Ética e Engenharia

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ÉTICA E MORAL

Palestrante profa. Karine Pereira Goss

ÉTICA E MORAL

Muitas vezes utiliza-se esses termos como sinônimos. Mas há diferenças entre eles, embora se relacionem estreitamente.

  • MORAL é um conjunto de normas que regulam o comportamento dos seres humanos em sociedade. As normas são adquiridas pela educação, pela tradição, pelos costumes, pela experiência etc. 
  • MORAL tem sua origem no latim, vem de “mores”, significando costumes.
  • ÉTICA é conjunto de valores que orientam o comportamento dos seres humanos em relação aos outros seres humanos na sociedade, garantindo, assim, o bem-estar social.
  • A ÉTICA ou FILOSOFIA POLÍTICA nasce quando se passa a indagar o que são, de onde vêm e o que valem os costumes. Então, além das questões sobre costumes, também busca-se através da ÉTICA, compreender o caráter de cada pessoa.
  • ÉTICA vem do grego “ethos” que possui dois significados: costume e caráter.
  • A ÉTICA exprime a maneira como cada CULTURA e uma SOCIEDADE definem para si mesmas o que julgam ser o mal e o vício, a violência e o crime e, como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude.
  • A VIRTUDE é a excelência, a realização perfeita de um modo de sentir e agir.
  • Toda ÉTICA é UNIVERSAL do ponto de vista da SOCIEDADE que a institui, é UNIVERSAL porque seus VALORES são obrigatórios para todos os seus membros.

MORAL É A PRÁTICA.

ÉTICA É O PRINCÍPIO QUE ORIENTA A PRÁTICA.

  • A MORAL e a ÉTICA são criações históricas e culturais, ou seja, não são naturais, são criações sociais.
  • Elas se referem a VALORES estabelecidos por cada sociedade em um determinado tempo e condição histórica.
  • A MORAL e a ÉTICA variam de acordo com cada sociedade e segundo a época em que são estabelecidas. Elas variam de acordo com os contextos social, histórico e cultural.
  • A maneira como avaliamos a nossa situação na sociedade e a de nossos semelhantes pode ser designada como SENSO MORAL. Essa avaliação está relacionada à ideia de CERTO e ERRADO.
  • Há também a CONSICÊNCIA MORAL, que não se limita aos sentimentos, mas que se refere a avaliações de conduta que levam as pessoas a tomar determinadas decisões.
  • O SENSO MORAL e a CONSCIÊNCIA MORAL dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidos ao BEM e ao MAL.
  • Eles são constituintes da existência INTERSUBJETIVA, ou seja, dependem das relações com outros sujeitos.
  • Uma das ideias centrais quando se estuda a histórias das ideias éticas é a questão da VIOLÊNCIA.
  • As sociedades não definem a violência da mesma forma, mas apesar das diferenças certos aspectos da violência são percebidos da mesma forma em diferentes culturas e sociedades.
  • A VIOLÊNCIA é o exercício da força física e da coação psíquica para obrigar alguém a fazer alguma coisa contrária aos seus interesses e desejos.

Por que é importante essa relação entre ÉTICA e VIOLÊNCIA?

  • Porque quando uma cultura e um sociedade definem o que entendem por mal, crime e vício, definem portanto aquilo que julgam VIOLÊNCIA contra um indivíduo ou um grupo.
  • Da mesma forma que definem aquilo que consideram negativo, escolhem os valores positivos: o bem, o mérito e a virtude, com barreiras éticas contra a violência.
  • A ÉTICA e a MORAL são realizadas pelas pessoas nas sociedades, ou seja, dependem de um SUJEITO ÉTICO ou MORAL, da PESSOA MORAL.

A PESSOA MORAL só vai existir se preencher as seguintes condições:

  • Ser consciente de si e dos outros: deve reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si.
  • Ser dotado de vontade, ou seja, de capacidade para controlar e orientar desejos, impulsos, tendências e sentimentos.
  • Ser responsável, reconhecer-se como autor da ação. Ser capaz de avaliar seus efeitos e consequências para si e para os outros.
  • Ser livre, isto é, não estar submetido a poderes externos que o forcem e o constranjam a sentir, querer e fazer alguma coisa.

Adaptação de textos retirados do Livro: CHAUÍ, Marilena. Iniciação à Filosofia. Ática: São Paulo, 2012.

Trecho da entrevista com Mário Sérgio Cortella no Programa do Jô que trata de forma descontraída e clara sobre Ética e Moral..

Ética e Indiferença - Ser ou não ser? Viviana Mosé

Prática da Ética: a Moral

Palestrante Prof. Romoaldo Siggelkow

Folha em Branco

Max Gehringer é administrador de empresas e autor de diversos livros sobre carreira e gestão empresarial. Em texto publicado na revista Exame de 2002, ele conta:

Certa vez fiz o vestibular de uma faculdade de propaganda. Um dos itens era "redação livre", para a qual havia apenas um tema em comum a todos os estudantes. E o tema era: "Descreva o que você vê na folha anexa".  Só que a tal folha anexa, uma página de papel comum, estava em branco. A maioria, incluindo eu, virou a folha para ver se havia algo no verso. Não havia. E lá no fundo um apressadinho levantou a mão e chamou a atenção do professor: -Mestre, a folha está em branco.

O mestre só olhou por cima dos óculos, com aquele ar de reprovação. E aí todo mundo entendeu: O que era possível enxergar numa folha em branco?

Quando as notas saíram, curioso, fui perguntar ao mestre qual o critério de avaliação. E ele me disse: – Quanto mais surpreendente a resposta, melhor a nota.

A resposta mais comum foi "Nada" e mereceu nota 4. Foram apenas duas notas 8 e uma delas até hoje mexe comigo. Alguém escreveu: – Vejo uma oportunidade!

FONTE: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0765/noticias/folha-em-branco-m0042371

Prática da Ética

Ética
é o conjunto de valores que uma pessoa tem pelo qual avalia opções e toma decisões. Todos têm uma ética, seja qual for, e são influenciados, conscientemente ou não, pelo que acreditam ser certo ou errado.
Ética vem da palavra grega ethikh
que significa um hábito, costume ou rito. O amor é a chave para se evitar o moralismo e agir sobre bases morais e éticas cristãs.
Ética é isto
a coerência entre o meio e o fim. Ser ético, então, para o cristão/cidadão, é ser coerente com a história, em meio à sociedade, com a complexidade de sua natureza e finalidade. (Ariovaldo Ramos)
Subentende-se que um Estado laico é, por definição, destituído de conteúdo ético-moral, que fica, portanto, por conta da população religiosa que intenta impor aos demais suas posturas nesse quesito. É fato que o Estado é regido por leis.
Rubem Alves disse que “cultura é um jeito particular de ser gente”. Logo, a cultura é produto de senso coletivo.
“O limite da felicidade é o direito dos outros”.
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido”. (Dalai Lama)
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto...”. (Rui Barbosa)
Declaration of the Rights of Man and of the Citizen in 1789.jpg
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.


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