https://wiki.sj.ifsc.edu.br/api.php?action=feedcontributions&user=Vinicius.b&feedformat=atomMediaWiki do Campus São José - Contribuições do(a) usuário(a) [pt-br]2024-03-28T23:39:09ZContribuições do(a) usuário(a)MediaWiki 1.35.9https://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=DLP1-EngTel_(p%C3%A1gina)&diff=97125DLP1-EngTel (página)2015-11-17T12:02:02Z<p>Vinicius.b: /* ARTIGOS ENTREGUES */</p>
<hr />
<div>{{DivulgueEngtelecom}}<br />
*Link curto http://bit.ly/IFSC-DLP29006<br />
*[[DLP1-EngTel|Carga horária, Ementas, Bibliografia, Professores]]<br />
*[[Cronograma de atividades (DLP1-EngTel) | Cronograma de atividades ]]<br />
*[[DLP1-EngTel (Plano de Ensino) | Plano de Ensino]]<br />
<br />
==Registro on-line das aulas==<br />
===Unidade 1===<br />
;Aula 1 (29 Jul):<br />
*[[DLP1-EngTel (Plano de Ensino) | Apresentação da disciplina]]<br />
#Dispositivos lógicos programáveis.<br />
#Bases da linguagem VHDL.<br />
#Tipos de dados, libraries, conversão de tipos, operadores, atributos.<br />
#Código VHDL concorrente e sequencial.<br />
#Projeto hierárquico. <br />
#Simulação e Testbench <br />
#Maquina de estado finita (FSM).<br />
#Projeto Final de circuitos lógicos.<br />
#Avaliações.<br />
<br />
<blockquote style="background: yellow; border: 1px solid black; padding: 1em;"><br />
;Suspensão do calendário acadêmico pela direção do Campus [http://www.sj.ifsc.edu.br/index.php/component/content/article/776-2015-07-29-20-27-02 de 30 de Julho] [http://www.sj.ifsc.edu.br/index.php/component/content/article/779-retorno-das-aulas a 1 de Outubro];<br />
</blockquote><br />
<br />
;Aula 2 (2 Out)<br />
*Introdução aos dispositivos lógicos programáveis:<br />
:* Conceito, tipos de PLDs <br />
:* SPLD: PAL, PLA e GAL<br />
:* CPLDs<br />
::Ver pag. 413 a 422 de <ref name="PEDRONI2010a"> PEDRONI, Volnei A. Eletrônica digital moderna e VHDL; 1ª ed. Rio de Janeiro:Elsevier, 2010. 619p. . ISBN 9788535234657 </ref><br />
::Ver pag. 495 a 499 de <ref name="PEDRONI2010b"> PEDRONI, Volnei A. '''Circuit Design and Simulation with VHDL'''; 2ª ed. Massachusetts-EUA:MIT, 2010. 608 p. ISBN 9780262014335 </ref><br />
<br />
;Aula 3 (7 Out)<br />
* Introdução aos dispositivos lógicos programáveis: <br />
:* FPGAs<br />
:* Arquitetura de FPGAs (Xilinx e Altera): CLB, LAB, RAM, DSP, Clock, PLL, I/O<br />
:* Fabricantes de DLPs<br />
:* Vizualização no Chip Planner de um projeto. (importante todos alunos terem acesso a [[IFSC-CLOUD]]<br />
::Ver pag. 419 a 431 de <ref name="PEDRONI2010a" /> <br />
::Ver pag. 499 a 501 de <ref name="PEDRONI2010b" /><br />
<br />
===Unidade 2===<br />
;Aula 4 (9 Out):<br />
*Introdução ao VHDL.<br />
:*Exemplo de programação de um full adder. Utilize os arquivos [https://owncloud.ifsc.edu.br/index.php/s/FYkGXQSK69JPweb full_adder.qar] (V1 - estrutural. V2 - comportamental) para analisar os circuitos obtidos e realizar as simulações funcional e temporal.<br />
::Ver pag. 3 a 8 de <ref name="PEDRONI2010b"> PEDRONI, Volnei A. '''Circuit Design and Simulation with VHDL'''; 2ª ed. Massachusetts-EUA:MIT, 2010. 608 p. ISBN 9780262014335 </ref><br />
<br />
;Aula 5 (13 Out):<br />
*Introdução ao VHDL.<br />
:* Estrutura do código VHDL<br />
:* Libraries, Entity, Architecture<br />
:* Exercicios 2.2 (VHDL e QSIM)<br />
<syntaxhighlight lang=vhdl><br />
LIBRARY ieee;<br />
USE ieee.std_logic_1164.all;<br />
<br />
ENTITY flip_flop IS<br />
PORT (d, clk, rst: IN STD_LOGIC;<br />
q: OUT STD_LOGIC);<br />
END;<br />
<br />
ARCHITECTURE flip_flop OF flip_flop IS<br />
BEGIN<br />
PROCESS (clk, rst)<br />
BEGIN<br />
IF (rst='1') THEN<br />
q <= '0';<br />
ELSIF (clk'EVENT AND clk='1') THEN<br />
q <= d;<br />
END IF;<br />
END PROCESS;<br />
END;<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
:* Exemplo de programação de um flip-flop<br />
:* Exemplo de um circuito somador com registrador<br />
<br />
:* Exercicios 2.3 (VHDL e QSIM)<br />
<syntaxhighlight lang=vhdl><br />
LIBRARY ieee;<br />
USE ieee.std_logic_1164.all;<br />
<br />
ENTITY registered_comp_add IS<br />
PORT (clk: IN STD_LOGIC;<br />
a, b: IN INTEGER RANGE 0 TO 7;<br />
reg_comp: OUT STD_LOGIC;<br />
reg_sum: OUT INTEGER RANGE 0 TO 15);<br />
END;<br />
<br />
ARCHITECTURE circuit OF registered_comp_add IS<br />
SIGNAL comp: STD_LOGIC;<br />
SIGNAL sum: INTEGER RANGE 0 TO 15;<br />
BEGIN<br />
comp <= '1' WHEN a>b ELSE '0';<br />
sum <= a + b;<br />
PROCESS (clk)<br />
BEGIN<br />
IF (clk'EVENT AND clk='1') THEN<br />
reg_comp <= comp;<br />
reg_sum <= sum;<br />
END IF;<br />
END PROCESS;<br />
END;<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
::Ver pag. 11 a 24 de <ref name="PEDRONI2010b"> PEDRONI, Volnei A. '''Circuit Design and Simulation with VHDL'''; 2ª ed. Massachusetts-EUA:MIT, 2010. 608 p. ISBN 9780262014335 </ref><br />
<br />
;Aula 6 (15 Out):<br />
*Introdução ao VHDL.<br />
:*Exemplo de decodificador de endereço genérico<br />
::Ver pag. 22 a 27 de <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
<br />
===Unidade 3===<br />
;Aula 6 (15 Out): (continuação)<br />
*Tipos de Dados em VHDL.<br />
:*Objetos de VHDL: CONSTANT, SIGNAL, VARIABLE, FILE.<br />
:*Palavra chave OTHERS<br />
:* Bibliotecas padrão.<br />
::* Não use as bibliotecas não padrão (''std_logic_arith, std_logic_unsigned, std_logic_signed'')<br />
:: Ver pag. 31 a 39 de <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
<br />
;Aula 7 (21 Out): <br />
*Tipos de Dados em VHDL.<br />
:* Classificação dos tipos de dados.<br />
:* Tipos de dados: BIT, BIT_VECTOR, BOOLEAN, INTEGER, NATURAL, POSITIVE, CHARACTER, STRING, STD_(U)LOGIG, STD_(U)LOGIG_VECTOR, (UN)SIGNED<br />
:* Exemplo 3.1 Buffer Tri-state<br />
:* Exemplo 3.2 Circuito com Saida "don't care"<br />
:: Ver pag. 39 a 51 de <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
<br />
;Aula 8 (23 Out):<br />
*Tipos de Dados em VHDL.<br />
:*Exemplo 3.3 Multiplicador <br />
:*Tipos Array definidos pelo usuário: 1D, 1D x 1D, 2D, 1D x 1D x 1D, 3D.<br />
*Operadores em VHDL.<br />
:* Operadores predefinidos: Atribuição, Logicos, Arithméticos, Comparação, Deslocamento, Concatenação, "Matching".<br />
:* Sobrecarga de operadores<br />
::Ver pag. 51 a 98 de <ref name="PEDRONI2010b"/>::Ver pag. 62 a 79 de <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
<br />
===Unidade 4===<br />
;Aula 15 (6 Nov):<br />
*Código Concorrente.<br />
:* WHEN, SELECT;<br />
:* Exemplo 5.1 + 5.2 mux: com 3 tipos de arquiteturas (com operadores, com WHEN, com SELECT) <br />
<syntaxhighlight lang=vhdl><br />
LIBRARY ieee;<br />
USE ieee.std_logic_1164.all;<br />
<br />
ENTITY mux IS<br />
GENERIC (N: INTEGER :=8);<br />
PORT (x0, x1, x2, x3: IN STD_LOGIC_VECTOR(N-1 DOWNTO 0);<br />
sel: IN STD_LOGIC_VECTOR(1 DOWNTO 0);<br />
y: OUT STD_LOGIC_VECTOR(N-1 DOWNTO 0));<br />
END mux;<br />
-- Arquitetura para a implementação discreta através de portas AND e OR<br />
ARCHITECTURE Operator_only OF mux IS<br />
signal sel0_8: STD_LOGIC_VECTOR(N-1 DOWNTO 0);<br />
signal sel1_8: STD_LOGIC_VECTOR(N-1 DOWNTO 0);<br />
BEGIN<br />
sel0_8 <= (OTHERS => sel(0));<br />
sel1_8 <= (OTHERS => sel(1));<br />
y <= (NOT sel1_8 AND NOT sel0_8 AND x0) OR<br />
(NOT sel1_8 AND sel0_8 AND x1) OR<br />
(sel1_8 AND NOT sel0_8 AND x2) OR<br />
(sel1_8 AND sel0_8 AND x3);<br />
END operators_only;<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
:* Para selecionar uma entre várias arquiteturas para a mesma ENTITY use a CONFIGURATION.<br />
<syntaxhighlight lang=vhdl><br />
CONFIGURATION which_mux OF mux IS<br />
FOR Operator_only END FOR;<br />
-- FOR with_WHEN END FOR;<br />
-- FOR with_SELECT END FOR;<br />
END CONFIGURATION;<br />
</syntaxhighlight><br />
::Ver pag. 121 a 129 de <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
<br />
;Aula 16 (11 Nov);<br />
*Código Concorrente.<br />
:* Exemplo 5.3 ALU.<br />
:* Exemplo 5.3 ALU modificada. Modifique o código para acrescentar a ALU as funções lógicas (AND a, OR a, XOR a, XNOR a, AND b, OR b, XOR b, XNOR b) e as funções aritméticas (a^2, b^2, a*b, a/b, b/a, -a, -b, a-b). Modifique o opcode para possibilitar essa inclusão.<br />
::* AND a corresponde a operação AND de todos os bits de 'a'. Neste caso atribua o resultado da operação ao LSB e zere os demais bits.<br />
::* No caso das operações (a^2, b^2, a*b), faça as operações fora do SELECT, uma vez que o número de bits do resultado é o dobro das outras operações. Depois utilize apenas os bits menos significativos do resultado.<br />
:*Faça a simulação funcional e temporal da ALU modificada. (verifique o funcionamento correto e também o incorreto - quando ocorre overflow).<br />
:* Identifique claramente as situações nas quais a ALU não produz o resultado correto.<br />
<br />
==Avaliações==<br />
*Avaliação A1 - Unidade 2, 3 e 4 (20 Nov 2015) - Local: Lab Programação.<br />
::<small>Com consulta a todo tipo de material impresso ou digital. O aluno terá 5 minutos para preparar o computador depois disso a rede será desconectada.<br />
</small><br />
*Avaliação A2 - Unidade 5 e 6<br />
*Entrega dos diversos trabalhos ao longo do semestre AE1 a AE7.<br />
*Projeto Final. Tem peso equivalente a duas avaliações, sendo avaliado nos quesitos: 1) Implementação do Sistema, 2) Documentação, 3) Avaliação Global do aluno no projeto.<br />
<br />
===Atividades extra===<br />
Neste tópico serão listadas as atividades extras que os alunos da disciplina deverão realizar ao longo do curso. É importante observar o prazo de entrega, pois os conceitos serão reduzidos conforme o atraso na entrega.<br />
Para a entrega no prazo os conceitos possíveis são (A, B, C, D). Entrega com até uma semana de atraso (B, C, D). Entrega com até duas semanas de atraso (C ou D). Entrega com mais de duas semanas de atraso (D). <br />
<br />
====PARA ENTREGAR====<br />
{{collapse top | expand=true| AE3 - Otimização de Hardware usando valores DON'T CARE (prazo 18/11/2015)}}<br />
* Compile o código do exemplo 3.2 e verifique se os valores de DON'T CARE realmente ajudam a reduzir o hardware necessário para construir o circuito.<br />
<syntaxhighlight lang=vhdl><br />
LIBRARY ieee;<br />
USE ieee.std_logic_1164.all;<br />
<br />
ENTITY circuit IS<br />
PORT (x: IN STD_LOGIC_VECTOR(1 DOWNTO 0);<br />
y: OUT STD_LOGIC_VECTOR(1 DOWNTO 0));<br />
END ENTITY;<br />
<br />
ARCHITECTURE circuit OF circuit IS<br />
BEGIN<br />
y <= "00" WHEN x="00" ELSE<br />
"01" WHEN x="10" ELSE<br />
"10" WHEN x="01" ELSE<br />
"--";<br />
END ARCHITECTURE;<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
* Verifique o hardware (RTL) obtido utilizando x = "--", "00", "01", "10", "11".<br />
:* '''DICA''': Quando não for utilizar o '''Don't Care''', pode ser utilizado como sinal de entrada e saída do circuito BIT_VECTOR no lugar de STD_LOGIC_VECTOR.<br />
* Utilizando o Mapa de Karnaugh determine o hardware que seria necessário para obter as saídas y(1) e y(0) considerando as entradas x(1) e x(0) acima?<br />
* Qual valor de x resultou no menor hardware? Observe o '''Technology Map Viewer (Post-Mapping)''' para verificar se o hardware obtido é o mesmo do Mapa de Karnaugh [http://www.ee.calpoly.edu/media/uploads/resources/KarnaughExplorer_1.html]?<br />
* Escreva um resumo na forma de artigo com 2 páginas A4 ou então um artigo com 4 a 6 páginas, contendo as descrições RTL dos hardwares obtidos, uma tabela com o número de elementos lógicos utilizados em cada um dos 5 casos e uma análise dos resultados obtidos, e uma análise desses resultados.<br />
* Para a geração de documentação/relatórios técnicos/artigos, está disponibilizada a plataforma [http://200.135.233.26:3000/project Sharelatex do IFSC-CLOUD]. Utilize preferencialmente o [http://200.135.233.26:3000/project/54750cb57ae8187440d60acd modelo de artigo no padrão ABNT].<br />
* Envie o artigo em pdf para (<tt>moecke AT ifsc.edu.br</tt>), com o ASSUNTO: DLP29006 - AE3 - Otimização de Hardware usando valores DON'T CARE.<br />
* De um título coerente ao resumo do artigo. Seja criativo...<br />
{{collapse bottom}}<br />
<br />
====JÁ ENCERRADAS====<br />
{{collapse top | AE1 - Temas relacionados aos DLPs (prazo 06/11/2015)}}<br />
* Formem uma equipe com 2 ou 3 alunos, e em conjunto façam uma pesquisa sobre um dos temas abaixo, relacionados aos DLPs.<br />
:'''TEMA 1''' - Evolução dos DLPs Passado - Estado atual - Futuro ('''Giulio , Walter & Gustavo Zacchi''')<br />
:'''TEMA 2''' - Tecnologia utilizada nos transistores CMOS ('''Adalvir, Fernando & Gustavo Medeiros''')<br />
:'''TEMA 3''' - Tipos de Linguagens de descrição de hardware - Evolução, Características ('''Marcus Vinicius Bunn & Joao Vitor Rodrigues''')<br />
:'''TEMA 4''' - Ferramentas para programação de DLPs, Fabricantes de DLPs ('''Roicenir Rostirolla & Ronaldo João Borges''')<br />
:'''TEMA 5''' - Interface JTAG ('''Lucas Gomes, Vinicius Bandeira & Stephany Guimarães''')<br />
<!--<br />
:'''TEMA 6''' - Tema livre de proposta da equipe, mas com concordância do professor.<br />
:'''TEMA 7''' - Tema livre de proposta da equipe, mas com concordância do professor.<br />
::INSPIRAÇÃO para temas: [http://marketrealist.com/2015/06/altera-will-finally-part-intel-corp/ Tendências], [http://www.fpgadeveloper.com/2011/07/list-and-comparison-of-fpga-companies.html Market share],[http://sourcetech411.com/2013/04/top-fpga-companies-for-2013/], [https://www.google.com/finance?q=NASDAQ%3AALTR&ei=pMcOVunoM8-5e5-NpMAM Valor das Empresas], [http://www.ni.com/fpga-hardware/applications/ Aplicações]<br />
--><br />
* Escreva um relatório na forma de artigo com 4 a 6 paginas A4.<br />
* Para a geração de documentação/relatórios técnicos/artigos, está disponibilizada a plataforma [http://200.135.233.26:3000/project Sharelatex do IFSC-CLOUD]. Utilize preferencialmente o [http://200.135.233.26:3000/project/54750cb57ae8187440d60acd modelo de artigo no padrão ABNT].<br />
* Envie o artigo em pdf para (<tt>moecke AT ifsc.edu.br</tt>), com o ASSUNTO: DLP29006 - AE1 - Temas relacionados aos DLPs.<br />
* O artigo deve ser completo, incluindo todas as referências utilizadas. De um título coerente ao artigo. Seja criativo...<br />
* Veja alguns artigos de semestres anteriores em: [[DLP1-EngTel (página)#ARTIGOS DE SEMESTRES ANTERIORES]]<br />
{{collapse bottom}}<br />
{{collapse top | AE2 - Resolução dos exercícios do Capítulo 2 (prazo 28/10/2015)}}<br />
* Resolva os Exercícios 2.1, 2.2 e 2.3 <ref name="PEDRONI2010b"/><br />
* Coloque os resultados do Exercícios em um relatório em paginas A4. É importante que o relatório contenha os códigos em VHDL, os "RTL View", e os resultados das simulações. Os resultados devem ser analisados e comentados. <br />
* Para a geração de documentação/relatórios técnicos/artigos, está disponibilizada a plataforma [http://200.135.233.26:3000/project Sharelatex do IFSC-CLOUD]. Utilize preferencialmente o [http://200.135.233.26:3000/project/54750cb57ae8187440d60acd modelo de artigo no padrão ABNT]. <br />
* Envie o relatório em pdf para (<tt>moecke AT ifsc.edu.br</tt>), com o ASSUNTO: DLP29006 - AE2 - Resolução dos exercícios do Capítulo 2<br />
{{collapse bottom}}<br />
<br />
====ESTUDOS SEM ENTREGA DE DOCUMENTAÇÃO====<br />
<br />
{{collapse top | EL1 - Resolução dos exercícios do Cap 3}}<br />
*Resolva os exercícios da capítulo 3 (1, 2, 9, 11, 12, 14-17, 18-20, 22-30) pag. 81 a 89<br />
{{collapse bottom}}<br />
<br />
{{collapse top | EL2 - Resolução dos exercícios do Cap 4}}<br />
*Resolva os exercícios da capítulo 4 (4-11, 13, 15-17 ) pag. 115 a 120<br />
{{collapse bottom}}<br />
<br />
====ARTIGOS ENTREGUES====<br />
;2015-2:<br />
*[[Media:DLP29006-AE1-Tema1-2015-2.pdf | DLPs: passado, presente e futuro]] (Walter Cardoso de Freitas Júnior, Gustavo Vieira Zacchi, Giulio Oliveira)<br />
*[[Media:DLP29006-AE1-Tema2-2015-2.pdf | Transitores CMOS, história e tecnologia]] (Fernando Müller da Silva, Gustavo Paulo Medeiros da Silva)<br />
*[[Media:DLP29006-AE1-Tema3-2015-2.pdf | Linguagens de Descrição de Hardware: Tipos e Características]] (João Vitor Rodrigues, Marcus Vinicius Bunn)<br />
*[[Media:DLP29006-AE1-Tema4-2015-2.pdf | Fabricantes e ferramentas para programação de DLPs]] (Ronaldo João Borges, Roicenir Girardi Rostirolla)<br />
*[[Media:DLP29006-AE1-Tema5-2015-2.pdf | Interface JTAG]] (Stephany Padilha Guimarães, Lucas Gomes de Farias, Vinicius Bandeira)<br />
<br />
;2015-1:<br />
*[[Media:Formas como PLDs são Programados.pdf | Formas como PLDs são Programados]]<br />
*[[Media:EPROM - EEPROM Dispositivos Lógicos Programáveis.pdf | EPROM - EEPROM Dispositivos Lógicos Programáveis]]<br />
*[[Media:Aplicações de antifusíveis e PROMs na programação de PDLs.pdf | Aplicações de antifusíveis e PROMs na programação de PDLs]]<br />
<br />
====REFERENCIAS====<br />
*[http://ave.dee.isep.ipp.pt/~mgg/papers/dcis12.pdf IEEE Std 1149.7 - JTAG], [https://en.wikipedia.org/wiki/Joint_Test_Action_Group]<br />
<br />
==Recursos de Laboratório==<br />
===Quartus/Modelsim/QSIM===<br />
Nos laboratórios do IFSC, os softwares Quartus/Modelsim/QSIM estão disponíveis diretamente na plataforma LINUX. Utilize preferencialmente a versão 13.0sp1 (32 bits), pois ela tem suporte para os FPGAs mais antigos como a familia Cyclone I.<br />
<br />
Para uso fora do IFSC dos recursos computacionais com licença educacional, o IFSC disponibiliza para seus alunos o IFSC-CLOUD. Atualmente a forma mais eficiente de acesso é através do Cliente X2GO. O procedimento de instalação/ configuração e uso do Quartus/Modelsim/QSIM está descrito em [[Acesso ao IFSC-CLOUD#Cliente X2GO (recomendado)]].<br />
<br />
===Sharelatex===<br />
Para a geração de documentação/relatórios técnicos/artigos, está disponibilizada a plataforma [http://200.135.233.32 Sharelatex do IFSC-CLOUD]. Utilize preferencialmente o [http://200.135.233.26:3000/project/54750cb57ae8187440d60acd modelo de artigo no padrão ABNT].<br />
<br />
<!--<br />
*[http://wiki.sj.ifsc.edu.br/images/a/a5/Sst-intro.pdf Aula inicial]<br />
*[[Introdução aos dispositivos lógicos programáveis]]<br />
*[[Introdução à tecnologia FPGA ]]<br />
*[[Introdução a linguagem VHDL]]<br />
*[[Aritmética com vetores em VDHL]]<br />
<br />
*[[Códigos VDHL - DLP]]<br />
*[[Códigos VHDL para uso nas Aulas]]<br />
*[[Códigos VHDL para uso nas Aulas 2011-1]]<br />
--><br />
<br />
==Links auxiliares==<br />
*[[Aritmética com vetores em VDHL]]<br />
*[[Preparando para gravar o circuito lógico no FPGA]]<br />
*[ftp://ftp.altera.com/up/pub/Altera_Material/13.1/Tutorials/VHDL/ Materiais da ALTERA para Quartus II 13.1]<br />
*[[Modelo para uso em relatórios]]<br />
*[[Configuração e uso do Time Quest Analyser]]<br />
*[[DLP29006-Engtelecom(2015-1) - Prof. Marcos Moecke]]<br />
<br />
==Livros/Resumos sobre VHDL==<br />
*[[Media:VHDL_Handbook-Hardi.pdf | VHDL Handbook]] - Hardi (apenas VHDL’87 e VHDL’93)<br />
*[[Media:VHDL_QRC-Qualis.pdf | VHDL QUICK REFERENCE CARD]] - Qualis (r2.1)<br />
*[[Media:VHDL1164_QRC-Qualis.pdf | VHDL 1164 PACKAGES QUICK REFERENCE CARD]] - Qualis (r2.2)<br />
*[http://www.cs.umbc.edu/portal/help/VHDL/stdpkg.html Listagem dos packages]<br />
*[http://www.cs.umbc.edu/portal/help/VHDL/reserved.html Palavras reservadas]<br />
*[http://www.csee.umbc.edu/portal/help/VHDL/attribute.html Atributos predefinidos]<br />
*[https://blog.ufes.br/sistemasembarcados/files/2015/03/aritmetica-em-vhdl.pdf Aritmética em VHDL]<br />
<br />
==Packages não padronizados==<br />
*[[Std logic arith.vhd]] by Synopsys<br />
*[http://eda.org/rassp/vhdl/models/standards/std_logic_arith.vhd std_logic_arith.vhd] by Synopsys<br />
*[http://www.pldworld.com/_hdl/1/VHDL_courses/cse518/std_logic_arith_header.vhdl std_logic_arith.vhd] by Mentor Graphics<br />
*[http://www.csee.umbc.edu/portal/help/VHDL/packages/cpureieee/std_logic_arith.vhd std_logic_arith.vhd] by Vinaya<br />
<br />
*[[Std logic unsigned.vdh]] by Synopsys<br />
*[http://eda.org/rassp/vhdl/models/standards/std_logic_unsigned.vhd std_logic_unsigned.vhd] by Synopsys<br />
<br />
==Simulador Modelsim==<br />
*[http://model.com/content/modelsim-pe-simulation-and-debug Site Mentor Graphics] - Software Version 10.0<br />
*[http://vk.drlnet.dyndns.org/help/modelsim/infohubs/basic.htm ModelSim InfoHub] - Software Version v10.2c<br />
:*[http://www.mentor.com/products/fv/multimedia/overview/modelsim-demo-overview-34d471dc-cb74-400b-be98-5a81213cf45a ModelSim Quick Video Demo] - precisa fazer login na Mentor Graphics.<br />
:*[[Media:modelsim_tut.pdf |ModelSim® Tutorial]] -v10.0d<br />
:*[[Media:modelsim_pe_ref.pdf |ModelSim® Reference Manual]] -v10.0d<br />
:*[[Media:modelsim_pe_user.pdf |ModelSim® User’s Manual]] -v10.0d<br />
:*[[Media:m_qk_guide.pdf |ModelSim® Quick Guide]] -v10.0d<br />
:*[[Media:modelsim_se_gui_refv10_2c.pdf |ModelSim® SE GUI Reference Manual]] -v10.2c<br />
<br />
==Fabricantes de DLPs==<br />
*[http://www.altera.com Altera], [https://newwww.altera.com new Altera]<br />
*[http://www.xilinx.com Xilinx], [http://www.xilinx.com/products/silicon-devices.html PLDs]<br />
*[http://www.latticesemi.com/ Lattice]<br />
*[http://www.microsemi.com/products/fpga-soc/fpga-and-soc Microsemi]<br />
*[http://www.atmel.com/products/other/spld-cpld/default.aspx Atmel]<br />
*[http://www.achronix.com/products/speedster22ihd.html Achronix]<br />
*[https://en.wikipedia.org/wiki/Tabula_%28company%29 Tabula], [https://www.quora.com/Who-killed-the-FPGA-startup-Tabula-semiconductor Who killed the FPGA startup Tabula semiconductor?]<br />
*[http://sourcetech411.com/2013/04/top-fpga-companies-for-2013/ Market share 2013]<br />
*[http://marketrealist.com/2015/06/intel-keen-alteras-fpga-technology/ INTEL]<br />
<br />
==Fabricantes de kits com DLPS==<br />
*[http://www.macnicadhw.com.br/products/mercurion-4-devkit-board MACNICA]<br />
*[http://www.terasic.com.tw/cgi-bin/page/archive.pl?Language=English&CategoryNo=163#Category165 TERASIC]<br />
<br />
<!--<br />
===Linguagens de programação de hardware===<br />
*[http://trends.google.com/trends/explore#q=vhdl,verilog Tendência Google]<br />
<br />
===Softwares utilizados===<br />
*[http://quartushelp.altera.com/14.1/ Quartus II 14.1 Help]<br />
<br />
==Links auxiliares==<br />
*[http://www.eng.auburn.edu/department/ee/mgc/vhdl.html VHDL MINI-REFERENCE][http://www.eng.auburn.edu/department/ee/mgc/]<br />
*[http://www.vhdl.org/fphdl VHDL-2008] [http://www.eda.org/twiki/bin/view.cgi/P1076/WebHome]<br />
*[http://www.ics.uci.edu/~jmoorkan/vhdlref/Synario%20VHDL%20Manual.pdf VHDL Reference Manual]<br />
*[http://www.vhdl.org/fphdl/Fixed_ug.pdf Fixed point package user’s guide]<br />
*[http://www.vhdl.org/fphdl/Float_ug.pdf Floating point package user’s guide]<br />
*[http://en.wikipedia.org/wiki/IEEE_1164 IEEE 1164]<br />
*[http://www.eda.org/rassp/vhdl/guidelines/1164qrc.pdf 1164 PACKAGES QUICK REFERENCE CARD]<br />
*[[Display de 7 segmentos]]<br />
*[[Software e equipamentos recomendados para programação de FPGAs]]<br />
<br />
== Links de auxílio ==<br />
===Referencias On-line===<br />
*[http://www.datasheetarchive.com/dl/Scans-054/DSAIH00097292.pdf PLA PLS161], PAL, GAL.<br />
*[http://tams-www.informatik.uni-hamburg.de/vhdl/doc/cookbook/VHDL-Cookbook.pdf VHDL Cookbook]<br />
*[http://www.altera.com/support/examples/vhdl/vhdl.html Exemplos de VHDL] - ALTERA.<br />
*[http://www.seas.upenn.edu/~ese171/vhdl/vhdl_primer.html VHDl Primer] - University of Pennsylvania<br />
*[[Quartus - Como inicializar uma memória usando arquivos .mif]].<br />
*[[media:tutorial_quartusii_intro_vhdl.pdf | Tutorial Quartus II - Introdução ao VHDL]]<br />
*[http://www.altera.com/literature/hb/qts/quartusii_handbook.pdf Handbook do Quartus2]<br />
*[http://quartushelp.altera.com/current/ Help do Quartus2]<br />
*[http://quartushelp.altera.com/10.1/mergedProjects/quartus/gl_quartus_welcome.htm Quartus Welcome]<br />
*[[Problemas na execução do Quartus/Modelsim-Altera]]<br />
<br />
===Dispositivos DSP===<br />
*[http://focus.ti.com/dsp/docs/dsphome.tsp?sectionId=46&DCMP=TIHeaderTracking&HQS=Other+OT+hdr_p_dsp Texas Instruments]<br />
*Motorola<br />
*[http://www.analog.com/en/embedded-processing-dsp/processors/index.html Analog Devices]<br />
--><br />
<br />
==Padrões IEEE para o VDHL==<br />
Os padrões IEEE [http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/xpl/standards.jsp?item=0%20-%2099&sortType=standard_newest&pageNumber=1]estão disponíveis para consulta se você estiver na rede do IFSC. Para a linguagem VHDL consulte os padrões: [http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/search/searchresult.jsp?action=search&sortType=&rowsPerPage=&searchField=Search_All&matchBoolean=true&queryText=(%22Standard%20Number%22:1164) 1164],[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/search/searchresult.jsp?action=search&sortType=&rowsPerPage=&searchField=Search_All&matchBoolean=true&queryText=(%22Standard%20Number%22:1076)&refinements=4294967269 1076]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/xpl/articleDetails.jsp?arnumber=257627&newsearch=true&queryText=IEEE%20Standard%20Multivalue%20Logic%20System%20for%20VHDL%20Model%20Interoperability%20.LB.Std_logic_1164.RB. IEEE Standard Multivalue Logic System for VHDL Model Interoperability (Std_logic_1164)]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/xpl/articleDetails.jsp?arnumber=5967868&newsearch=true&queryText=IEEE%20Std%201076.1:%20Behavioural%20languages%20%E2%80%93%20Part%201-1:%20VHDL%20language%20reference%20manual IEEE Std 1076.1: Behavioural languages – Part 1-1: VHDL language reference manual] <br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=5464492 IEEE Std 1076.1: Behavioural languages – Part 6: VHDL Analog and Mixed-Signal Extensions]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=5752649 IEEE Std 1076.1.1™-2011 - IEEE Standard for VHDL Analog and Mixed-Signal Extensions—Packages for Multiple Energy Domain Support], [http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=5953447 REDLINE]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=836335 IEEE Standard for VHDL Register Transfer Level (RTL) Synthesis]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=4384309 IEEE Standard VHDL Analog and Mixed-Signal Extensions]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=592543 IEEE Standard VHDL Synthesis Packages]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=1003477 IEEE Std 1076-2002: IEEE Standard VHDL Language Reference Manual]<br />
*[http://ieeexplore.ieee.org.ez130.periodicos.capes.gov.br/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=556551 IEEE Std 1076.2-1996: IEEE Standard VHDL Mathematical Packages]<br />
===Packages da IEEE===<br />
*[[Std logic 1164.vhd]]<br />
*[[Numeric std.vhd]]<br />
<br />
==Referências Bibliográficas:==<br />
<references/><br />
<br />
<br />
{{ENGTELECO}}</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED2-EngTel_(p%C3%A1gina)&diff=88484RED2-EngTel (página)2015-05-06T21:24:13Z<p>Vinicius.b: /* 05/05 - \blacklozenge Modens - Exercícios */</p>
<hr />
<div>'''Professores da Unidade Curricular'''<br />
<br />
{{Professor|2015-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] }}<br />
{{Professor|2014-2|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-2|(Diario de aulas)]]}}<br />
{{Professor|2014-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-1|(Diario de aulas)]]}}<br />
<br />
<br />
= [[RED2-EngTel|Carga horária, Ementas, Bibliografia]]=<br />
<br />
<br />
=[[RED2-EngTel (Plano de Ensino) | Plano de Ensino]]=<br />
<br />
=Dados Importantes=<br />
''Professor'': [[Jorge Henrique B. Casagrande]]<br />
<br>''Email'': casagrande@ifsc.edu.br<br />
<br>''Atendimento paralelo'': 3as das 11:35 às 12:25h e 5as feira das 17:35h - 18:25 (Sala dos professores de TELE - ao lado da reprografia)<br />
<br> ''Endereço do grupo'': https://www.facebook.com/groups/667983626639907/<br />
<br> ''Link alternativo para Material de Apoio da disciplina'': http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED<br />
<br> Muitos conteúdos da disciplina estão sendo extraídos do material do professor '''Marcelo Sobral''' o qual já registro aqui meus agradecimentos pela autorização e apoio. Alguns deles foram inseridos ou adaptados para se ajustar ao planejamento ou perfil da turma.<br />
<br><br> Toda vez que voce encontrar a marcação <math>\blacklozenge</math> ao lado de alguma atividade, significa que essa atividade estará sendo computada na avaliação como AE ou AI. O prazo estabelecido para entrega estará destacado ao lado da atividade. Portanto, não perca o prazo limite para entrega. '''Atividades entregues fora do prazo não serão aceitas!'''<br />
<br />
=Avaliações=<br />
<br />
=Resultados das Avaliações=<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="5" cellspacing="0" <br />
!Aluno<br />
!AE1<br />
!AE2<br />
![AI]<br />
![[A1_2015_1| A1]]<br />
![[A2_2015_1| A2]]<br />
!A3<br />
!A4<br />
![[A5_2015_1| A5]]<br />
!REC A1<br />
!REC A2<br />
!REC A3<br />
!REC A4<br />
!REC A5<br />
!MÉDIA<br />
!NF<br />
!CONCEITO<br />
|-<br />
|Adalvir || || || ||69|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Fernando || || || ||57 || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Giulio || || || ||71|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Gustavo V. || || || ||-|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| João || || || ||61|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Lucas || || || ||60|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Ronaldo || || || ||64|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Stephany || || || ||63|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Vinícius || || || ||55|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Walter || || || ||86|| || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
'''LEGENDA E DETALHES'''<br />
<br />
;'''AE''' = Atividades Extras: 10% da Avaliação - abrange uma ou mais tarefas a serem divulgadas ao longo do semestre;<br />
;'''AI''' = Avaliação Individual: 10% da Avaliação final - abrange desempenho, assiduidade, cumprimento de tarefas em sala ou de listas de exercícios;<br />
;'''An''' = Avaliação ''n'': 20% da Avaliação (n=4) - Programadas para cada parte do programa;<br />
;'''REC An''' = Recuperação da Avaliação An: A recuperação de todas An serão em data única e o aluno só tem a obrigação de recuperar An<60;<br />
;'''NF''' = Nota Final com critério de arredondamento de +/-5 pontos considerando a fórmula abaixo: '''NF''' = 0,16(soma{MaiorNota{An,REC An}}) + 0,1(médiaAE) + 0,1(AI)<br />
<br />
Se '''NF''' < 6,0 = '''D''' --> '''Reprovado''' <br><br />
Se 60 =< '''NF''' < 75 = '''C''' --> '''Aprovado''' <br><br />
Se 75 =< '''NF''' < 90 = '''B''' --> '''Aprovado'''<br><br />
Se '''NF''' >= 90 = '''A''' --> '''Aprovado'''<br><br />
<br />
=Recados Importantes=<br />
<br />
<br> '''05/02 Uso da Wiki:''' A partir dessa data,todo o repositório de material de apoio e referências de nossas aulas passam a usar a Wiki de tele. Para interação fora da sala de aula, acessem nosso [https://www.facebook.com/groups/667983626639907/ grupo] do facebook. <br />
<br />
<br> '''05/02 ATENÇÃO:''' Uma avaliação só pode ser recuperada somente se existir justificativa reconhecida pela coordenação. Desse modo, deve-se protocolar a justificativa no prazo de 48 horas, contando da data e horário da avaliação, e aguardar o parecer da coordenação. O não cumprimento desse procedimento implica a impossibilidade de fazer a recuperação, e assim a reprovação na disciplina.<br />
<br />
=Material de Apoio=<br />
<br />
;Atividades extra sala de aula<br />
<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista2_2014_2.pdf LISTA2] de exercícios para a avaliação A2<br />
<!--:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista3_2014_2.pdf LISTA3] de exercícios para a avaliação A3<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista4_2014_2.pdf LISTA4] de exercícios para a avaliação A4<br />
--><br />
;Slides utilizados durante algumas aulas<br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/redes_circuitos_virtuais.pdf Redes de Circuitos Virtuais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste] <br />
<!--<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/lan.pdf REDES LOCAIS]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/vlan.pdf IEEE802.3q VLAN]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/stp.pdf IEEE802.3d]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/ieee.pdf Arquitetura IEEE802.3]<br />
--><br />
<br />
;Manuais e outros<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/manuais/Guia_DT2048_SHDSL_T_E_S_VG_210.5088.00-1.pdf Guia Rápido de Configuração Modem DT2048SHDSL;]<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Manual_NR-2G_3200_e_4200.pdf manual Router NR2G] da Digitel;<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420guia.pdf guia rápido de configuração Globalink UP3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420.pdf Manual de configuração Gloalink3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DT34.pdf Manual de configuração DT34.] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324.pdf Manual DSLAM DLINK DAS3324.] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324guia.pdf Guia rápido DSLAM DLINK DAS3324.]<br />
<!--<br />
--><br />
<br />
* [http://www.cisco.com/warp/cpropub/45/tutorial.htm Tutorial sobre a interface CLI de roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/tech/tk713/tk507/technologies_tech_note09186a008019cfa7.shtml#ppp01 Resolução de problemas com PPP em roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/products/hw/routers/ps221/products_password_recovery09186a0080094773.shtml Recuperação de senha em roteadores Cisco 1700 e 1800]<br />
<!--<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/dlink Alguns procedimentos para o switch D-Link DES-3526 em português]<br />
--><br />
<br />
<br />
== Bibliografia ==<br />
<br />
* ''Redes de Computadores e a Internet, 5a edição'', de James Kurose.<br />
* ''Redes de Computadores, 4a edição'', de Andrew Tanenbaum.<br />
* ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a edição'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<!--* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ Antiga página da disciplina (2009-1 e 2009-2)]--><br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs.html Links para outros materiais, normas, artigos, e apostilas do prof. Jorge Casagrande]<br />
* [http://books.google.com/books?id=C9ZN-jYKHpMC&printsec=frontcover&dq=forouzan&hl=pt-BR&ei=fvt2TP3eCMH58Aa77cS1Bw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDMQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false Comunicação de dados e Redes de Computadores, de Berhouz Forouzan (alguns capítulos no Google Books)]<br />
<br />
Para pesquisar o acervo das bibliotecas do IFSC:<br />
* [http://biblioteca.ifsc.edu.br/sophia/ Acesso ao acervo da Biblioteca do IFSC]<br />
<br />
== Softwares ==<br />
<br />
* [[Netkit]]: possibilita criar experimentos com redes compostas por máquinas virtuais Linux<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ipkit/ IPKit]: um simulador de encaminhamento IP (roda direto dentro do navegador)<br />
<br />
=Diário de aulas RED29005 - 2015-1 - Prof. Jorge H. B. Casagrande=<br />
<br />
{{Collapse top |05/02 - Redes de Longa Distância - WAN }}<br />
<br />
==05/02 - Redes de Longa Distância - WAN==<br />
<br />
* Apresentação da disciplina;<br />
* Visão geral de uma WAN; <br />
* Componentes de uma infra-estrutura de telecomunicações;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |10/02 - Redes Privativas }}<br />
<br />
==10/02 - Redes Privadas ==<br />
<br />
* O modelo básico de comunicação de dados;<br />
* Evolução das Redes Locais baseadas em hospedeiros para as Redes Privativas de longa distância;<br />
* Da Unidade de Derivação Digital (UDD) para os ServerSwitches ou switches KVM;<br />
* A Linha Privativa de Comunicação de Dados (LPCD);<br />
* O Serviço de Linha Dedicada Digital (SLDD) como base na formação de Redes Privativas;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/02 - Redes de Circuitos Virtuais}}<br />
<br />
==12/02 - Redes de Circuitos Virtuais ==<br />
<br />
* Experimento: Comunicação entre Computadores via porta serial;<br />
* A banda passante e os meios metálicos de transmissão;<br />
* O exemplo da evolução do backbone da RNP;<br />
* A Multiplexação como solução no compartilhamento e otimização do uso de enlaces de transmissão.<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS}}<br />
<br />
==24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS ==<br />
<br />
* Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e ATM;<br />
* Redes virtuais com MPLS;<br />
* Experimento com netkit: Rede MPLS<br />
<br />
<br />
* '''''Referências sobre MPLS:'''''<br />
** Capítulo 5 (seção 5.8) do livro ''Redes de Computadores e a Internet, 5a ed.'', de James Kurose.<br />
** Capítulo 5 (seção 5.4.5) do livro ''Redes de Computadores, 4a ed.'', de Andrew Tanenbaum (ou seção 5.6.5 da 5ª ed.).<br />
** [http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS na Wikipedia]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3031.txt RFC 3031: MPLS Architecture]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3032.txt MPLS Label Stack Encoding]<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs/mpls-linux Documentação sobre os experimentos com MPLS (tirados do projeto MPLS-Linux)]<br />
<br />
[http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS] é um mecanismo para redes de telecomunicações de alto desempenho que encaminha e transporta dados de um nó da rede a outro. Isso se faz por meio de links virtuais entre nós distantes um do outro, semelhante ao conceito de ''circuitos virtuais''. Diversos protocolos podem ser transportados por MPLS, tais como IP e Ethernet (note que o primeiro é um protocolo de rede, mas o segundo é um ''"protocolo"'' de enlace). Assim, MPLS se apresenta como uma tecnologia de transporte de dados em redes de longa distância, como ilustrado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-network.jpg]]<br />
<br />
Simplificadamente, um cabeçalho (''shim header'') é adicionado a cada PDU a ser transportada pela rede MPLS. O rótulo contém um número identificador chamado de rótulo (''label'', e similar ao ''VCI'' visto em circuitos virtuais), junto com alguns bits de controle. Os roteadores dentro da rede MPLS encaminham essas PDUs com base somente no conteúdo desse cabeçalho, comutando-os de acordo com os valores de rótulo (''label switching''). Note que MPLS não faz roteamento, e sim comutação de circuitos virtuais: os circuitos devem ser previamente estabelecidos para que o encaminhamento de PDUs entre origem e destino possa ser realizada. Desta forma, MPLS parece ser um protocolo que fica entre as camadas de rede e de enlace, como mostrado na figura a seguir.<br />
<br />
[[imagem:Mpls_protocolstack.jpg]] ----> [[imagem:MPLS_D2.gif]]<br />
<br />
<br />
O cabeçalho MPLS possui apenas 32 bits, como mostrado abaixo. O valor de rótulo ocupa 20 bits, o que possibilita pouco mais de 1 milhão de diferentes rótulos (<math>2^{20}</math>). Há um campo ''Time To Live'' (ou simplesmente ''TTL'') com 8 bits, com mesma finalidade que o campo homônimo existente em PDUS IPv4: evitar que um erro de configuração em um roteador faça com que PDUs fiquem circulando eternamente em um ''loop'' na rede. O valor desse campo ''TTL'' é decrementado por cada roteador que encaminhe a PDU e, se o valor chegar a 0, a PDU é descartada. O campo ''Exp'' com 3 bits foi pensado para codificar a classe de serviço da PDU, a qual pode ser usada por mecanismos de qualidade de serviço (''QoS'') existentes na rede. Por exemplo, o valor de ''Exp'' pode ser usado como prioridade da PDU em um determinado roteador dentro da rede MPLS. Por fim, o bit ''S'' (''bottom of stack'') informa se esse é o último cabeçalho MPLS na PDU, uma vez que podem-se empilhar dois ou mais desses cabeçalhos.<br />
<br />
<br />
[[imagem:Mpls-label.png]]<br />
<br />
<br />
A terminologia MPLS possui nomes próprios para diversos componentes da arquitetura. Como ocorre em outras tecnologias, existem conceitos conhecidos apresentados porém com nomes diferentes. A tabela abaixo descreve alguns termos importantes existentes no MPLS:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Termo<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''LSP'' || Label Switching Path, o análogo a circuito virtual.<br />
|-<br />
|''LSR'' || Label Switching Router, ou roteador capaz de comutar PDUs MPLS.<br />
|-<br />
|''LER'' || Label Edge Router, ou roteador que faz a interface entre a rede MPLS (onde se encaminham PDUs exclusivamente com base nos rótulos), e a rede externa (onde não se usa MPLS). A rede externa pode ser qualquer outra rede, como IPv4, IPv6 ou mesmo LAN Ethernet. Note que LER é um tipo especial de LSR, e podem ser denominados também como ''LSR ingress'' (''LSR'' de entrada na rede MPLS) e ''LSR egress'' (''LSR'' de saída da rede MPLS).<br />
|-<br />
|''LFIB'' || Label Forwarding Information Base, ou o conjunto de informações existentes nos LSR usadas para fazer o encaminhamento das PDUS MPLS. Pode ser entendida como uma estrutura análoga à tabela de comutação de circuitos virtuais.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
Usando os termos acima, podem-se descrever redes MPLS demonstrativas como mostrado a seguir. Na primeira rede há dois LSP: um vai do ''Host X'' ao ''Host Z'' e está identificado com PDUS em amarelo, e outro vai de ''Host X'' ao ''Host Y'' e tem PDUs em azul. O número dentro de cada PDU informa os valores de rótulo usados ao longo dos LSP. Assim como em circuitos virtuais em geral (e como em Frame Relay e ATM), os valores de rótulo podem ser modificados por cada roteador que os comute.<br />
<br />
[[imagem:Mplsrouters.gif]]<br />
<br />
=== Conceitos básicos sobre comutação de rótulos ===<br />
<br />
A comutação de rótulos feita nos LSR é muito parecida com comutação de circuitos virtuais. Ao receber uma PDU MPLS, um LSR decide o que fazer com ela com base no número do rótulo e na interface de rede de onde ela foi recebida. Porém há um detalhe específico do MPLS: uma ou mais interfaces podem ser associadas em um ''labelspace MPLS'', sendo esse ''labelspace'' usado para identificar de onde foi recebida uma PDU. Desta forma, um LSR na verdade decide o que fazer com uma PDU com base em seu rótulo e no seu ''labelspace''. Dentro do LSR essa operação se chama ''ILM'' (''Input Label Mapping'').<br />
<br />
'''''ILM''' é a função que identifica uma PDU recebida e mapeia seu rótulo para um '''labelspace'''''<br />
<br />
Um caso especial trata de PDUs que entram na rede MPLS. Por exemplo, uma PDU IPv4, originada de uma rede externa, deve ser transportada pela rede MPLS. Nesse caso, o ''LER'' (roteador de borda) deve associar essa PDU a um rótulo MPLS e encaminhá-lo pela rede MPLS. A identificação de uma PDU externa à rede MPLS, com base nas informações dessa PDU, se chama ''FEC'' (''Forwarding Equivalence Class'').<br />
<br />
Uma vez identificada uma PDU recebida, o LSR deve encaminhá-la de acordo com instruções predefinidas em sua ''LFIB''. Dentro de sua LFIB essas instruções são chamadas de ''NHLFE'' (''Next-Hop Label Forwarding Entry''), e contêm a '''operação MPLS''' a ser realizada e a interface de saída por onde encaminhar a PDU. As operações MPLS possíveis estão descritas na tabela abaixo:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Operação<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''SWAP'' || Troca o valor de rótulo. Essa operação deve ser usada para comutação dentro da rede MPLS. Mesmo quando o novo valor de rótulo for idêntico ao anterior essa operação deve ser realizada.<br />
|-<br />
|''PUSH'' || Adiciona um cabeçalho MPLS com um determinado valor de rótulo. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU entra na rede MPLS.<br />
|-<br />
|''POP'' || Remove o cabeçalho MPLS. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU sai da rede MPLS.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
A comutação fica completa ao se juntarem o mapeamento de entrada (''ILM'') com as ''NHLFE'', no caso de comutação dentro da rede MPLS. No caso de entrada de PDUs na rede MPLS, a operação se chama ''FTN'' (''Fec-To-Nhlfe''), que nada mais é que regras para associar os rótulos MPLS a essas PDUS. No exemplo da PDU IPv4, pode-se usar o endereço IPv4 de destino dessa PDU para escolher que rótulo MPLS deve ser usado. Isso está sumarizado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-lfib.png]]<br />
<br />
=== Atividade com MPLS ===<br />
<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lab_mpls1.pdf 1o Experimento com MPLS]<br />
** Os experimentos usarão o [[Netkit#Switches_MPLS|Netkit e MPLS]]<br />
** Lab do netkit com o experimento:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2001:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
* '''Exercício''': Considere o roteiro realizado em sala e faça o LSP entre A2 e A1 passar por E5 ao invés de E3 - Ou seja, isso implica modificar a configuração dos roteadores E2, E3, E4 e E5:<br />
<br />
[[imagem:Exercicio-mpls-1.png|600px]]<br />
<br />
<!--<br />
* '''E4:''' mudar a ''NHLFE'' para que o LSP A2->A1 vá para E5.<br />
* '''E5:''' fazer a comutação A2->A1 que antes ficava em E3.<br />
* '''E2:''' modificar o ''labelspace 0'' para que contenha a interface ''eth3''.<br />
* '''E3:''' removida a configuração da comutação A2->A1<br />
<br />
Solução:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.5<br />
e5[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2001:ip=10.0.1.2<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
e5[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth3<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
--><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels }}<br />
<br />
== 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels ==<br />
<br />
=== Atividade ===<br />
<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/mpls_labelspaces.pdf Roteiro sobre labelspaces e túneis MPLS]<br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre labelspaces:'''<br />
<br />
<code><br />
<br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=1000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=1:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1000:labelspace=0<br />
<br />
#Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=1:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre túneis:'''<br />
<br />
<code><br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
a4[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e1[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
e2[fec]=172.16.30.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e1[nhlfe]=1:interface=eth2:label=500:ip=10.0.3.2<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth3:label=100:ip=10.0.1.5<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth2:label=300:ip=10.0.5.1<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=3000:ip=10.0.6.3<br />
e5[nhlfe]=1:label=200:nhlfe=2<br />
e5[nhlfe]=2:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.4<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e1[ilm]=300:labelspace=0<br />
e2[ilm]=500:labelspace=0<br />
e3[ilm]=3000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=200:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e5[ilm]=100:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e1[labelspace]=0:interfaces=eth3<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth2<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e3[eth3]=link10:ip=172.16.40.3/24 <br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
a4[eth0]=link10:ip=172.16.40.40/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
a4[default_gateway]=172.16.40.3<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto }}<br />
<br />
== 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Revisão sobre MPLS;<br />
* Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto];<br />
* Serviços da Camada de enlace.<br />
<br />
'''Bibliografia relacionada:'''<br />
* Seção 5.7 do livro "Redes de Computadores" do Kurose 5a ed.<br />
* Parte III e capítulos 10 e 11 do livro "Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a ed.", de Behrouz Forouzan<br />
* Capítulo 3 do livro "Redes de Computadores" de Andrew Tanenbaum.<br />
<br />
'''Fundamentos Teóricos'''<br />
<br />
=== Enlaces lógicos ===<br />
<br />
Equipamentos de rede se comunicam por meio de enlaces (''links''). Um enlace é composto por uma '''parte física''', composta pelo meio de transmissão e o hardware necessário para transmitir e receber um sinal que transporta a informação, e uma '''parte lógica''', responsável por empacotar os dados a serem transmitidos. O diagrama abaixo ilustra um enlace entre dois equipamentos, realçando as formas com que a informação é representada durante a transmissão e recepção. Nesse diagrama, a ''parte lógica'' está representada no bloco ''Enlace'', e a ''parte física'' está no bloco ''Física''; a informação transmitida, representada por ''Dados'', pode ser, por exemplo, um datagrama IP.<br />
<br />
[[imagem:Datalink-phy.png|600px]]<br />
<br />
O enlace lógico tem uma dependência total em relação à parte física. Isso quer dizer que o tipo de tecnologia de transmissão existente na parte física traz requisitos para o projeto da parte lógica.<br />
<br />
Deste ponto em diante, a ''parte lógica'' será chamada simplesmente de '''Camada de Enlace''', e a parte física de '''Camada Física'''.<br />
<br />
Em nosso estudo vamos investigar '''enlaces ponto-a-ponto''', os quais necessitam de protocolos específicos. Para ficar mais claro o que deve fazer um protocolo de enlace ponto-a-ponto, vamos listar os serviços típicos existentes na camada de enlace. <br />
<br />
===== Serviços da camada de enlace =====<br />
<br />
[[Image:Data-link.png]]<br />
<br />
Os serviços identificados na figura acima estão descritos a seguir. A eles foram acrescentados outros dois:<br />
<br />
* '''Encapsulamento (ou ''enquadramento'')''': identificação das PDUs (quadros) de enlace dentro de sequências de bits enviadas e recebidas da camada física<br />
* '''Controle de erros''': garantir que quadros sejam entregues no destino<br />
** '''''Detecção de erros''''': verificação da integridade do conteúdo de quadros (se foram recebidos sem erros de bits)<br />
* '''Controle de fluxo''': ajuste da quantidade de quadros transmitidos, de acordo com a capacidade do meio de transmissão (incluindo o atraso de transmissão) e do receptor<br />
* '''Endereçamento''': necessário quando o enlace for do tipo '''multi-ponto''', em que vários equipamentos compartilham o meio de transmissão (ex: redes locais e redes sem-fio)<br />
* '''Controle de acesso ao meio (MAC)''': também necessário para '''meios compartilhados''', para disciplinar as transmissões dos diversos equipamentos de forma a evitar ou reduzir a chance de haver colisões (transmissões sobrepostas)<br />
* '''Gerenciamento de enlace''': funções para ativar, desativar e manter enlaces<br />
<br />
==== Protocolos de enlace ponto-a-ponto ====<br />
<br />
Dois protocolos de enlace ponto-a-ponto muito utilizados são:<br />
* '''PPP (''Point-to-Point Protocol''):''' proposto no início dos anos 90 pelo IETF (ver [http://www.ietf.org/rfc/rfc1661.txt RFC 1661]), e amplamente utilizado desde então. Este protocolo não faz controle de erros nem de fluxo, portanto se quadros sofrerem erros de transmissão serão sumariamente descartados no receptor. Originalmente muito usado em acesso discado, recentemente sua aplicação se concentra em enlaces por linhas dedicadas, enlaces sem-fio 3G, e uma versão modificada para acesso doméstico ADSL (''PPPoE''). Ver mais detalhes na seção 5.7 do livro do Kurose e na seção 11.7 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan. <br />
* '''HDLC (''High-level Data Link Control''):''' criado nos anos 70, foi largamente utilizado em enlaces ponto-a-ponto, porém atualmente foi substituído pelo PPP na maioria dos cenários em que era usado. Este protocolo faz controle de erros e de fluxo usando um [[Desempenho_ARQ|mecanismo ARQ do tipo Go-Back-N]] (com janela de tamanho 7 ou 127). Ainda se aplica a enlaces ponto-a-ponto em linhas dedicadas, enlaces por satélite e aplicações específicas onde a presença de ruídos no meio de transmissão é relevante ou se deseja confiabilidade na entrega de pacotes na camada 2. Ver mais detalhes na seção 11.6 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<br />
Ambos protocolos possuem o mesmo formato de quadro. Na verdade, o PPP copiou o formato de quadro do HDLC, apesar de não utilizar os campos ''Address'' e ''Control''. O campo ''Flag'', que tem o valor predefinido <math>7E_H</math>, serve para delimitar quadros, assim o receptor sabe quando inicia e termina cada quadro.<br />
<br />
[[imagem:Ppp-frame.png|400px]]<br />
<br>''Quadro PPP ou HDLC (tamanho de campos dados em bytes)''<br><br />
<br />
Esses protocolos foram criados para uso com comunicação serial síncrona (ver capítulo 4, seção 4.3 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan). O PPP funciona também com [http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_serial_ass%C3%ADncrona comunicação serial assíncrona].<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 05/03 - Protocolos HDLC e PPP }}<br />
<br />
== 05/03 - Protocolos HDLC e PPP ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos HDLC e PPP];<br />
* Explicações adicionais sobre bit e byte stuffing;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 10/03 - Detecção e Correção de Erros}}<br />
<br />
== 10/03 - Detecção e Correção de Erros ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Abordagem sobre erros em sistemas de telecomunicações: Erro de bit, erro de rajada;<br />
* Uso do campo FCS (Frame Check Sequence) nos protocolos da camada 2 para fins de de detecção de erro;<br />
* Check de paridade simples em sistemas assíncronos de comunicação de dados;<br />
* Paridade bidimensional ou longitudinal;<br />
* Revisão sobre a técnica de CheckSum;<br />
* CRC ficou para a próxima aula.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/03 - Técnica CRC}}<br />
<br />
== 12/03 - Técnica CRC ==<br />
<br />
'''Atenção:''' liberada a [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Técnicas polinomiais na detecção e correção de erros na formação do FCS com códigos cíclicos CRC;<br />
* Início dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC}}<br />
<br />
== 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Laboratório usando roteadores reais: Comparativo de desempenho com PPP e HDLC.<br />
<br />
Para esta atividade já está implementada uma rede composta por três roteadores da Digitel, que estarão interligados como mostrado abaixo:<br />
<br />
[[imagem:Rede-modems.png|600px]]<br />
<br />
A rede contém dois enlaces dedicados ponto-à-ponto (simulando duas SLDDs formadas por LPCDs à 2 fios) com modems digitais operando a 2 Mbps. Os Modens da DIGITEL modelo DT2048SHDSL estão configurados da seguinte forma: (chaves em ON) <br />
* Modens do rack central: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo NTU (terminação de rede), relógio interno, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
* Modens do rack direito e esquerdo: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo LTU (terminação de linha), relógio regenerado, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
<br />
Todos os roteadores estão configurados com protocolos HDLC em suas interfaces serias WAN e rodando o algoritmo de roteamento RIP em sua forma mais básica para evitar a configuração de rotas estáticas na interligação das LANs do switch direito e esquerdo.<br />
<br />
;Iniciando o experimento<br />
<br />
# Acesse a interface de gerência (console) do roteador R1 ou R2. O roteador R1 está no rack esquerdo, o roteador R3 está no rack central, e R2 está no rack direito. Para acessar a console, faça o seguinte:<br />
## Conecte o cabo serial específico na interface serial RS232 do seu computador. Conecte esse cabo também na interface ''console'' do roteador, que fica no painel traseiro. Como os roteadores estão distantes das bancadas, será necessário usar as tomadas azuis, que conectam as bancadas aos racks.<br />
## Execute o programa ''minicom'', que abre um terminal de texto via porta serial. Ele deve ser configurado para se comunicar pela porta serial ''/dev/ttyS0'', com 57600 bps, 8 bits de dados e 1 stop-bit (isso aparece descrito assim: 57600 8N1) e sem controles de fluxo. <syntaxhighlight lang=bash><br />
sudo minicom -s<br />
</syntaxhighlight><br />
## Se o ''minicom'' estiver correto, você deverá ver a interface CLI do roteador (''Command Line Interface''). Caso contrário, confira se o cabo serial está bem encaixado, e se os parâmetros do ''minicom'' estão certos.<br />
# O login e senha para acessar a configuração dos routers é "nr2g" e "digitel" respectivamente. Ao entrar na CLI avalie a configuração geral dos routers com o comando DUMP ALL;<br />
# Voce pode acessar qualquer router usando a facilidade do protocolo telnet. Para tanto, dentro da CLI do router aplique o comando EXEC TELNET [IP da WAN ou LAN]. Voce também podem acessa-los por qualquer computador das redes direita ou esquerda, desde que esses estejam na mesma subrede das interfaces LAN dos routers. Uma vez estando na CLI de um dos routers, voce pode acessar os demais com EXEC TELNET;<br />
# Observe se a configuração dos routers está como o previsto na janela abaixo. Talvez voce precise ajustar a configuração em algum roteador.<br />
# Faça a configuração Básica dos PCs e Roteadores NR2G com HDLC:<br />
#* '''R1:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
ESQUERDA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.20.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.20.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.2 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.1 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP <br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R2:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
DIREITA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.10.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.10.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.6 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.5 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.5 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R3:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
CENTRAL > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.1.231 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.1.255 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP<br />
SET WAN WAN1 PROTO HDLC IP 10.1.1.1 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.2 UP<br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP WAN1 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN1 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 192.168.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
# Para conferir as configurações das interfaces, use o comando ''show'' seguido da interface. Exemplo: <syntaxhighlight lang=text><br />
# SHOW WAN WAN0 ALL <br />
</syntaxhighlight><br />
# Assim que os enlaces forem estabelecidos, o que pode ser conferido com o comando ''show'' interface aplicado às interfaces, ''conclua'' a configuração da rede (rotas nos pcs e roteadores). Ela deve ser configurada de forma que um computador possa se comunicar com qualquer outro computador da outra rede, e também acessar a Internet. Para isso, use os comandos nos PCs como:<br />
#* sudo ifconfg eth0 x.x.x.x netmask m.m.m.m up - para atribuir outro endereço na placa de rede<br />
#* sudo route add default gw x.x.x.x - para atribuir um novo gateway para a placa de rede<br />
#* sudo route add -net x.x.x.x netmask m.m.m.m eth0 - para associar uma nova rede a interface eth0<br />
#* route -n - para ver a tabela atual de roteamento<br />
# Observe que optamos pelo uso de protocolos de roteamento dinâmico. Procure entender melhor como foi feita essa configuração, a partir do que está no manual, começando pela página 82.<br />
# Para o PC do professor aplique os comandos: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231<br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231 </syntaxhighlight><br />
# Para os PCs das subredes direita e esquerda: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo ifconfg eth0 192.168.x.y netmask 255.255.255.0 up - x={10,20}; y={1,2,3,4}<br />
$ sudo route add default gw 192.168.x.1 - x={10,20} </syntaxhighlight><br />
# Agora vamos analisar a conectividade de todas as subredes, incluindo o acesso à internet. Após isso vamos fazer uma avaliação sobre o desempenho dessa conectividade comparando os links com PPP e HDLC entre os roteadores.<br />
# Veja se o status das interfaces e protocolos da WAN e LAN de todos os routers estão em UP. Anote e avalie a configuração de todos os routers e os PCs das duas LANs direita e esquerda. <br />
# Verificar e anotar todas as configurações e instalações dos componentes de redes, modens, cabos, adaptadores, manobras dos cabos, etc...<br />
# Verificar e anotar todas as configurações lógicas dos modens, routers e PCs.<br />
# Acessar as redes mutuamente qualquer computador de um subrede deve acessar qualquer outro da outra subrede;<br />
# Acessar a internet em todos os PCs;<br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto SOMENTE COM UM ÚNICO PC. Em algum computador da subrede esquerda ou direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Teste o delay médio da comunicação usando PING aplicado em algum PC da outra subrede. <br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto COM TODOS OS PCs SIMULTANEAMENTE (solicite ao professor para sincronizar o teste de todos). Em todos os computadores das subredes esquerda e direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Realize pelo menos três medidas para cada teste e use a média desses valores como resultado final;<br />
# Excute o ''netperf'' entre computadores da ''mesma subrede'', anote os valores e compare com as medidas anteriores;<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay }}<br />
<br />
==24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay==<br />
<br />
# Recupere a comunicação física e os dados levantados da implementação da aula anterior da rede formada com enlaces ponto à ponto com protocolo HDLC;<br />
# Agora troque o protocolo HDLC dos enlaces por PPPS (protocolo PPP Síncrono - veja pg. 76 do manual). Faça isso primeiramente no router R3 (central) pois será perdido enlace com ele quando mudar o protocolo. Como exemplo, para trocar a configuração na interface WAN0 execute o comando: <syntaxhighlight lang=text> SET WAN WAN0 PROTO PPPS IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP </syntaxhighlight> Faça o mesmo para a WAN1 do router central e WAN0s dos routers esquerdo e direito. Não esqueça de aplicar o comando CONFIG SAVE para salvar a configuração atual. Observe o estado dos leds que indicam a presença de dados protocolados entre routers, tanto no frontal dos modens quanto no frontal dos routers. Eles ficaram apagados por um tempo mas devem retornar a acender depois de uns dois ou tres minutos. O led ST no frontal dos routers deve ficar na cor laranja indicando a queda dos links e depois de um tempo devem retornar a cor verde quando tudo estiver ok. <br />
# Repita e anote as mesmas medições de vazão conforme feito anteriormente com protocolo HDLC;<br />
# <math>\blacklozenge</math> '''DESAFIO''': Esta atividade faz parte da avaliação '''AE1''', veja mais detalhes com o professor: Acrescente mais uma rede na LAN1 do router central com endereço 192.168.30.0 também com 4 PCs e implemente uma rede Frame Relay para as 3 redes agora existentes. Determine um CIR de entrada (descida ou download) para todas elas de 1Mbps e um CIR de saída (subida ou upload) para todas elas de 512kbps. Realize novamente as medidas de delay e vazão para a host 192.168.1.1 assim como feito anteriormente para HDLC e PPP. Tabule e discuta os resultados alcançados com as 3 implementações.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 26/03 - Exercícios}}<br />
<br />
== 26/03 - Exercícios ==<br />
<br />
* Exercícios 4, 5 e 6 da [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1];<br />
* Recapitulação do conteúdo.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 31/03 - Interfaces Digitais}}<br />
<br />
== 31/03 - Interfaces Digitais ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] - até circuitos diferenciais;<br />
* As duas aulas do período da tarde serão utilizadas para finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na ativiade AE1.<br />
* Os Alunos Ronaldo, Fernando e Stephany comparecerem para a atividade extra programada à tarde. Evoluiram nas configurações FR mas não conseguiram estabelecer comunicação. Ficou pendente uma nova data para finalizar a atividade com ajuda do professor.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1}}<br />
<br />
== 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1 ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] até V.35;<br />
* Avaliação A1.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios}}<br />
<br />
== 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais];<br />
* <math>\blacklozenge</math> Tarefa para 14/04 - próxima aula ('''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''):<br />
Proponha e desenhe um esquema de ligações MÍNIMO de um cabo lógico que interliga um DTE a um DCE que estão configurados para uma comunicação de dados síncrona, que usa o clock do DTE como base de sincronismo. O controle de fluxo via hardware ́e requerido na comunicação e ela não se inicia se o circuito CT109 não estiver ativo. O DTE e DCE usam interface RS232 com conectores DB25 Fêmea.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes}}<br />
<br />
== 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Verificar e anotar todos os componentes nas conexões físicas entre modens, routers e PCs do laboratório realizado na aula de 19/03.<br />
<br />
* Apresentação do teste set como simulador de DTE em circuitos básicos de comunicação de dados.<br />
<br />
#Dinâmica da Aula:<br />
<br />
Com o objetivo de conhecer, identificar, especificar e instalar os componentes de redes associados a parte física de uma rede de telecomunicações, lançou-se a tarefa de realizar a troca dos roteadores central e esquerdo da rede para outros CISCO 2514 e 1750 respectivamente. Visando assimilar o significado e importância de todas as reconexões, não se priorizou refazer configurações em nível de enlace nos roteadores.<br />
<br />
Duas equipes foram dividas para executar a atividade, registrando com fotos todos os elementos de interesse para o relato que deve respoder as seguintes perguntas:<br />
#<br />
# <br />
# <br />
<br />
A atividade <math>\blacklozenge</math> deve ser realizada até para 23/04 e '''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''. Deve ser publicada aqui mesmo nesse espaço.<br />
<br />
A seguir seguem as respostas ilustradas com as fotos capturadas durante o experimento:<br />
<br />
'''Equipe A - Procedimentos de troca do Router Central"<br />
<br />
'''Adalvir, Giulio, Gustavo V., Walter'''<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
É necessário habilitar as interfaces, selecionar o tipo de encapsulamento e protocolo e criar a tabela de roteamento, porém estas alterações não foram realizadas, pois os roteadores estavam com defeito.<br />
<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
Os roteadores cisco possuem interfaces físicas proprietárias. Foi utilizado um cabo cisco, com conector próprio para ligar no router e na outra ponta um conector do tipo V.35. Como os conectores no bastidor de modens era do tipo DB25 foi necessário utilizar um adaptador para ligarmos os pinouts da interface v.35 com o DB25. <br />
<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Utilizamos um transceiver para converter a porta AUI do roteador em uma interface ETH para conectarmos a LAN de acesso a Internet.<br />
<br />
<br />
'''Equipe B - Procedimentos de troca do Router Esquerdo"<br />
<br />
'''Ronaldo, Vinicius, Lucas Gomes, João Vitor, Stephany, Fernando'''<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
O modem Digitel DT34 provê para conexão com o DTE um conector tipo D. padrão ISO2110-1980, fêmea, de 25 pinos, cujo os sinais, atendem o padrão Telebras. O Router Cisco 1750 possui uma interface proprietária, acompanhado de um cabo com interface V.35, cujo sinais da norma ISO2110. Portanto, é necessário o uso de adapatador V.35 para DB25 e um conector IGX devido a diferença entre os padrões de posição dos sinais do padrão Telebrás e ISO2110. Além da configuração do protocolo, IP das interfaces e roteamento.<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
A linha privativa a dois fios entre o modem esquerdo e central não sofreu modificação nas interface e conexões.<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Usamos adaptadores V.35 - DB25 e IGX para o modem. Para conexão com o DTE, o CISCO 1750 provê uma interface padrão Ethernet de 100Mbps.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 16/04 - Modens Analógicos}}<br />
<br />
== 16/04 - Modens Analógicos==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens]<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 23/04 - Modens - Principais Circuitos}}<br />
<br />
== 23/04 - Modens - Principais Circuitos==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* continuação slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens ]<br />
* correção da Avaliação A1.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 28/04 - Modens e enlaces de teste}}<br />
<br />
== 28/04 - Modens e enlaces de teste==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* continuação slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste]<br />
* Uso do teste set com enlaces de teste em modens digitais.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 30/04 - Modens Digitais}}<br />
<br />
== 30/04 - Modens Digitais==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens Digitais e características especiais]<br />
* Orientações sobre a finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na atividade AE1. <br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 05/05 - <math>\blacklozenge</math> Modens - Exercícios}}<br />
<br />
== 05/05 - <math>\blacklozenge</math> Modens - Exercícios==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista2_2014_2.pdf LISTA2] de exercícios para a avaliação A2;<br />
* Orientações sobre a finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na atividade AE1. <br />
* <math>\blacklozenge</math> Tarefa para 07/05 - próxima aula ('''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''):<br />
Realize uma pesquisa sobre as tecnologias VDSL e FTTx (Fiber To The: onde x pode ser B (building - na edificação do cliente), Ex (Exchange - no DG da operadora e N (node ou Cab-Cabinet - no armário digital da operadora) e encontre a relação entre elas de tal forma que explique como as operadoras tem provido serviços de internet e/ou telefone e/ou TV (triple play) que conseguem alcançar taxas de até 300Mps para usuários conectados com cabeamento comum telefônico - DSL (Digital Suscriber Line). É obrigatório apresentar as abordagens: bonding, vectoring e phantom na ativação desses enlaces. Duas equipes (as mesmas que fizeram as atividades AI de 14/04) devem registrar o resumo da pesquisa no espaço abaixo, nessa aula:<br />
<br />
EQUIPE A: '''Título'''<br />
<br />
== EQUIPE B: '''VDSL''' ==<br />
<br />
O VDSL2 (Very-High-Bit-Rate Digital Subscriber Line 2, ITU-T G.993.2 Standard), é o padrão mais avançado para comunicação em banda larga por fio do tipo DSL e explora a infraestrutura existente dos fios de cobre que foram desenvolvidos originalmente para os serviços de telefonia. Podem ser disponibilizadas através de centrais telefônicas próximas dos clientes ou edifícios.<br />
<br />
=== Tipos de implantações de VDSL ===<br />
<br />
* Fibra até a central de comutação (Fiber To The Exchange - FTTEx): O VDSL2 está localizado na estação telefônica.<br />
<br />
* Fibras até o domicílio (Fiber To The Building - FTTB): O VDSL2 é colocado, por exemplo, subsolo de um edifício. Fiber To The Building - FTTB é um tipo de fibra óptica de onde o cabo de fibra vai até um ponto em uma propriedade compartilhada e a partir deste ponto é feita a conexão para as casas através do tradicional cabo de cobre.<br />
<br />
* Fibras até o nó de rede (Fiber To The Node - FTTN).<br />
[[Arquivo:Implantavdsl.jpg]] <br />
<br />
<br />
[[Arquivo:VDSL2.jpg]]<br />
=== Bonding ===<br />
<br />
A largura de banda trazido para o consumidor como vdsl2 pode ser dado um impulso adicional através do bonding que seria a prática de combinar múltiplos pares de fios para aumentar a capacidade disponível, ou estender o alcance da rede cobre.<br />
<br />
A ligação para VDSL2 normalmente combina 2 linhas em um único "grande cano" virtual que permite as operadoras o dobro da taxa de bits para assinantes existentes (desde que você está usando 2 linhas). Como alternativa, que lhes permite oferecer os mesmos bitrates em distâncias mais longas (que abrange os assinantes que eram anteriormente fora do alcance, reduzindo assim o número de armários que precisam ser construídos para cobrir uma determinada área.<br />
<br />
=== Vectoring ===<br />
<br />
Vectoring no VDSL2 funciona em um único par e é baseado no conceito de "cancelamento de ruído", é calculada a interferência entre todos os pares de uma ligação, com base nos sinais reais, usasse esta informação para gerar um sinal de cancelamento de ruído em cada par, removendo eficazmente toda a diafonia. O ganho líquido é entre 25% e 100%.<br />
<br />
Com VDSL2 Vectoring , falamos de velocidades de 100 Mbps em loops de até 400 metros de comprimento e 40 Mbps quando a distância à central atinge quilômetros. <br />
<br />
=== Phantom === <br />
<br />
Ensaios de laboratório que envolvem uma combinação de diferentes tecnologias (vectoring e Bonding) têm demonstrado que o VDSL2 pode transportar tráfego de até 300 Mbps em distâncias de cerca de 400 metros ou 100 Mbps a 1 km. Este desenvolvimento reforça a necessidade de usar o cobre à frente de fibra para criar o mercado para serviços de alta qualidade multimídia.<br />
<br />
Os fornecedores já estão olhando para além do vectoring, por exemplo, combinando-a com o Bonding para entregar bitrates ainda mais elevados. A Alcatel-Lucent demonstrou uma combinação de vectoring com Bonding, em um conceito bem conhecido analógico chamado de "Phantom".<br />
<br />
Esta combinação permite o transporte de três canais com mais de dois pares físicos, proporcionando assim até 300Mbps.<br />
<br />
==== Descrição de funcionamento ====<br />
<br />
Você começa a partir de uma única linha. Em um ambiente livre de ruído, isso faz com que você tenha até 100Mbps. Quando uma segunda linha é adicionada as taxas de dados não aumentam a 2 x 100 Mbps devido a diafonia (crosstalk, interferência).<br />
<br />
A segunda linha irá adicionar um extra de 80 Mbps, mas a taxa de bits na primeira linha também irá cair para 80Mbps. A Vetorização vai eliminar essa restrição induzida por ruído, os 300 Mbps são alcançados pela adição de um terceiro par virtual, utilizando a vectorização para eliminar o efeito de interferência, e, em seguida, o Bonding.<br />
<br />
Criando um terceiro circuito virtual "Phantom" normalmente irá aumentar o throughput em cerca de 50 Mbps. O ganho é de novo impactado, devido à diafonia adicional gerada por este terceiro circuito de nome "Phantom" . Mas quando vectoring é aplicada a fim de eliminar crosstalk obtemos 3 x 100 Mbps.<br />
<br />
[[Arquivo:Phantom.jpg]]<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{ENGTELECO}}</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:Phantom.jpg&diff=88483Arquivo:Phantom.jpg2015-05-06T21:22:08Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:VDSL2.jpg&diff=88482Arquivo:VDSL2.jpg2015-05-06T21:20:43Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:Implantavdsl.jpg&diff=88481Arquivo:Implantavdsl.jpg2015-05-06T21:20:21Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED2-EngTel_(p%C3%A1gina)&diff=87873RED2-EngTel (página)2015-04-23T13:00:39Z<p>Vinicius.b: /* 14/04 - \blacklozenge Reconfiguração Física de Redes */</p>
<hr />
<div>'''Professores da Unidade Curricular'''<br />
<br />
{{Professor|2015-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] }}<br />
{{Professor|2014-2|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-2|(Diario de aulas)]]}}<br />
{{Professor|2014-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-1|(Diario de aulas)]]}}<br />
<br />
<br />
= [[RED2-EngTel|Carga horária, Ementas, Bibliografia]]=<br />
<br />
<br />
=[[RED2-EngTel (Plano de Ensino) | Plano de Ensino]]=<br />
<br />
=Dados Importantes=<br />
''Professor'': [[Jorge Henrique B. Casagrande]]<br />
<br>''Email'': casagrande@ifsc.edu.br<br />
<br>''Atendimento paralelo'': 3as das 11:35 às 12:25h e 5as feira das 17:35h - 18:25 (Sala dos professores de TELE - ao lado da reprografia)<br />
<br> ''Endereço do grupo'': https://www.facebook.com/groups/667983626639907/<br />
<br> ''Link alternativo para Material de Apoio da disciplina'': http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED<br />
<br> Muitos conteúdos da disciplina estão sendo extraídos do material do professor '''Marcelo Sobral''' o qual já registro aqui meus agradecimentos pela autorização e apoio. Alguns deles foram inseridos ou adaptados para se ajustar ao planejamento ou perfil da turma.<br />
<br><br> Toda vez que voce encontrar a marcação <math>\blacklozenge</math> ao lado de alguma atividade, significa que essa atividade estará sendo computada na avaliação como AE ou AI. O prazo estabelecido para entrega estará destacado ao lado da atividade. Portanto, não perca o prazo limite para entrega. '''Atividades entregues fora do prazo não serão aceitas!'''<br />
<br />
=Avaliações=<br />
<br />
=Resultados das Avaliações=<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="5" cellspacing="0" <br />
!Aluno<br />
!AE1<br />
!AE2<br />
![AI]<br />
![[A1_2015_1| A1]]<br />
![[A2_2015_1| A2]]<br />
!A3<br />
!A4<br />
![[A5_2015_1| A5]]<br />
!REC A1<br />
!REC A2<br />
!REC A3<br />
!REC A4<br />
!REC A5<br />
!MÉDIA<br />
!NF<br />
!CONCEITO<br />
|-<br />
|Adalvir || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
|Clarice || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Fernando || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Gabriel || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Giulio || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Gustavo V. || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| João || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Lucas || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Ronaldo || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Stephany || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Vinícius || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Walter || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
'''LEGENDA E DETALHES'''<br />
<br />
;'''AE''' = Atividades Extras: 10% da Avaliação - abrange uma ou mais tarefas a serem divulgadas ao longo do semestre;<br />
;'''AI''' = Avaliação Individual: 10% da Avaliação final - abrange desempenho, assiduidade, cumprimento de tarefas em sala ou de listas de exercícios;<br />
;'''An''' = Avaliação ''n'': 20% da Avaliação (n=4) - Programadas para cada parte do programa;<br />
;'''REC An''' = Recuperação da Avaliação An: A recuperação de todas An serão em data única e o aluno só tem a obrigação de recuperar An<60;<br />
;'''NF''' = Nota Final com critério de arredondamento de +/-5 pontos considerando a fórmula abaixo: '''NF''' = 0,16(soma{MaiorNota{An,REC An}}) + 0,1(médiaAE) + 0,1(AI)<br />
<br />
Se '''NF''' < 6,0 = '''D''' --> '''Reprovado''' <br><br />
Se 60 =< '''NF''' < 75 = '''C''' --> '''Aprovado''' <br><br />
Se 75 =< '''NF''' < 90 = '''B''' --> '''Aprovado'''<br><br />
Se '''NF''' >= 90 = '''A''' --> '''Aprovado'''<br><br />
<br />
=Recados Importantes=<br />
<br />
<br> '''05/02 Uso da Wiki:''' A partir dessa data,todo o repositório de material de apoio e referências de nossas aulas passam a usar a Wiki de tele. Para interação fora da sala de aula, acessem nosso [https://www.facebook.com/groups/667983626639907/ grupo] do facebook. <br />
<br />
<br> '''05/02 ATENÇÃO:''' Uma avaliação só pode ser recuperada somente se existir justificativa reconhecida pela coordenação. Desse modo, deve-se protocolar a justificativa no prazo de 48 horas, contando da data e horário da avaliação, e aguardar o parecer da coordenação. O não cumprimento desse procedimento implica a impossibilidade de fazer a recuperação, e assim a reprovação na disciplina.<br />
<br />
=Material de Apoio=<br />
<br />
;Atividades extra sala de aula<br />
<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
<!--:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista2_2014_2.pdf LISTA2] de exercícios para a avaliação A2<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista3_2014_2.pdf LISTA3] de exercícios para a avaliação A3<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista4_2014_2.pdf LISTA4] de exercícios para a avaliação A4<br />
--><br />
;Slides utilizados durante algumas aulas<br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/redes_circuitos_virtuais.pdf Redes de Circuitos Virtuais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste] <br />
<!--<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/lan.pdf REDES LOCAIS]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/vlan.pdf IEEE802.3q VLAN]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/stp.pdf IEEE802.3d]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/ieee.pdf Arquitetura IEEE802.3]<br />
--><br />
<br />
;Manuais e outros<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/manuais/Guia_DT2048_SHDSL_T_E_S_VG_210.5088.00-1.pdf Guia Rápido de Configuração Modem DT2048SHDSL;]<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Manual_NR-2G_3200_e_4200.pdf manual Router NR2G] da Digitel;<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420guia.pdf guia rápido de configuração Globalink UP3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420.pdf Manual de configuração Gloalink3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DT34.pdf Manual de configuração DT34.] <br />
<!--<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324.pdf Manual DSLAM DLINK DAS3324.] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324guia.pdf Guia rápido DSLAM DLINK DAS3324.] <br />
--><br />
<br />
* [http://www.cisco.com/warp/cpropub/45/tutorial.htm Tutorial sobre a interface CLI de roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/tech/tk713/tk507/technologies_tech_note09186a008019cfa7.shtml#ppp01 Resolução de problemas com PPP em roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/products/hw/routers/ps221/products_password_recovery09186a0080094773.shtml Recuperação de senha em roteadores Cisco 1700 e 1800]<br />
<!--<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/dlink Alguns procedimentos para o switch D-Link DES-3526 em português]<br />
--><br />
<br />
<br />
== Bibliografia ==<br />
<br />
* ''Redes de Computadores e a Internet, 5a edição'', de James Kurose.<br />
* ''Redes de Computadores, 4a edição'', de Andrew Tanenbaum.<br />
* ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a edição'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<!--* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ Antiga página da disciplina (2009-1 e 2009-2)]--><br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs.html Links para outros materiais, normas, artigos, e apostilas do prof. Jorge Casagrande]<br />
* [http://books.google.com/books?id=C9ZN-jYKHpMC&printsec=frontcover&dq=forouzan&hl=pt-BR&ei=fvt2TP3eCMH58Aa77cS1Bw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDMQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false Comunicação de dados e Redes de Computadores, de Berhouz Forouzan (alguns capítulos no Google Books)]<br />
<br />
Para pesquisar o acervo das bibliotecas do IFSC:<br />
* [http://biblioteca.ifsc.edu.br/sophia/ Acesso ao acervo da Biblioteca do IFSC]<br />
<br />
== Softwares ==<br />
<br />
* [[Netkit]]: possibilita criar experimentos com redes compostas por máquinas virtuais Linux<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ipkit/ IPKit]: um simulador de encaminhamento IP (roda direto dentro do navegador)<br />
<br />
=Diário de aulas RED29005 - 2015-1 - Prof. Jorge H. B. Casagrande=<br />
<br />
{{Collapse top |05/02 - Redes de Longa Distância - WAN }}<br />
<br />
==05/02 - Redes de Longa Distância - WAN==<br />
<br />
* Apresentação da disciplina;<br />
* Visão geral de uma WAN; <br />
* Componentes de uma infra-estrutura de telecomunicações;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |10/02 - Redes Privativas }}<br />
<br />
==10/02 - Redes Privadas ==<br />
<br />
* O modelo básico de comunicação de dados;<br />
* Evolução das Redes Locais baseadas em hospedeiros para as Redes Privativas de longa distância;<br />
* Da Unidade de Derivação Digital (UDD) para os ServerSwitches ou switches KVM;<br />
* A Linha Privativa de Comunicação de Dados (LPCD);<br />
* O Serviço de Linha Dedicada Digital (SLDD) como base na formação de Redes Privativas;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/02 - Redes de Circuitos Virtuais}}<br />
<br />
==12/02 - Redes de Circuitos Virtuais ==<br />
<br />
* Experimento: Comunicação entre Computadores via porta serial;<br />
* A banda passante e os meios metálicos de transmissão;<br />
* O exemplo da evolução do backbone da RNP;<br />
* A Multiplexação como solução no compartilhamento e otimização do uso de enlaces de transmissão.<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS}}<br />
<br />
==24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS ==<br />
<br />
* Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e ATM;<br />
* Redes virtuais com MPLS;<br />
* Experimento com netkit: Rede MPLS<br />
<br />
<br />
* '''''Referências sobre MPLS:'''''<br />
** Capítulo 5 (seção 5.8) do livro ''Redes de Computadores e a Internet, 5a ed.'', de James Kurose.<br />
** Capítulo 5 (seção 5.4.5) do livro ''Redes de Computadores, 4a ed.'', de Andrew Tanenbaum (ou seção 5.6.5 da 5ª ed.).<br />
** [http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS na Wikipedia]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3031.txt RFC 3031: MPLS Architecture]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3032.txt MPLS Label Stack Encoding]<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs/mpls-linux Documentação sobre os experimentos com MPLS (tirados do projeto MPLS-Linux)]<br />
<br />
[http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS] é um mecanismo para redes de telecomunicações de alto desempenho que encaminha e transporta dados de um nó da rede a outro. Isso se faz por meio de links virtuais entre nós distantes um do outro, semelhante ao conceito de ''circuitos virtuais''. Diversos protocolos podem ser transportados por MPLS, tais como IP e Ethernet (note que o primeiro é um protocolo de rede, mas o segundo é um ''"protocolo"'' de enlace). Assim, MPLS se apresenta como uma tecnologia de transporte de dados em redes de longa distância, como ilustrado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-network.jpg]]<br />
<br />
Simplificadamente, um cabeçalho (''shim header'') é adicionado a cada PDU a ser transportada pela rede MPLS. O rótulo contém um número identificador chamado de rótulo (''label'', e similar ao ''VCI'' visto em circuitos virtuais), junto com alguns bits de controle. Os roteadores dentro da rede MPLS encaminham essas PDUs com base somente no conteúdo desse cabeçalho, comutando-os de acordo com os valores de rótulo (''label switching''). Note que MPLS não faz roteamento, e sim comutação de circuitos virtuais: os circuitos devem ser previamente estabelecidos para que o encaminhamento de PDUs entre origem e destino possa ser realizada. Desta forma, MPLS parece ser um protocolo que fica entre as camadas de rede e de enlace, como mostrado na figura a seguir.<br />
<br />
[[imagem:Mpls_protocolstack.jpg]] ----> [[imagem:MPLS_D2.gif]]<br />
<br />
<br />
O cabeçalho MPLS possui apenas 32 bits, como mostrado abaixo. O valor de rótulo ocupa 20 bits, o que possibilita pouco mais de 1 milhão de diferentes rótulos (<math>2^{20}</math>). Há um campo ''Time To Live'' (ou simplesmente ''TTL'') com 8 bits, com mesma finalidade que o campo homônimo existente em PDUS IPv4: evitar que um erro de configuração em um roteador faça com que PDUs fiquem circulando eternamente em um ''loop'' na rede. O valor desse campo ''TTL'' é decrementado por cada roteador que encaminhe a PDU e, se o valor chegar a 0, a PDU é descartada. O campo ''Exp'' com 3 bits foi pensado para codificar a classe de serviço da PDU, a qual pode ser usada por mecanismos de qualidade de serviço (''QoS'') existentes na rede. Por exemplo, o valor de ''Exp'' pode ser usado como prioridade da PDU em um determinado roteador dentro da rede MPLS. Por fim, o bit ''S'' (''bottom of stack'') informa se esse é o último cabeçalho MPLS na PDU, uma vez que podem-se empilhar dois ou mais desses cabeçalhos.<br />
<br />
<br />
[[imagem:Mpls-label.png]]<br />
<br />
<br />
A terminologia MPLS possui nomes próprios para diversos componentes da arquitetura. Como ocorre em outras tecnologias, existem conceitos conhecidos apresentados porém com nomes diferentes. A tabela abaixo descreve alguns termos importantes existentes no MPLS:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Termo<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''LSP'' || Label Switching Path, o análogo a circuito virtual.<br />
|-<br />
|''LSR'' || Label Switching Router, ou roteador capaz de comutar PDUs MPLS.<br />
|-<br />
|''LER'' || Label Edge Router, ou roteador que faz a interface entre a rede MPLS (onde se encaminham PDUs exclusivamente com base nos rótulos), e a rede externa (onde não se usa MPLS). A rede externa pode ser qualquer outra rede, como IPv4, IPv6 ou mesmo LAN Ethernet. Note que LER é um tipo especial de LSR, e podem ser denominados também como ''LSR ingress'' (''LSR'' de entrada na rede MPLS) e ''LSR egress'' (''LSR'' de saída da rede MPLS).<br />
|-<br />
|''LFIB'' || Label Forwarding Information Base, ou o conjunto de informações existentes nos LSR usadas para fazer o encaminhamento das PDUS MPLS. Pode ser entendida como uma estrutura análoga à tabela de comutação de circuitos virtuais.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
Usando os termos acima, podem-se descrever redes MPLS demonstrativas como mostrado a seguir. Na primeira rede há dois LSP: um vai do ''Host X'' ao ''Host Z'' e está identificado com PDUS em amarelo, e outro vai de ''Host X'' ao ''Host Y'' e tem PDUs em azul. O número dentro de cada PDU informa os valores de rótulo usados ao longo dos LSP. Assim como em circuitos virtuais em geral (e como em Frame Relay e ATM), os valores de rótulo podem ser modificados por cada roteador que os comute.<br />
<br />
[[imagem:Mplsrouters.gif]]<br />
<br />
=== Conceitos básicos sobre comutação de rótulos ===<br />
<br />
A comutação de rótulos feita nos LSR é muito parecida com comutação de circuitos virtuais. Ao receber uma PDU MPLS, um LSR decide o que fazer com ela com base no número do rótulo e na interface de rede de onde ela foi recebida. Porém há um detalhe específico do MPLS: uma ou mais interfaces podem ser associadas em um ''labelspace MPLS'', sendo esse ''labelspace'' usado para identificar de onde foi recebida uma PDU. Desta forma, um LSR na verdade decide o que fazer com uma PDU com base em seu rótulo e no seu ''labelspace''. Dentro do LSR essa operação se chama ''ILM'' (''Input Label Mapping'').<br />
<br />
'''''ILM''' é a função que identifica uma PDU recebida e mapeia seu rótulo para um '''labelspace'''''<br />
<br />
Um caso especial trata de PDUs que entram na rede MPLS. Por exemplo, uma PDU IPv4, originada de uma rede externa, deve ser transportada pela rede MPLS. Nesse caso, o ''LER'' (roteador de borda) deve associar essa PDU a um rótulo MPLS e encaminhá-lo pela rede MPLS. A identificação de uma PDU externa à rede MPLS, com base nas informações dessa PDU, se chama ''FEC'' (''Forwarding Equivalence Class'').<br />
<br />
Uma vez identificada uma PDU recebida, o LSR deve encaminhá-la de acordo com instruções predefinidas em sua ''LFIB''. Dentro de sua LFIB essas instruções são chamadas de ''NHLFE'' (''Next-Hop Label Forwarding Entry''), e contêm a '''operação MPLS''' a ser realizada e a interface de saída por onde encaminhar a PDU. As operações MPLS possíveis estão descritas na tabela abaixo:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Operação<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''SWAP'' || Troca o valor de rótulo. Essa operação deve ser usada para comutação dentro da rede MPLS. Mesmo quando o novo valor de rótulo for idêntico ao anterior essa operação deve ser realizada.<br />
|-<br />
|''PUSH'' || Adiciona um cabeçalho MPLS com um determinado valor de rótulo. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU entra na rede MPLS.<br />
|-<br />
|''POP'' || Remove o cabeçalho MPLS. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU sai da rede MPLS.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
A comutação fica completa ao se juntarem o mapeamento de entrada (''ILM'') com as ''NHLFE'', no caso de comutação dentro da rede MPLS. No caso de entrada de PDUs na rede MPLS, a operação se chama ''FTN'' (''Fec-To-Nhlfe''), que nada mais é que regras para associar os rótulos MPLS a essas PDUS. No exemplo da PDU IPv4, pode-se usar o endereço IPv4 de destino dessa PDU para escolher que rótulo MPLS deve ser usado. Isso está sumarizado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-lfib.png]]<br />
<br />
=== Atividade com MPLS ===<br />
<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lab_mpls1.pdf 1o Experimento com MPLS]<br />
** Os experimentos usarão o [[Netkit#Switches_MPLS|Netkit e MPLS]]<br />
** Lab do netkit com o experimento:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2001:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
* '''Exercício''': Considere o roteiro realizado em sala e faça o LSP entre A2 e A1 passar por E5 ao invés de E3 - Ou seja, isso implica modificar a configuração dos roteadores E2, E3, E4 e E5:<br />
<br />
[[imagem:Exercicio-mpls-1.png|600px]]<br />
<br />
<!--<br />
* '''E4:''' mudar a ''NHLFE'' para que o LSP A2->A1 vá para E5.<br />
* '''E5:''' fazer a comutação A2->A1 que antes ficava em E3.<br />
* '''E2:''' modificar o ''labelspace 0'' para que contenha a interface ''eth3''.<br />
* '''E3:''' removida a configuração da comutação A2->A1<br />
<br />
Solução:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.5<br />
e5[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2001:ip=10.0.1.2<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
e5[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth3<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
--><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels }}<br />
<br />
== 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels ==<br />
<br />
=== Atividade ===<br />
<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/mpls_labelspaces.pdf Roteiro sobre labelspaces e túneis MPLS]<br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre labelspaces:'''<br />
<br />
<code><br />
<br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=1000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=1:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1000:labelspace=0<br />
<br />
#Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=1:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre túneis:'''<br />
<br />
<code><br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
a4[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e1[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
e2[fec]=172.16.30.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e1[nhlfe]=1:interface=eth2:label=500:ip=10.0.3.2<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth3:label=100:ip=10.0.1.5<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth2:label=300:ip=10.0.5.1<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=3000:ip=10.0.6.3<br />
e5[nhlfe]=1:label=200:nhlfe=2<br />
e5[nhlfe]=2:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.4<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e1[ilm]=300:labelspace=0<br />
e2[ilm]=500:labelspace=0<br />
e3[ilm]=3000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=200:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e5[ilm]=100:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e1[labelspace]=0:interfaces=eth3<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth2<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e3[eth3]=link10:ip=172.16.40.3/24 <br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
a4[eth0]=link10:ip=172.16.40.40/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
a4[default_gateway]=172.16.40.3<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto }}<br />
<br />
== 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Revisão sobre MPLS;<br />
* Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto];<br />
* Serviços da Camada de enlace.<br />
<br />
'''Bibliografia relacionada:'''<br />
* Seção 5.7 do livro "Redes de Computadores" do Kurose 5a ed.<br />
* Parte III e capítulos 10 e 11 do livro "Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a ed.", de Behrouz Forouzan<br />
* Capítulo 3 do livro "Redes de Computadores" de Andrew Tanenbaum.<br />
<br />
'''Fundamentos Teóricos'''<br />
<br />
=== Enlaces lógicos ===<br />
<br />
Equipamentos de rede se comunicam por meio de enlaces (''links''). Um enlace é composto por uma '''parte física''', composta pelo meio de transmissão e o hardware necessário para transmitir e receber um sinal que transporta a informação, e uma '''parte lógica''', responsável por empacotar os dados a serem transmitidos. O diagrama abaixo ilustra um enlace entre dois equipamentos, realçando as formas com que a informação é representada durante a transmissão e recepção. Nesse diagrama, a ''parte lógica'' está representada no bloco ''Enlace'', e a ''parte física'' está no bloco ''Física''; a informação transmitida, representada por ''Dados'', pode ser, por exemplo, um datagrama IP.<br />
<br />
[[imagem:Datalink-phy.png|600px]]<br />
<br />
O enlace lógico tem uma dependência total em relação à parte física. Isso quer dizer que o tipo de tecnologia de transmissão existente na parte física traz requisitos para o projeto da parte lógica.<br />
<br />
Deste ponto em diante, a ''parte lógica'' será chamada simplesmente de '''Camada de Enlace''', e a parte física de '''Camada Física'''.<br />
<br />
Em nosso estudo vamos investigar '''enlaces ponto-a-ponto''', os quais necessitam de protocolos específicos. Para ficar mais claro o que deve fazer um protocolo de enlace ponto-a-ponto, vamos listar os serviços típicos existentes na camada de enlace. <br />
<br />
===== Serviços da camada de enlace =====<br />
<br />
[[Image:Data-link.png]]<br />
<br />
Os serviços identificados na figura acima estão descritos a seguir. A eles foram acrescentados outros dois:<br />
<br />
* '''Encapsulamento (ou ''enquadramento'')''': identificação das PDUs (quadros) de enlace dentro de sequências de bits enviadas e recebidas da camada física<br />
* '''Controle de erros''': garantir que quadros sejam entregues no destino<br />
** '''''Detecção de erros''''': verificação da integridade do conteúdo de quadros (se foram recebidos sem erros de bits)<br />
* '''Controle de fluxo''': ajuste da quantidade de quadros transmitidos, de acordo com a capacidade do meio de transmissão (incluindo o atraso de transmissão) e do receptor<br />
* '''Endereçamento''': necessário quando o enlace for do tipo '''multi-ponto''', em que vários equipamentos compartilham o meio de transmissão (ex: redes locais e redes sem-fio)<br />
* '''Controle de acesso ao meio (MAC)''': também necessário para '''meios compartilhados''', para disciplinar as transmissões dos diversos equipamentos de forma a evitar ou reduzir a chance de haver colisões (transmissões sobrepostas)<br />
* '''Gerenciamento de enlace''': funções para ativar, desativar e manter enlaces<br />
<br />
==== Protocolos de enlace ponto-a-ponto ====<br />
<br />
Dois protocolos de enlace ponto-a-ponto muito utilizados são:<br />
* '''PPP (''Point-to-Point Protocol''):''' proposto no início dos anos 90 pelo IETF (ver [http://www.ietf.org/rfc/rfc1661.txt RFC 1661]), e amplamente utilizado desde então. Este protocolo não faz controle de erros nem de fluxo, portanto se quadros sofrerem erros de transmissão serão sumariamente descartados no receptor. Originalmente muito usado em acesso discado, recentemente sua aplicação se concentra em enlaces por linhas dedicadas, enlaces sem-fio 3G, e uma versão modificada para acesso doméstico ADSL (''PPPoE''). Ver mais detalhes na seção 5.7 do livro do Kurose e na seção 11.7 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan. <br />
* '''HDLC (''High-level Data Link Control''):''' criado nos anos 70, foi largamente utilizado em enlaces ponto-a-ponto, porém atualmente foi substituído pelo PPP na maioria dos cenários em que era usado. Este protocolo faz controle de erros e de fluxo usando um [[Desempenho_ARQ|mecanismo ARQ do tipo Go-Back-N]] (com janela de tamanho 7 ou 127). Ainda se aplica a enlaces ponto-a-ponto em linhas dedicadas, enlaces por satélite e aplicações específicas onde a presença de ruídos no meio de transmissão é relevante ou se deseja confiabilidade na entrega de pacotes na camada 2. Ver mais detalhes na seção 11.6 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<br />
Ambos protocolos possuem o mesmo formato de quadro. Na verdade, o PPP copiou o formato de quadro do HDLC, apesar de não utilizar os campos ''Address'' e ''Control''. O campo ''Flag'', que tem o valor predefinido <math>7E_H</math>, serve para delimitar quadros, assim o receptor sabe quando inicia e termina cada quadro.<br />
<br />
[[imagem:Ppp-frame.png|400px]]<br />
<br>''Quadro PPP ou HDLC (tamanho de campos dados em bytes)''<br><br />
<br />
Esses protocolos foram criados para uso com comunicação serial síncrona (ver capítulo 4, seção 4.3 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan). O PPP funciona também com [http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_serial_ass%C3%ADncrona comunicação serial assíncrona].<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 05/03 - Protocolos HDLC e PPP }}<br />
<br />
== 05/03 - Protocolos HDLC e PPP ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos HDLC e PPP];<br />
* Explicações adicionais sobre bit e byte stuffing;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 10/03 - Detecção e Correção de Erros}}<br />
<br />
== 10/03 - Detecção e Correção de Erros ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Abordagem sobre erros em sistemas de telecomunicações: Erro de bit, erro de rajada;<br />
* Uso do campo FCS (Frame Check Sequence) nos protocolos da camada 2 para fins de de detecção de erro;<br />
* Check de paridade simples em sistemas assíncronos de comunicação de dados;<br />
* Paridade bidimensional ou longitudinal;<br />
* Revisão sobre a técnica de CheckSum;<br />
* CRC ficou para a próxima aula.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/03 - Técnica CRC}}<br />
<br />
== 12/03 - Técnica CRC ==<br />
<br />
'''Atenção:''' liberada a [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Técnicas polinomiais na detecção e correção de erros na formação do FCS com códigos cíclicos CRC;<br />
* Início dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC}}<br />
<br />
== 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Laboratório usando roteadores reais: Comparativo de desempenho com PPP e HDLC.<br />
<br />
Para esta atividade já está implementada uma rede composta por três roteadores da Digitel, que estarão interligados como mostrado abaixo:<br />
<br />
[[imagem:Rede-modems.png|600px]]<br />
<br />
A rede contém dois enlaces dedicados ponto-à-ponto (simulando duas SLDDs formadas por LPCDs à 2 fios) com modems digitais operando a 2 Mbps. Os Modens da DIGITEL modelo DT2048SHDSL estão configurados da seguinte forma: (chaves em ON) <br />
* Modens do rack central: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo NTU (terminação de rede), relógio interno, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
* Modens do rack direito e esquerdo: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo LTU (terminação de linha), relógio regenerado, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
<br />
Todos os roteadores estão configurados com protocolos HDLC em suas interfaces serias WAN e rodando o algoritmo de roteamento RIP em sua forma mais básica para evitar a configuração de rotas estáticas na interligação das LANs do switch direito e esquerdo.<br />
<br />
;Iniciando o experimento<br />
<br />
# Acesse a interface de gerência (console) do roteador R1 ou R2. O roteador R1 está no rack esquerdo, o roteador R3 está no rack central, e R2 está no rack direito. Para acessar a console, faça o seguinte:<br />
## Conecte o cabo serial específico na interface serial RS232 do seu computador. Conecte esse cabo também na interface ''console'' do roteador, que fica no painel traseiro. Como os roteadores estão distantes das bancadas, será necessário usar as tomadas azuis, que conectam as bancadas aos racks.<br />
## Execute o programa ''minicom'', que abre um terminal de texto via porta serial. Ele deve ser configurado para se comunicar pela porta serial ''/dev/ttyS0'', com 57600 bps, 8 bits de dados e 1 stop-bit (isso aparece descrito assim: 57600 8N1) e sem controles de fluxo. <syntaxhighlight lang=bash><br />
sudo minicom -s<br />
</syntaxhighlight><br />
## Se o ''minicom'' estiver correto, você deverá ver a interface CLI do roteador (''Command Line Interface''). Caso contrário, confira se o cabo serial está bem encaixado, e se os parâmetros do ''minicom'' estão certos.<br />
# O login e senha para acessar a configuração dos routers é "nr2g" e "digitel" respectivamente. Ao entrar na CLI avalie a configuração geral dos routers com o comando DUMP ALL;<br />
# Voce pode acessar qualquer router usando a facilidade do protocolo telnet. Para tanto, dentro da CLI do router aplique o comando EXEC TELNET [IP da WAN ou LAN]. Voce também podem acessa-los por qualquer computador das redes direita ou esquerda, desde que esses estejam na mesma subrede das interfaces LAN dos routers. Uma vez estando na CLI de um dos routers, voce pode acessar os demais com EXEC TELNET;<br />
# Observe se a configuração dos routers está como o previsto na janela abaixo. Talvez voce precise ajustar a configuração em algum roteador.<br />
# Faça a configuração Básica dos PCs e Roteadores NR2G com HDLC:<br />
#* '''R1:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
ESQUERDA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.20.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.20.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.2 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.1 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP <br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R2:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
DIREITA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.10.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.10.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.6 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.5 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.5 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R3:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
CENTRAL > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.1.231 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.1.255 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP<br />
SET WAN WAN1 PROTO HDLC IP 10.1.1.1 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.2 UP<br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP WAN1 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN1 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 192.168.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
# Para conferir as configurações das interfaces, use o comando ''show'' seguido da interface. Exemplo: <syntaxhighlight lang=text><br />
# SHOW WAN WAN0 ALL <br />
</syntaxhighlight><br />
# Assim que os enlaces forem estabelecidos, o que pode ser conferido com o comando ''show'' interface aplicado às interfaces, ''conclua'' a configuração da rede (rotas nos pcs e roteadores). Ela deve ser configurada de forma que um computador possa se comunicar com qualquer outro computador da outra rede, e também acessar a Internet. Para isso, use os comandos nos PCs como:<br />
#* sudo ifconfg eth0 x.x.x.x netmask m.m.m.m up - para atribuir outro endereço na placa de rede<br />
#* sudo route add default gw x.x.x.x - para atribuir um novo gateway para a placa de rede<br />
#* sudo route add -net x.x.x.x netmask m.m.m.m eth0 - para associar uma nova rede a interface eth0<br />
#* route -n - para ver a tabela atual de roteamento<br />
# Observe que optamos pelo uso de protocolos de roteamento dinâmico. Procure entender melhor como foi feita essa configuração, a partir do que está no manual, começando pela página 82.<br />
# Para o PC do professor aplique os comandos: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231<br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231 </syntaxhighlight><br />
# Para os PCs das subredes direita e esquerda: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo ifconfg eth0 192.168.x.y netmask 255.255.255.0 up - x={10,20}; y={1,2,3,4}<br />
$ sudo route add default gw 192.168.x.1 - x={10,20} </syntaxhighlight><br />
# Agora vamos analisar a conectividade de todas as subredes, incluindo o acesso à internet. Após isso vamos fazer uma avaliação sobre o desempenho dessa conectividade comparando os links com PPP e HDLC entre os roteadores.<br />
# Veja se o status das interfaces e protocolos da WAN e LAN de todos os routers estão em UP. Anote e avalie a configuração de todos os routers e os PCs das duas LANs direita e esquerda. <br />
# Verificar e anotar todas as configurações e instalações dos componentes de redes, modens, cabos, adaptadores, manobras dos cabos, etc...<br />
# Verificar e anotar todas as configurações lógicas dos modens, routers e PCs.<br />
# Acessar as redes mutuamente qualquer computador de um subrede deve acessar qualquer outro da outra subrede;<br />
# Acessar a internet em todos os PCs;<br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto SOMENTE COM UM ÚNICO PC. Em algum computador da subrede esquerda ou direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Teste o delay médio da comunicação usando PING aplicado em algum PC da outra subrede. <br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto COM TODOS OS PCs SIMULTANEAMENTE (solicite ao professor para sincronizar o teste de todos). Em todos os computadores das subredes esquerda e direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Realize pelo menos três medidas para cada teste e use a média desses valores como resultado final;<br />
# Excute o ''netperf'' entre computadores da ''mesma subrede'', anote os valores e compare com as medidas anteriores;<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay }}<br />
<br />
==24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay==<br />
<br />
# Recupere a comunicação física e os dados levantados da implementação da aula anterior da rede formada com enlaces ponto à ponto com protocolo HDLC;<br />
# Agora troque o protocolo HDLC dos enlaces por PPPS (protocolo PPP Síncrono - veja pg. 76 do manual). Faça isso primeiramente no router R3 (central) pois será perdido enlace com ele quando mudar o protocolo. Como exemplo, para trocar a configuração na interface WAN0 execute o comando: <syntaxhighlight lang=text> SET WAN WAN0 PROTO PPPS IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP </syntaxhighlight> Faça o mesmo para a WAN1 do router central e WAN0s dos routers esquerdo e direito. Não esqueça de aplicar o comando CONFIG SAVE para salvar a configuração atual. Observe o estado dos leds que indicam a presença de dados protocolados entre routers, tanto no frontal dos modens quanto no frontal dos routers. Eles ficaram apagados por um tempo mas devem retornar a acender depois de uns dois ou tres minutos. O led ST no frontal dos routers deve ficar na cor laranja indicando a queda dos links e depois de um tempo devem retornar a cor verde quando tudo estiver ok. <br />
# Repita e anote as mesmas medições de vazão conforme feito anteriormente com protocolo HDLC;<br />
# <math>\blacklozenge</math> '''DESAFIO''': Esta atividade faz parte da avaliação '''AE1''', veja mais detalhes com o professor: Acrescente mais uma rede na LAN1 do router central com endereço 192.168.30.0 também com 4 PCs e implemente uma rede Frame Relay para as 3 redes agora existentes. Determine um CIR de entrada (descida ou download) para todas elas de 1Mbps e um CIR de saída (subida ou upload) para todas elas de 512kbps. Realize novamente as medidas de delay e vazão para a host 192.168.1.1 assim como feito anteriormente para HDLC e PPP. Tabule e discuta os resultados alcançados com as 3 implementações.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 26/03 - Exercícios}}<br />
<br />
== 26/03 - Exercícios ==<br />
<br />
* Exercícios 4, 5 e 6 da [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1];<br />
* Recapitulação do conteúdo.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 31/03 - Interfaces Digitais}}<br />
<br />
== 31/03 - Interfaces Digitais ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] - até circuitos diferenciais;<br />
* As duas aulas do período da tarde serão utilizadas para finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na ativiade AE1.<br />
* Os Alunos Ronaldo, Fernando e Stephany comparecerem para a atividade extra programada à tarde. Evoluiram nas configurações FR mas não conseguiram estabelecer comunicação. Ficou pendente uma nova data para finalizar a atividade com ajuda do professor.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1}}<br />
<br />
== 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1 ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] até V.35;<br />
* Avaliação A1.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios}}<br />
<br />
== 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais];<br />
* <math>\blacklozenge</math> Tarefa para 14/04 - próxima aula ('''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''):<br />
Proponha e desenhe um esquema de ligações MÍNIMO de um cabo lógico que interliga um DTE a um DCE que estão configurados para uma comunicação de dados síncrona, que usa o clock do DTE como base de sincronismo. O controle de fluxo via hardware ́e requerido na comunicação e ela não se inicia se o circuito CT109 não estiver ativo. O DTE e DCE usam interface RS232 com conectores DB25 Fêmea.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes}}<br />
<br />
== 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Verificar e anotar todos os componentes nas conexões físicas entre modens, routers e PCs do laboratório realizado na aula de 19/03.<br />
<br />
* Apresentação do teste set como simulador de DTE em circuitos básicos de comunicação de dados.<br />
<br />
#Dinâmica da Aula:<br />
<br />
Com o objetivo de conhecer, identificar, especificar e instalar os componentes de redes associados a parte física de uma rede de telecomunicações, lançou-se a tarefa de realizar a troca dos roteadores central e esquerdo da rede para outros CISCO 2514 e 1750 respectivamente. Visando assimilar o significado e importância de todas as reconexões, não se priorizou refazer configurações em nível de enlace nos roteadores.<br />
<br />
Duas equipes foram dividas para executar a atividade, registrando com fotos todos os elementos de interesse para o relato que deve respoder as seguintes perguntas:<br />
#<br />
# <br />
# <br />
<br />
A atividade <math>\blacklozenge</math> deve ser realizada até para 23/04 e '''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''. Deve ser publicada aqui mesmo nesse espaço.<br />
<br />
A seguir seguem as respostas ilustradas com as fotos capturadas durante o experimento:<br />
<br />
'''Equipe A - Procedimentos de troca do Router Central"<br />
<br />
'''Adalvir, Giulio, Gustavo V., Walter'''<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
É necessário habilitar as interfaces, selecionar o tipo de encapsulamento e protocolo e criar a tabela de roteamento, porém estas alterações não foram realizadas, pois os roteadores estavam com defeito.<br />
<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
Os roteadores cisco possuem interfaces físicas proprietárias. Foi utilizado um cabo cisco, com conector próprio para ligar no router e na outra ponta um conector do tipo V.35. Como os conectores no bastidor de modens era do tipo DB25 foi necessário utilizar um adaptador para ligarmos os pinouts da interface v.35 com o DB25. <br />
<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Utilizamos um transceiver para converter a porta AUI do roteador em uma interface ETH para conectarmos a LAN de acesso a Internet.<br />
<br />
<br />
'''Equipe B - Procedimentos de troca do Router Esquerdo"<br />
<br />
'''Ronaldo, Vinicius, Lucas Gomes, João Vitor, Stephany, Fernando'''<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
O modem Digitel DT34 provê para conexão com o DTE um conector tipo D. padrão ISO2110-1980, fêmea, de 25 pinos, cujo os sinais, atendem o padrão Telebras. O Router Cisco 1750 possui uma interface proprietária, acompanhado de um cabo com interface V.35, cujo sinais da norma ISO2110. Portanto, é necessário o uso de adapatador V.35 para DB25 e um conector IGX devido a diferença entre os padrões de posição dos sinais do padrão Telebrás e ISO2110. Além da configuração do protocolo, IP das interfaces e roteamento.<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
A linha privativa a dois fios entre o modem esquerdo e central não sofreu modificação nas interface e conexões.<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Usamos adaptadores V.35 - DB25 e IGX para o modem. Para conexão com o DTE, o CISCO 1750 provê uma interface padrão Ethernet de 100Mbps.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 16/04 - Modens e enlaces de teste}}<br />
<br />
== 16/04 - Modens e enlaces de teste==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste]<br />
* Orientações sobre a finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na atividade AE1.<br />
* Uso do teste set com enlaces de teste em modens digitais.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{ENGTELECO}}</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED2-EngTel_(p%C3%A1gina)&diff=87774RED2-EngTel (página)2015-04-22T22:54:29Z<p>Vinicius.b: /* 14/04 - \blacklozenge Reconfiguração Física de Redes */</p>
<hr />
<div>'''Professores da Unidade Curricular'''<br />
<br />
{{Professor|2015-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] }}<br />
{{Professor|2014-2|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-2|(Diario de aulas)]]}}<br />
{{Professor|2014-1|[[Jorge Henrique B. Casagrande]] [[RED29005 2014-1|(Diario de aulas)]]}}<br />
<br />
<br />
= [[RED2-EngTel|Carga horária, Ementas, Bibliografia]]=<br />
<br />
<br />
=[[RED2-EngTel (Plano de Ensino) | Plano de Ensino]]=<br />
<br />
=Dados Importantes=<br />
''Professor'': [[Jorge Henrique B. Casagrande]]<br />
<br>''Email'': casagrande@ifsc.edu.br<br />
<br>''Atendimento paralelo'': 3as das 11:35 às 12:25h e 5as feira das 17:35h - 18:25 (Sala dos professores de TELE - ao lado da reprografia)<br />
<br> ''Endereço do grupo'': https://www.facebook.com/groups/667983626639907/<br />
<br> ''Link alternativo para Material de Apoio da disciplina'': http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED<br />
<br> Muitos conteúdos da disciplina estão sendo extraídos do material do professor '''Marcelo Sobral''' o qual já registro aqui meus agradecimentos pela autorização e apoio. Alguns deles foram inseridos ou adaptados para se ajustar ao planejamento ou perfil da turma.<br />
<br><br> Toda vez que voce encontrar a marcação <math>\blacklozenge</math> ao lado de alguma atividade, significa que essa atividade estará sendo computada na avaliação como AE ou AI. O prazo estabelecido para entrega estará destacado ao lado da atividade. Portanto, não perca o prazo limite para entrega. '''Atividades entregues fora do prazo não serão aceitas!'''<br />
<br />
=Avaliações=<br />
<br />
=Resultados das Avaliações=<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="5" cellspacing="0" <br />
!Aluno<br />
!AE1<br />
!AE2<br />
![AI]<br />
![[A1_2015_1| A1]]<br />
![[A2_2015_1| A2]]<br />
!A3<br />
!A4<br />
![[A5_2015_1| A5]]<br />
!REC A1<br />
!REC A2<br />
!REC A3<br />
!REC A4<br />
!REC A5<br />
!MÉDIA<br />
!NF<br />
!CONCEITO<br />
|-<br />
|Adalvir || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
|Clarice || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Fernando || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Gabriel || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Giulio || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Gustavo V. || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| João || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Lucas || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Ronaldo || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Stephany || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Vinícius || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
| Walter || || || || || || || || || || || || || || || ||<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
'''LEGENDA E DETALHES'''<br />
<br />
;'''AE''' = Atividades Extras: 10% da Avaliação - abrange uma ou mais tarefas a serem divulgadas ao longo do semestre;<br />
;'''AI''' = Avaliação Individual: 10% da Avaliação final - abrange desempenho, assiduidade, cumprimento de tarefas em sala ou de listas de exercícios;<br />
;'''An''' = Avaliação ''n'': 20% da Avaliação (n=4) - Programadas para cada parte do programa;<br />
;'''REC An''' = Recuperação da Avaliação An: A recuperação de todas An serão em data única e o aluno só tem a obrigação de recuperar An<60;<br />
;'''NF''' = Nota Final com critério de arredondamento de +/-5 pontos considerando a fórmula abaixo: '''NF''' = 0,16(soma{MaiorNota{An,REC An}}) + 0,1(médiaAE) + 0,1(AI)<br />
<br />
Se '''NF''' < 6,0 = '''D''' --> '''Reprovado''' <br><br />
Se 60 =< '''NF''' < 75 = '''C''' --> '''Aprovado''' <br><br />
Se 75 =< '''NF''' < 90 = '''B''' --> '''Aprovado'''<br><br />
Se '''NF''' >= 90 = '''A''' --> '''Aprovado'''<br><br />
<br />
=Recados Importantes=<br />
<br />
<br> '''05/02 Uso da Wiki:''' A partir dessa data,todo o repositório de material de apoio e referências de nossas aulas passam a usar a Wiki de tele. Para interação fora da sala de aula, acessem nosso [https://www.facebook.com/groups/667983626639907/ grupo] do facebook. <br />
<br />
<br> '''05/02 ATENÇÃO:''' Uma avaliação só pode ser recuperada somente se existir justificativa reconhecida pela coordenação. Desse modo, deve-se protocolar a justificativa no prazo de 48 horas, contando da data e horário da avaliação, e aguardar o parecer da coordenação. O não cumprimento desse procedimento implica a impossibilidade de fazer a recuperação, e assim a reprovação na disciplina.<br />
<br />
=Material de Apoio=<br />
<br />
;Atividades extra sala de aula<br />
<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
<!--:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista2_2014_2.pdf LISTA2] de exercícios para a avaliação A2<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista3_2014_2.pdf LISTA3] de exercícios para a avaliação A3<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista4_2014_2.pdf LISTA4] de exercícios para a avaliação A4<br />
--><br />
;Slides utilizados durante algumas aulas<br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/redes_circuitos_virtuais.pdf Redes de Circuitos Virtuais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
:* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste] <br />
<!--<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/lan.pdf REDES LOCAIS]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/vlan.pdf IEEE802.3q VLAN]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/stp.pdf IEEE802.3d]<br />
:* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/ieee.pdf Arquitetura IEEE802.3]<br />
--><br />
<br />
;Manuais e outros<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/manuais/Guia_DT2048_SHDSL_T_E_S_VG_210.5088.00-1.pdf Guia Rápido de Configuração Modem DT2048SHDSL;]<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Manual_NR-2G_3200_e_4200.pdf manual Router NR2G] da Digitel;<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420guia.pdf guia rápido de configuração Globalink UP3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/Globalink3420.pdf Manual de configuração Gloalink3420;] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DT34.pdf Manual de configuração DT34.] <br />
<!--<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324.pdf Manual DSLAM DLINK DAS3324.] <br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/DAS-3324guia.pdf Guia rápido DSLAM DLINK DAS3324.] <br />
--><br />
<br />
* [http://www.cisco.com/warp/cpropub/45/tutorial.htm Tutorial sobre a interface CLI de roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/tech/tk713/tk507/technologies_tech_note09186a008019cfa7.shtml#ppp01 Resolução de problemas com PPP em roteadores Cisco]<br />
* [http://www.cisco.com/en/US/products/hw/routers/ps221/products_password_recovery09186a0080094773.shtml Recuperação de senha em roteadores Cisco 1700 e 1800]<br />
<!--<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/apoio/dlink Alguns procedimentos para o switch D-Link DES-3526 em português]<br />
--><br />
<br />
<br />
== Bibliografia ==<br />
<br />
* ''Redes de Computadores e a Internet, 5a edição'', de James Kurose.<br />
* ''Redes de Computadores, 4a edição'', de Andrew Tanenbaum.<br />
* ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a edição'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<!--* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ Antiga página da disciplina (2009-1 e 2009-2)]--><br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs.html Links para outros materiais, normas, artigos, e apostilas do prof. Jorge Casagrande]<br />
* [http://books.google.com/books?id=C9ZN-jYKHpMC&printsec=frontcover&dq=forouzan&hl=pt-BR&ei=fvt2TP3eCMH58Aa77cS1Bw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3&ved=0CDMQ6AEwAg#v=onepage&q&f=false Comunicação de dados e Redes de Computadores, de Berhouz Forouzan (alguns capítulos no Google Books)]<br />
<br />
Para pesquisar o acervo das bibliotecas do IFSC:<br />
* [http://biblioteca.ifsc.edu.br/sophia/ Acesso ao acervo da Biblioteca do IFSC]<br />
<br />
== Softwares ==<br />
<br />
* [[Netkit]]: possibilita criar experimentos com redes compostas por máquinas virtuais Linux<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~msobral/IER/ipkit/ IPKit]: um simulador de encaminhamento IP (roda direto dentro do navegador)<br />
<br />
=Diário de aulas RED29005 - 2015-1 - Prof. Jorge H. B. Casagrande=<br />
<br />
{{Collapse top |05/02 - Redes de Longa Distância - WAN }}<br />
<br />
==05/02 - Redes de Longa Distância - WAN==<br />
<br />
* Apresentação da disciplina;<br />
* Visão geral de uma WAN; <br />
* Componentes de uma infra-estrutura de telecomunicações;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |10/02 - Redes Privativas }}<br />
<br />
==10/02 - Redes Privadas ==<br />
<br />
* O modelo básico de comunicação de dados;<br />
* Evolução das Redes Locais baseadas em hospedeiros para as Redes Privativas de longa distância;<br />
* Da Unidade de Derivação Digital (UDD) para os ServerSwitches ou switches KVM;<br />
* A Linha Privativa de Comunicação de Dados (LPCD);<br />
* O Serviço de Linha Dedicada Digital (SLDD) como base na formação de Redes Privativas;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/02 - Redes de Circuitos Virtuais}}<br />
<br />
==12/02 - Redes de Circuitos Virtuais ==<br />
<br />
* Experimento: Comunicação entre Computadores via porta serial;<br />
* A banda passante e os meios metálicos de transmissão;<br />
* O exemplo da evolução do backbone da RNP;<br />
* A Multiplexação como solução no compartilhamento e otimização do uso de enlaces de transmissão.<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS}}<br />
<br />
==24/02 - Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e MPLS ==<br />
<br />
* Redes de Circuitos Virtuais - Frame Relay e ATM;<br />
* Redes virtuais com MPLS;<br />
* Experimento com netkit: Rede MPLS<br />
<br />
<br />
* '''''Referências sobre MPLS:'''''<br />
** Capítulo 5 (seção 5.8) do livro ''Redes de Computadores e a Internet, 5a ed.'', de James Kurose.<br />
** Capítulo 5 (seção 5.4.5) do livro ''Redes de Computadores, 4a ed.'', de Andrew Tanenbaum (ou seção 5.6.5 da 5ª ed.).<br />
** [http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS na Wikipedia]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3031.txt RFC 3031: MPLS Architecture]<br />
** [http://www.ietf.org/rfc/rfc3032.txt MPLS Label Stack Encoding]<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs/mpls-linux Documentação sobre os experimentos com MPLS (tirados do projeto MPLS-Linux)]<br />
<br />
[http://en.wikipedia.org/wiki/Multiprotocol_Label_Switching MPLS] é um mecanismo para redes de telecomunicações de alto desempenho que encaminha e transporta dados de um nó da rede a outro. Isso se faz por meio de links virtuais entre nós distantes um do outro, semelhante ao conceito de ''circuitos virtuais''. Diversos protocolos podem ser transportados por MPLS, tais como IP e Ethernet (note que o primeiro é um protocolo de rede, mas o segundo é um ''"protocolo"'' de enlace). Assim, MPLS se apresenta como uma tecnologia de transporte de dados em redes de longa distância, como ilustrado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-network.jpg]]<br />
<br />
Simplificadamente, um cabeçalho (''shim header'') é adicionado a cada PDU a ser transportada pela rede MPLS. O rótulo contém um número identificador chamado de rótulo (''label'', e similar ao ''VCI'' visto em circuitos virtuais), junto com alguns bits de controle. Os roteadores dentro da rede MPLS encaminham essas PDUs com base somente no conteúdo desse cabeçalho, comutando-os de acordo com os valores de rótulo (''label switching''). Note que MPLS não faz roteamento, e sim comutação de circuitos virtuais: os circuitos devem ser previamente estabelecidos para que o encaminhamento de PDUs entre origem e destino possa ser realizada. Desta forma, MPLS parece ser um protocolo que fica entre as camadas de rede e de enlace, como mostrado na figura a seguir.<br />
<br />
[[imagem:Mpls_protocolstack.jpg]] ----> [[imagem:MPLS_D2.gif]]<br />
<br />
<br />
O cabeçalho MPLS possui apenas 32 bits, como mostrado abaixo. O valor de rótulo ocupa 20 bits, o que possibilita pouco mais de 1 milhão de diferentes rótulos (<math>2^{20}</math>). Há um campo ''Time To Live'' (ou simplesmente ''TTL'') com 8 bits, com mesma finalidade que o campo homônimo existente em PDUS IPv4: evitar que um erro de configuração em um roteador faça com que PDUs fiquem circulando eternamente em um ''loop'' na rede. O valor desse campo ''TTL'' é decrementado por cada roteador que encaminhe a PDU e, se o valor chegar a 0, a PDU é descartada. O campo ''Exp'' com 3 bits foi pensado para codificar a classe de serviço da PDU, a qual pode ser usada por mecanismos de qualidade de serviço (''QoS'') existentes na rede. Por exemplo, o valor de ''Exp'' pode ser usado como prioridade da PDU em um determinado roteador dentro da rede MPLS. Por fim, o bit ''S'' (''bottom of stack'') informa se esse é o último cabeçalho MPLS na PDU, uma vez que podem-se empilhar dois ou mais desses cabeçalhos.<br />
<br />
<br />
[[imagem:Mpls-label.png]]<br />
<br />
<br />
A terminologia MPLS possui nomes próprios para diversos componentes da arquitetura. Como ocorre em outras tecnologias, existem conceitos conhecidos apresentados porém com nomes diferentes. A tabela abaixo descreve alguns termos importantes existentes no MPLS:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Termo<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''LSP'' || Label Switching Path, o análogo a circuito virtual.<br />
|-<br />
|''LSR'' || Label Switching Router, ou roteador capaz de comutar PDUs MPLS.<br />
|-<br />
|''LER'' || Label Edge Router, ou roteador que faz a interface entre a rede MPLS (onde se encaminham PDUs exclusivamente com base nos rótulos), e a rede externa (onde não se usa MPLS). A rede externa pode ser qualquer outra rede, como IPv4, IPv6 ou mesmo LAN Ethernet. Note que LER é um tipo especial de LSR, e podem ser denominados também como ''LSR ingress'' (''LSR'' de entrada na rede MPLS) e ''LSR egress'' (''LSR'' de saída da rede MPLS).<br />
|-<br />
|''LFIB'' || Label Forwarding Information Base, ou o conjunto de informações existentes nos LSR usadas para fazer o encaminhamento das PDUS MPLS. Pode ser entendida como uma estrutura análoga à tabela de comutação de circuitos virtuais.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
Usando os termos acima, podem-se descrever redes MPLS demonstrativas como mostrado a seguir. Na primeira rede há dois LSP: um vai do ''Host X'' ao ''Host Z'' e está identificado com PDUS em amarelo, e outro vai de ''Host X'' ao ''Host Y'' e tem PDUs em azul. O número dentro de cada PDU informa os valores de rótulo usados ao longo dos LSP. Assim como em circuitos virtuais em geral (e como em Frame Relay e ATM), os valores de rótulo podem ser modificados por cada roteador que os comute.<br />
<br />
[[imagem:Mplsrouters.gif]]<br />
<br />
=== Conceitos básicos sobre comutação de rótulos ===<br />
<br />
A comutação de rótulos feita nos LSR é muito parecida com comutação de circuitos virtuais. Ao receber uma PDU MPLS, um LSR decide o que fazer com ela com base no número do rótulo e na interface de rede de onde ela foi recebida. Porém há um detalhe específico do MPLS: uma ou mais interfaces podem ser associadas em um ''labelspace MPLS'', sendo esse ''labelspace'' usado para identificar de onde foi recebida uma PDU. Desta forma, um LSR na verdade decide o que fazer com uma PDU com base em seu rótulo e no seu ''labelspace''. Dentro do LSR essa operação se chama ''ILM'' (''Input Label Mapping'').<br />
<br />
'''''ILM''' é a função que identifica uma PDU recebida e mapeia seu rótulo para um '''labelspace'''''<br />
<br />
Um caso especial trata de PDUs que entram na rede MPLS. Por exemplo, uma PDU IPv4, originada de uma rede externa, deve ser transportada pela rede MPLS. Nesse caso, o ''LER'' (roteador de borda) deve associar essa PDU a um rótulo MPLS e encaminhá-lo pela rede MPLS. A identificação de uma PDU externa à rede MPLS, com base nas informações dessa PDU, se chama ''FEC'' (''Forwarding Equivalence Class'').<br />
<br />
Uma vez identificada uma PDU recebida, o LSR deve encaminhá-la de acordo com instruções predefinidas em sua ''LFIB''. Dentro de sua LFIB essas instruções são chamadas de ''NHLFE'' (''Next-Hop Label Forwarding Entry''), e contêm a '''operação MPLS''' a ser realizada e a interface de saída por onde encaminhar a PDU. As operações MPLS possíveis estão descritas na tabela abaixo:<br />
<br />
<br />
{| border="1" cellpadding="2"<br />
!Operação<br />
!Descrição<br />
|-<br />
|''SWAP'' || Troca o valor de rótulo. Essa operação deve ser usada para comutação dentro da rede MPLS. Mesmo quando o novo valor de rótulo for idêntico ao anterior essa operação deve ser realizada.<br />
|-<br />
|''PUSH'' || Adiciona um cabeçalho MPLS com um determinado valor de rótulo. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU entra na rede MPLS.<br />
|-<br />
|''POP'' || Remove o cabeçalho MPLS. Essa operação deve ser usada principalmente nos ''LER'', quando uma PDU sai da rede MPLS.<br />
|-<br />
|}<br />
<br />
<br />
A comutação fica completa ao se juntarem o mapeamento de entrada (''ILM'') com as ''NHLFE'', no caso de comutação dentro da rede MPLS. No caso de entrada de PDUs na rede MPLS, a operação se chama ''FTN'' (''Fec-To-Nhlfe''), que nada mais é que regras para associar os rótulos MPLS a essas PDUS. No exemplo da PDU IPv4, pode-se usar o endereço IPv4 de destino dessa PDU para escolher que rótulo MPLS deve ser usado. Isso está sumarizado na figura abaixo.<br />
<br />
[[imagem:Mpls-lfib.png]]<br />
<br />
=== Atividade com MPLS ===<br />
<br />
* [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lab_mpls1.pdf 1o Experimento com MPLS]<br />
** Os experimentos usarão o [[Netkit#Switches_MPLS|Netkit e MPLS]]<br />
** Lab do netkit com o experimento:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2001:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
* '''Exercício''': Considere o roteiro realizado em sala e faça o LSP entre A2 e A1 passar por E5 ao invés de E3 - Ou seja, isso implica modificar a configuração dos roteadores E2, E3, E4 e E5:<br />
<br />
[[imagem:Exercicio-mpls-1.png|600px]]<br />
<br />
<!--<br />
* '''E4:''' mudar a ''NHLFE'' para que o LSP A2->A1 vá para E5.<br />
* '''E5:''' fazer a comutação A2->A1 que antes ficava em E3.<br />
* '''E2:''' modificar o ''labelspace 0'' para que contenha a interface ''eth3''.<br />
* '''E3:''' removida a configuração da comutação A2->A1<br />
<br />
Solução:<br />
<br />
<code><br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1001:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.5<br />
e5[nhlfe]=1:interface=eth1:label=2001:ip=10.0.1.2<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=2001:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1001:labelspace=0<br />
e5[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth3<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth0,eth1<br />
<br />
<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
--><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels }}<br />
<br />
== 26/02 - MPLS - Labelspaces e Tunels ==<br />
<br />
=== Atividade ===<br />
<br />
* [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/mpls_labelspaces.pdf Roteiro sobre labelspaces e túneis MPLS]<br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre labelspaces:'''<br />
<br />
<code><br />
<br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a2[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e2[fec]=172.16.20.0/24:nhlfe=1<br />
e4[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.3<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth0:label=1000:ip=10.0.2.2<br />
e3[nhlfe]=2:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.4<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=1000:ip=10.0.6.3<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e2[ilm]=1000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=0:nhlfe=2<br />
e3[ilm]=1000:labelspace=1:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=1000:labelspace=0<br />
<br />
#Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e3[labelspace]=1:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a2[eth2]=link7:ip=172.16.20.20/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a2[default_gateway]=172.16.20.4<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
'''Laboratório do netkit sobre túneis:'''<br />
<br />
<code><br />
e1[type]=mpls <br />
e2[type]=mpls <br />
e3[type]=mpls<br />
e4[type]=mpls<br />
e5[type]=mpls<br />
a1[type]=generic<br />
a3[type]=generic<br />
a4[type]=generic<br />
<br />
# FEC: mapeia subrede destino para nhlfe<br />
e1[fec]=172.16.10.0/24:nhlfe=1<br />
e2[fec]=172.16.30.0/24:nhlfe=1<br />
<br />
# NHLFE: como encaminhar PDUs MPLS<br />
e1[nhlfe]=1:interface=eth2:label=500:ip=10.0.3.2<br />
e2[nhlfe]=1:interface=eth3:label=100:ip=10.0.1.5<br />
e3[nhlfe]=1:interface=eth2:label=300:ip=10.0.5.1<br />
e4[nhlfe]=1:interface=eth1:label=3000:ip=10.0.6.3<br />
e5[nhlfe]=1:label=200:nhlfe=2<br />
e5[nhlfe]=2:interface=eth0:label=2000:ip=10.0.4.4<br />
<br />
# ILM: como identificar PDUs MPLS recebidas<br />
e1[ilm]=300:labelspace=0<br />
e2[ilm]=500:labelspace=0<br />
e3[ilm]=3000:labelspace=0<br />
e3[ilm]=200:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e4[ilm]=2000:labelspace=0:nhlfe=1<br />
e5[ilm]=100:labelspace=0:nhlfe=1<br />
<br />
# Labelspace: os mapeamentos de labelspaces a interfaces<br />
e1[labelspace]=0:interfaces=eth3<br />
e2[labelspace]=0:interfaces=eth2<br />
e3[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
e4[labelspace]=0:interfaces=eth0<br />
e5[labelspace]=0:interfaces=eth1<br />
<br />
e1[eth1]=link9:ip=172.16.30.1/24<br />
e1[eth2]=link3:ip=10.0.3.1/24<br />
e1[eth3]=link5:ip=10.0.5.1/24<br />
e2[eth0]=link2:ip=10.0.2.2/24<br />
e2[eth1]=link8:ip=172.16.10.2/24<br />
e2[eth2]=link3:ip=10.0.3.2/24<br />
e2[eth3]=link1:ip=10.0.1.2/24<br />
e3[eth0]=link2:ip=10.0.2.3/24<br />
e3[eth1]=link6:ip=10.0.6.3/24<br />
e3[eth2]=link5:ip=10.0.5.3/24<br />
e3[eth3]=link10:ip=172.16.40.3/24 <br />
e4[eth0]=link4:ip=10.0.4.4/24<br />
e4[eth1]=link6:ip=10.0.6.4/24<br />
e4[eth2]=link7:ip=172.16.20.4/24<br />
e5[eth0]=link4:ip=10.0.4.5/24<br />
e5[eth1]=link1:ip=10.0.1.5/24<br />
<br />
a1[eth2]=link8:ip=172.16.10.10/24<br />
a3[eth0]=link9:ip=172.16.30.30/24<br />
a4[eth0]=link10:ip=172.16.40.40/24<br />
<br />
a1[default_gateway]=172.16.10.2<br />
a3[default_gateway]=172.16.30.1<br />
a4[default_gateway]=172.16.40.3<br />
<br />
</syntaxhighlight><br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto }}<br />
<br />
== 03/03 - Protocolos de Enlace Ponto à Ponto ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Revisão sobre MPLS;<br />
* Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos Ponto à Ponto];<br />
* Serviços da Camada de enlace.<br />
<br />
'''Bibliografia relacionada:'''<br />
* Seção 5.7 do livro "Redes de Computadores" do Kurose 5a ed.<br />
* Parte III e capítulos 10 e 11 do livro "Comunicação de Dados e Redes de Computadores, 4a ed.", de Behrouz Forouzan<br />
* Capítulo 3 do livro "Redes de Computadores" de Andrew Tanenbaum.<br />
<br />
'''Fundamentos Teóricos'''<br />
<br />
=== Enlaces lógicos ===<br />
<br />
Equipamentos de rede se comunicam por meio de enlaces (''links''). Um enlace é composto por uma '''parte física''', composta pelo meio de transmissão e o hardware necessário para transmitir e receber um sinal que transporta a informação, e uma '''parte lógica''', responsável por empacotar os dados a serem transmitidos. O diagrama abaixo ilustra um enlace entre dois equipamentos, realçando as formas com que a informação é representada durante a transmissão e recepção. Nesse diagrama, a ''parte lógica'' está representada no bloco ''Enlace'', e a ''parte física'' está no bloco ''Física''; a informação transmitida, representada por ''Dados'', pode ser, por exemplo, um datagrama IP.<br />
<br />
[[imagem:Datalink-phy.png|600px]]<br />
<br />
O enlace lógico tem uma dependência total em relação à parte física. Isso quer dizer que o tipo de tecnologia de transmissão existente na parte física traz requisitos para o projeto da parte lógica.<br />
<br />
Deste ponto em diante, a ''parte lógica'' será chamada simplesmente de '''Camada de Enlace''', e a parte física de '''Camada Física'''.<br />
<br />
Em nosso estudo vamos investigar '''enlaces ponto-a-ponto''', os quais necessitam de protocolos específicos. Para ficar mais claro o que deve fazer um protocolo de enlace ponto-a-ponto, vamos listar os serviços típicos existentes na camada de enlace. <br />
<br />
===== Serviços da camada de enlace =====<br />
<br />
[[Image:Data-link.png]]<br />
<br />
Os serviços identificados na figura acima estão descritos a seguir. A eles foram acrescentados outros dois:<br />
<br />
* '''Encapsulamento (ou ''enquadramento'')''': identificação das PDUs (quadros) de enlace dentro de sequências de bits enviadas e recebidas da camada física<br />
* '''Controle de erros''': garantir que quadros sejam entregues no destino<br />
** '''''Detecção de erros''''': verificação da integridade do conteúdo de quadros (se foram recebidos sem erros de bits)<br />
* '''Controle de fluxo''': ajuste da quantidade de quadros transmitidos, de acordo com a capacidade do meio de transmissão (incluindo o atraso de transmissão) e do receptor<br />
* '''Endereçamento''': necessário quando o enlace for do tipo '''multi-ponto''', em que vários equipamentos compartilham o meio de transmissão (ex: redes locais e redes sem-fio)<br />
* '''Controle de acesso ao meio (MAC)''': também necessário para '''meios compartilhados''', para disciplinar as transmissões dos diversos equipamentos de forma a evitar ou reduzir a chance de haver colisões (transmissões sobrepostas)<br />
* '''Gerenciamento de enlace''': funções para ativar, desativar e manter enlaces<br />
<br />
==== Protocolos de enlace ponto-a-ponto ====<br />
<br />
Dois protocolos de enlace ponto-a-ponto muito utilizados são:<br />
* '''PPP (''Point-to-Point Protocol''):''' proposto no início dos anos 90 pelo IETF (ver [http://www.ietf.org/rfc/rfc1661.txt RFC 1661]), e amplamente utilizado desde então. Este protocolo não faz controle de erros nem de fluxo, portanto se quadros sofrerem erros de transmissão serão sumariamente descartados no receptor. Originalmente muito usado em acesso discado, recentemente sua aplicação se concentra em enlaces por linhas dedicadas, enlaces sem-fio 3G, e uma versão modificada para acesso doméstico ADSL (''PPPoE''). Ver mais detalhes na seção 5.7 do livro do Kurose e na seção 11.7 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan. <br />
* '''HDLC (''High-level Data Link Control''):''' criado nos anos 70, foi largamente utilizado em enlaces ponto-a-ponto, porém atualmente foi substituído pelo PPP na maioria dos cenários em que era usado. Este protocolo faz controle de erros e de fluxo usando um [[Desempenho_ARQ|mecanismo ARQ do tipo Go-Back-N]] (com janela de tamanho 7 ou 127). Ainda se aplica a enlaces ponto-a-ponto em linhas dedicadas, enlaces por satélite e aplicações específicas onde a presença de ruídos no meio de transmissão é relevante ou se deseja confiabilidade na entrega de pacotes na camada 2. Ver mais detalhes na seção 11.6 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan.<br />
<br />
<br />
Ambos protocolos possuem o mesmo formato de quadro. Na verdade, o PPP copiou o formato de quadro do HDLC, apesar de não utilizar os campos ''Address'' e ''Control''. O campo ''Flag'', que tem o valor predefinido <math>7E_H</math>, serve para delimitar quadros, assim o receptor sabe quando inicia e termina cada quadro.<br />
<br />
[[imagem:Ppp-frame.png|400px]]<br />
<br>''Quadro PPP ou HDLC (tamanho de campos dados em bytes)''<br><br />
<br />
Esses protocolos foram criados para uso com comunicação serial síncrona (ver capítulo 4, seção 4.3 do livro ''Comunicação de Dados e Redes de Computadores'', de Behrouz Forouzan). O PPP funciona também com [http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunica%C3%A7%C3%A3o_serial_ass%C3%ADncrona comunicação serial assíncrona].<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 05/03 - Protocolos HDLC e PPP }}<br />
<br />
== 05/03 - Protocolos HDLC e PPP ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos Slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/protocolos_pp.pdf Protocolos HDLC e PPP];<br />
* Explicações adicionais sobre bit e byte stuffing;<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 10/03 - Detecção e Correção de Erros}}<br />
<br />
== 10/03 - Detecção e Correção de Erros ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Abordagem sobre erros em sistemas de telecomunicações: Erro de bit, erro de rajada;<br />
* Uso do campo FCS (Frame Check Sequence) nos protocolos da camada 2 para fins de de detecção de erro;<br />
* Check de paridade simples em sistemas assíncronos de comunicação de dados;<br />
* Paridade bidimensional ou longitudinal;<br />
* Revisão sobre a técnica de CheckSum;<br />
* CRC ficou para a próxima aula.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 12/03 - Técnica CRC}}<br />
<br />
== 12/03 - Técnica CRC ==<br />
<br />
'''Atenção:''' liberada a [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1] de exercícios para a avaliação A1<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Técnicas polinomiais na detecção e correção de erros na formação do FCS com códigos cíclicos CRC;<br />
* Início dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] <br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC}}<br />
<br />
== 17/03 - Desempenho de protocolos PPP e HDLC ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
* Laboratório usando roteadores reais: Comparativo de desempenho com PPP e HDLC.<br />
<br />
Para esta atividade já está implementada uma rede composta por três roteadores da Digitel, que estarão interligados como mostrado abaixo:<br />
<br />
[[imagem:Rede-modems.png|600px]]<br />
<br />
A rede contém dois enlaces dedicados ponto-à-ponto (simulando duas SLDDs formadas por LPCDs à 2 fios) com modems digitais operando a 2 Mbps. Os Modens da DIGITEL modelo DT2048SHDSL estão configurados da seguinte forma: (chaves em ON) <br />
* Modens do rack central: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo NTU (terminação de rede), relógio interno, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
* Modens do rack direito e esquerdo: DIP1-todas; DIP2-7,8; DIP3-todas OFF; DIP4-5 - Modo LTU (terminação de linha), relógio regenerado, 2048Kbps, e interface V.35 padrão ISO2110;<br />
<br />
Todos os roteadores estão configurados com protocolos HDLC em suas interfaces serias WAN e rodando o algoritmo de roteamento RIP em sua forma mais básica para evitar a configuração de rotas estáticas na interligação das LANs do switch direito e esquerdo.<br />
<br />
;Iniciando o experimento<br />
<br />
# Acesse a interface de gerência (console) do roteador R1 ou R2. O roteador R1 está no rack esquerdo, o roteador R3 está no rack central, e R2 está no rack direito. Para acessar a console, faça o seguinte:<br />
## Conecte o cabo serial específico na interface serial RS232 do seu computador. Conecte esse cabo também na interface ''console'' do roteador, que fica no painel traseiro. Como os roteadores estão distantes das bancadas, será necessário usar as tomadas azuis, que conectam as bancadas aos racks.<br />
## Execute o programa ''minicom'', que abre um terminal de texto via porta serial. Ele deve ser configurado para se comunicar pela porta serial ''/dev/ttyS0'', com 57600 bps, 8 bits de dados e 1 stop-bit (isso aparece descrito assim: 57600 8N1) e sem controles de fluxo. <syntaxhighlight lang=bash><br />
sudo minicom -s<br />
</syntaxhighlight><br />
## Se o ''minicom'' estiver correto, você deverá ver a interface CLI do roteador (''Command Line Interface''). Caso contrário, confira se o cabo serial está bem encaixado, e se os parâmetros do ''minicom'' estão certos.<br />
# O login e senha para acessar a configuração dos routers é "nr2g" e "digitel" respectivamente. Ao entrar na CLI avalie a configuração geral dos routers com o comando DUMP ALL;<br />
# Voce pode acessar qualquer router usando a facilidade do protocolo telnet. Para tanto, dentro da CLI do router aplique o comando EXEC TELNET [IP da WAN ou LAN]. Voce também podem acessa-los por qualquer computador das redes direita ou esquerda, desde que esses estejam na mesma subrede das interfaces LAN dos routers. Uma vez estando na CLI de um dos routers, voce pode acessar os demais com EXEC TELNET;<br />
# Observe se a configuração dos routers está como o previsto na janela abaixo. Talvez voce precise ajustar a configuração em algum roteador.<br />
# Faça a configuração Básica dos PCs e Roteadores NR2G com HDLC:<br />
#* '''R1:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
ESQUERDA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.20.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.20.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.2 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.1 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP <br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R2:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
DIREITA > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.10.1 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.10.255 <br />
SET LAN LAN0 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.6 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.5 UP <br />
SET WAN WAN1 PURGE <br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 10.1.1.5 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
#* '''R3:''' <syntaxhighlight lang=text><br />
CENTRAL > <br />
SET LAN LAN0 IP 192.168.1.231 MASK 255.255.255.0 BROADCAST 192.168.1.255 UP <br />
SET LAN LAN1 PURGE <br />
SET WAN WAN0 PROTO HDLC IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP<br />
SET WAN WAN1 PROTO HDLC IP 10.1.1.1 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.2 UP<br />
<br />
SET RIP REDIST-STATIC TRUE REDIST-CONNECTED TRUE REDIST-OSPF FALSE DEFAULTMETRIC 2<br />
SET RIP WAN0 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN0 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP WAN1 ENABLED TRUE TYPE ACTIVE <br />
SET RIP WAN1 AUTH TYPE NONE <br />
SET RIP UP <br />
<br />
SET ROUTES DEFAULT GW1 192.168.1.1 COST1 0 <br />
SET ROUTES UP<br />
</syntaxhighlight><br />
# Para conferir as configurações das interfaces, use o comando ''show'' seguido da interface. Exemplo: <syntaxhighlight lang=text><br />
# SHOW WAN WAN0 ALL <br />
</syntaxhighlight><br />
# Assim que os enlaces forem estabelecidos, o que pode ser conferido com o comando ''show'' interface aplicado às interfaces, ''conclua'' a configuração da rede (rotas nos pcs e roteadores). Ela deve ser configurada de forma que um computador possa se comunicar com qualquer outro computador da outra rede, e também acessar a Internet. Para isso, use os comandos nos PCs como:<br />
#* sudo ifconfg eth0 x.x.x.x netmask m.m.m.m up - para atribuir outro endereço na placa de rede<br />
#* sudo route add default gw x.x.x.x - para atribuir um novo gateway para a placa de rede<br />
#* sudo route add -net x.x.x.x netmask m.m.m.m eth0 - para associar uma nova rede a interface eth0<br />
#* route -n - para ver a tabela atual de roteamento<br />
# Observe que optamos pelo uso de protocolos de roteamento dinâmico. Procure entender melhor como foi feita essa configuração, a partir do que está no manual, começando pela página 82.<br />
# Para o PC do professor aplique os comandos: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 eth0 <br />
$ sudo route add -net 192.168.10.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231<br />
$ sudo route add -net 192.168.20.0 netmask 255.255.255.0 gw 192.168.1.231 </syntaxhighlight><br />
# Para os PCs das subredes direita e esquerda: <syntaxhighlight lang=bash><br />
$ sudo ifconfg eth0 192.168.x.y netmask 255.255.255.0 up - x={10,20}; y={1,2,3,4}<br />
$ sudo route add default gw 192.168.x.1 - x={10,20} </syntaxhighlight><br />
# Agora vamos analisar a conectividade de todas as subredes, incluindo o acesso à internet. Após isso vamos fazer uma avaliação sobre o desempenho dessa conectividade comparando os links com PPP e HDLC entre os roteadores.<br />
# Veja se o status das interfaces e protocolos da WAN e LAN de todos os routers estão em UP. Anote e avalie a configuração de todos os routers e os PCs das duas LANs direita e esquerda. <br />
# Verificar e anotar todas as configurações e instalações dos componentes de redes, modens, cabos, adaptadores, manobras dos cabos, etc...<br />
# Verificar e anotar todas as configurações lógicas dos modens, routers e PCs.<br />
# Acessar as redes mutuamente qualquer computador de um subrede deve acessar qualquer outro da outra subrede;<br />
# Acessar a internet em todos os PCs;<br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto SOMENTE COM UM ÚNICO PC. Em algum computador da subrede esquerda ou direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Teste o delay médio da comunicação usando PING aplicado em algum PC da outra subrede. <br />
# Teste a vazão pelos enlaces ponto-a-ponto COM TODOS OS PCs SIMULTANEAMENTE (solicite ao professor para sincronizar o teste de todos). Em todos os computadores das subredes esquerda e direita execute:<syntaxhighlight lang=bash> netperf -f k -H 192.168.1.1</syntaxhighlight><br />
# Realize pelo menos três medidas para cada teste e use a média desses valores como resultado final;<br />
# Excute o ''netperf'' entre computadores da ''mesma subrede'', anote os valores e compare com as medidas anteriores;<br />
<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top |24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay }}<br />
<br />
==24/03 - <math>\blacklozenge</math> Comparação de Desempenho entre Protocolos Ponto à Ponto e Frame Relay==<br />
<br />
# Recupere a comunicação física e os dados levantados da implementação da aula anterior da rede formada com enlaces ponto à ponto com protocolo HDLC;<br />
# Agora troque o protocolo HDLC dos enlaces por PPPS (protocolo PPP Síncrono - veja pg. 76 do manual). Faça isso primeiramente no router R3 (central) pois será perdido enlace com ele quando mudar o protocolo. Como exemplo, para trocar a configuração na interface WAN0 execute o comando: <syntaxhighlight lang=text> SET WAN WAN0 PROTO PPPS IP 10.1.1.5 MASK 255.255.255.252 PEER 10.1.1.6 UP </syntaxhighlight> Faça o mesmo para a WAN1 do router central e WAN0s dos routers esquerdo e direito. Não esqueça de aplicar o comando CONFIG SAVE para salvar a configuração atual. Observe o estado dos leds que indicam a presença de dados protocolados entre routers, tanto no frontal dos modens quanto no frontal dos routers. Eles ficaram apagados por um tempo mas devem retornar a acender depois de uns dois ou tres minutos. O led ST no frontal dos routers deve ficar na cor laranja indicando a queda dos links e depois de um tempo devem retornar a cor verde quando tudo estiver ok. <br />
# Repita e anote as mesmas medições de vazão conforme feito anteriormente com protocolo HDLC;<br />
# <math>\blacklozenge</math> '''DESAFIO''': Esta atividade faz parte da avaliação '''AE1''', veja mais detalhes com o professor: Acrescente mais uma rede na LAN1 do router central com endereço 192.168.30.0 também com 4 PCs e implemente uma rede Frame Relay para as 3 redes agora existentes. Determine um CIR de entrada (descida ou download) para todas elas de 1Mbps e um CIR de saída (subida ou upload) para todas elas de 512kbps. Realize novamente as medidas de delay e vazão para a host 192.168.1.1 assim como feito anteriormente para HDLC e PPP. Tabule e discuta os resultados alcançados com as 3 implementações.<br />
<br />
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<br />
{{Collapse top | 26/03 - Exercícios}}<br />
<br />
== 26/03 - Exercícios ==<br />
<br />
* Exercícios 4, 5 e 6 da [http://tele.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/lista1_2014_2.pdf LISTA1];<br />
* Recapitulação do conteúdo.<br />
<br />
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<br />
{{Collapse top | 31/03 - Interfaces Digitais}}<br />
<br />
== 31/03 - Interfaces Digitais ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] - até circuitos diferenciais;<br />
* As duas aulas do período da tarde serão utilizadas para finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na ativiade AE1.<br />
* Os Alunos Ronaldo, Fernando e Stephany comparecerem para a atividade extra programada à tarde. Evoluiram nas configurações FR mas não conseguiram estabelecer comunicação. Ficou pendente uma nova data para finalizar a atividade com ajuda do professor.<br />
<br />
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<br />
{{Collapse top | 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1}}<br />
<br />
== 07/04 - Interfaces Digitais e Avaliação A1 ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais] até V.35;<br />
* Avaliação A1.<br />
<br />
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<br />
{{Collapse top | 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios}}<br />
<br />
== 09/04 - <math>\blacklozenge</math> Interfaces Digitais e exercícios==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Finalização dos slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/InterfacesDigitais.pdf Interfaces Digitais];<br />
* <math>\blacklozenge</math> Tarefa para 14/04 - próxima aula ('''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''):<br />
Proponha e desenhe um esquema de ligações MÍNIMO de um cabo lógico que interliga um DTE a um DCE que estão configurados para uma comunicação de dados síncrona, que usa o clock do DTE como base de sincronismo. O controle de fluxo via hardware ́e requerido na comunicação e ela não se inicia se o circuito CT109 não estiver ativo. O DTE e DCE usam interface RS232 com conectores DB25 Fêmea.<br />
<br />
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<br />
{{Collapse top | 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes}}<br />
<br />
== 14/04 - <math>\blacklozenge</math> Reconfiguração Física de Redes ==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* Verificar e anotar todos os componentes nas conexões físicas entre modens, routers e PCs do laboratório realizado na aula de 19/03.<br />
<br />
* Apresentação do teste set como simulador de DTE em circuitos básicos de comunicação de dados.<br />
<br />
#Dinâmica da Aula:<br />
<br />
Com o objetivo de conhecer, identificar, especificar e instalar os componentes de redes associados a parte física de uma rede de telecomunicações, lançou-se a tarefa de realizar a troca dos roteadores central e esquerdo da rede para outros CISCO 2514 e 1750 respectivamente. Visando assimilar o significado e importância de todas as reconexões, não se priorizou refazer configurações em nível de enlace nos roteadores.<br />
<br />
Duas equipes foram dividas para executar a atividade, registrando com fotos todos os elementos de interesse para o relato que deve respoder as seguintes perguntas:<br />
#<br />
# <br />
# <br />
<br />
A atividade <math>\blacklozenge</math> deve ser realizada até para 23/04 e '''ATENÇÃO: faz parte da avaliação AI'''. Deve ser publicada aqui mesmo nesse espaço.<br />
<br />
A seguir seguem as respostas ilustradas com as fotos capturadas durante o experimento:<br />
<br />
'''Equipe A - Procedimentos de troca do Router Central"<br />
<br />
'''Adalvir, Giulio, Gustavo V., Walter'''<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
É necessário habilitar as interfaces, selecionar o tipo de encapsulamento e protocolo e criar a tabela de roteamento, porém estas alterações não foram realizadas, pois os roteadores estavam com defeito.<br />
<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
Os roteadores cisco possuem interfaces físicas proprietárias. Foi utilizado um cabo cisco, com conector próprio para ligar no router e na outra ponta um conector do tipo V.35. Como os conectores no bastidor de modens era do tipo DB25 foi necessário utilizar um adaptador para ligarmos os pinouts da interface v.35 com o DB25. <br />
<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Utilizamos um transceiver para converter a porta AUI do roteador em uma interface ETH para conectarmos a LAN de acesso a Internet.<br />
<br />
<br />
'''Equipe B - Procedimentos de troca do Router Esquerdo"<br />
<br />
'''1. Que mudanças foram necessárias realizar nos Routers?'''<br />
<br />
O modem Digitel DT34 provê para conexão com o DTE um conector tipo D. padrão ISO2110-1980, fêmea, de 25 pinos, cujo os sinais, atendem o padrão Telebras. O Router Cisco 1750 possui uma interface proprietária, acompanhado de um cabo com interface V.35, cujo sinais da norma ISO2110. Portanto, é necessário o uso de adapatador V.35 para DB25 e um conector IGX devido a diferença entre os padrões de posição dos sinais do padrão Telebrás e ISO2110.<br />
<br />
'''2. Que mudanças foram necessárias realizar nos links?'''<br />
<br />
O link xDSL entre o modem esquerdo e central não sofreu modificação nas interface e conexões<br />
<br />
'''3. Foi necessário uso de novos equipamentos ou componentes de rede?'''<br />
<br />
Usamos adaptadores V.35 - DB25 e IGX para o modem. Para conexão com o DTE, o CISCO 1750 provê uma interface padrão Ethernet de 100Mbps.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{Collapse top | 16/04 - Modens e enlaces de teste}}<br />
<br />
== 16/04 - Modens e enlaces de teste==<br />
<br />
'''Resumo da aula:'''<br />
<br />
* slides sobre [http://www.sj.ifsc.edu.br/~casagrande/RED/slides/modens.pdf Modens e enlaces de teste]<br />
* Orientações sobre a finalização das medidas de desempenho com PPP e implementação da rede Frame-Relay proposta na atividade AE1.<br />
* Uso do teste set com enlaces de teste em modens digitais.<br />
<br />
{{Collapse bottom}}<br />
<br />
{{ENGTELECO}}</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81750RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:59:10Z<p>Vinicius.b: /* Conclusão */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81749RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:58:31Z<p>Vinicius.b: /* VDSL e VDSL2 */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81748RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:57:16Z<p>Vinicius.b: /* Referências */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81747RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:56:55Z<p>Vinicius.b: /* SDSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81746RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:56:44Z<p>Vinicius.b: /* HDSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81745RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:56:26Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8 - Ajuste de faixa Downstream e Upstream]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:RADSL.png&diff=81743Arquivo:RADSL.png2014-12-03T18:54:27Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81742RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:53:53Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.png]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:RADSL.jpg&diff=81739Arquivo:RADSL.jpg2014-12-03T18:52:16Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=81737RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-12-03T18:51:49Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[Figura 1]</center><br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[Figura 2]</center><br />
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<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
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<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
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<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
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A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 6] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80296RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:40:13Z<p>Vinicius.b: /* Referências */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html<br />
<br />
[Figura 11] - https://br0kent3l3ph0n3.wordpress.com/2011/08/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80295RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:39:08Z<p>Vinicius.b: /* Referências */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/<br />
<br />
[Figura 10] - http://dannypalau95.blogspot.com.br/2012/09/sdsl-symmetric-digital-subscriber-line.html</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80294RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:38:31Z<p>Vinicius.b: /* Referências */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm<br />
<br />
[Figura 9] - http://codeidol.com/community/telecom/dsl-technology/7728/</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80293RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:37:26Z<p>Vinicius.b: /* Referências */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1<br />
<br />
[Figura 8] - http://rays-place.net/Extras/PCTechGuide/28dcomms.htm</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80292RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:36:02Z<p>Vinicius.b: /* VDSL e VDSL2 */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[Figura 1]</center><br />
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<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
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==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
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<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
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<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
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A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
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<center>[Figura 6]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
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===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
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<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
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===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:VDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 11]</center><br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:VDSL.jpg&diff=80291Arquivo:VDSL.jpg2014-11-19T17:35:17Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80290RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:34:41Z<p>Vinicius.b: /* SDSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:SDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 10]</center><br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:SDSL.jpg&diff=80289Arquivo:SDSL.jpg2014-11-19T17:33:59Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80288RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:33:17Z<p>Vinicius.b: /* HDSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:HDSL.jpg]]</center><br />
<center>[Figura 9]</center><br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:HDSL.jpg&diff=80287Arquivo:HDSL.jpg2014-11-19T17:32:19Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80286RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:31:27Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>[Figura 8]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80285RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:31:11Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
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<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<center>Figura 8</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80284RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-19T17:30:20Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
<hr />
<div>='''ADSL'''=<br />
<br />
No começo da popularização da internet a maioria das pessoas possuiam a conexão dial-up, conhecida como internet discada. Esse tipo de conexão oferece algumas desvantagens como por exemplo suportam ate 56kb/s, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos. Então surgiu a conexao ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante") que também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional, porém sem deixar a linha telefônica ocupada. Com capacidade de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Mas como a linha telefônica não é ocupada? Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 1]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens==<br />
<br />
A conexão em um acesso via ADSL acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. É nomeado ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez é comumente intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de diferenciar um canal para a ligação com o modem de outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 2]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 3]</center><br />
<br />
==DSLAM (Multiplexador de Acesso a Linha Digital do Assinante)==<br />
<br />
É um dispositivo de rede que interliga várias DSL (Digital Subscriber Lines) a uma linha “tronco” (backbone) de alta velocidade de acesso à Internet utilizando técnicas de multiplexagem, noormalmente localizado junto a uma central telefônica.<br />
<br />
Cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
No DSLAM, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM5 ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Diagrama de conectividade xDSL [Figura 4]</center><br />
<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Equipamento DSLAM [Figura 5]</center><br />
<br />
<br />
<br />
A distância entre o modem e o DSLAM pode limitar e impossibilitar a assinatura de um serviço ADSL. Quanto mais longe um estiver do outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 KM, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos.Mas o ideal é que este intervalo não supere 4KM. <br />
As ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL e ADSL Lite ===<br />
<br />
As principais características do "primeiro ADSL" incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
Houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite, uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Surgiu em 2002 o padrão ADSL2, possui praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas a modulação, por exemplo, é mais eficiente. O ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB. Possui a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
A velocidade aumenta por possuir uma técnica de "canalização", isso permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e também por possuir uma constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
Outro fato importante é o melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*Modo L0 (''Full On''): neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*Modo L2 (''Low Power''): aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*Modo L3 (''Idle''): este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 Km. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 Km, aproximadamente.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM8.gif]]</center><br />
<br />
<center>[Figura 6]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM9_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<center>Tabela comparativa [Figura 7]</center><br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:RADSL.gif]]</center><br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php<br />
<br />
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblcdr/pagina_3.asp<br />
<br />
http://pt.wikipedia.org/wiki/Multiplexador_de_Acesso_a_Linha_Digital_do_Assinante<br />
<br />
[Figura 2] - http://www.modemadsl.com.br/como-funciona-o-modem-adsl/<br />
<br />
[Figura 3] - http://www.modemadsl.com.br/modem-adsl-usb-marcas-e-precos/<br />
<br />
[Figura 4] - http://en.wikipedia.org/wiki/Digital_subscriber_line_access_multiplexer <br />
<br />
[Figura 5] - http://en.wikipedia.org/wiki/G.992.1</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:RADSL.gif&diff=80283Arquivo:RADSL.gif2014-11-19T17:29:36Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80136RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:43:08Z<p>Vinicius.b: /* Conclusão */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80135RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:42:50Z<p>Vinicius.b: /* Conclusão */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
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== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
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== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação e criador do site http://www.infowester.com, versões como o ADSL2+ e o VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80134RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:39:39Z<p>Vinicius.b: /* VDSL e VDSL2 */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
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==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação, versões como o ADSL2+ e o VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80133RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:38:35Z<p>Vinicius.b: /* Conclusão */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
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==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
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== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
<br />
As tecnologias DSL aproveitam a infraestrutura de telefonia e por isso, permitem valores de assinaturas razoáveis e são utilizadas amplamente no mundo inteiro. Estas características tornam essa tecnologia interessante em locais que não contam com outro tipo de acesso.<br />
<br />
Por isso, mesmo com o surgimento de novas tecnologias que ofereçam velocidades maiores e coberturas melhores, ainda vemos e veremos por um bom tempo padrões DSL no mercado. Destacando segundo ''Emerson Alecrim'', cientista da computação, versões como o ADSL2+ e o VDSL2 como propostas para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80132RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:26:02Z<p>Vinicius.b: /* VDSL e VDSL2 */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
VSDL é a sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, identificado como ITU G.993.1 e reconhecido em 2004. Essa tecnologia se assemelha ao ADSL, trabalhando de maneira assimétrica, utilizando de forma mais frequente a técnica DMT e assim permitindo uso de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
<br />
O diferencial está na velocidade, sendo capaz de atingir taxas de transferência mais altas de até 52 Mb/s no downstram e 16 Mb/s no upstream. Podendo ainda ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006 foi ratificado o VDSL2, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão se destaca também na velocidade podendo atingir 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Essas velocidades mais altas permitem que tanto o VDSL quando o VDSL2 sejam utilizados em comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Essas taxas mais elevadas são possíveis por uma série de fatores, como o uso de frequências elevadas na linha telefônica - cerca de 12MHz no VDSL e até 30 MHz no VDSL2 - e a combinação com outas tecnologias, como fibra óptica.<br />
<br />
A grande desvantagem destas duas tecnologias é a distância entre a central e o usuário, normalmente o limite do raio de distância é de até 1,5 quilômetro e para garantir a totalidade da velocidade, o raio deve ser de no máximo 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80131RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:09:23Z<p>Vinicius.b: /* SHDSL */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
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==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
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== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s;<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo.'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80129RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:08:46Z<p>Vinicius.b: /* SHDSL */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
SHDSL é a sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Possui as seguintes características:<br />
'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s, com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s.<br />
'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
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==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80126RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T17:04:45Z<p>Vinicius.b: /* SDSL */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
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==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
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=== ADSL ===<br />
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As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bem parecido com o HDSL, suas caracteristicas são:<br />
*'''Transmissão de dados de maneira simétrica:''' taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2);<br />
*'''Não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo;'''<br />
*'''Possui a vantagem de exigir apenas um par de fios.'''<br />
<br />
Além disso, a distância do raio máximo para as conexões é um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
Sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, o SHDSL foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Trata-se de uma tecnologia que também trabalha de maneira simétrica: caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s; com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s.<br />
<br />
Com o SHDSL, também não é possível o uso da linha para aplicações de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80124RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T16:59:05Z<p>Vinicius.b: /* HDSL */</p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
O ADSL sem duvida é a tecnologia DSL mais conhecida no mercado. Porém, a primeira a surgir, por volta do final dos anos 1980, foi o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
O HDSL surgiu como uma opção de transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1. Tendo como principais características:<br />
* '''Modo de operação ''full duplex'':''' Envio e recebimento de dados ao mesmo tempo;<br />
*'''Transmissão simétrica:''' 784Kb/s para downstream e upstream, totalizando cerca de 1,5 Mb/s. Podendo chegar a 2 Mb/s em linhas E1.<br />
Porém em todos os casos, a distância do raio máximo é de 5 quilômetros.<br />
<br />
Essa tecnologia não se popularizou tanto quanto o ADSL por exigir dois pares de fios trançados (ou até três em linhas E1), quer dizer, de duas linhas telefõnicas simultaneamente, e também pelo fato de não permitir chamadas de voz durante a conexão com a internet, haja vista que as faixas de frequência reservadas para isto estariam sendo utilizadas pelo processo de trasmissão de dados<br />
<br />
Mais tarde surgiu o HDSL2, uma variação do HDSL que matinha praticamente as mesmas taixas de velocidade, porém utilizando apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bastante parecido com o HDSL: tipicamente, transmite dados de maneira simétrica, possui taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2) e não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo. Por outro lado, possui a vantagem de exigir apenas um par de fios, facilitando consideravelmente sua implementação. Além disso, a distância máxima de conexões do tipo tende a ser um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
Sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, o SHDSL foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Trata-se de uma tecnologia que também trabalha de maneira simétrica: caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s; com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s.<br />
<br />
Com o SHDSL, também não é possível o uso da linha para aplicações de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80123RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-18T16:43:38Z<p>Vinicius.b: /* RADSL */</p>
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<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
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<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
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==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
O RADSL ou Rate Adaptative Digital Subscriber Line, é uma versão não tão conhecida do ADSL. A sua principal característica é o fato de o modem ajustar automaticamente as taxas de download e upload, dependendo de critérios como distância da central e qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, os limites de downstream e upstream também são respectivamente 8 Mb/s e 1 Mb/s. Graças a essa capacidade de ajuste automático, seu uso é mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, respeitando a distância de raio de, no máximo 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
Pode-se dizer que o ADSL, considerando também as suas variações, é a tecnologia DSL mais conhecida do mercado. No entanto, isso não quer dizer que foi a primeira a surgir: antes dela, por volta do final dos anos 1980, surgiu o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
Trata-se de uma especificação que surgiu como opção na transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1, sendo este último um padrão europeu também utilizado no Brasil. Entre as suas principais características estão o modo de operação full duplex (envio e recebimento de dados ao mesmo tempo) e transmissão simétrica: 784 Kb/s para downstream e outros 784 Kb/s para upstream, totalizando pouco mais de 1,5 Mb/s. Em linhas E1, este total pode chegar a 2 Mb/s. Em todos os casos, a distância máxima considerada é de aproximadamente 5 quilômetros.<br />
<br />
A tecnologia HDSL acabou não se popularizando tanto quanto o ADSL por exigir o uso de dois pares de fios trançados (podendo chegar a três pares em linhas E1), ou seja, de duas linhas telefônicas simultaneamente, e também por não permitir chamadas de voz durante a conexão à internet, já que as faixas de frequência destinadas a este fim são utilizadas durante a transmissão de dados.<br />
<br />
Posteriormente, surgiu uma variação chamada HDSL2 que mantém praticamente as mesmas taxas máximas de velocidade, mas utiliza apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bastante parecido com o HDSL: tipicamente, transmite dados de maneira simétrica, possui taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2) e não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo. Por outro lado, possui a vantagem de exigir apenas um par de fios, facilitando consideravelmente sua implementação. Além disso, a distância máxima de conexões do tipo tende a ser um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
Sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, o SHDSL foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Trata-se de uma tecnologia que também trabalha de maneira simétrica: caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s; com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s.<br />
<br />
Com o SHDSL, também não é possível o uso da linha para aplicações de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
<br />
==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80020RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:27:36Z<p>Vinicius.b: </p>
<hr />
<div>==O que é ADSL?==<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
==Funcionamento==<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center><br />
<br />
== Limite de distância ==<br />
<br />
Há um fator importante que pode limitar ou até mesmo impossibilitar a assinatura de um serviço de ADSL: a distância física entre o modem do usuário e o DSLAM, ou seja, entre o ATU-R e o ATU-C. Quanto mais longe um estiver da outro, menor qualidade e velocidade a conexão terá.<br />
<br />
Por padrão, a distância máxima viável é de aproximadamente 6 quilômetros, podendo ser um pouco menor dependendo das características da região e da qualidade dos equipamentos. De qualquer forma, o ideal é que este intervalo não supere 4 quilômetros. É por isso que lugares com poucos habitantes ou muito afastados, como áreas rurais, não raramente são desprovidos de acesso à internet via ADSL.<br />
<br />
Isso acontece porque o sinal que percorre a linha começa a se degradar sensivelmente a partir de um determinado ponto. Em outras palavras, as ondas eletromagnéticas que percorrem os fios perdem potência à medida que se afastam do ponto de origem, fazendo com que a conexão não consiga manter um nível de intensidade suficiente para suportar velocidades altas em distâncias maiores.<br />
<br />
== Versões do ADSL == <br />
<br />
=== ADSL ===<br />
<br />
As especificações do que podemos chamar de "primeiro ADSL" foram ratificadas pela International Telecomunication Union (ITU) em 1999, recebendo a identificação ITU G.992.1 (G.DMT). Também houve padronização pela American National Standards Institute (INSI) sob a identificação ANSI T1.413. Suas principais características incluem downstream de até 8 Mb/s (megabits por segundo) e upstream de até 1 Mb/s.<br />
<br />
Posteriormente, houve uma versão chamada de ITU G.992.2 (G.Lite), que ficou conhecida também como ADSL Lite. Como o nome sugere, trata-se de uma versão simplificada da tecnologia. Sua principal característica é a de, pelo menos teoricamente, não exigir splitters ou semelhantes. Por outro lado, suas taxas de download e upload são de até 1,5 Mb/s e 512 Kb/s, respectivamente.<br />
<br />
=== ADSL2 e ADSL2+ === <br />
<br />
Em 2002, foram ratificadas as especificações do que ficou conhecido como ADSL2 (ITU G.992.3 / ITU G.992.4). Este padrão tem praticamente os mesmos princípios do ADSL, mas foi otimizado em vários aspectos: a modulação, por exemplo, é mais eficiente; além disso, o ADSL2 consegue melhorar o fluxo de dados trabalhando com cabeçalhos para sinalização com tamanho de 4 KB, sendo que no ADSL este parâmetro é fixado em 32 KB; existe ainda a possibilidade de uso da tecnologia IMA (Inverse Multiplexing for ATM), que permite o aumento da capacidade de tráfego com o acréscimo de uma ou mais linhas à conexão. Estas e outras características fazem com que esta versão consiga atingir até 12 Mb/s no downstream mantendo o upstream em até 1 Mb/s.<br />
<br />
Outros dos fatores que contribuem para o aspecto da velocidade são o uso de uma técnica de "canalização", que permite a utilização de canais distintos da conexão para uso exclusivo de uma aplicação (por exemplo, para streaming, isto é, transmissão de vídeo e áudio) e a constante supervisão da comunicação, que ajusta as taxas de transmissão para evitar erros e perda de pacotes de dados.<br />
<br />
O ADSL2 também se destaca por possuir melhor gerenciamento de potência, gerando economia de energia. Neste sentido, conexões do tipo podem contar com três modos de operação, podendo alternar entre eles automaticamente: <br />
*'''Modo L0 (''Full On'')''': neste, a conexão funciona à sua totalidade;<br />
*'''Modo L2 (''Low Power'')''': aqui, o nível de energia diminui, deixando a transmissão mais lenta. Útil para quando o usuário está baixando dados em quantidades pequenas;<br />
*'''Modo L3 (''Idle'')''': este modo funciona como uma espécie de "descanso" - a conexão permanece ativa, mas não transmite dados.<br />
<br />
Em 2003, surgiram as especificações do ADSL2+ (ITU G.992.5), que por utilizar uma faixa de frequência maior, indo até a 2.200 KHz, pode alcançar até 24 Mb/s de downstream, mantendo, novamente, o upstream em até 1 Mb/s, existindo também uma variação (ADSL2+ M - ITU G.992.5 Annex M) que aumenta este último para até 3 Mb/s. O problema aqui é que velocidades altas só são alcançadas em distâncias de até 1,5 quilômetro. Mais do que isso a velocidade máxima cai consideravelmente, ficando em torno dos 4 Mb/s em distâncias de 3,5 quilômetros, aproximadamente.<br />
<br />
===RADSL===<br />
<br />
Sigla para Rate Adaptative Digital Subscriber Line, o RADSL é uma versão não muito conhecida do ADSL. Sua principal característica é o fato de o modem ser capaz de ajustar as taxas de download e upload automaticamente, tendo como base critérios como distância da central e a qualidade da transmissão em determinados momentos.<br />
<br />
Por padrão, seus limites também são de 8 Mb/s no downstream e 1 Mb/s no upstream. A sua capacidade de ajuste automático faz com que o seu uso seja mais comum em conexões que não estão perto da central telefônica, desde que esta distância fique dentro de um raio de, no máximo, 6 quilômetros, tal como no ADSL.<br />
<br />
=== HDSL ===<br />
<br />
Pode-se dizer que o ADSL, considerando também as suas variações, é a tecnologia DSL mais conhecida do mercado. No entanto, isso não quer dizer que foi a primeira a surgir: antes dela, por volta do final dos anos 1980, surgiu o HDSL (High Bit Rate digital Subscriber Line), cuja identificação é ITU G.991.1.<br />
<br />
Trata-se de uma especificação que surgiu como opção na transmissão de dados em linhas telefônicas digitais dos tipos T1 e E1, sendo este último um padrão europeu também utilizado no Brasil. Entre as suas principais características estão o modo de operação full duplex (envio e recebimento de dados ao mesmo tempo) e transmissão simétrica: 784 Kb/s para downstream e outros 784 Kb/s para upstream, totalizando pouco mais de 1,5 Mb/s. Em linhas E1, este total pode chegar a 2 Mb/s. Em todos os casos, a distância máxima considerada é de aproximadamente 5 quilômetros.<br />
<br />
A tecnologia HDSL acabou não se popularizando tanto quanto o ADSL por exigir o uso de dois pares de fios trançados (podendo chegar a três pares em linhas E1), ou seja, de duas linhas telefônicas simultaneamente, e também por não permitir chamadas de voz durante a conexão à internet, já que as faixas de frequência destinadas a este fim são utilizadas durante a transmissão de dados.<br />
<br />
Posteriormente, surgiu uma variação chamada HDSL2 que mantém praticamente as mesmas taxas máximas de velocidade, mas utiliza apenas um par de fios.<br />
<br />
===SDSL===<br />
<br />
O SDSL (Symmetric Digital Subscriber Line) é bastante parecido com o HDSL: tipicamente, transmite dados de maneira simétrica, possui taxas máximas de 1,5 Mb/s (T1) ou 2 Mb/s (T2) e não permite o uso de voz e dados ao mesmo tempo. Por outro lado, possui a vantagem de exigir apenas um par de fios, facilitando consideravelmente sua implementação. Além disso, a distância máxima de conexões do tipo tende a ser um pouco menor que no HDSL.<br />
<br />
===SHDSL===<br />
<br />
Sigla para Single Pair High Speed Digital Subscriber Line, o SHDSL foi ratificado em 2001, recebendo a identificação ITU G.991.2. Trata-se de uma tecnologia que também trabalha de maneira simétrica: caso utilize apenas um par de fios, conexões do tipo podem ter velocidade de até 2,3 Mb/s; com dois pares, este limite aumenta para até 4,6 Mb/s.<br />
<br />
Com o SHDSL, também não é possível o uso da linha para aplicações de voz e dados ao mesmo tempo.<br />
<br />
===VDSL e VDSL2===<br />
<br />
Sigla para Very High Bit Rate Digital Subscriber Line, o VSDL (identificado como ITU G.993.1) é uma tecnologia reconhecida em 2004 que se assemelha ao ADSL, trabalhando, assim como este, de maneira assimétrica, utilizando mais frequentemente a técnica DMT e permitindo uso de voz e dados simultaneamente.<br />
<br />
O seu diferencial está em sua capacidade de atingir taxas de transferência consideravelmente mais altas: até 52 Mb/s no downstream e até 16 Mb/s no upstream. A tecnologia também pode ser ajustada para trabalhar de maneira simétrica.<br />
<br />
Em 2006, foi a vez do VDSL2 ser ratificado, recebendo a identificação ITU G.993.2. Esta versão pode atingir até 100 Mb/s no downstream e 30 Mb/s no upstream. Velocidades tão altas permitem inclusive que tanto o VDSL quanto o VDSL2 sejam utilizados para oferecer comunicação por voz, acesso à internet e assinatura de TV (IPTV) por meio de uma única linha telefônica.<br />
<br />
Taxas tão altas são possíveis graças a uma combinação de fatores, como o uso de frequências maiores na linha telefônica - de até 12 MHz no VDSL e até 30 MHz no VSDL2 - e a combinação com outra tecnologia, como fibra óptica. Neste último caso, a estrutura da rede da operadora por estar quase que totalmente coberta por esta tecnologia, ficando apenas as últimas centenas de metros até o local do usuário conectadas pelo tradicional par de fios.<br />
<br />
Falando em metros, a principal desvantagem das conexões VDSL e VDSL2 está justamente no aspecto da distância entre a central e a localização do usuário: normalmente, o limite suportado é de até 1,5 quilômetro, com o VDSL2 só podendo ter sua velocidade atingida em sua totalidade em um raio máximo de pouco mais de 300 metros.<br />
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==Conclusão==<br />
Tecnologias DSL conseguem aproveitar a infraestrutura de telefonia e, por conta disso, permitir valores de assinaturas razoáveis, razão pela qual são amplamente utilizadas em várias partes do mundo. Estas características a tornam especialmente interessante em localidades que não contam com outras modalidades de acesso, como internet por rede de TV a cabo, por exemplo.<br />
<br />
Por causa disso, veremos os padrões DSL ainda por um bom tempo no mercado, mesmo com o surgimento de tecnologias que conseguem oferecer velocidades e coberturas melhores, como as redes 4G LTE. Versões como o ADSL2+ e o VDSL2 são as apostas das operadoras para atender à demanda de taxas de transmissão de dados cada vez maiores.<br />
<br />
==Referências==<br />
http://www.infowester.com/adsl.php</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80015RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:13:11Z<p>Vinicius.b: /* Funcionamento */</p>
<hr />
<div>=O que é ADSL?=<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
=Funcionamento=<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]</center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</center></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80014RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:11:07Z<p>Vinicius.b: /* Funcionamento */</p>
<hr />
<div>=O que é ADSL?=<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
=Funcionamento=<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]<br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens ADSL==<br />
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Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<br />
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[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<br />
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==DSLAM==<br />
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Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
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Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80013RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:10:47Z<p>Vinicius.b: /* DSLAM */</p>
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<div>=O que é ADSL?=<br />
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Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
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=Funcionamento=<br />
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Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens ADSL==<br />
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Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<br />
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[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<br />
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==DSLAM==<br />
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Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
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Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
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Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80012RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:10:33Z<p>Vinicius.b: /* Modens ADSL */</p>
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<div>=O que é ADSL?=<br />
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Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
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=Funcionamento=<br />
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Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]<center><br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<br />
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[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<br />
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==DSLAM==<br />
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Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]<center></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80011RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:10:07Z<p>Vinicius.b: </p>
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<div>=O que é ADSL?=<br />
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Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
=Funcionamento=<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]<center><br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
<br />
Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<center><br />
<br />
<br />
<center>[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<center><br />
<br />
==DSLAM==<br />
<br />
Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
<br />
<center>[[Arquivo:DSLAM.jpg]]<center></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80010RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:07:38Z<p>Vinicius.b: /* DSLAM */</p>
<hr />
<div>=O que é ADSL?=<br />
<br />
Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
<br />
=Funcionamento=<br />
<br />
Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
<br />
<br />
[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]<br />
<br />
<br />
O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
<br />
==Modens ADSL==<br />
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Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<br />
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[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<br />
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==DSLAM==<br />
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Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
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É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
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Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
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[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=Arquivo:DSLAM.jpg&diff=80008Arquivo:DSLAM.jpg2014-11-17T16:04:56Z<p>Vinicius.b: </p>
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<div></div>Vinicius.bhttps://wiki.sj.ifsc.edu.br/index.php?title=RED29004-2014-2-Seminario-ADSL&diff=80007RED29004-2014-2-Seminario-ADSL2014-11-17T16:04:14Z<p>Vinicius.b: </p>
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<div>=O que é ADSL?=<br />
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Uma das mais conhecidas tecnologias que possibilitam acesso a internet é o ADSL (Assymmetric Digital Subscriber Line, algo como "Linha Digital Assimétrica para Assinante").<br />
Quando a internet começou a se popularizar, a maioria das pessoas usava conexões dial up, conhecidas como "conexões discadas" no Brasil. Para isso, era necessário conectar o computador a um modem e este, por sua vez, a uma linha telefônica. Em seguida, o usuário tinha que utilizar um programa específico para discar ao número de um provedor de forma a estabelecer a conexão.<br />
O problema é que conexões discadas oferecem muitas desvantagens: são lentas - por padrão, suportam até 56 Kb/s (kilobits por segundo) -, deixam a linha telefônica ocupada, estão sujeitas à tarifação convencional por minuto de uso e podem apresentar instabilidade, fazendo com que uma nova conexão tenha que ser estabelecida de tempos em tempos.<br />
A tecnologia ADSL, cujo surgimento se deu em 1989, se mostra como uma alternativa viável porque também utiliza a infraestrutura da telefonia convencional (tecnicamente chamada de POTS, de Plain Old Telephone Service), mas o faz sem deixar a linha ocupada. Além disso, o padrão é capaz de oferecer velocidades de transferência de dados altas e a sua tarifação é feita de maneira distinta das chamadas telefônicas.<br />
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=Funcionamento=<br />
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Um fato que diferencia o ADSL para a conexação discada é a não ocupação da linha telefônica para o uso da internet. Isso ocorre pois quando o telefone está sendo utilizado para uma chamada de voz, esta utiliza apenas uma pequena parte da capacidade de transmissão da linha. O que algumas tecnologias DSL fazem é justamente aproveitar a parte não utilizada.<br />
Isso acontece porque, normalmente, uma chamada de voz - a parte POTS - utiliza uma frequência de onda muito baixa, entre 300 Hz e 4000 Hz. Trata-se de um intervalo que corresponde a uma faixa muita pequena da capacidade da linha. O restante pode então ser utilizado para aplicações que funcionam em frequências maiores. É neste ponto que as tecnologias DSL entram em cena.<br />
A utilização do espectro livre, isto é, da parte não utilizada para POTS, geralmente é feita com a técnica FDM (Frequency Division Multiplexing - Multiplexação por Divisão de Frequência) ou com a técnica de Echo Cancellation (Cancelamento de Eco).<br />
Com o FDM, parte do espectro livre é destinada ao envio de dados (upstream) e outra ao recebimento de dados (downstream), sendo esta última maior e dividida em canais menores mais e menos rápidos para melhor desempenho.<br />
Já com o Echo Cancellation, as partes para upstream e downstream se sobrepõem no espectro, mas o uso de cancelamento de eco, procedimento que remove a "distorção" do sinal durante a transmissão a partir de cálculos de subtração, consegue "separá-las".<br />
Como as tecnologias DSL são sistemas de transmissão e recebimento de dados que utilizam meios analógicos, faz-se necessário o uso de modulação, processo que, em poucas palavras, transforma dados e voz em sinais para tráfego em ondas de radiofrequência. Para este fim, o ADSL conta, essencialmente, com duas técnicas: a mais antiga é chamada de CAP (Carrierless Amplitude/Phase); a mais atual e mais utilizada comercialmente é denominada DMT (Discrete Multitone).<br />
A modulação CAP, que normalmente utiliza a técnica FDM, "divide" a linha telefônica em três partes: uma que corresponde às chamadas de voz, outra que é destinada ao envio de dados (upstream) e uma terceira que é reservada ao recebimento de dados (downstream), sendo que as duas últimas formam a conexão à internet em si.<br />
Por padrão, a faixa de voz vai de 0 a 4 KHz (4000 Hz), enquanto que o upload fica com a parte entre 25 e 160 KHz. A faixa do download, por sua vez, ocupa a maior faixa, começando em 240 KHz e chegando, no máximo, até a 1.550 KHz (normalmente indo até 1.100 KHz). Observe a imagem abaixo para compreender melhor:<br />
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[[Arquivo:IMAGEM1_ADSL.jpg]]<br />
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O termo "Assymmetric" no nome do ADSL é devido ao fato de ser considerado assimétrico porque a taxa de download é comumente maior que a taxa de upload, uma vez que entende-se que a maioria das conexões mais recebe dados do que os envia.<br />
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==Modens ADSL==<br />
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Em um acesso à internet via ADSL, a linha telefônica é, na verdade, apenas um meio de comunicação formado por um par de fios metálicos. A conexão em si acaba ocorrendo graças aos equipamentos utilizados tanto do lado do cliente (que solicita a conexão), quanto do lado do provedor (que estabelece a conexão).<br />
No lado do cliente, um aparelho popularmente conhecido como modem ADSL é conectado aos fios de uma linha telefônica existente. Tecnicamente, sua denominação é ATU-R (ADSL Terminal Unit - Remote, algo como "Unidade Terminal ADSL - Remoto"). Esta conexão, por sua vez, não raramente é intermediada por um microfiltro de nome splitter, que tem a função de criar um canal para a ligação com o modem e outro canal para a comunicação com o aparelho telefônico.<br />
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[[Arquivo:IMAGEM2_ADSL.jpg]]<br />
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[[Arquivo:IMAGEM4_ADSL.jpg]]<br />
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==DSLAM==<br />
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Se o modem na residência ou escritório do usuário faz o papel de ATU-R, o DSLAM assume o lado oposto, sendo o ATU-C (ADSL Terminal Unit - Central, algo como "Unidade Terminal ADSL - Central"). Cabe a este equipamento concentrar os sinais digitais de várias linhas telefônicas (que atendem a um bairro, por exemplo) como se estas fossem uma só para conectá-las a um link de acesso à internet.<br />
<br />
Para isso, cada DSLAM precisa se comunicar com um BRAS (Broadband Remote Access Server). Este equipamento tem entre as suas funções concentrar as conexões oriundas de uma ou mais DSLAMs e alocar endereços IP para cada linha que faz parte da rede. Tipicamente, a comunicação entre DSLAM e BRAS é via conexão ATM (Asyncronous Transfer Mode) ou por tecnologia Ethernet.<br />
<br />
É importante frisar que o DSLAM não divide a velocidade do acesso entre as linhas. Em outras palavras, o acréscimo de uma conexão não afeta a velocidade das demais. Por outro lado, cada DSLAM - assim como cada BRAS - possui um limite para o número de conexões, sendo necessário aumentar a infraestrutura da rede para ampliar o número de usuários.<br />
<br />
Há ainda uma variação deste equipamento chamada de Mini-DSLAM que tem uma proposta parecida, mas atende a um número menor de conexões. Estes dispositivos são interessantes porque custam menos e evitam desperdício em lugares em que não há grande demanda, como uma rua ou um condomínio residencial.<br />
[[Arquivo:DSLAM.jpg]]</div>Vinicius.b