Mudanças entre as edições de "Projeto Implementação do protocolo HMIPv6 baseando-se no código aberto MIPv6"

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=Implementação do protocolo HMIPv6 baseando-se no código aberto MIPv6=
 
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A mobilidade em redes IP é ainda objeto de pesquisa na comunidade científica. Quando um terminal móvel muda de subrede, ele recebe um novo endereçamento IP que pode causar sérios efeitos colaterais em conexões TCP e mesmo em comunicações com o UDP. Uma das propostas de solução para este problema é o protocolo IPv6 Móvel da IETF [RFC3775, 2004].
  
==Descrição do Projeto==
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O protocolo IPv6 Móvel (MIPv6) permite a mobilidade na internet, que um terminal móvel migre da sua rede de origem (home network), para outras redes (foreign networks) e continuem se comunicando com outros terminais de maneira transparente as camadas superiores a IP.
A mobilidade em redes IP é ainda objeto de pesquisa na comunidade científica. Quando um terminal móvel muda de subrede, ele recebe um novo endereçamento IP que pode causar sérios efeitos colaterais em conexões TCP e mesmo em comunicações com o UDP. Uma das propostas de solução para este problema é o protocolo IPv6 Móvel da IETF [[http://www.ietf.org/rfc/rfc3775.txt RFC3775], 2004].
 
  
O protocolo IPv6 Móvel (MIPv6) permite a mobilidade na internet, que um terminal móvel migre da sua rede de origem (home network), para outras redes (foreign networks) e continuem se comunicando com outros terminais.
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No MIPv6 cada nó em sua rede de origem é identificado por um endereço estático, independente do seu ponto de acesso á internet o ''"home address"'' e recebe diretamente todos os pacotes destinados a ele da forma convencional de roteamento na internet.
  
O protocolo IPv6 Móvel possui alguns problemas de desempenho no que diz respeito à mobilidade localizada (micromobilidade) em uma rede visitada. Enquanto estiver em uma região de micromobilidade, um nó móvel está sempre atualizando sua localização, a mudança freqüente gera muito tráfego com sinalizações e numa rede com um grande número de unidades móveis, a tendência é a queda na qualidade de serviço e aumento do delay na entrega dos pacotes.
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Quando o dispositivo se move para uma rede externa ele adquire um novo endereço o ''"care-of-address"''. O nó pode adquirir o ''"care-of-address"'' por ''"stateless autoconfiguration"'' ou ''"stateful autoconfiguration"''. O nó móvel então informa ao seu ''"home agent"'', um roteador da sua rede de origem, o seu novo endereço. A partir de então todos os pacotes com destino ao ''"home address"'' são interceptados pelo ''"home agent"'' e redirecionados via tunneling ao ''"care-of-address"''.
  
Para solucionar os problemas do MIPv6 foi proposto o IP Móvel Hierárquico (HMIPv6), onde a mobilidade global (inter-site) e a mobilidade local (intra-site) são tratadas de formas distintas. A principal mudança foi à introdução de um novo agente, o “Mobility Anchor Point” (MAP), que é um roteador que gerencia a mobilidade para minimizar o tempo de latência entre os “handoffs” e perda de pacotes.
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O protocolo IPv6 Móvel possui alguns problemas de desempenho no que diz respeito à mobilidade localizada (micromobilidade) em uma rede visitada. Enquanto estiver em uma região de micromobilidade, um nó móvel está sempre atualizando sua localização, o que acarreta vários problemas tais como: tempo na detecção do movimento, tempo de configuração do endereço na nova rede, tempo de atualização da nova localização junto ao ''"home agent"'', além do que, pacotes enviados ao ''"care-of-address"'' antigo são perdidos. A mudança freqüente gera muito tráfego com sinalizações e numa rede com excessivo número de unidades móveis, a tendência é a queda na qualidade de serviço e aumento do delay na entrega dos pacotes.
  
Atualmente não existe uma implementação recente do HMIPv6 embora exista uma versão estável do MIPv6. Este trabalho pretende desenvolver uma versão do HMIPv6 estendendo o MIPL (versão estável do MIPv6) sobre máquinas virtuais Linux.
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Para solucionar os problemas do MIPv6 foi proposto o IP Móvel Hierárquico (HMIPv6), onde a mobilidade global (inter-site) e a mobilidade local (intra-site) são tratadas de formas distintas. A principal mudança foi à introdução de um novo agente, o ''"Mobility Anchor Point"'' (MAP), que é um roteador que gerencia a mobilidade para minimizar o tempo de latência entre os ''"handoffs"'' e perda de pacotes.
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Atualmente não existe uma implementação recente do HMIPv6 embora exista uma versão estável do MIPv6. O presente trabalho se enquadra dentro do contexto apresentado.
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== Objetivos ==
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Desenvolver uma versão do HMIPv6 estendendo o MIPL (versão estável do MIPv6) sobre máquinas virtuais Linux envolvendo:
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*A criação de um agente MAP, centralizador de registros na rede visitada;
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*A modificação da camada IP dos terminais móveis;
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*A modificação do agente emissor de ''"router advertisements"'';
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== Etapas de Desenvolvimento ==
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*Estudo bibliográfico sobre MIPv6 e HMIPv6.
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*[[Implantação e testes do MIPv6 sobre máquinas virtuais e documentação dos procedimentos envolvidos.]]
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*Reengenharia (construção de diagramas de classe e seqüência) do código MIPv6.
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*Projeto de adequação do MIPv6 ao HMIPv6.
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*Implementação e testes de desempenho.
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*Escrita do trabalho final.
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== Referências ==
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[1] D. Johnson, C. Perkins, and J. Arkko, "Mobility Support in IPv6", RFC3775, Internet Engineering Task Force, June 2004.
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[2] H. Soliman, C. Castelluccia, K. El Malki and L. Bellier, “Hierarchical Mobile IPv6 Mobility Management”, RFC4140, Internet Engineering Task Force, August 2005.
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[3] Claude Castellucia, “HMIPv6: A Hierarchical Mobile Ipv6 Proposal”, Mobile Computing and Communications Review, Volume 4, Number 1, 2000.
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[4] R. S. Koodli and C. Perkins, “Mobile Inter-networking with IPv6: Concepts, Principles and Practices”, Wiley, 2007.

Edição atual tal como às 16h01min de 30 de janeiro de 2008

Implementação do protocolo HMIPv6 baseando-se no código aberto MIPv6

A mobilidade em redes IP é ainda objeto de pesquisa na comunidade científica. Quando um terminal móvel muda de subrede, ele recebe um novo endereçamento IP que pode causar sérios efeitos colaterais em conexões TCP e mesmo em comunicações com o UDP. Uma das propostas de solução para este problema é o protocolo IPv6 Móvel da IETF [RFC3775, 2004].

O protocolo IPv6 Móvel (MIPv6) permite a mobilidade na internet, que um terminal móvel migre da sua rede de origem (home network), para outras redes (foreign networks) e continuem se comunicando com outros terminais de maneira transparente as camadas superiores a IP.

No MIPv6 cada nó em sua rede de origem é identificado por um endereço estático, independente do seu ponto de acesso á internet o "home address" e recebe diretamente todos os pacotes destinados a ele da forma convencional de roteamento na internet.

Quando o dispositivo se move para uma rede externa ele adquire um novo endereço o "care-of-address". O nó pode adquirir o "care-of-address" por "stateless autoconfiguration" ou "stateful autoconfiguration". O nó móvel então informa ao seu "home agent", um roteador da sua rede de origem, o seu novo endereço. A partir de então todos os pacotes com destino ao "home address" são interceptados pelo "home agent" e redirecionados via tunneling ao "care-of-address".

O protocolo IPv6 Móvel possui alguns problemas de desempenho no que diz respeito à mobilidade localizada (micromobilidade) em uma rede visitada. Enquanto estiver em uma região de micromobilidade, um nó móvel está sempre atualizando sua localização, o que acarreta vários problemas tais como: tempo na detecção do movimento, tempo de configuração do endereço na nova rede, tempo de atualização da nova localização junto ao "home agent", além do que, pacotes enviados ao "care-of-address" antigo são perdidos. A mudança freqüente gera muito tráfego com sinalizações e numa rede com excessivo número de unidades móveis, a tendência é a queda na qualidade de serviço e aumento do delay na entrega dos pacotes.

Para solucionar os problemas do MIPv6 foi proposto o IP Móvel Hierárquico (HMIPv6), onde a mobilidade global (inter-site) e a mobilidade local (intra-site) são tratadas de formas distintas. A principal mudança foi à introdução de um novo agente, o "Mobility Anchor Point" (MAP), que é um roteador que gerencia a mobilidade para minimizar o tempo de latência entre os "handoffs" e perda de pacotes.

Atualmente não existe uma implementação recente do HMIPv6 embora exista uma versão estável do MIPv6. O presente trabalho se enquadra dentro do contexto apresentado.

Objetivos

Desenvolver uma versão do HMIPv6 estendendo o MIPL (versão estável do MIPv6) sobre máquinas virtuais Linux envolvendo:

  • A criação de um agente MAP, centralizador de registros na rede visitada;
  • A modificação da camada IP dos terminais móveis;
  • A modificação do agente emissor de "router advertisements";

Etapas de Desenvolvimento

Referências

[1] D. Johnson, C. Perkins, and J. Arkko, "Mobility Support in IPv6", RFC3775, Internet Engineering Task Force, June 2004.

[2] H. Soliman, C. Castelluccia, K. El Malki and L. Bellier, “Hierarchical Mobile IPv6 Mobility Management”, RFC4140, Internet Engineering Task Force, August 2005.

[3] Claude Castellucia, “HMIPv6: A Hierarchical Mobile Ipv6 Proposal”, Mobile Computing and Communications Review, Volume 4, Number 1, 2000.

[4] R. S. Koodli and C. Perkins, “Mobile Inter-networking with IPv6: Concepts, Principles and Practices”, Wiley, 2007.