Ética e Engenharia

De MediaWiki do Campus São José
Revisão de 16h03min de 17 de dezembro de 2012 por Moecke (discussão | contribs) (Criou página com '=ÉTICA E MORAL= Palestrante profa. Karine [[Media:Etica&Moral_Karine.pdf |ÉTICA E MORAL]] Muitas vezes utiliza-se esses termos como sinônimos. Mas há diferenças entre ele...')
(dif) ← Edição anterior | Revisão atual (dif) | Versão posterior → (dif)
Ir para navegação Ir para pesquisar

ÉTICA E MORAL

Palestrante profa. Karine ÉTICA E MORAL

Muitas vezes utiliza-se esses termos como sinônimos. Mas há diferenças entre eles, embora se relacionem estreitamente.

MORAL é um conjunto de normas que regulam o comportamento dos seres humanos em sociedade. As normas são adquiridas pela educação, pela tradição, pelos costumes, pela experiência etc. 

MORAL tem sua origem no latim, vem de “mores”, significando costumes.

ÉTICA é conjunto de valores que orientam o comportamento dos seres humanos em relação aos outros seres humanos na sociedade, garantindo, assim, o bem-estar social.

A ÉTICA ou FILOSOFIA POLÍTICA nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Então, além das questões sobre costumes, também busca-se através da ÉTICA, compreender o caráter de cada pessoa.

ÉTICA vem do grego “ethos” que possui dois significados: costume e caráter.

A ÉTICA exprime a maneira como cada CULTURA e uma SOCIEDADE definem para si mesmas o que julgam ser o mal e o vício, a violência e o crime e, como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude.

A VIRTUDE é a excelência, a realização perfeita de um modo de sentir e agir.

Toda ÉTICA é UNIVERSAL do ponto de vista da SOCIEDADE que a institui, é UNIVERSAL porque seus VALORES são obrigatórios para todos os seus membros.

MORAL É A PRÁTICA.

ÉTICA É O PRINCÍPIO QUE ORIENTA A PRÁTICA.

A MORAL e a ÉTICA são criações históricas e culturais, ou seja, não são naturais, são criações sociais.

Elas se referem a VALORES estabelecidos por cada sociedade em um determinado tempo e condição histórica.

A MORAL e a ÉTICA variam de acordo com cada sociedade e segundo a época em que são estabelecidas. Elas variam de acordo com os contextos social, histórico e cultural.

A maneira como avaliamos a nossa situação na sociedade e a de nossos semelhantes pode ser designada como SENSO MORAL. Essa avaliação está relacionada à ideia de CERTO e ERRADO.

Há também a CONSICÊNCIA MORAL, que não se limita aos sentimentos, mas que se refere a avaliações de conduta que levam as pessoas a tomar determinadas decisões.

O SENSO MORAL e a CONSCIÊNCIA MORAL dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos ao BEM e ao MAL.

Eles são constituintes da existência INTERSUBJETIVA, ou seja, dependem das relações com outros sujeitos.

Uma das ideias centrais quando se estuda a histórias das ideias éticas é a questão da VIOLÊNCIA.

As sociedades não definem a violência da mesma forma, mas apesar das diferenças certos aspectos da violência são percebidos da mesma forma em diferentes culturas e sociedades.

A VIOLÊNCIA é o exercício da força física e da coação psíquica para obrigar alguém a fazer alguma coisa contrária aos seus interesses e desejos.


Por que é importante essa relação entre ÉTICA e VIOLÊNCIA?

Porque quando uma cultura e um sociedade definem o que entendem por mal, crime e vício, definem portanto aquilo que julgam VIOLÊNCIA contra um indivíduo ou um grupo.

Da mesma forma que definem aquilo que consideram negativo, escolhem os valores positivos: o bem, o mérito e a virtude, com barreiras éticas contra a violência.

A ÉTICA e a MORAL são realizadas pelas pessoas nas sociedades, ou seja, dependem de um SUJEITO ÉTICO ou MORAL, da PESSOA MORAL.


A PESSOA MORAL só vai existir se preencher as seguintes condições:

  • Ser consciente de si e dos outros: deve reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si.
  • Ser dotado de vontade, ou seja, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências e sentimentos.
  • Ser responsável, reconhecer-se como autor da ação. Ser capaz de avaliar seus efeitos e consequências para si e para os outros.
  • Ser livre, isto é, não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, querer e fazer alguma coisa.

Adaptação de textos retirados do Livro: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ática: São Paulo, 2012.

Prática da Ética: a Moral

Palestrante Prof. Romoaldo Siggelkow

Folha em Branco

Max Gehringer é administrador de empresas e autor de diversos livros sobre carreira e gestão empresarial. Em texto publicado na revista Exame de 2002, ele conta:

Certa vez fiz o vestibular de uma faculdade de propaganda. Um dos itens era "redação livre", para a qual havia apenas um tema em comum a todos os estudantes. E o tema era: "Descreva o que você vê na folha anexa".  Só que a tal folha anexa, uma página de papel comum, estava em branco. A maioria, incluindo eu, virou a folha para ver se havia algo no verso. Não havia. E lá no fundo um apressadinho levantou a mão e chamou a atenção do professor: -Mestre, a folha está em branco.

O mestre só olhou por cima dos óculos, com aquele ar de reprovação. E aí todo mundo entendeu: O que era possível enxergar numa folha em branco?

Quando as notas saíram, curioso, fui perguntar ao mestre qual o critério de avaliação. E ele me disse: – Quanto mais surpreendente a resposta, melhor a nota.

A resposta mais comum foi "Nada" e mereceu nota 4. Foram apenas duas notas 8 e uma delas até hoje mexe comigo. Alguém escreveu: – Vejo uma oportunidade!

FONTE: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0765/noticias/folha-em-branco-m0042371

Prática da Ética

Ética
é o conjunto de valores que uma pessoa tem pelo qual avalia opções e toma decisões. Todos têm uma ética, seja qual for, e são influenciados, conscientemente ou não, pelo que acreditam ser certo ou errado.
Ética vem da palavra grega ethikh
que significa um hábito, costume ou rito. O amor é a chave para se evitar o moralismo e agir sobre bases morais e éticas cristãs.
Ética é isto
a coerência entre o meio e o fim. Ser ético, então, para o cristão/cidadão, é ser coerente com a história, em meio à sociedade, com a complexidade de sua natureza e finalidade. (Ariovaldo Ramos)
Subentende-se que um Estado laico é, por definição, destituído de conteúdo ético-moral, que fica, portanto, por conta da população religiosa que intenta impor aos demais suas posturas nesse quesito. É fato que o Estado é regido por leis.
Rubem Alves disse que “cultura é um jeito particular de ser gente”. Logo, a cultura é produto de senso coletivo.
“O limite da felicidade é o direito dos outros”.
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”. (Dalai Lama)
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...”. (Rui Barbosa)
Declaration of the Rights of Man and of the Citizen in 1789.jpg
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.

Ética Profissional

DOS PRINCÍPIOS ÉTICOS.

Art. 8o A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o profissional deve pautar sua conduta:

Do objetivo da profissão

I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores;

Da natureza da profissão

II – A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem;

Da honradez da profissão

III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e cidadã;

Da eficácia profissional

IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando a segurança nos seus procedimentos;

Do relacionamento profissional

V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição;

Da intervenção profissional sobre o meio

VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído e da incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores;

Da liberdade e segurança profissionais

VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua prática de interesse coletivo.

FONTE: RESOLUÇÃO Nº 1.002 , DE 26 DE NOVEMBRO DE 2002

Links auxiliares