Conversor Analógico Digital - Rampa Dupla

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Principio de Funcionamento

O sinal analógico de entrada Vi é unipolar positivo, podendo variar de 0 Volts até um valor máximo igual ao valor da fonte de referência VRef. A fonte de referencia também é positiva. O sinal de entrada passa por um buffer inversor, fazendo com que o circuito veja Vi negativo, com polaridade oposta a VRef, ao mesmo tempo que provê alta impedância para o sinal a ser convertido. Quando a chave de entrada, eletronicamente controlada, está na posição do sinal a ser medido (convertido), a saída do integrador apresenta uma rampa ascendente, e este intervalo de tempo é chamado integração. Quando a chave é mudada para a posição VRef (que é positiva), a saída do integrador apresenta rampa descendente, e este intervalo de tempo é chamado deintegração. Quando a chave é mudada para a posição VRef (que é positiva), a saída do integrador apresenta rampa descendente, e este intervalo de tempo é chamado deintegração. A inclinação da rampa, em ambos os casos, depende dos valores de R e C (constantes), e da tensão aplicada na entrada do integrador (Vi , que pode variar, e VRef , que é constante). Após receber a solicitação para iniciar uma nova conversão, o controlador digital abre a chave de zeramento (ADZero = “0”), ao mesmo tempo que posiciona a chave eletrônica de entrada (integração/deintegração) na posição Vi, correspondente ao nível “1” do sinal de controle I/D* (Integração/Deintegração). O controlador conta um intervalo de tempo fixo, correspondendo ao tempo de integração, que é o tempo para o contador atingir seu máximo valor (no clock seguinte voltará a zero). Atingido este tempo fixo, a chave é mudada para a posição VRef (I/D* = “0”), começando o tempo de deintegração, a partir do qual o controlador inicia (desde zero) uma nova contagem crescente. Imediatamente, o controlador passa a monitorar o sinal de saída do comparador (Conv), cuja saída é TTL compatível, e o controlador continua contando até que Conv transite para o nível alto (indicando que a saída em rampa descendente do integrador cruzou o zero). O valor da contagem é diretamente proporcional, em forma digital, ao valor da tensão de entrada.

Características

  • É um conversor lento com alta resolução (1ms 20 bit)
  • Composto por integrador de Miller, comparador de tensão, contador e

lógica de controlo

  • Durante tempo fixo t1 integra-se VA (1ªrampa)
  • Determina-se o tempo t2 que leva a repor o integrador a 0 (2ªrampa)
  • Comparador pára contador
  • Conversor insensível à tolerância de R e de C e à frequência

do relógio esuas variações

  • Na prática utilizam-se + 2 rampas, uma para inicializar o

condensador e outra para armazenar erros de desvio dos amp. ops.

  • Esse conversor é baseado na mesma topologia do conversor de rampa simples, ele permite eliminar a depedência da conversão com a frequência de clock e com o capacitor de integração.
  • Esse conversor é muito popular pelos seus baixo offset e erro de ganho,e elevada linearidade.
  • Exige circuito de baixa complexidade.
  • É vocacionado para sinais bastante lentos sendo adequado para aparelhos de medida (corrente e tensão).
  • É de baixo custos, boa resolução, baixa taxa de conversão.
  • Os erros de offset podem ser compensados recorrendo-se a um conversor de quadrupa rampa.Uma conversão faz-se com Vin=0 (amostrar o offset).A segunda conversão corresponde a Vin. O valor final será este subtráido do primeiro.
  • Esses conversores de rampa dupla como ja foi citado sao muitos lentos.No pior casos Tt=T1 / T1=T2=2n+1 TCK.

Exemplo (1) de circuitos de conversores rampa-dupla

  • Funcionamento:
  • Os conversor A/D de integração usam um integrador para converter o valor da tensão a converter num intervalo de tempo, que é medido com simples técnicas digitais. Existem vários circuitos que usam integradores, uns mais simples mas com mais erros, outros mais complexos, como o de quádrupla rampa, que reduz ainda mais alguns erros que o de dupla rampa.
  • O circuito da figura é um esquema simplificado de um conversor A/D de dupla rampa.





  • O comutador electrónico à esquerda selecciona alternadamente a tensão de entrada Va e uma tensão de referência Vref sob controlo do circuito lógico à direita. Este circuito lógico contém um contador de n bits. No início da conversão, o contador de n bits está a zero, e o condensador C está descarregado. A tensão de saída do integrador Vi é zero. O comutador está ligado à tensão analógica de entrada Va, que vamos supor constante e positiva. A partir deste instante inicial, a tensão Vi vai crescer negativamente, com um declive constante, como indica o gráfico abaixo, enquanto o contador conta os impulso do relógio do sistema.





  • Quando o contador chegar ao valor da máxima contagem, ao fim do tempo T=2n.Trel, em que Trel é o período do relógio do sistema, o comutador selecciona a tensão de referência Vref. Esta tem um valor de sinal oposto ao da tensão de entrada, pelo que a tensão de saída do integrador é uma rampa, com uma inclinação positiva. Quando a tensão de saída do integrador atinge o valor zero, a saída do comparador muda de estado e sinaliza ao circuito lógico que para o contador. O valor do contador é uma medida do tempo desta segunda integração, Δt1=NTrel, em que N é o valor do contador. Se a tensão de entrada for maior, a derivada da tensão Vi durante a primeira integração seria maior e o tempo da segunda integração seria por exemplo Δt2, como representado no gráfico.
  • Sendo Va constante, a corrente de carregamento do condensador C é Va/R e a carga acumulada em C ao fim do tempo T é VaT/R. Esta carga será removida durante a segunda fase da integração, em que a corrente é (-Vref)/R, e a carga é removida durante o tempo Δt1.A igualdade das cargas é então:



  • O valor de Va é então dado por:



  • O intervalo de tempo Δt1 é medido pelo contador. Como este tem uma resolução de n bits, o valor da contagem N do contador quando este é parado ao fim da segunda integração é:



  • Nesta equação, o operador Int extrai o maior inteiro presente na quantidade entre os parênteses rectos. Ou seja, quando o contador é parado, o valor da contagem é o maior número de ciclos do relógio completos que cabem no intervalo Δt1. Podemos exprimir isto de outra maneira dizendo que (N.Trel) ≤ Δt1 < (N+1)Trel. Substituindo na equação para Va acima, e fazendo T=2nTrel, obtém-se o intervalo de quantização no qual está localizado o valor da tensão analógica a converter:



  • Como o quociente Vref/2n é o quantum Q, podemos concluir que o resultado N da conversão é tal que:



  • Isto é equivalente a escrever que N = Int [Va/Q]. Note-se que a característica de conversão resultante não é exactamente idêntica à característica teórica, uma vez que a primeira transição, da contagem N=0 para a contagem N=1, se dá quando Va=Q, e todas as outras transições entre contagens depois em múltiplos inteiros de Q. Teoricamente a primeira transição deveria ser para Va=Q/2, e as seguintes para múltiplos ímpares de Q/2, ou seja deveria ser N = Int [(Va/Q)+0,5]. Para se obter a característica teórica tem que começar a conversão desfasada meio período de relógio da contagem.

Vantagens do circuito (1) conversor rampa-dupla

  • Uma das vantagens deste conversor é o não necessitar que a tensão de entrada seja fixada durante a conversão. O facto de a tensão de entrada ser integrada contribui mesmo para diminuir a influência de ruído sobreposto à tensão que se deseja converter. O ruído que tenha um período que seja um sub-múltiplo do valor do intervalo de integração T é mesmo totalmente eliminado, pelo que o valor de T é geralmente escolhido de modo a eliminar ruído à frequência da rede de distribuição de energia. Por exemplo, fazendo T=100ms, consegue-se eliminar ruído a 50 Hz e também a 60 Hz, que é a frequência a rede em alguns países.

Exemplo (2) de circuitos de conversores de rampa-dupla

*vantagens do circuito (2) de conversores rampa-dupla.
  • precisão dependente de Vref.
  • Esse circuito é capaz de operar com 12 Bits (3 digitos BCD).
  • Ele tem rejeição ao ruido.
*Desvantagens desse circuito é:
  • Tempo de conversão ainda muito grande (-10ms) ou mais.
*Aplicações principais:
  • multimetros digitais e outros medidores comerciais.

Exemplo (3) de conversor rampa-dupla

  • CONVERSOR A/D RAMPA DUPLA TIPO INTEGRADOR.

No início a chave S0 é ativada para descarregar o capacitor e a chave S1 está na posição para ler a entrada analógica (Ve), que por sua vez, é cone ctada a entrada inversora do integrador por um intervalo de tempo fixo (T1), determinado pelo tempo necessário para o contador ser totalmente preenchido por 1's. Durante este intervalo o capacitor é carregado e o integrad or produz uma rampa linear decrescente em sua saída. A voltagem final da rampa é da por:


ou, assumindo uma entrada constante:



Imediatamente após a última contagem (final de T1), o contador é zerado e gera um pulso de "overflow". A lógica de controle recebendo este sinal, paralisa a contagem e muda a chave S1 para que o integrador receba em sua entrada inversora uma voltagem de referência negativa fixa. O integrador reage à entrada, descarregando o capacitor, e fornecendo uma rampa linear crescente em sua saída, durante um intervalo de tempo T2. Durante T2, os pulsos do relógio são contados, produzindo um total proporcional a voltagem analógica apresentada na entrada do circuito. Ao final de T2 a voltagem da rampa é zero. Neste ponto ainda, o comparador detector de zero, ativa a lógica de controle que por sua vez, encerra a conversão e Ao final de T2 a voltagem da rampa é zero. Neste ponto ainda, o comparador detector de zero, ativa a lógica de controle que por sua vez, encerra a conversão e avisa o bloco contador para transfer ir a contagem para um registrador de saída, podendo começar um novo ciclo de medida. A voltagem na saída do integrador sendo zero e igual a V, T2 pode ser calculado como:

Note que a relação entre T2 e Ve , é influenciada apenas por Vref e T1. Um exemplo Conversor A/D rampa dupla tipo integrador segue abaixo.








Gráfico da saída do integrador:






Os dispositivos conversores comerciais são providos de uma maior sofisticação que o apresentado neste texto. A maioria deles são projetados para operação bipolar, detectando e indicando digitalm ente a polaridade da entrada. Quando uma entrada analógica negativa é detectada, a polaridade da voltagem de referência, a saída do comparador e a polaridade da linha de saída são invertidas. Possuem também uma circuitaria mais sofisticada no caso do zeramento automático. A taxa de conversão depende diretamente da velocidade de oscilação do relógio ("clock") e da resolução desejada. Uma velocidade normal seria de uma conversão completa por segundo. Um acr& eacute;scimo na resolução requer simplesmente que o contador e o "latch" sejam acrescidos em seu módulo. A técnica utilizada por este conversor possibilita maior imunidade a ruídos e também a minimização dos erros.