enfileiramento, construção de classes para agrupar tráfego, política de descarte, etc.
 
 
Apesar de permitir construir regras de QoS simples de maneira rápida, a construção de regras mais elaboradas culmina em uma tarefa árdua para o usuário, uma vez que a sintaxe é complexa e a ferramenta não apresenta um meio para enxergar o todo. Pode-se dizer que a construção de regras com o TC se assemelha a escrita de um algoritmo em uma linguagem de programação, porém sem as facilidades de estruturas de decisão e repetição.
 
 
O ''Traffic Control Next Generation'' (TCNG) surgiu justamente como uma ferramenta de auxílio para a construção de políticas de QoS com o TC. A principal contribuição do TCNG foi a construção de uma gramática, semelhante a uma linguagem de programação estruturada, para agilizar a construção de regras de QoS. O TCNG provê uma camada de abstração entre usuário e TC e permite escrever regras de QoS, que uma vez interpretadas geram linhas de comando específicas para o TC. Porém, ainda assim o usuário precisa escrever algoritmos em uma interface modo texto e o TCNG não melhora a percepção do usuário para o todo de uma política de QoS, se comparado com o TC.
 
 
===Objetivos===
 
 
Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma interface amigável para melhorar a percepção do usuário na criação de políticas de QoS. Dessa forma, o usuário criará suas regras através de uma interface gráfica e o resultado será um ''script'' em TCNG, que uma vez interpretadas geram linhas de comando para o TC. São objetivos específicos:
 
*Estudar o uso das ferramentas TC e TCNG para implementação de QoS no Linux.
 
*Estudar a melhor alternativa para criar uma ferramenta gráfica para o TCNG.
 
*Criar uma interface gráfica amigável para o uso da ferramenta TCNG.
 
 
== Referências Bibliográficas ==
 
 
CLARK, D.; BRADEN, R.; SHENKER, S. ''Integrated services in the internet architecture: an overview''. IETF, 1994. RFC 1633. (Request for Comments, 1633). Disponível em: <www.ietf.org/rfc/rfc1633.txt>.
 
 
NICHOLS, K. et al. ''Definition of the differentiated services field (DS field) in the IPv4 and IPv6 headers''. IETF, 1998. RFC 2474. (Request for Comments, 2474). Disponível em: <www.ietf.org/rfc/rfc2474.txt>.
 

Edição atual tal como às 16h20min de 22 de outubro de 2013