Mudanças entre as edições de "Processamento de sinais aplicado à eletroencefalograma"

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O eletroencefalograma ajuda na detecção de algumas doenças neurológicas, entre elas a epilepsia. Por causa dela, alguns neurônios geram descargas de sinais que não aconteceriam nomalmente, como o cérebro é baseado em transmissões de sinais elétricos, no momento de uma crise o paciente perde o controle do corpo por instantes. É uma doença relativamente comum mas não muito conhecida e pode ser hereditária ou adquirida por algum evento ao longo da vida (acidentes no crânio ou anomalias metabólicas), há vários remédios para controle que não são eficazes para qualquer paciente. Uma vez controlada, a epilepsia não atrapalha a vida social ou profissional do portador.
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O eletroencefalograma ajuda na detecção de algumas doenças neurológicas, entre elas a epilepsia. Para isso são colocados eletrodos no couro cabeludo do paciente que fica deitado em um ambiente escuro durante a realização do exame, para determinados diagnósticos a pessoa é observada em sono, vigília, bloqueio visual, foto-estímulo (luzes fortes piscando em frente ao paciente) e hiperpneia (respiração acelerada). Esses eletrodos ligados ao eletroencefalógrafo captam sinais enviados pelo cérebro nessas situações e o médico determina se o cérbro agiu normalmente durante os diferentes estímulos. Na epilepsia, alguns neurônios geram descargas de sinais que não aconteceriam nomalmente, como o cérebro é baseado em transmissões de sinais elétricos, no momento de uma crise o paciente perde o controle do corpo por instantes. É uma doença relativamente comum mas não muito conhecida e pode ser hereditária ou adquirida por algum evento ao longo da vida (acidentes no crânio ou anomalias metabólicas). Há vários remédios para controle que não são eficazes para qualquer paciente, o neurologista precisa verificar qual é mais indicado para cada um e qual a quantidade ideal para controlar as crises, algumas vezes consegue-se apenas diminuir a frequência das convulsões. Uma vez controlada, a epilepsia não atrapalha a vida social ou profissional do portador.
  
No entanto, ainda é necessário que médicos especialistas analisem manualmente o eletroencefalograma para tirar suas conclusões que, algumas vezes, divergem de um para outro. João Artur de Souza desenvolveu um método de reconhecimento de padrões, chamado indexação recursiva, que aplica ao estagiamento do sono. Esse método utiliza o processo de recursão de uma função matemática para resumir em apenas um número a informação de um determinado padrão.
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Este trabalho aplicará o método da indexação recursiva na detecção de crises epilépticas com base nos sinais do eletroencefalograma.
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No entanto, ainda é necessário que médicos especialistas analisem manualmente o eletroencefalograma para tirar suas conclusões que, algumas vezes, divergem de um para outro. João Artur de Souza [1] desenvolveu um método de reconhecimento de padrões, chamado indexação recursiva, que aplica ao estagiamento do sono. Esse método utiliza o processo de recursão de uma função matemática para resumir em apenas um número a informação de um determinado padrão.
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Várias técnicas de reconhecimento de padrões têm sido utilizadas para a detecção da epilepsia em sinais de eletroencefalograma. Fábio José Parreira [2] em seu trabalho indica algumas delas.
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Reconhecimento de sinais baseando-se em wavelets e redes neurais –''' São extraídas as características do sinal utilizando-se a transformada wavelet discreta (DWT) juntamente com o teorema de Parseval, depois disso é utlilizada a rede neural probabilística (PNN) para classificar as características e identificar o distúrbio. A DWT decompõe o sinal original em 13 sinais e de cada um deles são retiradas duas características (a energia e a duração do transiente). Analizados em níveis, a DWT mostrará grandes alterações na ocorrência de frequências extremas, assim torna-se possível utilizar a PNN para reconhecer e classificar os sinais.
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Redes neurais com entradas parametrizadas –''' São extraídas características em cada trecho do sinal a fim de captar informações úteis para a representação do evento, dentre essas características estão amplitude, duração do evento, ângulo de vértice e estatísticas. Assim sendo, 45 características foram reconhecidas para ajudar na detecção dos eventos epileptogênicos. Para o reconhecimento é utilizada a topologia feedforward e é necessário que o número de neurônios na entrada seja igual ao número de parâmetros.
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Detecção automática de eventos epilépticos –''' São utilizados vários métodos de processamento de sinais com vários estágios, sendo eles filtro adaptativo integrado, transformada wavelet, rede neural artificial (ANN) e sistema especialista. Para a detecção das características, foi utilizada a transformada wavelet, decompondo o sinal em várias escalas, o que facilita a análise e retira os sinais que estão presentes em poucas escalas e não aparecem nos sinais com características epileptiformes. Para o reconhecimento são utilizadas três redes neurais MLP que detectam ondas agudas e ondas lentas. Cada uma das redes utilizadas tem um número diferente de entradas e somente uma saída cujo número um representa a aproximação de um sinal epileptiforme e número zero representa o contrário.
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Este trabalho aplicará o método da indexação recursiva na detecção de crises epilépticas com base nos sinais do eletroencefalograma, e seu desempenho será comparado ao de outras técnicas de reconhecimento de padrões já utilizados para este fim.
  
 
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Edição das 10h24min de 26 de fevereiro de 2013

Resumo Extendido

O eletroencefalograma ajuda na detecção de algumas doenças neurológicas, entre elas a epilepsia. Para isso são colocados eletrodos no couro cabeludo do paciente que fica deitado em um ambiente escuro durante a realização do exame, para determinados diagnósticos a pessoa é observada em sono, vigília, bloqueio visual, foto-estímulo (luzes fortes piscando em frente ao paciente) e hiperpneia (respiração acelerada). Esses eletrodos ligados ao eletroencefalógrafo captam sinais enviados pelo cérebro nessas situações e o médico determina se o cérbro agiu normalmente durante os diferentes estímulos. Na epilepsia, alguns neurônios geram descargas de sinais que não aconteceriam nomalmente, como o cérebro é baseado em transmissões de sinais elétricos, no momento de uma crise o paciente perde o controle do corpo por instantes. É uma doença relativamente comum mas não muito conhecida e pode ser hereditária ou adquirida por algum evento ao longo da vida (acidentes no crânio ou anomalias metabólicas). Há vários remédios para controle que não são eficazes para qualquer paciente, o neurologista precisa verificar qual é mais indicado para cada um e qual a quantidade ideal para controlar as crises, algumas vezes consegue-se apenas diminuir a frequência das convulsões. Uma vez controlada, a epilepsia não atrapalha a vida social ou profissional do portador.

Eletroencefalograma.jpg

No entanto, ainda é necessário que médicos especialistas analisem manualmente o eletroencefalograma para tirar suas conclusões que, algumas vezes, divergem de um para outro. João Artur de Souza [1] desenvolveu um método de reconhecimento de padrões, chamado indexação recursiva, que aplica ao estagiamento do sono. Esse método utiliza o processo de recursão de uma função matemática para resumir em apenas um número a informação de um determinado padrão.

Várias técnicas de reconhecimento de padrões têm sido utilizadas para a detecção da epilepsia em sinais de eletroencefalograma. Fábio José Parreira [2] em seu trabalho indica algumas delas. Reconhecimento de sinais baseando-se em wavelets e redes neurais – São extraídas as características do sinal utilizando-se a transformada wavelet discreta (DWT) juntamente com o teorema de Parseval, depois disso é utlilizada a rede neural probabilística (PNN) para classificar as características e identificar o distúrbio. A DWT decompõe o sinal original em 13 sinais e de cada um deles são retiradas duas características (a energia e a duração do transiente). Analizados em níveis, a DWT mostrará grandes alterações na ocorrência de frequências extremas, assim torna-se possível utilizar a PNN para reconhecer e classificar os sinais. Redes neurais com entradas parametrizadas – São extraídas características em cada trecho do sinal a fim de captar informações úteis para a representação do evento, dentre essas características estão amplitude, duração do evento, ângulo de vértice e estatísticas. Assim sendo, 45 características foram reconhecidas para ajudar na detecção dos eventos epileptogênicos. Para o reconhecimento é utilizada a topologia feedforward e é necessário que o número de neurônios na entrada seja igual ao número de parâmetros.


Detecção automática de eventos epilépticos – São utilizados vários métodos de processamento de sinais com vários estágios, sendo eles filtro adaptativo integrado, transformada wavelet, rede neural artificial (ANN) e sistema especialista. Para a detecção das características, foi utilizada a transformada wavelet, decompondo o sinal em várias escalas, o que facilita a análise e retira os sinais que estão presentes em poucas escalas e não aparecem nos sinais com características epileptiformes. Para o reconhecimento são utilizadas três redes neurais MLP que detectam ondas agudas e ondas lentas. Cada uma das redes utilizadas tem um número diferente de entradas e somente uma saída cujo número um representa a aproximação de um sinal epileptiforme e número zero representa o contrário.

Este trabalho aplicará o método da indexação recursiva na detecção de crises epilépticas com base nos sinais do eletroencefalograma, e seu desempenho será comparado ao de outras técnicas de reconhecimento de padrões já utilizados para este fim.

Bibliografia

PARREIRA, Fábio José. Detecção de Crises Epilépticas a Partir de Sinais Eletroencefalográficos. Uberlândia, 2006.

SOUZA,João Artur de. Reconhecimento de Padrões Usando Indexação Recursiva.Florianópolis,1999.